Principes e Brutamontes! Cap. 12

Um conto erótico de UniversitárioGoiano
Categoria: Homossexual
Contém 2111 palavras
Data: 27/04/2014 05:10:26

CAP 12

E se doía em mim ver ele me tratando com tamanha indiferença enquanto tudo que eu queria dizer a ele era um eu te amo? Preciso mesmo responder? Eu não sabia até onde os conselhos de Fernando em dar um gelo no meu nenenzinho estavam funcionando. A vontade que eu sentia era a de baixar a cabeça e voltar a estar com ele todos os dias, todas as horas, que eu pudesse mesmo que isso me machucasse, porquê estava doendo mais ficar longe dele.

Reconheci o brasão da empresa da família dele no sedan branco no qual ele tinha entrado, certamente estava indo visitar o pai. Ufa, pelo menos não havia ninguém com o nome começado com a letra B na história. E eu fiquei lá, na porta do prédio dele, até que vi o carro sumir. O óculos que ele tinha me dado no meu ultimo aniversário esconderam meus olhos marejados de lágrimas. Ah, aqueles óculos, eram a cara dele. Ele sempre usava um modelo igual, e havia me dado um porquê ele dizia que eu ficava tão bonito quanto ele quando usava. Sorri por dentro. Eram essas pequenas coisas da personalidade dele que me faziam ama-lo. As coisas engraçadas que haviam nele, a sua bondade, porquê eu sabia que ele era bom, solidário, sua imprevisibilidade e seu poder de brilhar entre cem mil. Mesmo que de forma negativa. Mas quando ele queria, ele se destacava. E nos momentos atrás em que nos despedimos eu percebi um sentimento ruím, como culpa ou tristeza, arrependimento em seu semblante. Ele parecia fragilizado.

Voltei para o meu carro e enquanto dirigia senti duas vibrações no meu celular. Deviam ser duas sms’s., peguei e li e era uma do Lipe, e uma do Fernando. Lí primeiro a de Lipe, que dizia: “Só pra você saber, fui visitar meu pai em Brasília. Volto amanhã, daí quando eu chegar vou na sua casa conversar contigo. Beijão!”. O aperto que ele avia dado em minha mão momentos atrás, seu olhar, a sua mensagem... tudo isso em conjunto fazia meu coração apaixonado acelerar, por ele.Talvez ele fosse tentar se redimir, se desculpar. E se ele me prometesse mais uma vez que ia mudar, eu ia lhe dar um voto de confiança, porquê é isso que quem ama faz.

A segunda mensagem era de Fernando, e dizia: “ Os meninos da sala estão chamando para fazer algo na casa de alguém, tá afim de ir?”. Eu não estava no pique de me deslocar para a casa de alguém, mas queria fazer algo, ocupar meu tempo, e diminuir a ansiedade de chegar logo o momento em que eu ia falar com Lipe. Afinal, seria apenas amanhã. “Eu topo, mas só se for aqui em casa mesmo. Estou com preguiça de sair.” Não demorou muito e Fernando me respondeu dizendo que em pouco tempo chegaria, e que os outros também não demorariam. Segui para minha casa e organizei tudo. Não demorou muito tempo e Fernando chegou, trouxe com ele algumas bebidas e ficamos conversando, e ele me contou que poucos minutos antes de chegar Lipe havia mandando uma mensagem a ele pedindo desculpa, curta, breve e sucinta. E, segundo ele, parecia que a mensagem tinha sido escrito por obrigação.

- O Lipe está muito acostumado a fazer o quer com as pessoas e depois fazer uma carinha fofa e ser desculpa, mas comigo não vai ser assim. Vou mandar pra ele apenas um “Desculpo. Fica de boa.” Mas vou continuar dando um gelo nele. Me disseram que ontem ele foi embora da festa cambaleando, com aquele tal Bruno. Depois reclama quando geral fala mal dele... Ele gosta mesmo é de se fazer de injustiçado.

- Olha aqui Fernando, se tem uma pessoa que sabe que eu não gosto quando falam mal do Lipe, esse alguém é você! – Falei ficando irritado com a situação. – Então se tua intenção é fica aqui enchendo meu ouvido de coisas negativas sobre ele, acho bom você parar!

- Você não suportar ouvir essas coisas, porquê sabe que é verdade! Mas ok, tudo bem. É por isso que ele trata você como um cachorrinho. Porquê você fecha os olhos pras atitudes dele, e faz tudo aquilo que ele quer! –Dizia Fernando, e seu tom era de total petulância

Eu simplesmente me calei, e levantei do sofá onde conversávamos. Pondo fim naquele assunto. Fui para a cozinha e separei alguns snack, depois coloquei encima do balcão para que pudéssemos usa-los com petiscos. Ultimamente Fernando estava com a mania ridícula de ficar falando mal de Lipe pra mim. Tudo bem, eu sempre o perdoava e passava a mão em sua cabeça com muita facilidade. Mas eu não precisava de alguém que ficasse apontando para mim todos os defeitos dele, até mesmo porquê, se havia alguém no mundo que dedicava muito tempo da vida o observando, essa pessoa era eu. Mas, agradeci a deus pelo resto da galera começar a chegar poucos momentos depois de essa nossa pequena discussão se encerrar.

Eu não estava 100% feliz, pois na minha opinião, faltava alguém ali. E esse alguém era ele, aquele cara branquinho e dos cabelos pretos, que tinha um sorriso lindo de criança e um olhar que transparecia serenidade e ao mesmo tempo sedução através dos seus olhos, que as vezes estavam azuis, e outras vezes levemente esverdeados. Mas a pequena social estava legal, ouvíamos musicas e bebíamos, muita vodka, tequila, alguns bebiam cerveja...

Em um dado momento da festa começamos a jogar um jogo chamado Dose Tripla ou Desafio, e é claro que já estávamos muito bêbados, porquê nesse tipo de brincadeira, você já entra sabendo que ou você apaga alcoolizado, ou em algum momento um desafio vai ferrar com você. Depois de algumas rodadas, pessoas já tinham se beijado, já havia meninos andando só de cueca pela casa, alguns já haviam sido obrigados a ligar para os ex para falar mil asneiras humilhantes e um amiga nossa tinha até mesmo conseguido arrancar um selinho do porteiro do meu prédio, que era até bonitinho.

E então da ultima vez que a garrafa rodou e apontou para mim, eu escolhi desafio e tive que acatar a exigência de Eduardo, um garoto que era amigo de Fernando. Quando ele disse se desafio houveram uma série de gritinhos, murmurinhos e muita zuação... Ele me desafiara a beijar Fernando, e fez questão de ressaltar que selinho só quem dava eram crianças de ensino médio, então, só valeria se o beijo eu déssemos fosse de língua, para ser mais quente.

Seria de extrema canalhice da minha parte dizer que eu havia me arrependido do beijo. Apesar de que eu não o faria se estivesse sóbrio, eu consegui pensar e me decidir se eu queria ou não realizar o desafio. Mas eu senti vontade de beija-lo naquele momento, senti uma atração física, carnaval, sem envolvimento sentimental. Apesar de Fernando ser um grande amigo. E, depois de Lipe, a pessoa que eu mais gostava em Goiânia. Afinal, Fernando era lindo, sedutor, tinha um corpo definido, era legal, simpático...

Eu apenas olhei para Fernando nos olhos, que retribuiu o olhar de imediato. Nossos rostos foram se aproximando lentamente e meus olhos se fecharam na mesma velocidade, até que os nossos lábios se encaixaram. Os lábios de Fernando eram macios, e sua boca tinha um gosto bom... Eu invadia a sua boca com a minha língua, enquanto levava minha mão à sua nuca, para acaricia la. O beijo estava molhado na medida certa, e transcorreu na velocidade certa, calma e moderada. Eu podia sentir algumas descargas de tesão pelo meu corpo, com aquele simples beijo, pois a muito tempo não ficava com ninguém... Depois de alguns momentos eu finalizei o beijo sem soltar a sua nuca, ficamos nos olhando nos olhos por milésimos de segundo e voltamos a nos beijar. Em nossos ouvidos ecoavam o som de gritinhos e assovios, além de algumas palavras até mesmo chulas de alguns, mas tudo em tom de brincadeira. Mas o segundo beijo não durou muito. Fernando finalizou com um selinho e nos recompomos, voltando cada um ao seu lugar no jogo.

O restante da brincadeira transcorreu da mesma forma, mas nem um de nós dois foi apontado pela garrafa novamente. Não tocamos no assunto do beijo, nem trocamos olhares e muito menos ficamos de climinha o restante da festa, eu naturalmente me distraí com os outros amigos e com o que estava rolando. E continuamos a beber. E eu bebi muito, coisa que eu raramente fazia.

Por volta de uma da manhã o pessoal foi embora, Fernando estava alterado demais para ir embora dirigindo e disse que ficaria pra dormir na minha casa mesmo, pois era perigoso. E eu concordei, não queria que nada acontecesse a ele mesmo. Liguei a luz do meu quarto e mandei que ele se deitasse lá e ficasse a vontade, pois no quarto de hóspedes não havia ar condicionado. Avisei que daria uma geral na bagunça e que não demoraria a ir dormir também. Eu estava extremamente bêbado, e em alguns momentos mal reparava no que estava fazendo. Minha vontade era de ligar para Lipe e perguntar se ele tinha chegado bem, mas já era muito tarde. Tirei a minha roupa ficando apenas de cueca e joguei no cesto de roupas sujas da despensa, por um momento esquecendo-me que não estava sozinho.

Chegando no quarto me assustei ao ver Fernando, que por suas vez também estava apenas de cueca, sentado na cama como quem esperava por algo. Ele me olhou da cabeça aos pés, e ao velho na minha cama apenas de cueca Box, não pude evitar que um arrepio toma-se conta da minha espinha e uma mala enorme se forma-se na minha cueca. Não falamos nada, nem se quer uma palavra, Fernando me olhou com um olhar de quem avisa que vai atacar, e minha expressão era a de quem suplicava para que ele não o fizesse, pois eu não iria resistir. Mas ele o fez, levantou-se da cama e andou em minha direção, mesmo que cambaleando e com dificuldade pela quantidade exagerada de álcool que havia ingerido.

Fechei os meus olhos ao sentir primeiro a sua mão escorregando e passando pelos meus ombros, peitoral e barriga... E então eu o puxei pela cintura com força, arrancando-lhe um beijo desesperado de tesão e pousando a minha mão em sua bunda, apertando-a com carinho, sem machucar, enquanto ele correspondia o beijo e passava a ponta de seus dedos em minhas costas, deixando-as marcadas pelas suas unhas. Uma de suas mãos pousou em meu membro que neste momento já lutava para rasgar o tecido da minha cueca de tão duro. Ele apenas o massageou durante o beijo e passou a me puxar para a cama, nós dois cambaleávamos até que ele caiu de costas na cama e eu subi encima dele. Voltei a beijado e pousei as mãos em suas cueca, tentando tria-la, o que ele facilitou. Depois de nu, Fernando conduziu-me a sentar na cama e ele sentou-se em meu colo, roçando o seu bumbum durinho em meu membro. E quando ele beijou novamente eu me lembrei. Me lembrei que Fernando era meu amigo, e percebi que eu estava ficando com ele naquele momento com um cara, pensando e desejando outro. Me soltei de seus braços que agora me envolviam e deixei-me cair para trás na cama deitando-me de olhos fechado, com ele ainda no meu colo.

- Acho melhor pararmos. – Falei ainda de olhos fechado, e assim permaneci, com vergonha de abrir e ter que encara-lo. Depois de alguns momentos ele simplesmente deitou-se ao meu lado na cama e virou o seu rosto, para o lado oposto do meu, e assim adormecemos.

No outro dia eu pude escutar um estampido na casa, mas ainda bêbado e de ressaca, tinha grande dificuldade de acordar, ou despertar, sei lá... Só depois de alguns momentos que tinha escutado o barulho é que me sentei na cama, esfregando os olhos, sem muito reparar ao que acontecia ao meu redor, e sentindo pontadas doloridas na cabeça. Quando levantei a cabeça e olhei para a porta do meu quarto vi que Lipe estava lá parado, observando. Ele estava imóvel, seu rosto vermelho, como sempre quando ele estava triste demais ou nervoso. Nos encaramos por alguns segundo sem nada dize, e pude perceber uma única lagrima escorrendo do seu olho esquerdo. Ele parecia que se segurava, como se sua vida depende-se disso, para não chorar. Lembrei-me que eu estava de cueca, olhei para o lado e Fernando, ainda adormecido, estava nu, e com o corpo exposto, pois havíamos dormido encima do coberto que talvez, se estivéssemos mais sóbrios, tivesse nos coberto durante a noite.

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Comentários

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Lipee, volta :'(... so pra elucidar a minha duvida, eis o trecho a que me refiro: "Sonhador. Era o que eu era. Chamado Felipe, filho mais novo, >>órfão de pai<<, duas irmãs, mãe e muitos parentes." Primeira linha do primeiro capitulo. Enfim, não some... to com vontade do seu conto rs.

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Nossa amei esse conto mais estou aguardando a continuação escreva logo pois nao pode parar de posta-lo e demora de mais!!! Mas mesmo assim ele e otimo!!!

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Puxa vida! Fudeu! Ansioso pela continuação. Nota 10!

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Gente, perdão! esqueci de acrescentar ao título que este capitulo foi escrito sob a visão do Caio. Muito obrigado pelos elogios, amei todos. E saibam que por mais que eu demore, e peço desculpas por isso, eu nunca vou abandonar o conto! E esclarecendo a dúvida de um dos leitores, as partes do Caio são escritas por nós dois em conjunto, e eu sou órfão de mãe e não de pai, você deve ter se enganado. Abraços a todos :))

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Fudeu kkkkkkk a mas não aconteceu quase nada...

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Eita porra que situação! rs ñ demora pra postar de novo

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Pensei que você tinha desistido do conto,enfim que bom que voltou e não nos abandone!

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PORRA :O !!! Otimo conto kkkk permita-me tirar algumas dúvidas: 1. No conto 1 você fala que é órfão de pai :s; 2. Está claro que são vocês dois escrevendo, mas é você -Lipe- escrevendo pelos dois ou o Caio realmente escreve? Do mais, como todo mundo, espero que tudo tenha dado certo pra vocês e não demora a postaaar quero muito saber o desfecho :)

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