Mesmo antes de conseguir ver o que estava acontecendo eu já sabia o que eles iam fazer. Diminui ainda mais a velocidade de minhas passadas, mas um sorriso de pura felicidade teimava em aparecer no meu rosto. Quando Max me ligou dizendo que era para eu voltar correndo para o nosso apartamento eu já tinha uma vaga ideia do que eles estavam aprontando.Hoje era o meu aniversario e eu estava voltando para a minha casa por esse mesmo motivo. Morro em uma republica universitária, mas não uma daquelas concedidas pelo governo. Minha família alugou um apartamento para mim que fica localizado no centro da minha cidade, ai vocês devem está se perguntando como eu morro em uma republica universitária se eu tenho minha própria casa. Simples, resolvi alugar todos os outros quartos, já que eu era apenas uma pessoa e na minha casa tinha quatro quartos. Depois de duas semanas que eu coloquei o anuncio no jornal Max apareceu em minha porta, um cara alto de olhos verdes mesclado com azul e um ano mais velho que eu, aos pouquinhos ele foi me conquistante e dois meses depois, com convivência diária, engatamos um namoro que dura até hoje. Depois veio o segundo casal, Leo e Matheus, e mais um quarto foi ocupado. Antes de Max e eu começarmos a namorar ele passou esse tempo em um quarto e eu em outro, depois que nosso relacionamento se consolidou ele se mudou para o meu quarto e está lá até hoje. Tudo ficou mais animado depois da chegada dos outros dois, saímos bastante em casal, é claro, e quase toda noite ficávamos na sala falando altas bobagens até bem tarde e assistindo algum filme que alugávamos. Eu estava no primeiro período de Nutrição, Max no primeiro de Educação Física, Leo Arquitetura e Matheus em Geografia.
Já tinha se passado seis meses e nossa convivência estava cada vez melhor, já andávamos de cueca na casa sem que ninguém ficasse constrangido ou excitado. Já estava convicto que ninguém iria mais aparecer na porta do meu apartamento e pedir para alugar um quarto, então imagine a minha surpresa quando em uma segunda-feira a noite, depois de uma seção de sexo intenso com Max, meu telefone toca e a pessoa do outro lado da linha pergunta se ainda tem quarto para alugar, disse que sim e ele me perguntou que dia poderia se mudar, como estava no viva voz Max respondeu por mim, ele disse que poderia ser na próxima semana. Então assim foi, uma semana depois o cara que me telefonou, Antenor, chegou e trazendo mais uma pessoa com ele, Júnior. Automaticamente eu pensei que eles fossem um casal, mas depois eu descobri que eles eram irmãos. Dividíamos a conta de Luz, água, telefone, internet e TV a cabo. Assim como ajudávamos nas despesas de casa. O único que tinha um caro era Antenor, ele já estava no segundo período de Administração e antes dele íamos para a faculdade de ônibus, o carro dele era espaçoso e tinha sete lugares, era um daqueles carros que parecem uma mini van.
O último a chegar no nosso apartamento foi o Levi, a sua chegada foi em um dos piores momentos possíveis, estávamos todos de cueca, os seis que moravam ali a quase um ano, quando a porta se abre em um estrondo. O garoto na porta era cheio de curvas e quilômetros de pernas. Todos nós ficamos estupefatos com o que estava acontecendo. Meu primeiro pensamento foi que ele era um anjo caído, cabelos escuros lisos que teimavam em cair nos seus olhos, sorriso resplandecente e olhos castanhos brincalhões. Ele deu um bom dia gritado e depois perguntou “É uma festa do pijama de dia?” Logo em seguida tirou a calça que estava vestindo e a camisa também, ficando só de cueca boxer vermelha no meio da minha sala, eu tinha que admitir que ele era mais gostoso apenas de cueca. Algumas horas depois já estávamos conversando como velhos amigos e o quarto e último quarto tinha um dono.
Parei em frente a porta de entrada, minha festa de aniversario surpresa, que não era tão surpresa assim, estava acontecendo do outro lado daquele pedaço de madeira. Respirei fundo mais uma vez, abri a porta e fiquei momentaneamente cego e surdo pelos gritos e flashes. Sorri em meio em toda aquela cacofonia para os meus sentidos. Depois senti o que pareciam ser centenas de braços me abraçando, mas eu sabia que apenas meus amigos estavam ali. Max me deu um super, mega, hiper beijo na boca e eu respondi com o mesmo ardor e paixão. Levi pulou em cima de mim como se eu fosse uma mamãe macaco e ele o meu filhotinho. Gritou um “Parabénssss!!!” bem alto no meu ouvido, dei um abraço apertado nele e disse um “Muito obrigado, Levi” bem mais baixo do que a sua felicitação. E o resto da noite foi apenas alegria, eles perguntaram-me se eu não queria sair e me divertir, disse que não, queria apenas ficar com eles. Bebi muito, nunca tinha ficado tão bêbado como eu tinha ficado hoje, dancei, gritei, tentei cantar – mas não deu certo – resumindo, foi a melhor noite da minha vida. A coisa toda ficou melhor ainda quando depois de tudo ter acabado e todos estarem dormindo Max, meu namorado, me levou para o nosso quarto e rolou. Fizemos sexo quase que até sete da manhã, mas minha alegria ficou mais completa quando ele pegou uma caixinha preta de dentro do bolso da calça e estendeu para mim. Eu como estava em um estagio letargio pós foda não me toquei que eu tinha que pegar aquela caixa.
Foi preciso ele me cutucar para eu cair na real. Max colocou um anel de compromisso em meu dedo e me mostrou o que ele usava. Chorei emocionado, e um pouquinho bêbado também, transamos mais um pouco.
Eu tenho 20 anos, Max, Matheus e Leo tem 21 anos cada um. Antenor tem 23, Júnior 22 e o mais novo é o Levi com 17 anos. Sete pessoas morando em uma casa era uma grande festa todo dia. Levi era a personificação da alegria, sempre sorrindo e de bom humor. Cinco de nós são gay, Antenor e Júnior são héteros convictos e pegadores, mas não tinham nenhum problema ou ficavam enojados quando Max e eu nos beijávamos ou quando trocávamos carícias. Eles pegavam no pé de Levi 24 horas por dia, já que ele era o mais novo. Era engraçado de ver quando eles traziam algum amigo – gay – para dar em cima de Levi, aliás meu amigo mais novo era um poço de sensualidade. Teve um dia que ele estava comendo sorvete, do pote mesmo, quando terminou de comer ele começou a chupar os dedos melados, juro! Foi a coisa mais sensual do mundo, até eu fiquei excitado, quando ele viu que todos nós encarávamos ele de forma extremamente sexual, ele arqueou uma sobrancelha em confusão e depois abriu um sorriso iluminado. Automaticamente fiquei com raiva de mim mesmo, ele era um banquete para todos os sentidos e nem tinha consciência disso. Depois nós, os seis mais velhos, juramos que Levi seria um irmão mais novo para todos nós.
Acho que eu ainda não me apresentei, meu nome é Anderson ou para os íntimos, Dinho. Filho de um dono de uma rede pequena de supermercados no estado, mas que rendem um bom faturamento por mês, foi assim que eu consegui o meu apartamento. Todos os seis mais velhos trabalhavam e assim as contas não ficavam tão pesadas, mas Levi ainda não trabalhava. Mas ele tinha consciência disso e não exagerava nos gastos, a única coisa que ele quase nos leva a falência é com comida, Levi é magro, mas come que é uma beleza. Estava me arrumando para ir para a faculdade quando Levi entra no meu quarto esbaforido e com os olhos arregalados de pavor, acho que ele nem se deu conta que eu estava só de cueca e Max pelado.
— Código 53! — Gritou e saiu correndo mais uma vez, só que agora para dentro do meu banheiro, derrubando Max no ato de fechar a porta.
Esse código doido Levi invetou no casso de algum cara querer dar encima dele. Um cara olha de esguelha para ele no supermercado, código 53. Um outro toca no seu ombro e pede com licença, código 53. E mais um outro pergunta as horas, código 53. Resumindo, meu amigo tem medo dos caras.
— Levi para de loucura e sai do banheiro! – Max gritou, em resposta escutei um grunhido choroso e dei um risinho.
— Vai lá na porta, Dinho – Levi disse e depois acrescentou – Por favor.
— E o que eu vou disser dessa vez? — Tentei prolongar esse momento ao máximo, todo dia de cada semana isso acontecia. Levi era um imã para homens, mas não queria nem um – As minhas desculpas todas já acabaram.
— Diz que minha tia morreu.
— Que tia, Levi? — Max perguntou, puxando-me para o seu colo e beijando meu pescoço – Que eu saiba todos os seus tios e tias estão bem vivos.
— Então diz que eu morri – Gritou desesperado.
Max olhou para mim e eu olhei para ele, começamos a rir.
— E você morreu exatamente de que, Levi? — Max tentava demonstrar curiosidade e seriedade, mas sua voz saiu tão jocosa que eu comecei a rir novamente.
— Vá se foder, Max! — Guinchou raivoso.
Rimos mais um pouco e fomos resolver o “problema”. O cara era um partidão, bonito além da conta, mas disse para ele que Levi já tinha um namorado, então como parte do combinado Antenor entrou na sala, com o peito estufado e usando aquela voz grossa dele para disser que ninguém tomaria Levi dele. Ânimos e vozes se exaltaram, quando Antenor ou Júnior encenavam serem os namorados de Levi, eles levavam bem a sério o papel. Quase que eles dois saiam no tapa. Mas no final o cara foi embora emburrado e deixou a seguinte frase para Antenor “Quando ele não te quiser mais eu vou querê-lo” e foi embora.
Depois o causador daquela confusão e começou a pedir desculpa até para a parede. Ele estava no primeiro período de Gastronomia, mas sabia cozinhar perfeitamente. Quando ele disse que faria qualquer coisa para se redimir automaticamente todos nós dissemos que ele fizesse o almoço e o jantar por uma semana, ele não reclamou e foi fazer a comida. Se fosse para morrer de algum pecado, eu escolheria a gula, comi duas vezes e fiquei maravilhado quando ele disse que a sobremesa era pudim de leite com calda de chocolate e frutas vermelhas. Quase chorava de emoção quando eu coloquei a primeira colherada na boca. Estava tão bom!
E assim foi o resto da semana, Levi fazia o almoço e o jantar para todos nós. Não era só eu que babava – no bom sentindo – pela comida dele. No sábado a noite, depois de ter comido bastante, eu senti uma vontade enorme de sair. Disse isso pro Max que adorou a ideia, sendo assim duas horas depois todos nós sete estávamos dentro de uma boate movimentadíssima aqui da cidade. Foi fogo convencer o segurança para Levi poder entrar, mas depois que ele viu que Levi essa aquele garoto estonteante de calça skinny cós baixo e camisa social apertando a cinturo, o segurança só faltou colocar um tapete vermelho para ele.
— Você viu como ele te olhou depois que você passou? — Matheus perguntou para o mais novo.
— Não – Foi a resposta dele. Poderia parecer que ele estava fingindo, mas não, ele realmente é desligado quando o assunto é a beleza dele.
O movimento ainda estava fraco, compramos passagem para a área mais reservada. Não gostava de ficar no meio de muita gente, as vezes eu sentia uma mão boba na minha bunda, mas continuando. Fomos firmes quando Levi disse que queria beber, todos dissemos não e ele ficou emburrado em um canto e nem sequer dirigia a palavra para conosco. Mas a nossa firmeza não durou muito, três horas depois eu já estava superbêbado e meus amigos também, Levi perguntou novamente se poderia beber, todos consentimos. Sei que é erado, mas apenas nós poderíamos nos divertir? Seria injustiça fazer isso com ele. Sou muito fraco quando tem álcool na minha corrente sanguínea, quando sóbrio não sou um poço de seriedade, mas bêbado eu ficava muito mais solto. Eu vi Levi bebericando um copo de cerveja, sério mesmo! Apenas golinhos pequenos, quem é que toma cerveja como se estivesse bebendo um café quente?! Ninguém!
— Vamos para a pista de dança? — Soltei de repente, todos concordaram e começaram a se levantar da mesa onde nós estávamos sentados. Levi permaneceu no mesmo lugar, bebericando a cerveja – Você não vem, Levi?
Ele fez negativo com a cabeça e Max começou a me puxar, ele queria dançar... e eu também. A cerveja tinha o poder de me deixar mais solto, mas não tinha como me ajudar a dançar melhor. Não dançava como um pato morrendo de infarte, não, estava mais para um macaco com piolho. Toda hora Max reclamava que eu pisava no pé dele, sempre recompensava com um beijo longo e demorado. Ele me prendia em seus braços, rodeava a minha cintura, mordia meu pescoço e orelhas fazendo assim que pequenas descargas elétricas percorressem meu corpo.
— Para Max! — Mas não fazia nada para impedi-lo – Você quer me fazer transar com você aqui e irmos presos?
— A parte de transar é uma boa – Respondeu, mais uma mordida lentamente sensual em minha orelha — A de ser preso terrível.
Já ofegantes e excitados paramos de dançar e começamos uns beijos bem safados. Mas nem durou muito, o que se pareceram segundos depois fomos interrompidos por um cara que falou que estávamos atrapalhando a circulação do pessoal. Quando desgrudamos nossas bocas vimos que um circulo tinha se formado e um cara – que mais parecia um armário – estava parado no meio. Escutei uma garota cochichando atrás de mim com a amiga que ia ter uma apresentação de dança hoje. Achei muito bom, íamos ver dançarinos de verdade e não uns pernas de pau – exemplo: eu – tendo convulsões na pista de dança. Rapidamente Matheus, Leo, Antenor e Júnior, que levavam garotas com vestidos curtíssimos debaixo de seus braços, se juntaram a nós. Perguntaram pelo Levi e antes que eu pudesse responder ele aparece do meu lado sorrindo, como sempre, e disse que iria ver a performance mais de perto. A música começou e o homem/armário começou a se movimentar de uma maneira totalmente erótica e sensual. A primeira coisa que me veio a cabeça era que ele era um gogo-boy.
A boate não era predominantemente gay, tinha bastante héteros ali. Mas nenhum dele estava reclamando, mas quando eu pensei que ele tiraria a calça por causa de um movimento de mãos que ele fez, eu me surpreendi quando outro dançarino – menor, mais magro – se juntou a ele na dança. O grandão laçou a cintura do menor e ficaram em um agara agara pra lá de sensual. A coisa toda era sensual, não tinha como negar, mas parecia que o menor dançarino estava fazendo apenas por fazer. Ele não olhava para a plateia, não olhava para o outro dançarino e erava vários passos da coreografia. As pessoas já estavam começando a ficar desinteressadas e escutei quando pelo sistema de som do local uma voz masculina e cheia de estática disse:
— Não se apresem pessoal – A música parou e as pessoas escutavam o comunicado – Sei que a performance não está agrandando a muitos – Vaias e gritos em concordância ecoaram pelo ambiente – Então foi por isso que eu lançarei esse desafio. Qualquer pessoa do publico pagante que quiser ganhar um prêmio de 3 mil reais... — Exultações e mais gritos - ...só teria que dançar com o Emer ali – O cara que parecia um armário levantou a mão – E consegui a aprovação do restante.
O ambiente ficou em um completo silencio, o dançarino menor bufou irritado e gritou “Eu sou o dançarino principal, então eu vou levar esses 3 mil”. Mas a música não tocou, o outro não se mexeu e o resto do pessoal explodiu em vaias. Depois que ele viu que não tinha como dançar novamente, o cara saiu correndo, abrindo caminha a cotoveladas pelas pessoas que assistiam o espetáculo parado. Novamente silencio, quando eu pensei que ninguém ia se manifestar imagine o quão grande foi a minha surpresa quando eu vi Levi andando na direção do homem e parando ali.
— Ora, acho que temos um dançarino na plateia – A voz disse e depois riu — Como é seu nome pequeno?
— Levi – Respondeu – Levi Aragão.
— Sabe dançar, Levi? — Confirmação com a cabeça – Então... solta o som, DJ!
Mas não tocou a mesma música que tocava anteriormente, começou com um forró com batidas eletrônicas. Levi respirou fundo, abriu um imenso sorriso e começou a dançar. O outro, Emer, também se juntou a ele e segundos depois eles estavam grudados dançando um forró. Em nenhum segundo o sorriso saia do rosto do meu amigo, era engraçado de ver quando Emer tentava abaixar a mão e tocar na bunda dele, mas Levi não deixava. O forró mudou para um samba, Levi o empurrou, mas não de um jeito rude, mas daquela maneira sensual de quando alguém supergostoso te beija mais você tem que fazer a santa para ele não pensar que você é uma puta. Começou a sambar, os pés mal tocavam o chão e já estavam no ar, as mãos no ar sacudindo no ritmo da música, era lindo de se ver. Do samba mudou para o reggae. Bob Marley eletronizado ecoou pela boate, eles se grudaram novamente, Levi apoiou a cabeça no ombro de Emer, que o rodeou apenas com o braço esquerdo, o direito ficou balançando paralelo ao corpo. Eu ainda estava embasbacado com Levi, ele sabia dançar? Como? Onde? Quando? Depois aquelas músicas que tocam no carnaval começaram, eletronizadas é claro. Eles pulavam, giravam, rodavam, batiam as mãos e os pés. Quando eu vi todo o pessoal que estavam assistindo começaram a gritar em aprovação.
Country, Rapp, Rock, Pop Internacional. Tudo isso eles dançaram, estava evidente que o cara que estava dançando com Levi estava bastante excitado e era mais evidente ver que meu amigo não se tocava desse fato. Finalmente chegou o funk. Levi parou, levantou a mão e a música parou, todos olharam pra ele.
— Eu não sei dançar funk de calça – Disse meu amigo.
— Então a tira! — Foi o que a voz na caixa de som disse – Subo o valor para 5 mil.
— 6 mil ou nada feito – Retrucou.
Silencio. Mas foi apenas por alguns segundos, logo depois o homem gritou “Feito!” e Levi tirou a calça. Foi quando todos da boate foram a loucura, mas não era para menos, já falei como o meu amigo é gostoso? Ah deixa pra lá! A música começou e eles começaram a dançar, mas gritou alucinados ecoaram quando Emer tirou a camisa e um tórax sarado, grande e um pouquinho peludo ficou à mosta. Levi colocou as mãos nas coxas e começou a rebolar, Emer com as mãos entrelaçadas na cabeça foi se aproximando dele, era visível a excitação dele. Levi levantou, virou de costas e avançou para cima do ouro cara, entrelaçou as penas na cintura dele e os braços no pescoço. O ar ali estava carregada de sexualidade, reparei também que Emer não era a única pessoa excitada, vários homens com depressões no meio das pernas encaravam aquela dança de maneira hipinótica. Matheus, as acompanhantes de Antenor e Júnior e eu estávamos tendo dificuldade para controlar nossos homens, Max dava passos para frente e eu o puxava para trás. Levi continuava agarrado ao outro cara, que tentava beijar meu amigo desesperadamente, mas sem sucesso. Ele desceu e foi empurrando o cara maior até no chão, deitando-o e depois subindo em cima dele. Ondulava pelo corpo musculoso de Emer e quando fazia isso sua bunda ficava empinada e os outros caras deliravam. Não sei como foi que Emer e Levi criaram essa química sensual se eles nunca tinham se visto antes, quando a música estava chegando ao fim Emer, com toda sua malemolência, apertou as nádegas do meu amigo e o sentou sobre o seu membro duro.
Quase pude ouvi o gemido dele, juro! As outras pessoas estavam se agarrando, o tesão estava tão forte aqui que estava sendo difícil até para eu manter meu juízo no lugar. Levi subiu e desceu naquele parte da anatomia de Emer e quando a música acabou Emer gozou... assim como várias outras pessoas, até o meu namorado. Ele se levantou dali, extremamente envergonhado, Emer estava no chão, arfante e com uma macha no meio das pernas.
— Você merece ganhar muito mais do que seis mil – A mesma voz que antes saia apenas por caixas de som agora tinha um rosto, um corpo e... uma mancha no meio das pernas. Mas que merda! Ele parecia ter quase quarenta anos, mas um quarentão bem conservado – Foi ótimo sua apresentação, meu nome é Lúcio.
— Cade o dinheiro? – Foi o que o meu amigo falou – Preciso ir.
— Sem pressa, belezura – Ele deu um passo pra frente e passou a mão no rosto de Levi – Não quer ir até o meu escritório?
— Não! — Vi como o meu amigo estava nervoso e resolvi ajudá-lo, andei até eles dois e o envolvi em um abraço apertado.
— Ele não quer ir no seu escritório – Respondi firmemente – Mas eu posso ir, você ainda deve o meu amigo aqui.
— Sim, sim – Desdenhou com um gesto de mãos – Vou pagar – Tirou um talão de cheque de dentro do paletó que vestia e uma caneta também. Fez um movimento mínimo com o pulso e estendeu o pedaço de papel para Levi, que não fez nenhum movimento, então eu peguei o dinheiro – Espero ver você de novo por aqui, Levi.
Meus amigos estavam todos ao nosso redor, Júnior com a calça dele na mão. Levi não olhava para frente e nem para os lados, mantinha a cabeça baixa. Ainda estávamos bastantes bêbados, mas, mesmo assim, Antenor dirigiu, sei que é imprudente, mas fazer o que? Ele dirigiu devagar, bastante devagar. Assim que chegamos em casa Levi saiu correndo para o quarto e não saiu no dia seguinte até que eu fosse até lá e ameaçar chamar os bombeiros para derrubar aquela maldita porta, podem crer, foi assim que eu falei. Ele saiu e o levei até a sala onde todo o resto do pessoal estava. Tínhamos muito o que conversar.