Fala aí pessoal do CDC, meu nome é Rafael, mas podem me chamar de Padawa. Sim, é um apelido carinhoso dos meus amigos. Tenho alguns anos aí, nada que caiba a mim citar aqui. Já publiquei algumas coisas aqui, nesta mesma plataforma, mas agora imagino estar mais experiente. Atualmente moro em Florianópolis, em Santa Catarina, estudo em uma escola particular, e tenho bons amigos, ao menos os quais creio poder confiar minha vida. Vamos ao que interessa, o que relato é um conto fictício, e, dependendo do que vocês decidirem, vou fazer uma série, não muito estentida, e espero que vocês realmente gostem. Andei pensando, por algumas horas, em algo que fosse legal postar aqui. Então aproveitem, deixem seu voto, compartilhem e vamos lá! Vou contar em primeira pessoa, quero incorporar o espírito da personagem.
Mariana é minha melhor amigo, espero que durante todos esses anos que convivemos juntos, não só na escola, mas com a grande amizade que nossos pais desenvolveram, eu não tenha caído na friendzone. É, talvez eu tenha caído, mas não me contento. Somos amigos, não tão inseparáveis, porque basta ela arrumar um namoradinho e pronto, o bobo aqui fica para trás. Mas amigos, amigos, relacionamentos à parte. Lembro-me até hoje da primeira vez que conversei com a Mari, estávamos na pré-escola, e tínhamos turno integral. Minha mãe me deixava cedo, e voltava, pelo que lembro hoje, lá pelas 16h. Neste dia, em especial, a professora não fora à classe, e todos tivemos de voltar às casas. Meus pais trabalham o dia inteiro, então não teria meio de eu voltar para casa, já que assim que cheguei na escola meu pai saiu. Todos estavam a posto de ir embora, mas não havia quem me levasse embora.
- Você vai ficar aqui até quando? - sussurrava doce e finamente aquela voz de criança, que para mim era música.
- Não sei. Minha mãe foi embora, não sei. - Falei nervoso. Apesar da pouca idade, eu já tinha consciência da timidez.
- Por que não pede pra mamãe ficar com você até a hora da aula acabar, lá em casa?
- É que minha mãe vai xingar...
- Pede para mamãe ligar para a sua - Um fato, ao menos, é que todos possuíamos os números dos responsáveis nos fichários da escola.
- Pede pra mim, se você puder...
Aí começava a nossa amizade. Éramos amigos a partir dali, eu fui pra casa dela no primeiro dia de amizade ainda na pré-escola! Tinha tudo pra ser uma friendzone em estado de coma: profunda.
A partir dali, todas as poucas vezes em que a professora não pôde ir, eu ia à casa de Mari.
Os anos passaram, o segundo, terceiro, quarto, quinto, sexto, sétimo e oitavo ano estavam nos deixando cada vez mais unidos.
Fiz um recesso de 6 meses da escola em que estudava, tive de passar um tempo com meus pais, em outra cidade, devido a um problema com minha avó. Ali era a primeira vez em que ficávamos tanto tempo sem nos vermos. Eu estava começando a ficar triste, afinal, não tinha amigos naquela cidade. Comecei a chorar, em um dia qualquer, e senti uma falta tremenda da Mari. Abri o perfil do facebook dela, olhei suas fotos, reparava em cada detalhe. Ali eu descobria, a cada instante, que eu estava apaixonado. Sim, apaixonado. E agora? O que poderia eu fazer? Uma paixão de adolescente não é fácil de ser curada. Mas como eu só fui perceber isso só agora? Será que a distância nos deixa sentir a realidade? Talvez. Não, talvez não, é óbvio! E ali começava uma longa jornada de drama. Dois meses haviam passado, e eu sempre mantinha contato com a Mari pelo skype. Era difícil ouvir a voz dela, e não poder nem sequer dar um abraço apertado, o qual eu costumava dar todos os dias, em todos os momentos que eu podia. Talvez eu já fosse apaixonado, me aproveitava disso, mas não sabia. Ou ao menos não queria saber.
Três meses, a saudade batia forte. Decidi abrir o facebook. Escrevi um texto enorme, disse tudo o que sentia, e no final coloquei um simples: "É, maninha (como eu costumava chamá-la), acho que estou amando"
- Quem é a piranha? - disse ela repetindo vários K no bate-papo.
- Um alguém. Começa com Mari e termina com Ana.
Naquele instante eu vejo o sinalzinho verde do batepapo sumindo.
- Que merda eu acabei de fazer? - pensei por mim.
Dois dias se passaram, e ela parecia não postar nada. Enviei mensagens de desculpas, mas nada.
Três dias depois ela enviou no bate-papo:
- Por que tu faz isso, Rafael? Durante todos esses anos, com todo esse afeto que temos como amigo, tu consegue estragar nossa amizade?
- Por que você acha que falei só agora, Mari?
Mariana está digitando...
Pessoal, eu sei que o negócio da maioria aqui é ler sobre sexo, sabendo que este é um site especialmente pra isso. Mas um romancezinho de leve não faz mal a ninguém...espero que curtam ler essa série, se vocês gostarem, eu continuo. Se não gostarem, também vou continuar. Tem muita coisa pela frente, o sexo chega lá no segundo episódio, então esperem!
Abraços do Padawa.