Sem internet é foda...Só pude hoje agora nesse horário.
Vamos logo ao história.
Capítulo 04
(Na livraria que estava sendo montada)
Lorde Vladiskaius está indo visitá-lo, o dono da livraria, Draik. Ele chega lá e abre a porta.
-Bom dia.-Disse ao chegar no balcão.
-Bom dia. O que o senhor deseja?
-Eu busco o filho de Hati.
-De que editora?
-Não é um livro, sr. Wascott. É você. O filho de do Grande Lorde Hati Wascott.
-O senhor deve estar enganado. Meu pai se chama Niklaus Wascott.
-Niklaus?-Vlad olhou nos olhos de Draik. "Estranho.", pensou o Lorde, "Eu tenho certeza que ele é filho de Hati. Os olhos cinza-lua não me confundem. Com certeza ele não sabe."-Em que ano você nasceu?-Perguntou o Lorde.
-Eu sou só um simples bibliotecário e dono de uma livraria pequena. O que você quer?
-Em que ano você nasceu?-Repetiu a perguntaSatisfeito?
-Sim!-Olhou em volta para a livraria.-Você já teve algum cliente?- Draik bufou.
-Não. Abri hoje.
-Eu quero um livro. Considere um presente de boa sorte.
-Qual o senhor quer?
-Canção dos Nibelungos. Você tem?
-É claro que eu tenho. É o meu preferido. Vou pegar.-E foi para os fundos da loja.
-Ele não sabe que é filho de um Lorde Fenris.-Disse para si mesmo.- Não representa ameaça alguma. Sequer sabe de sua natureza bestial.
-Está aqui.-Disse colocando um livro verde em cima do balcão.
-Quanto é?
-Considere um presente.-"Presunçoso como o pai."
-Qual o seu nome mesmo?
-Draik, Draik Wascott.
-Prazer, Draik. Eu sou o Lorde Vladiskaius Ceaser. Gostei de você garoto.
-Eu confesso que você não me causou uma boa primeira impressão.-Disse friamente.
-Gostei. Sincero.-"Me lembra meu irmão. Frio, mas sincero."-Tenha um bom dia.
-Bom dia pra você tambem.
Quando Vladiskaius ia sair, o jovem Maxwell entra na livraria, e quase esbarra com o Lorde.
-Opa. Desculpe, senhor.-Max disse desviando de Vlad.
-Não precisa se desculpar. Você não me feriu. Guarde suas desculpas para quando ferir alguém. É um conselho que dou a você.
-Obrigado. Minha mãe diz que conselhos nunca servem para serem feitos, mas para serem dados aos mais jovens.
-Sua mãe é sábia. Lorde Vladiskaius Ceaser.-E esticou a mão para cumprimentá-lo.
-Charlie Maxwell Evans.-Disse apertando a mão de Vlad. Mas quando suas mãos encostaram-se, Vlad viu algo muito confuso e claro ao mesmo tempo.
-E seu pai o que diz, sobre sua mãe?
Charlie entristeceu sua fisionomia. Mas o que importava para Vlad? Ele precisava saber, verificar a imagem que viu.
-Meu pai me abandonou. A mim e a minha mãe.
-Que lástima. Olhe, sem querer ser abusado, mas como cheguei muito recentemente na cidade, eu gostaria de poder levar sua mãe para jantar comigo. Se não for abuso. Eu gostei de sua sabedoria, é muito difícil de encontrar mulheres sábias e inteligentes, como sua mãe me parece ser.
-Minha mãe não se diverte desde que o meu pai saiu de casa. Vive triste pelos cantos. Façamos assim, eu falo com minha mãe, se ela quiser eu ligo para você.
-Façamos assim, então. Você tem papel e caneta para que eu possa anotar meu número?
-Claro. Toma.-Disse entregando nas mãos de Vlad. Ele anotou e entregou de volta para Max.
-Qual o nome de seu pai, sr. Evans?-Vlad perguntou ainda confuso.
-Minha mãe diz que ele se chamava Hachiman. Por quê?
-Nada não. Curiosidade. Agradeço pela saciedade. Toma.-Disse entregando o livro verde nas mãos dele.-Eu conheço cada letra desse livro. Considere um presente de cortesia.
-Valeu. Canção dos Nibelungos.-Disse lendo a capa do livro. Quando tornou a olhar ao redor, o Lorde tinha ido embora.-Estranho. Esse cara é excêntrico. Eu gostei dele, parece ser um cara que vale a pena a minha mãe investir. Mas enfim vou voltar a fazer o que eu ia fazer.-Disse consigo mesmo.
Entrou na livraria e se encontrou com Draik lendo no balcão.
-Edda em prosa. É bom esse livro?
-Ah! Oi, garoto loirinho.-Disse se levantando. E apontou o dedo para ele.-Max não é?
-Você se lembra. Poxa valeu. Quase ninguém lembra de mim. E você é o Draik.
- E como esquecer de um adolescente que ainda lê. Vai querer algum livro?
-Vou sim. Você tem Vida Nova, de Dante?
-La Vita Nuova, Durante di Alighiero Degli Alighieri. Amo esse livro. É claro que eu tenho. Está ali naquela terceira prateleira no segundo corredor. Deixa que eu pego.-Disse saindo de perto do balcão e se dirigiu ao local da localização do livro. Pegou-o e entregou ao Max.-Aqui.
-Obrigado. Quanto?
-Presente. Você é o meu segundo cliente. Apesar de o primeiro ser meio doido de pedra.
-Aquele que saiu agora? Vladiakaus?
-Acho que era Vladiskaius.
-É, ele é meio excêntrico. Bom eu tenho que ir. Tchau. Valeu pelo livro.
-Que é isso. Foi um presente. Ei Max!-E o Max se virou para ele- Você quer sair comigo? Eu cheguei a cidade recentemente, sabe.
-Claro! Tô precisando mesmo. Pode ser mais tarde? 20h?! Que tal. Conheço um lugar que faz um sanduíche com triple cheese do mal.
-Ok! Pode ser sim. Mas eu sou vegetariano. Algum problema?
-Oba, beleza, sobra mais carne pra mim. Até mais tarde.
-Até.
Quando Max saiu, ele retornou para a sua cadeira e voltou sua atenção para o seu Edda em prosa. E assim passou se o tempo.
(No carro de Vladiskaius)
Enquanto Vlad dirigia seu porsche vermelho, ia pensando em teorias para o que viu ao tocar na pele de Maxwell.
-Aquele garoto...ele foi capaz de barrar meu hipnotismo. Só fui capaz de induzi-lo a aceitar meu convite. Ele possui uma aura muito forte. Hachiman, Hachiman, Hachiman. Eu já ouvi esse nome em algum lugar. Mas não consigo me lembrar.-De repente o telefone dele toca.-Alô! Sim, sou eu. O que desejas? Ah! Sim! Pode mandar para a minha casa, meu empregado irá recebê-lo. Tenha um bom dia.-Disse desligando o celular.-Ao menos uma notícia boa.-Foi quando ele freou bruscamente.-HACHIMAN! O COMANDANTE ASURA, HACHIMAN. Os japoneses o chamam de O Deus da Guerra. Um filho de um Fenris e um filho de um Asura, na mesma cidade. Isso não é boa coisa. Bestas e Asuras nunca se deram bem. Mais uma bomba nas minhas mãos! Meu irmão, você faz uma falta.-E suspirou e dirigiu em direção à sua casa.-Mas a máscara que eu vi ao tocar na pele do sr. Evans, ainda não consigo entender. Porque uma máscara azul? Isso me incomoda mais do que o fato de ver o Filho de Hati junto ao Filho de Hachiman. Eles não me representam ameaça alguma. Preciso me focar é no coração que está com o garoto O'Brien. Amanhã irei falar com ele. Sem falar na besta que está atraindo a atenção dos caçadores.
(De volta ao colégio)
Aleksandr e Bradock estavam cumprindo a punição dada pelo diretor Laurie... Aliás, nem falamos do diretor não foi?
Jacques Blake Laurie é o diretor do Colégio Publico de Oak Hills, sendo formado em pedagogia e doutor em Física Quântica e Psiquiatria Psicopática, com 45 anos, 1,64 m, olhos negros, pele branca e cabelos grisalhos. Seu melhor amigo é o pai de Aleksandr. Ninguém sabe de seu passado, nem mesmo Cassius, só se sabe, que já foi casado, que conhece Tahlia a muito tempo, e seus diplomas universitários são todos de Harvard.
Voltando aos purgados. Ambos estavam na biblioteca ajudando Tahlia a separar as provas por turma que, "sem querer", ela derrubou e misturou.
Tahlia deu um suspiro de tédio e disse:
-Divertido, não?!-Disse irônica.
-Muito divertido.-Disse Bradock acompanhando a professora na ironia.-Uhuuuu!-Disse levantando nada mais que os pulsos.
Aleksandr estava bem concentrado no que fazia. Até que se atrapalha e começa a errar a separação. O tédio o matava. Naquela hora, às cinco da tarde, era para estar praticando seu arco e flecha. Agora teria que ficar até tarde praticando para compensar a falta.
Tahlia se levantou e disse:
-Bom, meninos. Eu tenho que fazer uma ligação e já volto. Continuem.-E saiu da biblioteca.
Ambos ficaram só, na mesa redonda, trabalhando separando os papéis. Querem, leitores, fazer um homem matar alguém ou se matar? Mate primeiro de tédio. O tédio é o maior inimigo do homem. Ficaram sem se falar por quase meia hora, até que o Bradock não aguentou:
-Tá calor hoje não é?
-É.-Aleksandr disse secamente.
-Trabalho chato, não é?
-É. Muito chato.-Disse secamente.
-Por que você é tão seco comigo?
-Por que você é um idiota com o meu melhor amigo.
-O Charlie? Ele é um banana sentimental, e é inconveniente.-Aleksandr olhou nos olhos dele e disse:
-Isso você tem razão. Ele é um banana sentimental e muito inconveniente às vezes. Mas ele é como um irmão que eu nunca tive. Prefiro um banana sentimental e inconveniente perto de mim do que ninguém.
Bradock se calou e ficou pensativo. O único amigo de verdade que já teve foi o Aiden, que, infelizmente, foi embora.
-Você deu um belo soco de direita, Bradock.-Foi a vez de Aleksandr começar a conversa.
-Valeu! Você tambem é forte. Pratica algum estio de luta?
-Não. Só pratico arco e flecha.
-Ah! Sei. Muito massa, arco e flecha. O estilo de luta que eu acho muito bom é a esgrima da escola alemã.
-Estranho!
-Por que?
-Esgrima Alemã é o estilo e escola que o Charlie pratica.
-Sério? Não sabia. Ele pratica desde quando? E com quem?
-Com a mãe dele e desde os cinco anos.
-Nunca vi. E olhe que eu sou vizinho de frente dele.
-Parece que é na casa dos avós dele, que fica na floresta.
-Ah!-Depois voltaram a focar no silêncio e no trabalho.
-E a sua mãe, Aleksandrovich?-Aleksandr bufou de raiva.
-Minha mãe sumiu pouco antes de eu completar um ano de idade. Mas antes me deixou dois presentes.-Disse irônico.-O nome Aleksandrovich, no qual eu odeio. E isso.-E levantou a blusa de manga comprida. Bem no lado esquerdo, pouco acima do peito, uma cicatriz.
-Uma cicatriz? O que houve?
-Minha querida mãe tentou me matar.-E abaixou a blusa.-Se não fosse pelo fato de que meu coração se localiza no lado direito do meu peito, eu não estaria vivo hoje. Por isso não gosto que me chamem de Aleksandrovich.
-Eu não sabia. Aleksandr.-Ficou meio constrangido com a falta grave que cometeu.
-E a sua família, me fale dela.-Questionou Aleksandr.
-Por que você quer saber? Não somos inimigos?
-Quando se conhece um inimigo, paramos de odiá-los e passamos a amá-los, e somente assim é possível que o derrotemos.
-Uau! Que frase de efeito. Bem eu sou adotado na verdade. Fui adotado quando tinha um ano e meio. Meus pais são comuns, iguais a todos os outros. Meu pai gosta muito de caçar. É um caçador nato. Sou um péssimo caçador. Meu irmão mais velho tem um faro do demônio.
-Sério? Meu pai tambem é um caçador.-E ficaram pouco mais de cinco minutos em silêncio.
-Qual a sua banda ou cantor preferido?-Indagou Bradock.
-Por que perguntas?
-Conhecendo o inimigo.-Disse ironicamente.
-Ok! Charlie Brown Jr.
-Oi? Essa banda não é americana, não, né.
-Niet. É brasileira. Meu pai tem raízes fortes no Brasil. Ele só está a vinte anos morando aqui nos Estados Unidos. Quando minha mãe foi embora, eu e meu pai fomos para o Brasil e moramos por quatro anos lá.
-Eu não entendi o "niet". É brasileiro?
-A língua do Brasil é português. E "niet" é não em alemão. Minha mãe tem descendência alemã. Meu pai fala fluente alemão. Ele me ensinou.
-Ah! Eu falo no máximo, além de inglês, francês. Sou descendente de franceses.
A professora Tahlia chegou nesse momento.
-Desculpe a demora, meninos. Já terminaram?-E olhou para a mesa.-Que bom. Vejo que são bastante eficientes. Obrigada. Podem ir.
E ambos se ajeitaram para ir embora. Antes, Tahlia pediu para que ambos a ajudassem a guardar os papéis. Depois de guardado, foram embora.