Estávamos próximos a panificadora do Extra comprando algumas coisas, pães e namorando alguns bolos, eu queria comprar, mesmo sabendo que era gula e que provavelmente perderia na minha cozinha, estava todo distraído e do nada um cara brota na nossa frente estica o braço para pegar um pacote de pães e eu sinto aquele cheiro gostoso de 212 Men NYC, sou apaixonado nesse perfume, se quiserem me deixar com tesão basta usar ele, sempre fico todo umedecido quando sinto esse cheiro, o fato de ele ter aquele cheiro não me deixou surpreso, mas o Gustavo nunca perde tempo, quando o cara já estava saindo o Gustavo fala um Oi pra ele todo cheio de malicia, até então tudo bem, ele olhou pra trás com um sorriso no rosto, discreto mas era aquele tipo de sorriso que parece um sinal verde, mesmo com essa deixa eu fiquei na minha continuei colocando as coisas no carrinho, e o Gustavo olhando o cara, o fato de ele ser muito bonito, deixava tudo ainda mais encantador.
Ficamos naquela, um esperando o próximo passo do outro, era obvio que eu não faria nada, ate mesmo porque sou casado e fiel, muito fiel, o cara saiu deu uma despistada e quando íamos para parte da adega lá vem ele de novo, coçando as partes baixas, dei uma tremida na base vendo aquela cena, por dentro eu ainda era puta, então coisas assim mexem muito com meu emocional, o cara veio puxou o Gustavo meio de lado, e pouco do que consegui ouvir da conversa foi ele chamando o Gustavo para ir ao banheiro, e que não era gay teria que ser tudo no sigilo, pra ninguém achar que ele era viado, sempre a mesma conversa o que me surpreendeu foi o que disse por ultimo, o cara com aquela pinta de macho disse que queria chupar o Gustavo, isso mesmo Brasil... Falou que não era gay, que queria tudo no sigilo e pedindo pra fazer um oral no Gustavo.
Nem fiquei ali o suficiente para terminar de ouvir a sentença eu já fui saindo com o carrinho, minha vontade era de gritar a brandos pulmões CORRE GUSTAVO, É UMA CILADA. Mas me contive e apenas sai de lado, quando olho pra trás vem o Gustavo com aquela cara de viada dele, segurando o riso, fomos virando em corredores e corredores, até que próximo as utilidades domesticas paramos e fomos rir da situação, ainda bem que já tínhamos nossos namorados, pois que mundo é esse em que homens do tamanho de guarda-roupas pedem para fazer oral em meninas como a gente? Tudo bem exagerei, nem somos tão meninas assim, mas o que ele tinha que ter em mente é que: Ativos não ficam caçando homens em supermercados, quem faz esse tipo de abordagem são as passivas, ficamos desolados, quase desistimos de assediar o menino do caixa com medo de ele ser gay também, mas o instinto não nos permitiu mudar e mais uma vez, deixamos o rapaz todo nervoso quando passava nossas compras.
Quando entramos no carro tinha seis chamadas perdidas do Rafael, nem me dei o trabalho de retornar, ele com certeza queria saber o porque da nossa demora, e foi dito e feito, quando chegamos ele já estava na sala com aquela cara de inquieto dele, me olhando com cara de interrogação, perguntou porque havíamos demorado tanto, eu disse que tive problemas na escolha da sobremesa e que os caixas continuavam o mesmo, demoravam muito e ainda erravam quando iam passar nosso pedido, ele sabe que realmente era daquela forma, então se contentou com minha justificativa, fui para cozinha preparar algo para comermos, e o Gustavo foi atras do boy dele, namorar é muito bom, muito mesmo eu gosto ter alguém pra alisar quando dá vontade, ficar assediando em publico, fazer um oral dentro de algum banheiro esse tipo de coisa que todo casal faz, admito ser um dos meus passatempo prediletos, só perde pra deixar ele de pau duro em publico, eu gosto muito, tadinho fica todo envergonhado tentando esconder de todas as formas.
Após comermos ficamos horas atoa sem fazer nada apenas assistindo a filmes e falando mal das vidas alheias, o rotineiro mesmo, naquele dia começamos a programar uma viagem juntos, os meninos queriam ir para o Nordeste do Pais, e eu queria muito ir para Jurerê Internacional, já havia visitado e morria de vontade de voltar, para mim Jurerê é um dos lugares mais abençoados da terra, homens lindos, malhadões e ricos, todos esperando a primeira boca para atende-los dentro de um dos resort's ou lanchas, mas enfim... Agora imaginem uma reunião nossa tentando definir um lugar para viajar, em primeiro momento o Gustavo era contra minha escolha, pois o custo da viagem seria quase 40% depois que eu expliquei o motivo pelo qual queria ir para Jurerê ai sim a viada ficou louca e abraçou minha ideia, se tornando a maior defensora, não podíamos deixar os meninos desconfiarem dos nossos motivos, se não iriam ser contra.
Já estávamos em meados de maio, e eu queria ir em Julho ferver e ser fervido, o Rafael desconfiado como sempre topou depois de me interrogar por quase quarenta minutos sobre meus motivos, como eu já disse em outros momentos sou atriz, e das boas sendo assim sempre levo ele na conversa, uma boa desculpa e um boquete resolvem o nosso problema, decidimos para onde iriamos, e o segundo passo era avisar meu pai e pedir dinheiro o que não seria nada difícil, liguei para o meu coroa e depois de muito conversarmos ele me disse que sim me daria o dinheiro, mas antes queria que eu fosse até Rio Verde com o Rafael para que pudêssemos nos reunir, apresentar ele a família, e principalmente a minha mãe, tudo bem minha família, mas apresentar a minha mãe seria barra, e não terminou por ai, meu pai ainda me disse...
– Eu já falei com sua mãe a respeito disso, ela esta de acordo, e disse que faz questão que se hospedem aqui em casa, afinal seu quarto tinha cama de casal, podem ficar confortáveis aqui vai ser até melhor.
– Pai, eu acho melhor não, sabemos muito tempo do temperamento da minha mãe, e eu to sentindo que ele não foi nada sincera quando disse que poderíamos dormir ai, estou achando uma ideia péssima, poderíamos dar uma desculpa e não ir?
– Claro que não Matheus, você virá sim. Se quiser viajar com seus amigos e namorado é melhor acatar o que eu disse, e com sua mãe eu me entendo, ela tem que se conformar, precisa parar de achar que isso é apenas uma fase, seu caso é muito mais serio que isso, e todos nós já sabemos disso, ao menos você é bem esforçado e inteligente.
Terminou sua frase rindo, e repetindo que meu caso era perdido, sempre me surpreendi com a facilidade que meu pai lida com a homossexualidade é bem mais natural que eu, queria muito que todos fossem como ele, viveríamos em um mundo muito melhor, Mas enfim... Contei ao Rafael sobre conhecer minha família e ele adorou saber disso, mesmo eu dizendo que conhecer minha mãe seria como caminhar até a morte lenta e dolorosa, mesmo assim ele estava feliz na cabeça dele não poderia ser pior que conhecer os pais dele, e de fato foi bem tenso, mas seria tão cruel quanto, porem de uma forma diferente, e sem contar que iriamos dormir na casa dela... Queria tanto que meu irmão fisioterapeuta fosse gay para me livrar um pouco do peso de ser o único homo da família, seria uma benção, mas como ele não quer assumir, fica complicado, Nem sei se ele é gay. A Gustavo adorou tudo e já disse que iria dormir na minha casa todos os dias pois não queria perder nada do que iria acontecer, eu sentia que iria acontecer muita coisa.
Queria muito não ir, mas meu pai foi irredutível e provavelmente boicotaria minha viagem, então eu iria lindíssimo para aquela terra de pessoas que me julgavam sem nem saber das coisas que eu fazia, se soubessem com certeza veriam que seu julgamento estava quase todo certo, o final de semana foi tedioso e recheado de pensamentos estranhos envolvendo minha mãe e minha família, na semana seguinte, fomos para a faculdade bem cedo, comemos um pão de queijo, e quando entramos uma garota veio até a gente chamando o Rafael para conversar, disse que deveria ser antes de ele entrar na sala de aula, fiquei nervosa, queria ir junto pra ver o que aquela vagabunda queria, não era possível que mais uma pra cobiçar meu homem, deixei ele ir conversar e fui caminhando com a Gustavo, quando chegamos próximos ao bloco de Administração, vimos dois meninos de mãos dadas um mais feminino que o outro, e segundo informações do Gustavo eram um casal.
Mais pareciam duas lésbicas que homens, mas tudo bem, fiquei morrendo de inveja, já queria ir atras do Rafael e andar por ali de mãos dadas mas infelizmente teria alguma amapô tentando mamar ele naquele exato momento, passamos pelas viadas olhando elas com aquela cara de concorrência e fomos para nosso bloco agregar valor ao corredor, iria acontecer uma festa na véspera de feriado da minha turma com o objetivo de arrecadar fundos a nossa formatura, então o assunto na sala foi apenas aquele, por sorte minhas ideias sempre foram ouvidas e grande parte delas acatadas, pra ser sincero, eram boas mesmo... Mas a viada que vivia batendo de frente comigo fazia questão de se opor mesmo ela sabendo que eu estava sugerindo algo ótimo e com retorno quase garantido, e naquele dia eu dei alguma resposta nela, que a fez ficar nervosa, e a implicância dela, se transformou em ódio mortal, eu já tinha tanta coisa pra me preocupar que a raiva daquela feia era o menor dos meus problemas.
Durante a aula o Rafael me mandou uma mensagem dizendo que a menina que foi falar com ele era da igreja dos pais dele, e que a mãe dele havia falado com ela, pedindo para ela tentar de todas as formas namorar com ele. Fiquei passado com aquilo, parecia coisa de filme e a menina com pena dele foi avisar do plano louco da mãe dele, e propôs ainda fingir que namora com ele, só pra deixar ela feliz, e que ele poderia continuar se encontrando comigo as escondidas, perguntei a ele, qual havia sido sua resposta, ele me disse que foi Não, que não poderia fazer esse tipo de coisa... Conversamos mais um tempo, e ele me disse que iria após o almoço na casa dos pais dele para resolver isso.