A primeira vez que eu soube que eu era gay foi quando eu tinha 13 anos (ou quando eu tinha 10, quando eu dançava toda a coreografia de We're all in this together do High School Musical, sabia todas as músicas da Shakira e era o Giovanni no RBD, não sei ao certo HAHAHA q). Eu fazia a 8ª série do Ensino Fundamental em uma escola integral bem conhecida da região e e então passávamos o dia da escola. Um certo dia eu ia a caminho do vestiário pra tomar banho e vi o treinador de futebol tomando banho. Ele era lindo, seu corpo era bem conservado, ele aparentava ter uns 33 anos de idade, tinha pelos por todo o corpo, seu pau estava meia bomba e pelos longos e negros cobriam boa parte de sua virilha (parecia muito com esse cara aqui, muito mesmo, só era mais magro http://media-cache-ak0.pinimg.com/736x/f3/a8/64/f3a864fc2a7349bd95f8615cjpg) e desde então me pegava batendo punheta pensando nele. Depois disso, ainda assustado, tentava reverter o fato de eu pensar nele assistindo filmes pornôs héteros, mas olhava mais pro homem do que pra mulher. Foi difícil, mas me assumi gay (pra mim e somente pra mim mesmo, é claro) e entrei "no armário" bem cedo, já que na minha família, talvez a única que me aceitasse seria a minha mãe por ser psicóloga e bastante cabeça aberta. Meu pai é machista e fazia diversas piadas com homossexuais, meus avós (tanto os maternos quanto os paternos) não me aceitariam por serem conservadores, meus tios - apesar de ter alguns bem legais - eram todos uma cambada de machistas que só pensam em mulheres, cerveja e futebol. Eu seria uma vergonha pra eles, já que nunca houvera um homossexual (pelo menos não assumido) na família, e eu não queria ser o primeiro e nem pretendia.
Depois disso eu me sentia pesado. Não pesado como eu era quando pequeno, não era a minha barriga que pesava, e sim a minha consciência. A sociedade te dá esse peso de brinde quando você descobre que é gay. Decidi que iria ser o mais másculo possível e graças a Deus eu consegui. Sempre ouvi MPB, Sertanejo, Rock Nacional e Internacional e etc (apesar de sempre ter pop/pop rock em uma pasta oculta do PC ahahah). Terminei o Ensino Fundamental sem problemas no quesito sexualidade, mas foi no Ensino Médio que os problemas vieram começar a surgir..
Ah, não contei como eu descobri que estava apaixonado pelo meu melhor amigo. Bom, isso foi por volta dos 15 anos. Nós fazíamos o primeiro ano do Ensino Médio e o Renan, além de ser muito inteligente, ser capitão do time de Handball e ser lindo, tinha todas as garotas que ele queria. Claro, porque eram um bando de oferecidas e não podiam ver um pedaço de muito músculo com olhos castanhos, cabelo claro e alto.
As vezes saiamos do treino e íamos pra minha casa e ele ainda soado tirava sua camisa. Eu observava cada gomo em sua barriga, cada sinal e eu adorava tudo no corpo daquele moleque.. os pelos loiros que desciam do umbigo, passavam por um pedaço de sua barriga de tanquinho e iam até sua virilha, sua axila com pelos aparados, seus dentes bem alinhados, sua bunda grande e redonda, os músculos do seu braço, sua perna malhada, tudo, tudo e tudo. Não havia nada nele que eu não gostasse. E aí foi ai que eu percebi que tava muito fudido.
- Alexandre? Alexandre? - dizia o Renan, acenando na frente dos meus olhos só de cueca.
- Que é caralho? - respondi
- Tu que tava olhando pro nada e quase babando. Tu tá viajando, hein ahaha - diz ele com a sua voz grossa e com seu sorrisinho que eu amava.
- É, pensando nas notas.. acho que vou sair da natação. - falei.
- Tu não tá doido de sair. Tu é o melhor nadador da escola, se tu sair o time vai desmoronar todo, aliás, tu quer dar o gostinho pro Ricardo de ser o melhor nadador? - diz ele, dando uns tapas leves na minha cara. - acorda pra vida mano. Eu, como seu melhor amigo, juro solenemente não deixar você fazer qualquer burrada enquanto estiver ao meu lado - diz ele, me puxando pela cintura e me dando um abraço.
Ficamos frente a frente. Ele soado só de cueca e eu só com um calção da Adidas de jogar futebol. Suas mãos estavam em minha cintura. Nossas respirações ficaram ofegantes. Um volume indesejado e completamente desnecessário em meu calção começava a dar sinais de vida. Ele chegou mais perto e fez uma coisa que eu não esperava: passou a mão em meu cabelo e bagunçou.
- Tu é meu lek, só MEU - ele fazia ênfase no meu - melhor amigo, e se esses nerds otários de engenharia vierem pra cima de ti querendo construir um "prédio" contigo você diz que "edifício" o seu melhor amigo lindo, tesão e gostosão aqui deixar hein ahahah - disse ele, jogando a camisa suada na minha cara. O cheiro dele era a coisa mais agradável do mundo (não quando ele saia do futebol soado, mas vamos dizer que sim pra não perder o clima de romance). E foi aí que eu descobri que estava completamente apaixonado por ele. Tudo que vinha na minha cabeça era "você é meu" e a cena de ele me segurando pela cintura. Não lembro qual foi a primeira vez que toquei uma punheta pensando nisso, mas lembro da oitava vez, porque foi no mesmo dia.
Continuei com essa paixão guardada dentro de mim e só pra mim até o final decerto dia, estávamos eu, minha melhor amiga e o Renan em minha casa em um longo dia após a escola. Tínhamos um trabalho ENORME sobre modelos atômicos pra fazer e então eles vieram pra cá. A Ana ficou na cozinha e eu e o Renan fomos para o meu quarto. Ele tirou a roupa e foi só de cueca pro banheiro do meu quarto, e então peguei sua camisa e comecei a cheirar e amaciar meu pau por cima da calça do colégio, quando de repente a Ana abre a porta do quarto e me pega naquela situação no mínimo constrangedora.
- O que porra é essa aqui mano? - Diz a Ana, com uma expressão séria que me preocupava e me deixava a ponto de ter um ataque do miocárdio.
Continua...
Obrigado a todos os comentários e notas que recebi logo no primeiro capítulo, é gratificante saber que tem pessoas que curtem ler uma história sua e que gostam. Prometo tentar não deixar vocês na mão. Um grande abraço.
