Cap.5
Nunca mais tirei da minha cabeça aquele momento. Foi o momento mais prazeroso da minha vida. Não havia sido aquilo que eu esperava. E sim, era melhor, muito melhor do que eu havia pensado. Havia sido mágico, inesquecível. Dormi feliz aquela noite, por ter tido o melhor momento da minha vida. O tempo foi passando. A gente foi crescendo, e o nosso amor também. Ficamos cada vez mais próximos, a ponto de dormir juntos quase todo dia. Eu não queria que aquilo acabasse nunca. Eu não queria deixar de ama-lo. Eu queria viver pra sempre ao lado dele. E sabia que ele também queria. Completamos 18 anos, entrei na faculdade de Gastronomia, ele, Medicina. Mas nem a falta de tempo foi capaz de fazer com quê fôssemos unidos e juntos. Aos 20 anos, tive uma surpresa.
MINNEAPÓLIS,Vem cá, você casaria comigo ?- olhei pra ele e ele olhou firmemente nos meus olhos.
- Claro que sim amor. Mas temos que ver que ainda não somos formados, nem emprego temos, e se a gente se casar, aonde vamos morar, nas casas das nossa mães ?
- E quem disse que a gente não tem moradia ?- olhei pra ele e fiz uma cara de " O quê você está falando ?"- vem comigo.
Ele me puxou e começamos a rir. Corremos e pegamos um táxi. Ele tirou uma venda do bolso e pediu pra que eu colocasse. Nem preciso dizer que não vi o trajeto. Apenas senti o carro parar.
- Chegamos- sorri. Ele pagou o táxi e, pela mão, me tirou do táxi. Começamos a andar alguns metros, até que ele parou- agora, você já pode tirar a venda- lentamente tirei a venda, extremamente ansioso pra ver o que ele queria me mostrar. Assim que posso enxergar, vejo uma linda casa verde, com um jardim bem bonito. Era extremamente magnífica a casa.
- Mas porquê você me trouxe aqui ?- falei intrigado
- Ainda não percebeu seu bobo- ele me abraçou e chegou perto do meu ouvido- essa casa é minha... Não, é nossa.
- Eu não acredito que você comprou essa casa enorme.
- Meus pais deram uma ajudinha- ele riu- as surpresas não acabaram...- fomos entrando e ele abriu a porta. E então pude ver os moveis daquela casa enorme. Ela já estava mobiliada por completo, e tudo estava decorado com muito bom gosto- eu mandei que pintassem as paredes em diversos tons de azul, sei que você adora azul. Mobiliei também pensando em você, aquelas visitas nas lojas de móveis me ajudou muito- ele me abraçou por trás e ficou beijando- e sabe porque que eu fiz tudo isso ?
- Porquê ?
- Porquê eu quero me casar com você, meu gatinho manhoso- ele me apertou ainda mais. Ao ouvir aquilo eu não consegui conter as lágrimas, não conseguia acreditar que estava sendo pedido em casamento. Me virei e também o vi chorando, ele sorria pra mim, e eu retribuia o sorriso.
- É sério isso ?- e então ele se ajoelhou na minha frente, pegou a minha mão, tirou uma aliança do bolso, e colocou ela no meu dedo
- Isso parece mentira ?- olhou pra mim com a cara mais feliz do mundo
- É claro que eu aceito, é claro que eu me caso com você Lucian, amor da minha vida.
TEMPO DEPOIS
Três meses depois, três meses de muito planejamento, queríamos ter o casamento perfeito. Salão, decoração, convidados, lista de presentes, buffet. Foi muita coisa pra se pensar, enfim o dia chegou. Nervos a flor da pele, risadas ao vento. Eu nem acreditava que iria me casar.
- Anda menino, você ainda nem vestiu o terno, o Lucian não vai te esperar pra sempre não sabia - minha tia que aceitou, estava me apressando.
- Calma tia, eu nem terminei de secar meu cabelo
- Ai, eu vou chamar seu primo, pra ele secar seu cabelo, se veste logo.
E eu tremia frente ao espelho, enquanto via meu primo me ajeitar. Depois de uma hora, enfim, fiquei pronto.
- Gente, ele ficou lindo nesse terno- minha prima dizia
- Agradeça a mim, quando cheguei aqui, ele tremia tanto que nem conseguia colocar o terno-meu primo ria
- Gente, vocês fizeram milagre né, ai, me desejem sorte-nessa hora olhei pro espelho, e vi a última pessoa que esperava ver ali, minha mãe.
- Boa sorte meu filho, saiba que eu quero que você seja feliz- me virei e vi ela com lágrimas nos olhos. Todos a olhavam com cara de quem não acreditavam.
- Muito obrigado mamãe
E o tempo foi diminuíndo, e a gente foi em direção ao salão. Eu tremia, eu respirava ofegante, eu estava ansioso. E a cada segundo que passava, chegava a hora. Cheguei no salão, e assim que botei o pé pra fora, pude ve-lo. Como ele estava lindo. Ainda não tinha caído a ficha, de que eu iria casar-me. E com a pessoa que eu mais queria. E sim, eu seria feliz.
Continua
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