Until The Very End - Cap 16 "Don't do this!"

Um conto erótico de Lipe
Categoria: Homossexual
Contém 1131 palavras
Data: 06/04/2014 23:02:17
Assuntos: Gay, Homossexual

Amores, mesmo com algumas pessoas odiando o Lipe por amar o Fer, e odiando o Fer por ser um bosta (hahaha), o conto segue seu rumo... Espero que gostem e desculpe a demora! Beijos!

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- Não faz isso! Para! – Escutei Fer gritar.

Senti um estalo. Uma contração involuntária tomou conta do meu braço. Um clarão branco invadiu a sala. Senti uma queimação subindo pelo meu braço. Minha visão foi ficando cada vez mais escura e então eu apaguei.

Acordei no meio do asfalto. Era noite. Um pouco na minha frente, estava Fernando me olhando. Tentei levantar, tentei correr, tentei gritar, mas não consegui fazer nada disso. Eu não podia me mover, somente vê-lo se afastar.

Ele foi se afastando até desaparecer. Quando ele sumiu da minha vista, acordei em um pulo num cama de hospital.

Não havia ninguém no quarto, exceto uma enfermeira que veio verificar sinais vitais. Não sei como, mas estava vivo. Comecei a me lembrar da noite que eu tentei me suicidar. Fernando havia me salvado.

O médico chegou e me explicou o porquê eu não morri e nem corria risco de vida. Um psicólogo veio me ver. Conversei por mais de uma hora com ele. Isso era melhor do que eu esperava. Contei para ele dos meus sonhos, meus sentimentos e tudo mais a respeito do Fer e ele me explicou que eu tinha medo de perdê-lo... O que era óbvio.

Lúcio e Lúcia vieram me ver. O pior de tentar se matar e não conseguir, além da impotência que você sente, é ter que explicar para todos os conhecidos o motivo de tal tentativa. Por sorte, ou azar, eu não tinha muitas pessoas para explicar.

Fiquei mais alguns dias no hospital. Meu chefe me visitou algumas vezes. Ele achou que eu estava muito estressado e disse que havia notado algo de diferente nos últimos meses. Por isso, me deu umas férias que a tempos eu não tirava.

Obviamente perguntei por Fernando ao meu chefe. Ele me contou que após me salvar pediu demissão. Meu chefe tentou lhe dar uma carta de recomendação, mas ele não aceitou. Achava que Fer teria mudado de cidade ou o ramo de emprego. Acabamos concordando que Fernando era um herói.

Eu fiquei basicamente todas as minhas férias em casa, só sentado olhando para a parede e brincando com o Goethe. Todas as madrugadas eu ia para o Morro do Papagaio, ver o nascer e o pôr do sol.

O mesmo policial que me acordou dias atrás virou companheiro de algumas noites. Nós bebíamos juntos e ele me contava seus problemas. Era até divertido. Ele me contava alguns casos engraçados e tudo mais. Ele me disse que se eu precisasse de ajuda, era só falar para chamar o Coronel Marjão. Fiquei espantado por um cara com patente tão alta ficar bebendo comigo de madrugada.

Tentei viajar para o Rio de Janeiro ou para o Nordeste para tentar me divertir, mas eu não estava no clima. Então acabava voltando para a solidão da minha casa, ficar lá, sozinho, como sempre.

Duas vezes por semana eu ia ao psicólogo. Ele me explicava os motivos dos meus sentimentos, explicava as raízes da depressão e tudo mais o que um psicólogo deve fazer. Além disso, discutíamos sobre os novos assuntos na mídia e vez ou outra jogávamos xadrez. Era um dos poucos momentos de diversão que eu tinha.

Os outros era nos finais de semana em que eu saia com Lúcio, Lúcia e seus amigos. Eles agiam como se a cada segundo eu ia me jogar do alto de um prédio, ou cortar meus pulsos. Um fato engraçado, foi na casa de Lúcia, em que eu me ofereci para cortar os legumes, mas na hora que eu peguei a faca, Marcos, um dos amigos deles, tirou ela da minha mão. Eu dei uma risada e disse pra ele:

- Por que essa preocupação cara? – Ele me olhou desconfiado e eu disse:

- Eu fico a semana inteira sozinho em casa. Por que você acha que se eu fosse me matar, me mataria aqui? Além do mais, Lúcia me mataria por eu sujar o chão impecável da cozinha dela... – Lúcia deu uma risadinha e Marcos me devolveu a faca.

- Só pra garantir... Desculpa! – Ele estava envergonhado.

- É uma coisa comum de acontecer... – Menti. Ninguém se preocupava comigo.

Falei com meu chefe umas duas vezes nas férias. Ele disse que as coisas não funcionavam tão bem quanto comigo lá. Me ofereci para voltar, mas ele negou instantaneamente. Talvez ele não quisesse outra tentava de suicídio na sua empresa...

Mal sabia ele que tentativa de suicídio seria se eu continuasse naquela solidão da minha casa. Então, liguei para Alex, meu companheiro dos bons momentos da minha vida...

- Alô, Alex? – Falei, mas uma voz estranha falou algo em alemão. O que me fez repetir a mesma frase em inglês (Sim, Alex falava português).

- Aqui é Maik, quem é? – A voz disse num inglês arrastado.

- Meu nome é Felipe, o Dr. Schaffel se encontra? – Disse em um tom formal.

- Só um minuto – Algumas palavras em alemão, mas reconheci meu nome no meio delas. Alguns instantes depois, Alex atendeu:

- Felipe? Tudo bem?

- Tudo e você, Alex? – Nós conversávamos em português agora.

- Bem, como sempre. Qual o motivo de sua inesperada ligação?

- É que... Eu to de férias e queria fazer uma visita a um amigo distante... – Ele deu um longo suspiro e ficou um instante em silêncio.

- Felipe, olha... Eu não posso mais... Eu to namorando. Maik é um cara legal... Desculpa... – Me senti mais abandonado que o normal. O pior de tudo é que eu não podia ficar bravo com Alex, pois não havia nada entre nós.

- Ok. Bom.. Namoro... Até mais... – Nos despedimos e eu desliguei o telefone.

Sentei no chão, à frente do sofá, abri uma garrafa de rum e comecei a beber. Só parei na hora que eu dormi, no chão mesmo. No outro dia, fiquei o dia inteiro de ressaca.

Dois dias após isso, peguei o carro e fui até o hospital onde Gabi trabalhava. Fiquei no carro, parado ao lado do carro dela. Iria falar com ela quando ela saísse, mas ela saiu com seu marido, e eu não queria brigar. Sendo assim, voltei para casa mais triste ainda.

Para piorar ainda mais a situação, meu único companheiro, a única coisa que não me abandonou, morreu. Goethe pegou alguma doença letal para gatos e os veterinários nada puderam fazer para salvá-lo.

Liguei para Lúcia para contar sobre a minha perda. Ela e Lúcio foram correndo para minha casa. Ao que parece, as menores emoções podem despertar um sentimento suicida em mim.

Eu teria que suportar essa solidão e minha casa somente mais uma semana, após isso eu voltaria a trabalhar, e teria que suportar a solidão no meu trabalho.

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Comentários

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Alguém disse pra você escrever e você acreditou😒🤭

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Sua história é podre e seu protagonista é nojento

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Tédio dessa postura coitadinha do Felipe!

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Triste, espero que toda essa solidão do Felipe não dure muito, e ele encontra alguém que goste dele de verdade.

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A nao velho deixa de ser trouxa e dar a volta por cima pelo amor de deus ne

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QUE BOM QUE O FELIPE FICOU BEM. ELE DEVERIA ENCONTRAR ALGUÉM QUE O FIZESSE ESQUECER O FERNANDO ISSO SIM. MUITO BOM O CONTO.

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