Oi, pessoal, quero deixar um recado para seus corações.
Sei que alguns de vocês vão me odiar eternamente por ter demorado tanto tempo para postar a continuação de um simples conto, mas não posso fazer nada além de pedir desculpas. Até porque “não adianta chorar pelo leite derramado”. No entanto, eu posso explicar esse meu sumiço.
Um dos motivos de eu não escrever foi um pequeno desequilíbrio psicológico que eu vivi, sobretudo no ano passado. Calma! Não sou nenhum doido! Fui ao psiquiatra, com medo de ser algo mais grave (sou meio hipocondríaco), e ele apenas me receitou uma conversa com um psicólogo, pois meu caso era mais “desabafo” e menos remédios (aliás, o psiquiatra não me receitou remédio algum, ufa!). Claro que escrever é um dos melhores meios de desabafar, porém, nos últimos meses, o bloqueio da minha escrita tem sido causado por uma forte crise de ansiedade – pois tenho vontade de escrever, mas não tenho paciência, porque quero escrever, ler, estudar, ouvir música, ver vídeo, comer e jogar ao mesmo tempo, mas acabo não fazendo nada – e uma enorme onda de insegurança, o que me deixa extremamente apreensivo quanto ao que vou escrever.
Esse meses foram horríveis para mim. Eu chorava mais que o normal, tinha menos vontade de rir, sentia saudades de tempos passados, passei por problemas familiares, e ainda me vi preso entre questões que envolviam minha orientação sexual. Não que eu duvidasse que eu fosse gay (só o fato de eu escrever meus contos já diz isso), mas porque comecei a me sentir sem chão. Passei a interagir menos com as pessoas simplesmente pelo fato de que eu não me encaixava no “time” dos meninos, e me sentia envergonhado em tentar ficar perto das meninas. Eu era um ninguém. Na verdade, eu me tratava como um ninguém.
Agora, porém, resolvi dar um basta nisso! Entrei pra faculdade (Só pra constar: em uma Universidade Federal, em um curso cinco estrelas, beijinho no ombro pra vocês kkk', exceto para o pessoal da USP :(, porque USP é USP). Meses antes do resultado do SiSU, percebi que o que eu era, eu sou, e sempre serei. Percebi que sorrir é tão bom, e pode fazer pessoas sorrirem de volta pra você :D. Percebi que algumas coisas não podemos mudar, e que o melhor a fazer é aceitá-las. E, depois que percebi isso, passei a perceber (olha a redundância kk') que essas percepções facilitam – e muito – nossa vida, e que quanto mais rápidos percebermos isso melhor.
Após entrar na faculdade, o “inusitado” aconteceu. Noventa por cento das minhas companhias são mulheres, mas eu não me importo mais com isso. Pelo contrário, o que seria delas sem mim, que sou tão observador. Ao invés de perder tempo pensando em bobeiras eu rio. Rio porque rir é o melhor remédio e sábio é a pessoas que descobriu isso. Rio porque eu ERA idiota, ou melhor, rio porque sou idiota e percebo que sou um idiota, tornando-me me menos idiota do que muitas pessoas a minha volta. Rio porque faço as pessoas rirem. Rio porque as pessoas falam que só riem por causa da minha risada e, depois disso, eu rio de novo por me sentir útil. Enfim... Rio porque quero.
Agora, qual o sentido de escrever isso tudo?
Se você é uma pessoa que ri bastante, não há sentido algum. Mas se você é daqueles que guardam risos (e infelizmente há muitas pessoas que fazem isso), esse texto é pra dizer que você não está sozinho...
E quanto ao meu conto pretendo continuá-lo o mais rápido possível, e quem sabe apimentar as coisas. Não vou informar datas, mas gostaria de que quem ainda não leu meus contos, desse uma lida neles e opinasse aqui. Muito obrigado por terem lido esse desabafo e comentem nos comentários caso vocês passaram ou passam por situações como essa. Um beijão pra vocês, pessoal, e uma boa noite!
