André

Um conto erótico de Rodrigovsky
Categoria: Homossexual
Contém 1361 palavras
Data: 08/04/2014 19:54:36

Tinham catorze ou quinze anos, melhores amigos. E como garotos sadios, no vigor da natureza, sem preconceitos, inevitavelmente falavam daqueles assuntos.

- Já provou sua própria gala?

- Eu não, que nojo.

- Nojo por quê? Você vê nos filmes as minas engolindo aquilo, nunca teve vontade de provar?

- Mano, isso é gay.

- Não tem nada de gay conhecer seu próprio corpo.

André não podia admitir, mas aquelas conversas o provocavam. Sentia um leve endurecimento nas calças, o pau começava a babar. Queria falar mais, saber mais. Pelo jeito, quando fosse tomar banho e lavar a cueca naquele dia encontraria um rastro de lesma no algodão.

- Quando gozo eu fico enjoado de sexo. A última coisa que quero é engolir porra. Só quero dormir.

- No começo é assim mesmo. Punheta é que nem comer doce de leite, uma delícia na hora, mas depois empapuça.

- E como você fez?

- Vou te contar o que meu irmão me ensinou.

Quem dera ele também tivesse um irmão homem pra conversar essas coisas!

A técnica demandava tempo livre. Primeiro, ter autocontrole na punheta, ficar vendo sacanagem e se masturbando longamente, mas sem gozar. Ele devia aproveitar e ir catando a pré-gala lubrificante com o dedo e chupando. Depois devia chegar bem perto do orgasmo, no ponto exato, quando começasse a surgir aquela cócega dentro do pau, abrir a mão e apenas firmar na base com o dedão e o indicador, e com a outra mão – a direita, pois ele era canhoto – aparar a gala que ia escorrer suavemente, o branco mel morno em sua palma. A excitação não ia decair e ele poderia descobrir o sabor do leite.

Estava ficando perturbado, sentia seu rosto quente. No quarto do Fabinho, jogavam vídeo game, a luz do quarto apagada, só havia a luz da tevê. Ele sempre se sentia bem ali. O Fabinho tinha um jeito confiante e tranqüilo de falar putaria que o encantava. Nem largava o controle, prestava atenção no jogo enquanto transmitia lições de prazer solitário. André começou a pensar nas sensações, no cheiro, no gosto, no toque que descobriria pondo-as em prática. Não podia mais, sabia que sua casa estava vazia, pois o pai e a mãe trabalhavam fora (não que o pai se importasse, tinha orgulho do filho e o tinha felicitado em segredo por sua primeira ejaculação), e a irmã tinha balé a tarde inteira. Perdeu pela terceira vez no Street Fighter e inventou uma desculpa. Depois que saiu, Fabinho resetou o vídeo game pra modo de um jogador. “Grande punheteiro”, disse com seus botões, cheio de ternura.

André se sentia estranhamente másculo, cúmplice dos homens naquele momento. Chegou em casa, o cachorro festejou, mas não recebeu muita atenção do jovem dono. Nem havia tirado o uniforme e já estava com o computador ligado, a mochila largada sobre o skate num canto. Descalçou impaciente os tênis surrados, trocou as calças por uma bermuda, caixa de lenços da gaveta, tudo pronto, trancou a porta por via das dúvidas. Gostava de filmes nacionais, queria entender os “mama gostoso!” e outras falas do gênero. Seus amigos eram fissurados em anal, ele gostava mesmo é de boquete. Arriou a bermuda, mas ficou de cueca. Gostava de se alisar através do tecido, ver o pau se agitando dentro da cueca, como se pedisse atenção, ou apenas assistir pornô e ver a mancha de licor se formando. Uma vez estava com tanto tesão que punhetou por cima da samba-canção. O tecido macio, diferente do algodão, roçava na glande causando uma sensação maravilhosa, quando gozou a porra foi tanta que uma parte escorreu pela abertura dos botões na frente do pinto, ficou com o pau todo melado, continuou excitado e batendo por cima da gala, fazendo a maior lambança, chegou a ficar zonzo e com a vista turva, tamanha a força do orgasmo. Deu um trabalho dos diabos lavar aquela samba-canção!

Era difícil não se apressar, nunca tinha ficado mais que três minutos na atividade, geralmente no chuveiro; faltava privacidade, sempre tinha alguém em casa. Aquele dia era um presente dos deuses. Controlou-se, pensou em ter algo legal pra contar ao Fabinho e se motivou. A avidez daquelas atrizes peitudas deixava-o maluco. Não estavam fingindo, ninguém finge isso. “Oh, oh, vou gozar”, os caras diziam resfolegando e esguichavam o leite nos peitos, na cara, na boca das mulheres, às vezes mais de um ao mesmo tempo, jatos espessos e abundantes que respingavam. André sentia uma coceirinha deliciosa na ponta da glande, se pudesse ficaria um tempão vendo putaria antes de partir pra punheta. Conseguiria um dia emular aquelas emissões heróicas? Até quando seu pau cresceria? Lembrou de quando ele, Fabinho e outro amigo da escola tinham feito zoeira, no banheiro da casa desse amigo; era a sétima série, um cara mais velho lhes tinha descolado latas de cerveja que eles beberam animados. Terminaram ombro a ombro e de pau duro, rindo e dando umas pegadas nos paus um do outro, competindo pra ver quem ficava duro mais rápido. Seu dote era maior que o do Fabinho e quase igual ao do garoto mais velho, isso lhe deu satisfação e excitação. Ficou um cheiro acre delicioso de pica suada no banheiro, cheiro esse que ele agora recordava sempre que tocava uma bronha.

O filme era de ótima qualidade, bem completo. Ele estava com o fone de um lado, o outro ouvido atento a qualquer barulho de gente chegando. Duas minas chupavam um rapaz, cuja expressão de delícia atiçava o garoto. Depois cortou pra dois caras comendo uma loira, um pela frente e outro atrás. O que pegava por trás alisava os mamilos dela, que se contorcia e suspirava. A câmera dava closes na penetração, o pau moreno brilhava, umedecido pela vagina. Diziam obscenidades. Ele já tinha arriado a cueca até os joelhos, e se apertava com ritmo pausado. Lembrou da baba. Pôs o indicador no topo da glande, esfregou em círculos, ele era muito babão. Era a hora da verdade. Levou o dedo à boca, o dedo também brilhava à luz. A sensação foi arrasadora. Era viscoso, quase sem gosto, só um pouco salgado. Deleitou-se, gemeu. Fazia dias que não batia punheta, e já estava nisso há meia hora. Não agüentaria muito. Ordenhou-se devagar, meditando cada ida e vinda, de medo de perder a sincronia. Finalmente sentiu como se minúsculas borboletas adejassem dentro de seu pau, seu peito inflava. Resistiu à tentação de ir com tudo e segurou por baixo. O pau tremeu e deitou na palma fechada sobre a glande a branca seiva, que lhe pareceu aguada. Continuava excitado, o pau não amolecia. Sorveu com pressa a poça na mão, o gosto foi melhor ainda, um leve sal, perfumado e fresco como pinho, ficou um pouco no lábio inferior, lambeu tudo. Apanhou lenços que ficaram unidos à sua mão melada, e terminou o serviço, gozou de novo, desta vez mais espesso. A intensidade da sessão tinha deixado a próstata sensível, mas logo passaria. Fechou o filme, aquecido pela boa febre orgástica, vestiu a bermuda e olhou-se no espelho. Descabelado, a camisa da escola suada. Sentiu-se bonito. Estava satisfeito e sem o enjôo costumeiro, que Fabinho, sempre folgazão, chamava de “depressão punhetal”. Correu para o banheiro, deu a descarga na prova do crime, abriu o chuveiro e banhou-se cantando. A cueca estava cheia de rastros de lesma e círculos açucarados, como ele imaginava. O sentimento era de realização.

No dia seguinte, enquanto a classe descia para a aula de educação física, Fabinho o deteve um pouco no pátio vazio, e André lhe segredou a experiência. Ficou devendo detalhes, iria em sua casa de novo depois da escola. O amigo lhe disse ao ouvido:

- Vou te contar uma coisa, depois que você supera a primeira vez, fica muito mais fácil engolir a porra toda, e daí só melhora. Nem preciso mais de lenço.

André ficou de olhos arregalados, surpreso. Então aquilo era só uma preparação psicológica? Havia técnicas avançadas? Ele aprenderia a saborear todo o leite, não apenas a parte aguada?

- Vamo lá, ou o professor vai dar falta pra gente.

Pensando na próxima vez em que ficaria sozinho em casa, o garoto se distraía, e errou várias bolas no jogo de vôlei.

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Comentários

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Muito bom mesmo, gosto de contos assim :)

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