Parte 1 – Retorno - Narrado por Patrícia
Deve haver um lugar dentro do seu coração
Onde a paz brilhe mais que uma lembrança
Sem a luz que ela traz já nem se consegue mais
Encontrar o caminho da esperança
Sinta, chega o tempo de enxugar o pranto dos homens
Se fazendo irmão e estendendo a mão
Só o amor muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz
Se você for capaz de soltar a sua voz
Pelo ar, como prece de criança
Deve então começar outros vão te acompanhar
E cantar com harmonia e esperança
Deixe que esse canto lave o pranto do mundo
Pra trazer perdão e dividir o pão
Só o amor muda o que já se fez
E a força da paz junta todos outra vez
Venha, já é hora de acender a chama da vida
E fazer a terra inteira feliz
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Era como um sonho, como se eu tivesse feito uma viagem longa, indescritível. Uma espécie de experiência entre a vida e a morte. Sonhei com meus filhos e que eles me conduziam por um portal de luz e eu recobrava minha vida. Pode ter sido apenas um sonho, mas parecia que eu tinha visto Matheus chamar por mim e que me beijava na mesma hora que meus filhos me traziam de volta. Acordei e meu marido estava lá, velando meu sono. Mexi-me lentamente e percebi que ele se levantou e veio ao meu encontro. Abri os olhos e ele com um sorriso lindo me falou “Oi Amor! Como você está se sentindo?”.
“Matheus, cadê meus filhos?”.
“Psiiii! Calma! Nossos meninos estão bem. Estão aqui no hospital, mas fora de perigo. Estão apenas ganhando peso”.
“Que Bom! Graças a Deus!”.
“Graças a Deus mesmo Paty e a muita gente que estava torcendo por nós. Você nem sabe, mas nós temos uma pessoa que se tornou nossa amiga, ou melhor, um amigo. Ele ajudou a salvar tua vida”. E ele me contou tudo sobre Christian.
“Sempre achei que ele não era do mau. Que bom que eu não estava errada”.
Matheus lagrimou e confessou “Caramba Paty, eu tive tanto medo de te perder. Um medo que eu nunca imaginei. Eu não aguentaria ficar sem você”.
“E você acha que eu iria deixar um homem lindo como você viúvo? Não daria essa chance pras bruacas de plantão”. Ele começou a rir e beijar levemente minha boca, até que ele disse “Tem um monte de gente querendo te ver!”. E ele fez entrar meus pais, meus sogros, Christian, Léo, Nicole. Todo mundo me beijava e alguns trouxeram flores, mas a médica pediu para tirá-las pra evitar qualquer tipo de alergia. Senti-me profundamente amada, mas queria ver quatro pessoas em especial.
Dan e Wander entraram e os dois, um de cala lado do rosto me deram beijos “Que susto você nos deu minha Fofinha. Eu te amo tanto” falou Danilo e Wander completou “O importante é que você está bem e agora ficaremos juntos pra sempre”. Ele começou a tirar graça comigo “Você estava bonita, mas sem a melancia que você engoliu, ficou mais bonita ainda”, falou Wander e levou um beliscão do Dan “Olha o despeito Wandeco, você tá é com inveja por que não pode ter filho. Se pudesse eu já teria te engravidado”.
Eu comecei a rir da palhaçada dos dois “Olha quem fala, quem engravidaria era você, eu é que te pego de jeito”. Eu gritei baixinho “Comportem-se meninos, eu não quero saber dos detalhes sórdidos da vida íntima de vocês não, hahahahahha”. Nisso Matheus entrou com as duas criaturinhas mais lindas que eu já vi em toda a minha vida “Olha quem eu trouxe para ver a Mamãe e os Titios!”.
Eu não sabia se ria, se chorava, se pulava. Foi a emoção mais forte de toda a minha vida. Matheus colocou um de cada lado do meu corpo e eles pareciam me conhecer, pois chegaram juntos. O doido do Wander disparou a falar asneiras “Olha que bonitinhos. Eles parecem dois macaquinhos”.
Dan deu um beliscão forte nele “Aaaaaiiiii! Essa doeu”.
“É pra você parar de falar besteiras. Meus afilhados são lindos!”.
E o doido do meu marido completou “Relaxa Dan, eu também achei os dois bem feinhos no início, mas agora já me acostumei. Eles irão crescer e ficar lindos, como o pai e a mãe”.
E Dan falou sério “Vocês são dois abestados! Eu não quero ouvir ninguém falando que meus afilhados são feios. Eu parto pra briga”.
Ele ficou sério e falou “A gente conta pra eles Paty?”.
Eu sorri e falei “Deixa que eu conto! Bem meninos, o nome dos nossos filhos serão Daniel e Leoni e respectivamente vocês serão padrinhos do bebê que receberá o nome do pai de vocês”. Eles começaram a pular e se abraçar, mas depois se tocaram que não podiam fazer barulho.
Danilo rapidamente foi se higienizar e foi seguido por Wander. Cada um pegou seu afilhado no colo e Danilo dizia “Nossa! O Daniel é muito lindo”. O Wander falou “Ele é bonitinho mesmo, mas o Leoni é muito mais bonito! Olha que sorriso lindo!”.
“Recalque Wandeco, meu afilhado é muito mais bonito. O teu nem tem dente pra ter o sorriso lindo. Você ainda a pouco estava chamando o bebê de feio”.
“Eu confundi, é claro que eles são lindos e eu vou ensinar muita coisa pro Leoni”.
“Pois eu vou ensinar meu afilhado a praticar tudo o que é esporte, não é Daniel?”.
“Menos futebol Dan, por que você é um verdadeiro perna de pau”.
“E por acaso você é algum Neymar? Quando ele começar a andar eu já vou ensiná-lo caratê”. E os dois começaram a discutir e a exaltar suas qualidades e o que iriam oferecer ao afilhado, sempre dizendo que seu afilhado era o mais bonito, até que eu gritei baixinho “Chega de palhaçada vocês dois! Meus filhos são lindos e terão que ser amados igualmente, sem distinção, senão arranjo outros padrinhos, não quero que eles compitam entre si”.
Mateus começou a tirar sarro “Hahahahahahaha. Vocês são duas figuras. Os bebês são gêmeos idênticos, não tem como um ser mais bonito que o outro”. Pronto, eles ficaram com vergonha e passaram a sonhar e a agradar os dois de maneira igual. Eu, de minha parte estava muito feliz, pois sabia que eles teriam os melhores padrinhos do mundo. Esqueci de dizer, a madrinha era uma só, ou seja, minha amiga Nicole.
Passaram-se uns dias e recebi alta, juntamente com meus filhos. Ficamos na casa da minha sogra até eu ficar totalmente recuperada e numa manhã ensolarada, já na rua eu me despedi de meus sogros. Dona Virgínia chorava, já seu Augusto era mais durão, mas também estava tocado. Ele nos disse “Por favor, não esqueçam da gente! Vamos sentir muita falta!”. Matheus respondeu “Nós sempre estaremos juntos Pai. A gente tá indo morar aqui perto, você vai ter muito tempo pra brincar com seus netos”.
Eu dei um forte abraço nos dois, ao mesmo tempo. Já estava lagrimando “Obrigado por tudo, eu amo muito vocês dois!”. Dona Virgínia desabou de vez a chorar e disse “Eu sei que não estou perdendo um filho, estou é ganhando uma filha e netos, aliás, eu quero mais, pode deixar que eu cuido deles”.
Matheus protestou “Calma, mãe, dá um tempo. Esses dois macaquinhos já dão muito trabalho!”. Todos riram e foi uma despedida como tinha que ser, regada a lágrimas e sorrisos e Dona Virgínia e seu Augusto sentiam um vazio, mas também tinham aquela sensação de dever cumprido”.
Ao entrarmos no apartamento, aí sim eu não aguentei, chorei muito. Era a emoção de estar no meu lar, com meu marido, com meus filhos. Matheus cuidou de tudo com uma maestria inigualável. Tudo perfeito. Ele teve a ajuda de minha mãe e da mãe dele, que decoraram tudo com muito carinho, levando em conta meu gosto. Estava tudo perfeito. Havia um quarto pros bebês, o nosso e outro de hóspede. Danilo havia sido realmente muito generoso em nos dar um apartamento tão bonito. Meu marido se virou com a decoração e os móveis.
Foi uma grande emoção ao irmos pro quarto de Niel e Oni, assim passamos a chamar carinhosamente nossos filhos. Eles mamaram e eu os coloquei em seus berços, um do lado do outro. Matheus os beijou e disse “Aguentem firme aí filhotes, nada de chorar hoje tá! Que papai hoje quer nhanhar com a mamãe de vocês. Hoje a Mãe de vocês vai ver o que é aguentar pica. Eu tô na seca meus filhos, se a casa tremer não se assustem”. Eu dei um beliscão em Matheus “Ai, só tô levando um papo de macho com meus filhos”.
Eles dormiam feito anjos e Matheus com muito jeito me pegou no colo e me levou para dentro do quarto, deitando-me com carinho na cama “Te preparar amor! Hoje eu tô com tudo”.
Eu olhei pra ele e tirei graça “Você lembra que pra você me reconquistar um dia você fez um estriper pra mim? Pois bem, trata de dançar se você quiser nhanhar”.
“Ai não Paty, corta essa, deixa eu te comer logo. Tô subindo pelas paredes!”
“Sem dançar, não tem nhanhar!”. Ele rapidamente colocou uma música qualquer pelo celular e começou a rebolar (totalmente desengonçado) e a tirar a roupa. Eu rolei de rir e fui ao encontro dele, pulei em cima de seu corpo e ele me aparou. Eu enlacei minhas pernas por trás dele, ficamos totalmente presos e enganchados. Ele deu-me um beijo com furor e disse “Eu não sei dançar, mas você sabe que eu sei transar”.
Matheus me levou pra cama e me deu uma surra de sexo. Ele sempre foi fogoso, mas aquele dia parecia que ele tinha triplicado seu fogo, chegando a dar três trepadas de uma vez. Tive que segurar bem o tranco pra satisfazer meu homem. Fizemos de todas as posições e ele gozou e me deu prazer por três vezes. Na última ele me colocou em cima do corpo dele e se declarou “Você Patrícia, é a mulher da minha vida! Eu te amo e vou te amar pra sempre!”.
Aquela noite não dormimos, passamos a noite inteira acordados, fazendo amor, conversando, fazendo planos. Eu pude perceber como eu era uma mulher de sorte, sorte por ter a família que eu tinha, sorte por estar viva e ser feliz. Mas faltava eu fazer uma coisa. Depois de alguns meses fui visitar minha irmã na clínica psiquiátrica.
Matheus não queria deixar, mas acabou indo comigo. Ao chegarmos vimos sua situação. Ela se vestia de menina e dizia que era mãe. Ela estava realmente numa profunda realidade de esquizofrenia. Dizia que se chamava Patrícia e que era mãe de gêmeos. Falei com o médico, que disse que seu tratamento era longo, mas que esperava que ela ficasse bem. Fiquei com o coração partido, pois não queria isso pra minha irmã, mas sentia que a única coisa que poderia fazer era não abandoná-la. Era triste sua realidade, mas não tinha como mudá-la naquele momento.
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Nove Meses Depois
Eu estava super nervosa. Minha mãe e minha sogra tentavam me acalmar, mas os convidados foram chegando. Matheus estava estava relaxado, corria e brincavam com nossos filhos, mas eu estava toda atrapalhada “Ai Mãe, tô nervosa! Será que os convidados vão gostar?”.
Ela sorria “Claro que sim Filha. O aniversário de um ano dos gêmeos vai ser um sucesso!”. Foi todo mundo chegando, mas eu estava muito nervosa e curiosa, pois Wander e Dan tinha dito que iriam participar do aniversário e fariam uma surpresa para todos. Esqueci de dizer, mas a festa foi na Mansão dos Baldinis e Danilo fez questão de bancar tudo para os afilhados. Foi um frisson, pois todo mundo queria participar desse evento. Quando menos esperamos eles entraram. Todo mundo arregalou os olhos e eles trouxeram a surpresa. E foi uma surpresa maravilhosa!!!!!! ---- Fim (mas continua na terceira parte deste capítulo)...
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Parte 2 – Paixão às Avessas - Narrado por Yuri
Eu não quero mais mentir
Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar um caminho, um lugar pro que eu sou
Eu não quero mais dormir de olhos abertos me esquenta o sol
Eu não espero que um revólver venha explodir na minha testa se anunciou
A pé a fé devagar. Foge o destino do azar que restou
E se você puder me olhar se você quiser me achar e se você trouxer o seu lar
Eu vou cuidar. Eu cuidarei dele
Eu vou cuidar. Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Do seu jardim
Eu vou cuidar. Eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar. Ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Eu cuidarei do seu jantar
Do céu e do mar e de você e de mim
Eu não quero mais mentir. Usar espinhos que só causam dor
Eu não enxergo mais o inferno que me atraiu
Dos cegos do castelo me despeço e vou
A pé até encontrar um caminho, um lugar e pro que eu sou
Oh! Oh! Oh! Oh!
E se você puder me olhar se você quiser me achar
E se você trouxer o seu lar eu vou cuidar
Eu cuidarei dele eu vou cuidar
Ah! Ah! Ah! Ah! Do seu jardim
Eu vou cuidar eu cuidarei muito bem dele
Eu vou cuidar ah! Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
Eu cuidarei do seu jantar do céu e do mar e de você e de mim
Oh! De mim! E você e de mim. E de você e de mim
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Cheguei à delegacia, após alguns meses em que Marlon morreu. Eu estava disposto a tudo. Falei para a delegada Lúcia. Ela ouvia tudo atentamente e eu comecei a desvendar aquele mistério.
Cheguei um dia na Universidade Federal e ela estava lá, acompanhada de Lorena Vernek, prima de Marlon. Deborah e Lorena discutiam como duas namoradas “Teu Primo me odeia Lorena, ele nunca vai deixar a gente ficar juntas! Tudo isso por causa do Danilo”.
“Eu irei dar um jeito Deborah. Você será uma grande modelo, eu te prometo e então ficaremos juntas!”.
Eu me aproximei delas e disse “Infelizmente a senhorita Deborah tem razão. Marlon é um egoísta. Ele sequestrou Wanderley, pretende fugir do país e levar Danilo à força, mas antes dará cabo da vida do Namorado de Aluguel”.
“O que? Ele vai fazer isso? Esse desgraçado vai fugir depois de tudo o que ele está fazendo e ainda vai matar o Wander? Sabia que ele me bateu e me jogou na rua?”. Falou Deborah.
Eu desdenhei “Nossa! Como um homem pode fazer isso com uma moça tão linda? Ele te tratou como lixo. Você deveria dar o troco!”.
“Não dê ouvidos a ele Deborah. Esse cara é perigoso”, falou Lorena.
“Perigoso é teu primo querida. Está fugindo pra longe e te deixando na merda. Ele pegou todo o dinheiro que vocês tinham e vai fugir do país. Mas como sou um cara benevolente vou até dizer a hora. No início da noite ele vai tentar levar Danilo embora à força, junto com toda a fortuna de vocês, aqui está o endereço”.
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O Assassinato de Marlon
Saí e dei meia volta. Elas ficaram discutindo. Eu segui milimetricamente as duas e bingo: foram para onde eu havia dito, ou seja, para casa de Gilson Bantô. Eu entrei, escondi-me e filmei tudo pelo celular. Danilo estava dormindo profundamente, pois estava dopado e quando Marlon viu as duas eles discutiram. Lorena disse “Então você achou que iria embora com nossa fortuna e me deixar aqui na miséria Marlon?”.
“Que fortuna sua rata? Esse dinheiro é meu. Eu sou um modelo internacional, você não é nada”. Ela foi até ele e deu um tapa forte em seu rosto.
Ele retribuiu, mas Deborah partiu pra cima e Marlon deu um murro na cara dela também, que caiu no chão e disse “Você pensa que vai me humilhar, que vai me bater de novo e ficar por isso mesmo? Eu vou acabar com tua vida”.
“Vão embora daqui suas vadias. Eu só quero levar o Eduardo comigo, só isso. Eu não quero ficar ao lado de duas fracassadas, duas amebas que não valem nada!”. Lorena partiu pra cima do primo e levou a pior, quando Deborah puxou a arma. Marlon desafiou “Atira sua puta! Nem pra isso você presta! Vadia”. Deborah deu um tiro certeiro e Marlon caiu ensanguentado, mas antes fez um grande barulho no lugar”.
“Ao mesmo tempo veio surgindo Gilson Bantô. Ele corria preocupado com o Nilo. Quando chegou viu Lorena, que o fitou. Rapidamente Deborah bateu com toda a força na cabeça de Gilson. Ela utilizou uma pedra grande que decorava a casa dele. Gilson caiu ensanguentado. Elas fugiram pelos fundo e eu também. Eu fui pelos fundos e disfarçado, quando a polícia chegou e pegou Danilo em flagrante. Depois disso a senhora conhece o restante a história delegada”. Falei isso e mostrei o vídeo que eu tinha feito do meu celular.
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Ela me fitou e perguntou “Depois de todo o seu relato o senhor acha mesmo que não é culpado de nada senhor Yuri?”.
“Sinceramente, eu acho que não, não fiz nada ilegal. Não sequestrei Wanderley, não tive culpa pela morte do Daniel, quem fez isso foi meu pai e ele já confessou. Também não matei Marlon Verneck, quem fez isso foi a prima dele e a amante dela. Nem mantive Nilo em cárcere privado, também quem fez isso foi Leandro e Alessandra”.
“É incrível como o senhor é escorregadio. O senhor manipulou toda essa gente. O senhor estava por trás de tudo, mas nunca sujou as mãos”.
“Delegada a lei me ampara. Ninguém é obrigado a produzir provas contra a si mesmo. Não sou nenhum santo, mas não cometi crime algum. Até mesmo os bens que eu tenho foram dados espontaneamente por minha mãe e meu irmão. E é com esse dinheiro que eu vou embora e vou começar uma vida nova. Estou dispensado?”.
“Sim senhor Yuri, mas independente de ter cometido crime ou não, eu quero dizer que aqui se faz, aqui se paga. Se o senhor continuar assim, vai acabar transformando sua própria vida num inferno”.
Eu sorri e respondi “Eu já nasci no inferno doutora Lúcia. Agora eu quero sair dele. Por favor, me dê licença e passar bem”. Eu saí e ela me seguiu com o olhar, sem acreditar que eu saí ileso de toda aquela história.
Naquele dia eu me preparei para minha partida. E a tarde fui atrás de Danilo. Eu o encontrei correndo na Orla da Ponta Negra. Suspirei fundo e passei a segui-lo. Meu peito fervia só de vê-lo “Nossa, como ele é lindo! Você é perfeito Nilo!”. Eu num rompante parei o carro em sua frente. Ele quando me viu perguntou assustado “Yuri! Quando foi que você saiu da clínica?”. Olhei cheio de desejo “Entra no carro Nilo, eu preciso muito falar contigo!”.
“Vai fazer o que dessa vez? Vai me sequestrar?”.
“Por favor. Só quero conversar contigo”.
“Tudo bem Yuri. Eu não tenho medo de você”.
Eu o levei para um lugar um pouco mais afastado. Saímos do carro e ele me encarou “Então Yuri, o que você deseja? Você deveria estar na clínica psiquiátrica”.
“A minha loucura é te amar Nilo. E não me venha dizer que eu não posso por que sou teu irmão. Você sabe muito bem que não é a primeira vez que isso acontece na história da humanidade. E nem me venha dizer que isso é tara ou pecado, pois moralismo não combina contigo”.
“Tudo bem Yuri. Só me fala, o que você deseja? Como eu posso te ajudar?”.
“Eu vim dizer adeus Nilo! Só vim te dizer ‘adeus’. Eu vou deixar você, minha mãe e Wanderley em paz”.
Ele começou a lagrimar “Você vai embora, sem continuar teu tratamento? Você precisa ficar bem. Eu e nossa mãe vamos te ajudar!”.
“Você não pode fazer nada Nilo e eu não posso ficar! A minha vida foi toda errada. Eu não deveria ter nascido Nilo. Eu sou fruto de uma violência, da maldade de um ser humano”.
“Você é fruto do amor da nossa mãe, que fugiu pra salvar tua vida. Eu sei que você teve uma vida difícil, mas você pode mudar isso”.
“O mal corre solto no meu sangue Nilo. Eu puxei toda a maldade do meu pai, assim como você puxou a bondade do teu”.
“Isso não é verdade Yuri. Você arriscou tua vida por mim. Você salvou a minha vida. Você quase morreu por minha causa. Portanto, você tem sim, muito amor no teu coração. Todos nós temos um lado bom e outro ruim, cultivar um dos lados é uma escolha nossa”.
Comecei a chorar “Eu gostaria muito de acreditar nisso Nilo, mas eu não sou assim. Por isso eu decidir ir embora pra sempre, pra te deixar em paz. A gente nunca mais vai se ver”.
Ele começou realmente a chorar “Não vai embora Yuri, eu te amo! Fica comigo, a gente vai resolver tudo. Não me deixa por favor”.
“Ah Nilo. Meu doce Nilo. Eu não posso ficar. O meu amor por ti é um amor louco, incontrolável. A única solução é a gente nunca mais se ver”.
“Por favor Yuri, eu te imploro, não vai embora. Eu te amo meu irmão!”.
“Eu não posso ficar. Meu amor por ti não é amor de irmão. Eu te amo como homem. Mas eu quero que você me prometa que você vai ser feliz, que você vai ficar bem e que vai cuidar da nossa mãe, da nossa rainha. Promete?”.
Ele fez que sim com a cabeça e eu continuei “Eu queria te dizer mais uma coisa: eu não matei teu pai. Foi o Leandro, eu até tentei impedir, mas cheguei tarde. Eu gostava do Daniel e queria muito que ele fosse meu pai. Eu sentia tanta inveja de você, mas eu nunca mataria o Daniel”.
“Eu acredito! Eu acredito em você! Tá vendo? Você tem bondade no coração! Nós podemos ficar juntos”.
Eu fui me afastando lentamente em direção ao carro “Não Nilo. Eu preciso ir. Adeus, meu amor, minha paixão, adeus!”. Ele me puxou e me beijou, com força, me apertou contra seu corpo e começou a chorar. Eu tirei suas mãos de mim e entrei no carro. Dei a partida e Danilo saiu correndo “Yuri! Yuri! Não vai embora. Eu te amo!”. Quanto mais o carro ia ganhando distância, mais ele corria e as minhas lágrimas escorriam “Adeus Nilo!”.
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Meses depois – Rio de Janeiro – Praia de Ipanema
Passei a morar no Rio de Janeiro. Investi no ramo imobiliário. Uma ideia muito simples, comprava casa e apartamentos usados, reformava e vendia pelo dobro do preço. Também investi em uma loja de material de construção. Em uma determinada tarde saí cedo do trabalho e fui relaxar, justamente no posto nove, em Ipanema. Comecei a tomar um chope e olhar a moçada. Era um point GLS e havia uma diversidade de pessoas. Confesso, senti-me à vontade, mas meu irmão não saia de minha cabeça. Pensei muitas vezes em voltar só para vê-lo, mas tinha decidido resistir à tentação.
Chegou perto de mim uma moça loira, linda. Bronzeada, alta, esguia, sorridente, olhos claros. Não vacilei e ofereci uma água de coco. Ela aceitou, mas me falou na lata “Prazer, meu nome é Carla! Você deve saber logo que eu gosto de outra fruta”. Ela apontou pra frente e vimos dois jovenzinhos jogando frescobol “Namoro aquela moça e aquele que está com ela é meu irmão”.
A menina era uma mocinha morena bonita, mas o que me chamou a atenção foi o rapaz. Era simplesmente lindíssimo. Moreno claro, corpo esguio, cabelos pretos e volumosos. Pernas bem torneadas, cintura fina, bunda grande. Ele era muitíssimo parecido com Danilo. Eles sorriram pra gente e vieram em nossa direção. Paguei água de coco pra todos e o rapaz não tirava os olhos de mim. Descobri que Carla tinha 24 anos e sua namorada Raquel tinha 20. Já Donato tinha apenas 19. Conversamos muito e eles queriam saber tudo sobre mim. Eu e o garoto nos olhávamos insistentemente e depois de um tempo os mais jovens foram dar um mergulho.
Carla percebeu o clima e disparou “Parece que meu irmãozinho está fascinado por você e você por ele”.
“Ele é um príncipe. É tão jovem, tão alegre, meigo, cheio de vida. Parece muito com meu irmão. Desculpe, mas não tem como não se encantar com o Donato!”.
“Ele é tudo isso e muito mais, com um predicado ainda maior: meu irmão é ingênuo, puro e ainda é virgem. Ele sente muita atração por homens mais velhos, mas nunca teve coragem de seguir em frente”.
Meu coração vibrou e Carla me contou tudo. Eles eram filhos de militares de alta patente e tanto o pai, quanto a mãe eram homofóbicos e justamente seus dois filhos eram homoafetivos. Donato fingia que namorava Raquel para proteger a irmã, mas seus pais já passaram a desconfiar do acordo deles. Ela falou que eles precisavam de um homem que pudesse disfarçar que era namorado dela e então me fez a proposta.
Nos outros dias encontrávamos no mesmo horário. Elas beijaram-se e foram passear, ficando eu e Donato sozinhos. Puxei conversa e ele muito timidamente me confessou “Eu sempre sonhei em encontrar um homem como você. Eu sei que é muito cedo pra falar isso Yuri, mas acho que estou apaixonado. Eu não consigo parar de pensar em você. Se eu tiver de perder minha virgindade, quero que seja com você”. Eu não aguentei, o puxei para meu corpo, o abracei e o beijei. Meu corpo ardia de desejo por aquele garoto. Ficamos a tarde juntos e ele tomou a iniciativa, dizendo que queria me conhecer melhor, que queria experimentar namorar um homem de verdade.
Fizemos mil planos juntos e dias depois Carla veio falar comigo e fazer a proposta “Yuri, eu sei que isso não é correto, mas a gente tem que sobreviver. Eu e meu irmão queremos terminar nossa faculdade, conseguir emprego e tocarmos nossas vidas. Até isso acontecer não podemos assumir nossos desejos. Eu quero saber se você topa ajudar a gente. Você topa ser meu namorado pros meus pais?”.
Eu sorri, pedi um tempo pra pensar (puro charme). Depois falei com Donato sobre a gente. Meu coração estava completamente encantado pelo garoto, mesmo eu sendo quase dez anos mais velho que ele. Parecia que nos completávamos em tudo. Eu o pedi em namoro e ele aceitou. Sabe aquela vontade de cuidar de alguém? Meu peito respirava carinho por ele e decidi dar uma nova chance ao meu coração. Queria ser feliz, fazê-lo feliz e ele com sua meiguice me deixava cada dia mais encantado. No final da tarde ele e Raquel foram brincar e tomar banho no mar. Carla parecia apreensiva com minha resposta. Eu a fitei, beijei suas mãos e disse “Eu topo Carla. Oficialmente eu namorarei você, mas serei de fato o namorado de Donato. Não se preocupe, para seus pais serei teu namorado. Serei um grande Namorado de Aluguel”... Fim
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Parte 3 – Girassol - Narrado por Wanderley
A favor da comunidade, que espera o bloco passar. Ninguém fica na solidão
Embarca com suas dores pra longe do seu lugar
A favor da comunidade, que espera o bloco passar
Ninguém fica na solidão o bloco vai te levar. Ninguém fica na solidão
A verdade prova que o tempo é o senhor dos dois destinos, dos dois destinos
Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino, de um menino
No coração de quem faz a guerra nascerá uma flor amarela
Como um girassol! Como um girassol! Como um girassol amarelo, amarelo
Todo dia, toda hora, na batida da evolução
A harmonia do passista vai encantar a avenida
E todo o povo vai sorrir, sorrir, sorrir
E todo o povo vai sorrir, sorrir, sorrir
A verdade prova que o tempo é o senhor dos dois destinos, dos dois destinos
Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino, de um menino
No coração de quem faz a guerra nascerá uma flor amarela
Como um girassol! Como um girassol! Como um girassol amarelo, amarelo
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Estava fazendo um estágio com doutora Lúcia. Ela finalmente disse que iria prender a pessoa que matou Marlon, fiquei super curioso e fui junto. A pessoa estava no aeroporto e já estava carimbando seu passaporte, estava com um disfarce, quando a delegada deu voz de prisão e a pessoa tentou correr, mas foi pega pelos policiais. A pessoa virou-se e eu fiquei espantado e disse “Não Acredito! Foi você quem matou o Marlon?”. Deborah ainda tentou engrossar “E daí sua bixa? Matei aquele desgraçado mesmo. Ele me agrediu e bateu na Lorena, minha namorada. Por isso demos cabo da vida dele”. Devo dizer que ambas estava disfarçadas e queriam fugir do país.
Elas saíram de lá algemadas e xingando todo mundo “Que foi bando de babacas? Nunca viram duas mulheres sendo presas não? Ainda daremos a volta por cima”. Elas foram direto para o presídio e lá encontraram Alessandra, que já era uma das líderes entre as prisioneiras. Aos poucos elas iam dominando o presídio feminino, especialmente Lorena, que era muito articulada e a única que tinha dinheiro.
Voltei mais cedo para casa e quando Dan chegou percebi uma grande surpresa em seu olhar. Ele havia chorado “Que foi meu Amor? O que aconteceu contigo?”.
As lagrimas escorriam, por mais que ele quisesse se controlar “Meu irmão se despediu de mim hoje Wander. Ele foi embora e disse que nunca mais quer me ver!”.
“Aleluia Dan! Esse cara já vai tarde. Tomara que nunca mais volte mesmo e deixe a gente em paz!”.
Ele estava muito triste e eu me toquei que o tinha magoado “Não fala assim Wander! O Yuri é meu irmão. Ele faz parte da minha vida. Como você ficaria se o Leonel fosse embora e você ficasse com a sensação que ele estava vivo, mas tinha morrido pra você? É muito triste”.
Tentei contornar “Dan me perdoa, mas acho que era a melhor coisa que poderia acontecer. Meu irmão sempre foi um anjo, já o teu é um demônio, aí está a diferença. Tudo de ruim que aconteceu na tua vida teve o dedo dele. Desculpa, mas é melhor realmente ele ir embora e nunca mais voltar!”.
Danilo sentou no sofá, colocou as mãos no rosto e começou a chorar compulsivamente. Fiquei com um aperto no coração. Pedi desculpa pelo meu egoísmo e o levei para tomar banho. Ele parecia realmente ter perdido o irmão, era como se Yuri tivesse morrido e eu em vez de julgar tinha era que ser solidário. O obriguei a tomar uma sopa e o coloquei para dormir.
Lá pelas tantas eu sinto algo diferente e finalmente percebi que meu companheiro estava chupando meu pau. Eu tirei onda e fingia que dormia e ele continuava, mas claro que meu disfarce foi caindo por terra, pois não estava conseguindo resistir àquela boca molhada, quentinha e gostosa. Comecei a gemer e ele percebeu, sorriu e intensificou a chupada. Ele confessou “Você é meu homem Wandeco. Estou precisando do teu corpo, do teu pau pra acalmar minha tensão”.
Eu o virei e disse “Eu não queria me aproveitar da tua tristeza, mas eu também estou louco pra comer meu marido. Estou louco pra te comer, Meu Tangerina gostoso!”.
Eu tirei sua roupa e o virei. Ele ficou nuzinho em pelo e eu abri seu reguinho e dei muitas lambidas. Montei em cima dele “Agora você vai ver o que é o corpo de um homem, o corpo do teu macho. Eu sou louco por você Dan”. Mordi sua nuca, seu pescoço e sua orelha. Desci e subi com minha língua por suas costas, mordendo, beijando, lambendo. Meu namorado se arrepiava e se contorcia de prazer.
Virei Danilo e passei a chupar seu cacete, engolindo-o todinho. Subia a boca ate a cabecinha e depois todo o tronco. Chupei o saco ate chegar no cu, quando encostei a língua ele gemeu de novo e abriu mais as pernas. Fui enfiando a língua cada vez mais fundo ele só gemia, fazendo movimentos circulares. Danilo abriu as pernas e rebolava seu cuzinho em minha cara. Eu levantei suas pernas, coloquei um travesseiro e fiquei na posição de frango assado. Danilo se abriu mais ainda “Vem meu homem, me come, me faz feliz, me possui como só você sabe fazer”. Ao ouvir isso eu pirei. Só lubrifiquei meu cacete e fui metendo, ele gemia e se entregava.
Meti muito em Dan, que parecia estar mais putinho que nunca. Assumi meu lado macho ativo e passei a meter sem dó. Mas ele escapou de mim, posicionando-se de quatro e arreganhando as pernas “Vem Wandeco, quero ser teu cachorrinho”. Não me fiz de rogado, meti com tudo, ele urrou de dor e prazer, mas estava tão tarado que pedia mais. Passei a dar palmadas em seu bumbum, enquanto ele gemia, pedia mais e rebolava. Ele estava tão safado que tive que me controlar para não gozar logo. Ele rebolava, pedia mais e se contorcia todo. Eu dei muitas palmadas nele, que ficava louco de tesão.
Continuei na mesma posição, apenas o deitei e fiquei em cima de sua bunda. Daí comecei a tirar e meter meu pau todo dentro dele, com firmeza e força. Danilo mordia a fronha e pedia mais, queria que eu metesse mais forte e mais rápido. “Você quer pica seu puto? Agora você vai aprender a não desafiar teu marido”. Ele respondia “Mais, mete mais, acaba comigo, adoro foder com um macho de verdade, mostra quem manda e toma conta do que é teu”. Passei a meter violentamente, não sei o que me deu, mas meu lado animal falou alto e eu meti sem dó em Dan, que aguentava o tranco, mas lagrimava de tesão e dor.
Meti muito, passando a morder seu pescoço, virava seu rosto e dava beijos tão forte que fiz sua boca sangrar. Ele rebolava, chorava, pedia mais, até que senti seu cuzinho se contraindo e apertando meu pau, sinal de que ele estava gozando. Danilo urrou de prazer, dizendo que aquela era a melhor foda de sua vida. Eu não me contive, gozei litros dentro dele, beijando sua boca e apertando com muita força seu corpo.
Depois de uns instantes ele se virou e disse “Era disso que eu estava precisando. Tua pica é um remédio pra me curar de qualquer depressão”. Comecei a rir “Pois eu estarei sempre aqui com teu remedinho. Vou te dar uma injeção de pirocolina toda noite”. Ele me beliscou e disse “Não se esquece que eu não sou só passivo, também quero te comer muito”.
“Eu sei meu Amor. Você me completa em todos os sentido. Eu nunca pensei que pudesse ser tão feliz em toda a minha vida”.
“Desculpa eu ter ficado daquele jeito Wander, mas estou triste por ficar longe do meu irmão. Só você mesmo poderia acalmar minha dor”.
“Não precisa pedir desculpa amor. Eu entendo teu lado, mas foi melhor assim. Vamos tocar nossa vida e ser felizes pra sempre. Eu te amo”.
Ele me deu um beijo e naquele noite não quis dormir. Ficamos madrugada dentro fazendo planos, sonhando em ficar juntinhos até ficarmos bem velhinhos. Lembramos de Nando e Cris, de Theus e Paty, de João e Mayara, todos nós queríamos a mesma coisa, experimentar um amor verdadeiro, completo, que duraria pra sempre.
Pra quem está na curiosidade, eu e Dan casamos. Foi uma cerimônia linda, simples. Assinamos nosso contrato de união estável e Mayara e minha Mãe se encarregaram da recepção. A mesma juíza que celebrou o casamento de Nando e Cris, celebrou o nosso. A ideia foi de Olavo, que juntamente com Jurema e Vó Clarice, não se fartavam de tanta felicidade.
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Alguns casais
Danilo começou a exercer a medicina e deixou a presidência do estaleiro por minha conta, sendo auxiliado por meu irmão e Nicole. Mayara não quis mais saber da empresa, pois alegou que queria cuidar do marido e com certeza ela estava muito feliz. Minha mãe arrumou um coroa e começou a namorar.
Gilson Bantô e Christian casaram-se numa cerimônia religiosa maravilhosa. Eles casaram-se num terreiro de candomblé. Eu, Dan, Paty e Matheus, embora não professássemos aquela fé, comparecemos e sentimos algo emocionante. Eles trocaram juras de amor e estavam vestidos em tom dourado. Gilson e Crístofer passaram a ser um casal de muita referência na cidade. Eles lutavam pelos direitos dos pobre e negros, especialmente pela valorização da religião afro-brasileira.
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Leo e Nicole – Um amor Temperamental
Mas tem um casal que a gente não pode esquecer: Nicole e Leonel. Depois de muitas idas e vindas, meu irmão começou a olhar para uma recepcionista da empresa. Nicole ficou louca de ciúme. Na verdade ainda não havia rolado nada entre Léo e a moça, mas Nicke estava possessa. Um dia ela entrou de supetão na sala de reuniões onde Léo estava e começou a soltar os cachorros “Você sabe que não fica nada bem pra tua imagem namorar alguém da empresa. Isso pode ser caracterizado como assédio sexual”.
Léo respondeu “É mesmo Nicole? É assédio se a outra parte não quiser e outra, não faço nada nas dependências da empresa. Agora vou nessa que tenho muito o que fazer”.
“Você é um traste Leonel. Você só queria me levar pra cama, depois que conseguiu fica dando trela pra essa magricela ridícula. Ela não tem nem carne pra você pegar!”.
“Cai na real Nicole, você sempre me esnobou. Gostava de transar comigo, mas nunca quis me assumir como homem. Sempre teve vergonha de mim por que sou mais novo. Sempre me incentivou a procurar uma garota da minha idade, agora que eu estou fazendo isso você vem fazer barraco? Faça-me o favor”.
Ele ia saindo e ela o segurou “Será que você não vê que eu estou louca de ciúme? Me dá uma chance Léo, eu sei que fui uma idiota, mas me dá mais uma chance. Eu sei que você ainda gosta de mim”. Nicke tacou o beijo na boca do meu irmão, que correspondeu. Quando eles estavam no maior amasso eu entrei e peguei os dois no flagra. Eles pularam e Nicke falou “Desculpa Wander, isso não vai mais acontecer”.
“Relaxem! Até que enfim, espero que os dois parem de palhaçada e assumam logo esse amor lindo de vocês”. Léo respondeu “Mas Derley, eu e a Nicole vivemos brigando, por isso a gente tem medo dessa relação”.
“Hahahahahha. Mais do que eu Danilo brigávamos? Deixem de frescura e se entendam de uma vez. Eu não vou ser pai biológico, mas eu quero ter muitos sobrinhos”. Eu os abracei, que saíram dali realmente tentando se entender e hoje formam mais um casal maravilhoso.
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Leandro Tupinambá
Ele foi condenado a muitos anos de prisão e foi parar na penitenciária. O velho era arrogante ao extremo e quando chegou foi logo disparando marra. Ele encontrou seu sobrinho Vitão (Despedida de Solteiro) que o alertou que ali tinha um cara que se chamava Imperador. Victor pediu que seu Tio obedecesse e que não tentasse ser marrento, pois senão se daria mal e o velhote não obedeceu, achando que se daria bem. Na mesma semana ele teve o encontro com o tal Imperador, que conseguiu a transferência do velho pra sua cela. Quando Leandro chegou lá protestou, botou marra, mas o negão chegou junto e disse “Fica na tua titio. Não se preocupa, é só você me obedecer. Ninguém mexe com mulher minha!”.
“Como assim? Eu nunca mexi com nenhuma mulher tua Negão!”.
O negão começou a rir “HAAHAHAHAHAHAH. Tua sorte velho é que eu me amarro em coroa branquinho. Eu sou igual antiquário, me amarro em velharia e a mulher em questão é você. Tu vai ser minha mulher velho. Vai ser minha escrava, vai me servir”.
Leandro tentou de tudo, ameaçou, mas levou porrada e teve que ceder. Era conhecido pelos presos como Mamãe Seringalista e teve que satisfazer seu homem. Ninguém mexia com ele, mas o homofóbico virou gay na marra e teve que obedecer pra sobreviver naquele inferno.
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Construindo uma família diferente - Parte Final
O tempo foi passando e eu e Danilo estávamos cada vez mais felizes, colocando nosso maior projeto em prática. Fundamos o Lar Girassol, um lugar que acolhia crianças que foram abandonadas por seus pais e que não tinham chance para serem adotadas. O espaço funcionaria na Mansão dos Baldinis e entramos com um processo de adoção de dez crianças, cinco homens e cinco mulheres. Todos em idade entre oito a dez anos.
Mayara assumiu a direção do lugar, sendo acompanhada por minha mãe Júlia e por Mariana, que voltou (infelizmente sua mãe veio a falecer). Tudo estava indo de vento em popa, mas a justiça ainda não tinha nos dado a guarda das crianças. Esqueci de dizer, eu e Dan passamos a morar na mansão e estávamos ansiosos por ter nossos filhos. Claro que tratamos de contratar todos os profissionais para nos ajudar na empreitada: tínhamos uma psicóloga, uma pedagoga e um professor de esporte.
Devo dizer que fizemos uma longa preparação para constituir essa grande família. Eu e Dan não queríamos uma família tradicional, queríamos algo maior, mais ousado e conseguimos fazer com que a justiça nos concedesse a guarda provisória das crianças. E no dia do aniversário de dois anos dos gêmeos pegamos nossos filhos e fomos direto para a mansão. Queríamos fazer uma surpresa para Patrícia, que seria a psicóloga dos nossos filhos. Tudo estava perfeito. Eu e Dan fomos entrando e as crianças ficaram encantadas, correram e abraçaram os outros: Mayara e João, Júlia e Mariana, Patrícia e Matheus. Enquanto eles foram se divertir com os animadores da festa, eu e Dan fomos ver nossos afilhados.
Leoni e Daniel eram crianças felizes, alegres e dividiram a atenção das outras crianças maiores, que agora eram nossos filhos. Eles pulavam, se sujavam no chão, brincavam de tudo que era jeito. Ficamos por perto só observando até que Patrícia disse “Tenho certeza que seremos muito felizes Dan. Nossas famílias serão muito felizes e vocês dois são verdadeiros heróis por terem adotado essas crianças lindas e que ninguém mais queria”.
Dan respondeu “É só a nossa pequena contribuição para fazer desse mundo um lugar melhor. Eu já amo muito essas crianças. E agora eu tenho um companheiro ideal para dividir meu sonho e amigos maravilhosos. Como diz o poeta – Sonho que se sonha só, é só uma ilusão. Sonho que se sonha junto é sinal de libertação!”.
Paty falou “Eu não sei se vocês acreditam, mas eu tenho a impressão que Leoni e Daniel realmente voltaram para viver um amor completo, agora no amor entre irmãos”.
“É minha amiga, um dia as almas gêmeas se reencontram e ficam juntas pra sempre!”.
Padrinho Olavo e Madrinha Jurema chegaram e também ficaram conversando com a gente. Até que ele chamou eu e Dan e nos deu um presente. Era um livro único, escrito em forma de monografia, que se chamava “Namorado de Aluguel: Uma história de Paixão”. Ele nos contou que escrevera nossa história e que em breve publicaria num site. Que criara um pouco de fantasia, mas muito de realidade e que em breve pessoas do Brasil todo saberiam quem eram nós. Ele concluiu “Uma história linda como a de vocês merece ser contada e como eu adoro escrever, não perdi tempo. É o meu presente para vocês”. Abraçamos Olavo, sem imaginar o verdadeiro conteúdo do livro.
Logo depois as crianças nos puxaram para fazer uma grande roda e fomos todos nós, brincar com elas, na ciranda da vida. Eu, Danilo, Matheus e Paty fomos colocados no centro da roda, juntamente com os gêmeos, enquanto os outros dançavam e cantavam com a gente. Danilo olhou pra mim e disse “Agora eu sei o que é a felicidade. Você é minha outra parte, eu te amo, e irei te amar pra sempre”. Chegamos pertinho um do outro e demos um discreto beijo. As crianças aplaudiram e eu falei para Danilo “Eu é que sou feliz. De Namorado de Aluguel passei a ser teu Marido. Eu te amo Danilo e vou te Amar pra sempre”... Fim (Mas a vida continua)...
“A verdade prova que o tempo é o senhor dos dois destinos, dos dois destinos
Já que pra ser homem tem que ter a grandeza de um menino, de um menino
No coração de quem faz a guerra nascerá uma flor amarela
Como um girassol! Como um girassol! Como um girassol amarelo, amarelo”.
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Dialogando com o Manu (Despedida)
Quero agradecer a todos e a todas pelo espaço, pelo companheirismo, pela paciência. Eu amo todos vocês. Muito agradecido mesmo pela confiança, interação, críticas e principalmente, pelo carinho e amizade. Nunca esquecerei o gesto de amor, romantismo e cumplicidade. Se eu esquecer alguém me perdoem e me corrijam, que eu faço questão de me retratar.
Um beijo aos meus amores. Sem ordem de importância, pois amo todos vocês.
frannnh
Guga05:
Renatinha31rj:
Perley:
Ru/Ruanito:
Diiegoh':
Lucas M.:
Agatha1986:
Socó:
Rafael Guimarães.
Geo Mateus
Stylo:
juh#juh:
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Neguinha_evangélica* :
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Syaoran
Dericky
Trager
alhambrafb
Malura
Nina M
franzita2014
Lipe*-*:
OtiliaSababrina (Tudo Menos Feminina).
Fiquem todos com Deus e até a próxima! Com carinho e ternura!
As. Manu Costa!