- Alexandre, tenho que te contar uma coisa e quero que tu seja o primeiro a saber..
- Fala - falei animado. Será que ele ia dizer que tava afim de mim?
- Ah mano, sei lá, tem uma menina aqui no hotel que tá mexendo muito comigo e eu to muito amarrado nela, sério mesmo.. tu sabe que eu não sou romântico e essas coisas mas acho que to amando, queria pedir uns conselhos de ti de como chegar nela e de como levar ela pra cama antes de a gente viajar de volta.
Naquela hora o meu mundo caiu. Não haviam palavras pra descrever o que eu sentia naquele momento, mas como não queria que ele desconfiasse resolvi agir (ou pelo menos tentar) agir naturalmente.
- Renan, sei lá cara, tenta.. - nessa hora minha mãe bate na porta do quarto.
- Oi mãe? - disse, abrindo a porta.
- Filho, seu pai precisa da sua ajuda, ele não sabe mexer nesse notebook novo que você comprou (era um macbook, quem já mexeu em um sabe como é complicado) e quer que você desça lá pra ajudar ele a fazer uma transferência do banco.
- Tá mãe, já vou. Você vem? - perguntei pro Renan.
- Não Ale, vou tomar banho, acabei de chegar do futebol e tô soado. Eu te espero aqui! Dê boa noite pro Sr. Fabio - disse o Renan.
- Direi sim Renan.. mas e pra mim, não tem boa noite? - minha mãe disse, rindo.
- Boa noite pra Senhora também, Dona Carla. - ele disse, dando um beijo no rosto de minha mãe.
- Dona não, já disse isso diversas vezes! Pra você é só Carla e só Fábio.
Nisso fui ajudar meu pai, que reclamava mais que uma mula, falando que aquele troço não prestava e bla bla bla. Quando ele finalmente terminou a transferência já era quase meia noite e meia e eu tava quase caindo de sono. Minha mãe já dormia.
- Então já vou, pai! Qualquer coisa amanhã o senhor pergunta. - falei, lhe pedindo a benção e lhe dando um abraço.
- Tá filhão, boa noite. - ele disse.
Peguei o elevador e fui pro meu quarto. A porta estava aberta, mas o Renan mexia em meu celular.
- O que diabos tu tá fazendo com meu celular? - falei, tomando da mão dele.
- Quer dizer que tu conversa com esses nerds que querem engenharia também, é?
- Falo - respondi. Ele fez cara feia e se calou.
- Sim, Renan, tu quer uma coleira pra colocar no meu pescoço? Se tu quiser eu mando até customizar uma com meu nome.
- Qual é a tua? Tu ficou assim comigo do nada. - ele sentou na cama.
- Tu que tá viajando ai, até parece que a gente tem um caso - falei.
- Sinto muito mas a minha fruta é outra. Falando nisso, e aí, me da as dicas aí!
Puta que pariu, aquilo doeu muito. "minha fruta é outra". Mas eu já deveria saber, a Ana me alertou, ele era hétero.
- Ah, sei lá, fala pra ela o que tu sente, chega de mansinho nela que não tem menina que resista. - falei, me cobrindo e nem lhe dando atenção.
- Nem sei o que seria de mim sem tu, eu te amo! - Ele disse, encostando o pau que parecia estar duro na minha bunda. Aquilo já parecia proposital.
- Tá.
Dormimos.
No dia seguinte, acordei por volta de 1 da tarde e o Renan não tava no quarto. Desci até o quarto dos meus pais mas estava trancado. Voltei até meu quarto, peguei meu celular e vi uma mensagem da minha mãe.
- Filho, vamos passar o dia fora, talvez não dormiremos no hotel hoje! Se você quiser comprar alguma coisa compre logo hoje pois amanhã no almoço já estamos indo pra casa. Você e o Renan, se cuidem!!!!! Beijinhos.
Ótimo, pensei. Desci novamente e fui até o restaurante do hotel almoçar. Do restaurante dava pra ver a piscina e o campo de futebol do hotel. Peguei minha comida e me sentei em uma mesa que dava pra ver de dentro tudo que acontecia na piscina. Comecei a comer quando de repente vi uma coisa que não queria ter visto: o Renan estava praticamente transando com uma menina dentro da piscina.
Aí galera, o conto foi longuinho mas prometo aumenta-lo no próximo capítulo. Esse conto eu não quero que seja muito longo porque fica cansativo escrever, então vou tentar ir sem enrolação e direto ao ponto. Um forte abraço e continuem votando e comentando pois me incentiva cada vez mais a continuar! Um abraço e leiam meu outro conto, O certinho e o desleixado, baseado em fatos reais ahahah!