Parecia que algo não queria nos deixar transar quando eu finalmente pensei que a coisa ia fluir, alguém liga pra ele e diz algo relacionado a faculdade, e pronto, ele que estava no clima perdeu totalmente o tesão, eu sempre levei faculdade a serio, mas nada comparado ao Rafael, ele tinha uma devoção absurda que naquele momento eu ainda não sabia o motivo, aquilo pra mim bastou eu ia deixar de insistir para transar com ele, ficava me oferecendo e o negocio não rendia, não fluía em nada, a única coisa que eu conseguia pensar é que ele era passiva mas mesmo assim não fazia sentido, já que ele nunca tinha pegado no pau, apenas eu no dele, sendo que da primeira vez, foi ele quem guiou minha mão até o pau dele.
Paramos o processo e ele saiu, tinha que fazer uma pesquisa e enviar para o amigo dele, algo sobre um trabalho de avaliação semestral e lá fiquei eu na mão de novo, nem tinha me incomodado o romance que estava acontecendo me empolgava muito mais que a foda por assim dizer, e assim os dias foram passando minha gente, nos víamos todos os dias, almoçávamos juntos, em alguns dias ele vinha dormir na minha casa ou apenas jantar comigo, e ficávamos naquela, nos beijávamos, e brincávamos de maneira erótica, mas sexo mesmo não rolava, eu tinha que tomar alguma atitude, ele precisava perder aquele medo de mim, se não acabaríamos tendo um problema serio, pois namoro sem sexo não dá, até dá... Mas seria uma droga.
Na sexta-feira a noite ele veio para minha casa, com a intenção de dormir, chamamos o Gustavo e Antonio Junior para assistir filme, assim que eles chegaram fomos nos deitar no quarto para matarmos tempo com cinema, pois bem, enquanto o filme rolava, eu me deitei no colo dele, e fiquei quieto, com ele alisando meu cabelo e me fazendo carinho, não me insinuei nem nada do tipo, queria trabalhar a questão da segurança com ele, nem sabia como fazer, apenas tomei uma atitude, e pensei que estivesse funcionando, mas como sempre o Destino que vive a me surpreender, novamente atacou, meu telefone vibrou com um alerta de mensagem.
Já estávamos tão íntimos que ele até sabia minha senha, ele leu o conteúdo e me entregou o telefone sem dizer nenhuma palavra quando eu li o que estava escrito fiquei morrendo de vergonha, mesmo sem ter feito nada, no texto dizia: Ainda hoje sinto o gosto da sua boca, como eu queria ter te comido aquele dia, meu amigo e eu ainda conversamos sobre isso... Queríamos você! Apenas isso bastou para uma crise de ciumes do Rafael ele levantou da cama e foi a cozinha, quando voltou deitou na ponta, meio afastado de mim e lá ficou até o termino do filme, eu fiquei na minha não iria protagonizar uma cena na frente dos meninos.
Quando o filme terminou ainda fomos comer pastel e ele todo calado sem fazer muita graça ou conversar muito, eu fingi que nada estava acontecendo, continuei a agir da mesma forma, e assim continuou a noite, eles ficaram mais ou menos até quatro da manhã em casa, quando saíram o Rafael já tinha ido tomar banho pra se deitar, eu fui para o meu quarto, tirei minha roupa e deitei na cama, e ele volta com cara de bravo do banheiro até bufando, e sem dizer nenhuma palavra, apenas me encarando com cara feia, com coisa que aquilo iria me intimidar ou fazer com que me desculpasse por não ter feito nada, era a ultima coisa que eu iria fazer nunca foi do meu feitio esse tipo de coisa, pelo contrario quando ele se deitou eu fui conversar com ele...
– O Que foi dessa Rafael, porque esta com essa cara amarrada, tudo isso por conta de uma mensagem de texto?
– Eu já te falei que não queria que conversasse com aquele cara, e fica mandando mensagenzinha pra ele agora pelas minhas costas? Só falta estar marcando encontro.
–Me respeita Rafael eu nunca troquei nenhuma mensagem com esse cara, eu nem sabia que ele tinha meu numero, a primeira mensagem que ele me mandou foi essa, e por sorte o telefone estava na sua mão.
– Por sorte o caramba, agora eu sou obrigado a ler um filho da puta desse mandando mensagem falando que quer te comer?
– Pelo menos alguém quer né. Eu já estava me sentindo indesejável.
Nem me dei conta quando falei isso, só parei pra pensar depois de ter falado, a cara dele que já estava amarrada, tinha ficado mais ainda, eu pensei que ele fosse embora, e já que ia mesmo eu decidi me aprofundar ainda mais no assunto e fui perguntar a ele o que acontecia, porque não tínhamos transado ainda, questionei se era algum desejo diferente que ele tinha, e sentia medo de compartilhar comigo, ele não entendeu o que eu tinha perguntado e fui na lata, perguntei se ele era passivo, se sentia vontade de dar, em resposta ele deu um berro comigo, eu sinceramente pensei que ele fosse me dar uma surra, tamanha a raiva desenhada em seu rosto....
– Tá pensando que eu sou O que? Eu sou homem rapaz, não tem dessa historia de dar o cu comigo não. Só não transei ainda porque queria fazer diferente, sempre transo no começo dos meus relacionamentos e eles nunca dão certo.
– Quer dizer que por eu ser passivo sou menos homem que você? Ou estou em uma posição inferior na sociedade é isso que esta me dizendo? E não transamos ainda apenas por esse motivo, porque tem medo que eu termine depois do sexo?
– Não é isso, por favor se eu continuar falando vou me enrolar todo e acabar te magoando eu não sei o que dizer, ou como dizer, apenas me entende, tu é homem eu nunca comi um cara antes, tenho medo de te machucar e você ficar com raiva de mim, to inseguro, por favor vamos mudar de assunto.
O Vontade que me deu de mandar ele ir embora da minha casa, quando fico sem sexo fico irritado não consigo nem raciocinar direito, me controlei ao máximo que consegui e a única coisa que eu disse a ele foi que resolve os seus problemas logo, pois como tinha visto a fila de pessoas que queriam transar comigo, e tinham a certeza disso apenas aumentava, fico meio irracional na hora da raiva, não sei organizar bem o que digo, muitas vezes nem vejo o que digo, enfim... Fomos dormir brigados, um virado de costas pro outro, nem vi a hora que peguei no sono, já que no sábado não tínhamos aula, eu aproveitei pra acordar bem tarde, despertei já se passava de quatro horas.
E quando acordei foi com o Rafael me chamando grudado em mim, meio que de conchinha, quando acordei de fato me lembrei da briga e já fiquei bravo de novo com ele, mas fui desarmado por aquela cara fofinha dele me dando Oi, e falando que tinha feito comida pra gente, eu estranhei, porque ele havia me dito que era bem ruim de cozinha, mas enfim, me levantei tomei um banho fiquei cheiroso e fui a cozinha e cheiro estava bem agradável, frango assado, salada com ervilha e milho verde e arroz branco, achei tudo muito fofo, quando ia me servir ele me pediu pra levantar e disse que queria fazer algo antes de eu ir comer.
Novamente me deu um dos seus beijos envolventes e másculos, meu maxilar tinha um esforço tremendo pra acompanhar os movimentos do dele, mas enfim, quando me beijou foi a primeira vez que ele pegou na minha bunda, e novamente eu senti que estava de pau duro, como é bom beijar alguém e sentir que a pessoa esta excitada eu particularmente fico me achando, e penso que ela esta daquela forma por minha causa, tudo bem, pode até não ser mais eu gosto de pensar assim, o beijo foi esquentando e esquentando, só não dei pra ele ali porque o Gustavo chegou em casa...
Parece que aquela bicha adivinha quando tem comida em casa, sempre chega na hora certa, nunca achei ruim e nem reclamei, eu já sabia que quando nos mudássemos eu deveria alimentar ela, é quase uma clausula de contrato, ele entrou em casa nos sentamos a mesa, e o Rafael ficava me olhando com aquela cara de menino apaixonado que ele tinha, durante todo o tempo, o Gustavo como sempre pega as coisas no ar, e vendo o jeito que nos olhávamos ele mais uma vez brilhou um de seus comentários...
– Espera ai... Eu perdi alguma coisa? Quando fui embora daqui ontem, um estava com um bico maior que o do outro, todo mundo emburrado de mal com a vida, ai hoje, esta esse amor todo, que até sobe a minha diabetes. O que aconteceu?
– Gata o que aconteceu a senhora não precisa saber, o que importa é que tudo acabou bem, sendo assim vamos comer, que ainda quero ganhar a noite cuiabana.
– Eu sempre te conto tudo né sua vagabunda e agora não quer compartilhar comigo as suas intimidades? Nossa amizade foi feita onde? Na porta de um boteco, numa fila de banco.
– Suas intimidas qualquer um vê minha querida, porque é dentro de banheiros públicos e salas de cinema, e nem poderia te contar porque o Rafael esta a mesa, seria deselegante....
– Matheus, Matheus, se eu te der uma surra, eu transformo sua cara em um Cú de tanto tapa, a senhora me respeita, mas mudando de assunto vamos ferver onde hoje a noite? Nem sei se vou, tenho que ver a agenda do Toinzim...
O Rafael nada falava apenas ficava ouvindo na nossa discussão e rindo, e de fato era incrível a nossa capacidade de mudar de assunto e humor de uma hora pra outra, sempre era assim e no final dávamos risada de tudo, ficamos ali combinando de sair e comendo ao mesmo tempo, Por fim decidimos que não decidiríamos, apenas sairíamos de carro a noite e onde estivesse melhor e mais movimentado iriamos para e fixar moradia, era a melhor forma, perguntei ao Rafael onde ele queria ir, e a única resposta que ele me deu foi – Pra qualquer lugar, desde que esteja do meu lado, vou aonde você for. É meloso, é gay, é frescura. Eu sei... Mas como não amar esse tipo de coisa?
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R: Obrigado pelas dicas de contos... Esse do estilista eu li, esse moleque é exemplo, quando crescer eu quero ser como ele, os outros ainda não conhecia, vou começar a ler e depois digo o que achei... E Sim, a historia é real, só mudei nossos nomes pra conservar o restinho de integridade que temos rsrs
