Tia Bridah foi socorrida por vizinhos que a levaram ao hospital mais próximo. Angela limpou o chão da cozinha, tinha leite com sucrílios jogado por todo o chão perto da vasilha que sua tia segurava quando teve um mal-estar e veio a desmaiar.
Maicom ajudou no serviço, depois foram de bicicleta para o hospital, tendo a notícia que Bridah teve um infarto, e estavam fazendo o possível para salvá-la.
Angela esqueceu qualquer problema fora este que podia levar sua tia da vida, aceitando o ombro amigo de Maicom, onde repousou sua cabeça e chorou em silêncio, tendo afagos em seus cabelosNatália ligou para Maicom o telefone de Thayla, chamou a companheira de quarto. A moto de Thayla foi encontrada estacionada no estacionamento da rodoviária nessa madrugada, após o B.O na delegacia feito pela proprietária.
- Droga, Nat! Não acredito que você fez isso mew! Se você já não tivesse toda quebrada eu ia te parti em duas de tanta porrada. Minha moto é sagrada pra mim, poxa, que vacilo o seu.
- Vou pagar os estragos, fica tranquila.
-Eu tô tranquila, não queira me ver brava. - Tirou um cigarro de maconha do bolso, ia acender quando Natália o tirou de sua mão.
- Proibido fumar aqui, pior ainda isso aqui.
- Porcaria de hospital! Me dá ai, eu vou lá fora.
- Não, você não vai me levar pra casa chapadona, sem chance de pegar a direção da moto drogada. Não comigo em cima.
- Tu é abusada hein garota! Deixa estar, que eu te pego.
Natália sorriu.
O médico entrou para fazer os exames, Thayla saiu.
Thayla foi ao barzinho em frente ao hospital, pediu uma cerveja de latinha, ficou tomando sentada em uma mureta perto do ponto de ônibus.
Uma jovem ouvia música, lia um livro, estava usando uma camisa de banda de rock internacional, uma saia jens preta, uma bota preta ate os joelhos. Branca, cabelos na cor laranja, com mechas vermelhas e azuis, olhos verdes.
"Novinha e linda! Ai se eu te pego garota..."
Seus olhos se cruzaram, Thayla piscou para ela, levantando a lata de cerveja, a convidando para tomar.
A jovem guardou o livro na mochila, foi ao encontro de Thayla:
- Oi, meu nome é Trish.
- Thayla.
O beijo de comprimento foi no rosto, mas Thayla deixou bem perto da boca de Trish.
- Quer beber o quê?
- Pode ser cerveja mesmo.
Thayla pediu mais 6 latinhas de cervejas, chamando a menina para ir à uma pracinha atrás do hospital.
Entre uma latinha e outra, beijos foram trocados. Trish avançou o sinal, colocando a mão de Thayla por baixo de sua saia...
- Ei, calma. Quantos anos você tem?
- Idade suficiente pra você não ser presa por pedofilia.
- É?
- Desseseis, quase dezessete. Vamos pra outro lugar? Eu quero você!
Thayla sorriu, levando a menina para um matagalRafaela beijou Marcela para ela acordar, mas recebeu um empurrão.
- Marcela, linda, acorda.
- Puta que pariu, Rafa! - Abriu os olhos.
- Nossa tudo isso é TPM?
- Cala boca, vaza daqui, não quero olhar pra sua cara. - Jogou o travesseiro em Rafaela.
- Tá bom, te espero à mesa pra tomar café.
Marcela não entendia o carinho que Rafaela tinha com ela sempre depois do sexo, sendo que na hora h ela era uma fúria na cama.
Ela estava sonhando com Natália e foi acordada, por isso seu humor estava ainda pior.
Marcela não aguentou, se masturbou no banho, chamando por Natália. Rafaela ouviu da porta, deixando uma lágrima triste rolar por seu rosto ao constatar que Marcela preferia se masturbar pensando em outra, do que transar com ela esta manhã.
Marcela estranhou ver Rafaela quetinha em um canto da cama, de cabeça baixa.
"Será que ela me escutou no banheiro? E se escutou, qual o problema? Somos só amigas".
- Ei, Rafa, tudo bem?
- Sim.
- Você parece triste...
- Você vai casar Marcela, eu não vou dar pulos de alegria. Mesmo que seu marido seja gay.
- Oh amiga - abraçou Rafaela bem apertado- eu te amo, viu? Eu nunca vou te abandonar. Tá legal?
Deram um selinho, depois foram tomar café da manhãJim trouxe café da manhã na cama para Marcos. Se beijaram dizendo bom dia, Marcos ligou a tv de LED 55 polegadas na parede do quarto, sintonizando no jogo masculino da vôlei.
- Amor, eu tive pensando... Como vamos fazer para nos encontrar depois que você casar com aquela metidinha?
- Jim! Não fala assim da Marcela, ela é uma moça muito legal. Aposto que você vai gostar dela quando conhecer melhor.
- Marcos, pára! Você ficou com aquela galinha?
- Jim, melhor você ir embora.
- Ai amor, não fala assim comigo.
- Eu não quero mais ouvir você falar mal da Marcela. Entendeu? Eu vou casar com ela por que é bom para minha carreira. Ou você quer que eu perca meu emprego?
- Longe disso, amor. Você é uma estrela e vai sempre brilhar. Me desculpa, querido? Não vamos passar o tempo que nos resta brigando, vem cá, vem.
Marcos sorriu beijando seu namoradoNatália recebeu alta e sua acompanhante não aparecia para levá-la embora. Em uma cadeira de rodas Natália esperava junto ao balcão da recepção, no momento que Thayla chegou sem ar, descabelada, o tênis desamarrado, as roupas suja de terra e grama grudada no calçado, cabelo e roupa.
- Nossa, alguém rolou na grama e pelo visto a farra foi boa. - Sorriu a mulher da recepção do hospital.
- Se foi. - Disse Thayla, olhando Natália com expressão sério. - Desculpe o atraso. Vamos?
Natália não conseguiu subir na moto, Thayla chamou um táxi, foi seguindo o automóvel até o apartamento onde elas moramVocês são uns incompetentes! - Gritou o Senador quando soube que Maicom escapou.
- Senhor uma mulher deu carona à ele de moto, nosso carro tava longe, não deu pra acompanhar.
- É mesmo? Uma mulher foi melhor que vocês?
Os homens estavam amarrados por correntes com as mãos para cima, seus pés quase não acançavam o chão.
- Arma. - Um dos seus seguranças forneceu uma pistola.
- Por favor, nos dê uma nova chance...
Três tiros na cabeça de cada um, devolveu a arma ao segurança, ordenando para eles se livrarem dos corpos.
Discou números no celular:
- Marcela, tudo bem? Como foi o jantar?
- Não viu a foto do beijo no jornal?
- Essa é a minha menina! ...
Depois de um tempo desligou o celular com um sorriso no rosto.
- Preparem a casa de praia, minha filha vai casar em brevea semana depois....
- Angela busca a carne pro pai pôr na churrasqueira, o fogo já tá bom.
Angela foi para a cozinha, viu Maicom empurrando a cadeira de rodas de Tia Bridah, levando ela para uma sombra, com sua revista e uma lata de refrigerante na mão. Admirava o cuidado que o jovem tinha com sua tia, ajudando-a praticamente em tudo desde que o infarto a limitou à certas coisas, como por exemplo a andar e usar uma das mão que teve paralizia.
Amparo preparava o almoço com agilidade e dedicação, afinal era a festa de noivado de seu filho, queria tudo perfeito.
Um vizinho foi buscar Natália de carro junto com Adenir, Angela ficou olhando a carne assar.
O ônibus estacionou, Natália saiu com uma das pernas dobradas, tinha pinos de ferro enfiados em sua carne, ela se apoiava em moletas. Assim saiu do ônibus, com sua mochila às costas.
- Minha filha o quê houve?
- Calma, vou ficar bem. Foi um acidente de moto. - Mentiu de certa forma. - Me dá um abraço pai, tava morrendo de saudades.
Adenir a abraçou com cuidado, ajudou ela entrar no carro do amigo. O caminho para a casa foi de muita conversa entre osJim queria ir ao noivado do namorado, insistiu muito com Marcos antes de ir levá-lo ao aeroporto, onde se encontraria com Marcela e viajariam.
- Meu amor, eu vou como seu amigo.
- Não que você seja chamativo, que transpire homossealidade nem nada, meu querido, o churrasco de noivado é só para a família. Não faça esse bico, lindo. Me entenda, por favor.
- Está bem. Me dá um beijo de despedida bem quente, pra que eu não sinta tanta saudades.
Marcos sorriu, dizendo:
- Eu te amo, muito. - O beijou, depois saiu de dentro do carro com insulfilme. - Te ligo, quando puder. Tchau.
Pegou a mala no banco detrás do carro, acenou um tchau e foi para dentro do aeroporto.
Marcela o comprimentou com um abraço e um selinho rápido, tinham que parecer um casal apaixonado. Durante a espera na sala se mantiveram de mãos dadas, trocando sorriso, abraços e beijo no rosto e pescoço. Era muito mecanico pata eles, pura atuação, digna do Oscar no Grammy. Para quem os via estavam diante de um casalzinho enamoradosA viagem foi tranquila, 40 minutos depois estavam entrando em um táxi rumo à casa dos pais de Marcos.
A família os receberam no portão, com excessão de Bridah e Natália, que estavam conversando no quintal.
- Pai, mãe, esta moça linda é minha namorada, Marcela.
- Mas que linda jovem, - Adenir tomou a mão de Marcela e a beijou - prazer.
- Obrigada. Prazer Sr. Adenir.
- Olha, olha Sr. Adenir... - Falou Amparo, abraçando Marcela. - Seja bem vinda à família, querida.
- Obrigada.
Angela só a olhou de longe desconfiada, deduzindo que sua cunhada e o irmão não combinavam em nada, que os sorrisos demonstrando amor eram falsos.
- Está faltando gente aqui...
- Sua irmã e Tia Bridah tão conversando ali no quintal. Sua tia teve um infarto, está numa cadeira de rodas.
- Tadinha. Vamos vê-la.
Entraram. Quando viu a tia correu para abraçá-la, Natália estava sentada de costas para eles, o irmão veio abraçar sua tia, ao se levantar com as moletas, se virou de frente para quem chegava. Levou um grande susto ao ver Marcela.
- Macela?!!
- Natália?!!
- Vocês se conhecem? - Perguntou Mascos.
