Bem Que Ele Poderia Ser Gay... Parte II

Um conto erótico de C.Riviecci
Categoria: Homossexual
Contém 1874 palavras
Data: 02/04/2014 13:08:20

Quando finalmente o professor de calculo resolveu calar a boca e nos liberar para almoçar eu já sai louco da sala, e o Gustavo logico foi comigo, aquele bloco nunca ficou tão longe da lanchonete, fomos nos aproximando e lá estava ele sentado quietinho esperando o pedido dele sair, nos sentamos em um lugar totalmente estratégico, onde eu pudesse observar ele sem dar muito na cara que meu objetivo era aquele, durante o almoço acabei me distraindo por alguns minutos conversando coisas sem sentido ou objetivo nenhum com meu amigo e acabei me esquecendo de observar o Rafael o que foi até bom, pois quando ele já ia saindo passou na nossa mesa e me cumprimentou com aperto de mão e foi embora, ele mal saiu e lá veio o Gustavo com seus comentários sempre muito oportunos...

– Olha, se um relacionamento for feito a base de aperto de mão vocês dois já podem se casar, estão ficando ótimos nisso, e eu exijo ser sua madrinha de casamento, quero até ajudar na escolha do vestido.

– Gata, eu vou ficar calado pra não fazer o grosso com a senhora, as coisas são lentas mesmo eu nem sei se ele é gay minha querida.

Depois de comermos resolvemos ir a um shopping conversar fiado e matar o segundo tempo da aula que seria tediosa e nos faria dormir, como já fez em todas outras oportunidades que teve. Fomos a um shopping chamado Três Américas, quem visita pela primeira vez, provavelmente vai se perder, pois ele é dividido em três partes, e tem varias entradas e saídas, chega a ser engraçado, tomamos um sorvete e ficamos por ali conversando fiado até que decidimos ir ao cinema assistir alguma coisa, na época o filme em cartaz era o Insidious Chapter I, estávamos de boa sentados em uma das ultimas fileiras eu distraído com o filme, o suspense filho da puta, quase me mijei todo assistindo aquilo e meu amigo paquerando um rapaz que estava na fileira a frente da nossa, mais ao lado dele.

Quando me dei conta o Gustavo já tinha sumido com o cara, nem me dei ao trabalho de procurar, ao final do filme me levantei e ouço ele me chamar estava em uma fileira atras da minha chupando o cara, e gente ainda bem que é escuro, pois o cidadão não era muito atraente não, mas como meu querido amigo é guerreiro aquilo pra ele foi só mais um dia, mais um cliente. Rsrs Saímos do shopping e fomos embora a pé caminhando, era meio longe, e considerando que tínhamos tempo não nos incomodamos de ir caminhando, no condomínio cada um foi pra sua casa, eu estudar e ele se preparar para ficar com o Toin, quando a namorada dele fosse embora e ele ficasse disponível, queria muito ter a coragem do meu amigo, e principalmente gostar de pau como ele gosta...

No outro dia pela manhã eu nem me dei ao trabalho de ir no loft do Gustavo acordar ele, pois provavelmente estava com o “namorado” em casa e só iria para faculdade no segundo tempo de aula, como sempre eu me arrumei bem para ir estudar, estava quieto na minha caminhando e pensando no vento, resolvi passar na tia do pão-de-queijo, é uma tenda na frente da faculdade, que vende o melhor pão-de-queijo recheado de Cuiabá, talvez do Brasil, quiça do Mundo minha gente, muito bom mesmo, comprei meu pão-de-queijo e fiquei ali mastigando e me rendendo a minha gordice, quando do nada me vem o Rafael e me vê todo gordo e de boca cheia brigando com a comida, parou e me disse que sempre teve curiosidade de comer daquela tenda mais que nunca tinha parado, pois gosta de se informar primeiro com os amigos se a comida é boa ou não, isso mesmo ele tinha me colocado no mesmo patamar que os amigos dele, que eu nem sabia se existiam, eu já começava achar que ele era um psicopata, que sempre ficava sozinho, procurando a próxima vitima.

Esse é o tipo de coisa que pensamos quando queremos alguém, mais não vemos uma brecha para entrar e atacar é uma droga mesmo, eu disse a ele que estava perdendo uma das maiores delicias de Cuiabá, que a tia era um tesouro a ser preservado, ofereci meu pão-de-queijo pra ele experimentar, ele aceitou de pronto e depois de uma mordida me disse que compraria um pra ele, e me pediu para segurar seu material, naquele dia ele usava uma camisa xadrex toda ajustada no corpo e estava mais bonito que o de costume, nenhum daqueles universitários que se concentravam ali nunca me atraíram de forma sexual, e olhem que eram muitos, pois na unidade que eu estuava alem de ter muitos alunos, ainda tinha uma outra universidade em frente, ou seja, era muita gente com cara de sono e remela nos olhos.

Mas ele não, era todo diferente, alinhado e cheiroso. Eu provavelmente pensava assim porque queria ele, isso é obvio, mas mesmo assim quero destacar isso aqui, quando voltou pegou seu material comigo e fomos andando para o interior da universidade sem trocar nenhuma palavra, apenas um ao lado do outro, já estávamos próximos ao nosso bloco quando vem alguém em nossa direção e o cumprimenta o chamando de Rafa O Grande, eu achei aquilo estranho, o cara me cumprimentou também, e falou com ele sobre algum jogo de futebol que eles iriam, quando o cara saiu eu me esforcei ao máximo para não perguntar, mas não me segurei e precisei saber o porque de seu apelido ser Rafa O Grande, em resposta ele me disse...

– O pessoal do time que me chama assim, por eu ser um bom atacante e ser dessa altura que eu sou, acabaram me dando esse apelido, e tem também o fato de no mesmo time ter mais dois caras com mesmo nome que o meu.

Com um riso discreto ele terminou a frase, eu mudei o assunto pois aquela pergunta já tinha me deixado muito sem graça, em pouco tempo nos separamos na entrada dos blocos eu fui para minha sala encarar mais um dia tedioso e ficar pensando nele, eu já sabia o nome dele, que curte futebol, estudava economia, tinha amigos de carne e osso, era bom jogador, alem de ser muito cheiroso é claro. Fiquei pensando nele e esperando o Gustavo chegar para compartilhar com ele minha experiencia, só pra deixar claro, eu tinha amizade com outras pessoas da minha sala, eu não era um tipo de louco antissocial que tinha apenas um amigo, não era isso. Mas alguns assuntos eu só falava com o Gustavo, era uma coisa nossa mesmo, na hora do almoço eu nem almocei na faculdade pois tinha que ir ao ganha tempo resolver um problema com meu titulo de eleitor, isso mesmo.... Abri mão de ficar observando o Rafael, fui sozinho ao ganha tempo nem vi o Gustavo, eu tinha carro na época, mais saia muito pouco pois morava próximo a faculdade e quando saímos a noite fazíamos caronão, com a galera, e mesmo a alguns lugares o Gustavo e eu íamos a pé, sempre curti andar na rua e observar, gosto de olhar coisas e pessoas.

Depois de resolver meus problemas fui a um hipermercado fazer compras, fiquei mais ou menos umas três horas fora da minha casa, voltei guardei minhas compras em casa, e fui para o quarto descansar, liguei o ar-condicionado e fiquei de bobeira sem fazer absolutamente nada, e foi assim o resto do dia, só a noite que eu fui ver o Gustavo o menino tinha ficado o dia todo com ele, pois a noite a namorada que apenas o visitava iria dormir por lá na casa dele, achei aquilo tudo muito estranho, pois considerando que a namorada dele iria querer transar, ele deveria guardar um pouco de porra pra menina e não ficar gastando tudo com a Gustavo. Resolvi não falar nada e fui fazer comida para nós dois, e ouvir ele me contando o quão incrível tinha sido seu dia, eu finalmente fui contar o meu pra ele, que logico, não acreditou muito.

– Gata a senhora além de feia agora é mentirosa também?

– Me respeita querida eu nunca precisei mentir, estou dizendo o que de fato aconteceu, se você tivesse acordado e ido a aula como eu fiz teria visto e acompanhado o processo.

– Ou atrapalhado né querida, pois eu acho que se estivéssemos juntas ele nem iria chegar perto, só falta ele achar que somos um casal de lésbicas.

– Coragem minha querida, bate na madeira umas três vezes, nem diga isso brincando, eu concordo se você estivesse lá com a cara de pão dormido que a senhora tem pela manhã iria afastar meu boy, ele estaria correndo até agora de ti.

Ele se levantou dizendo que iria no cemitério buscar terra e jogar na porta da minha casa, pra me ensinar a mexer com ele, é uma figura aquela menina, rimos de nossas besteiras e fomos jantar assistindo TV, coisa que sempre fazíamos, ficamos um bom tempo papeando e falando de assuntos inúteis até que ele foi finalmente dormir e eu fazer o mesmo, acordei mais cedo que o de costume no outro dia, tomei meu banho me arrumei, e quando fui pegar o telefone para ligar... A Gustavo me liga dizendo já estar na porta me esperando, peguei meu material e fui acelerado, entramos na faculdade, e caminhávamos juntos, do meu lado vem ele todo lindo mais uma vez, me cumprimentou com aquele sorriso e também ao Gustavo e disse a frase que me fez encantar logo de vez por ele.

– Você sumiu ontem, nem ficou pra almoçar aqui na faculdade. Tinha algum compromisso?

– Pior que tive mesmo, fui ao ganha tempo regularizar meu titulo de eleitor e resolver algumas outras coisas, fiquei na rua o dia todo.

– Mas agora já esta tudo resolvido? E comeu onde?

– Eu mesmo fiz comida pra mim em casa, modéstia a parte mas eu mando bem na cozinha, de fome eu não morro, mais fácil morrer de preguiça, e sim... Resolvi tudo sim.

– Aff, eu quase morrendo de fome e você sabendo cozinhar, que isso mano, a minha é quem tem que nos conquistar pela barriga, mas nessa vida de universitário, até aparecer uma eu já morri.

– Já apelei pro ataque agora, eu é quem estou conquistando pela barriga, se eu fosse esperar alguém me conquistar assim, iria demorar muito.

O Gustavo percebendo o clima que estava rolando ali ao menos da minha parte, deu uma desculpa qualquer e foi andando mais rápido na nossa frente e eu conversando com o Rafa que até então não tinha falado nada gay, apenas usou minha ausência na lanchonete para puxar assunto comigo, ficamos andando conversando e ele me falando sobre o seu curso as matérias que estava vendo e como todo universitário reclamando das atividades avaliativas. Quem Nunca?! Quando nos aproximamos da entrada do meu bloco eu só queria que o tempo parasse para ficar ali com ele, olhando pra ele e esperando algum sinal do universo que fizesse ele me beijar ou outras coisas mais intensas, quando cheguei a escada ele se despediu de mim, me dizendo que no almoço nós dois conversaríamos mais...

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Comentários

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Tás indo bem; muito temperado em detalhes!

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Véi, vééééi, vééééééééi. Muito top, muito mesmo, doido pra ler o próximo capítulo =)

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Kkkkkkk Esse Gustavo é muito engraçado. Nota 10.

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Ainda bem que continuou, affs você descreve Cuiabá e parece que é outra cidade de tão bem que você descreve, você ainda mora aqui?

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