Bem, aqui estou para contar mais um fragmento de minha história. Este capitulo é curto, pois amanhã terá outro que é de outro personagem narrando. Espero que agrade. Ao conto!
Parte 4
“Estava em uma floresta escura, noite, acho. Estava voltando para algum lugar... talvez eu estivesse acampando e não me lembrava. Quando estava próximo ao acampamento vi uma criatura abominável e alguém que conhecia... não tenho certeza do que eu vi, pois assim que minha visão tentou focar na cena do acampamento o cenário mudou. Agora eu estava correndo, algo medonho me perseguia. Chuviscava um pouco, acho, eu estava ficando molhado, cansado e machucado pelos gravetos e galhos que esbarravam em minha pele enquanto eu corria. Finalmente cheguei a uma casa... Ou prédio... Não tenho certeza, na pressa não pensei, apenas gritava por socorro. Gritei por minutos, entretanto não ouve resposta, a coisa chego mais perto e mais perto. Tentei correr mas inevitavelmente ela me alcançou e... tudo escureceu”
Devo ter gritado novamente, pois meus pais estavam novamente em meu quarto. Mais uma vez a memória do sonho começava a se dissipar.
Maria – de novo o pesadelo?
Eu – eu acho que foi outro, mas não tenho certeza...
Eu não percebi que estava chorando. Novamente me arremessei nos braços de minha mãe, carente por carinho e consolo... Estranhamente ela não era o suficiente. Depois de algum tempo eles voltaram para o quarto deles. Tentei dormir e mais uma vez não obtive sucesso. E fiquei uma noite mais sem dormir. Foi assim o final de semana inteiro. Durante o dia eu costumava sonhar em penas e travesseiros e o sono parecia inútil, pois eu continuava com muito cansaço. À noite vinham os pesadelos e depois de acordar não conseguia dormir.
A semana começou e eu não conseguia ficar focado na aula, o sono vinha. Depois de alguns dias fiquei preocupado com minhas notas, mas graças ao bom Deus eu conseguia resolver as atividades antes de me perder no sono. O Timos me chamou para sairmos, porém recusei, visto que não conseguia nem andar direito.
E os dias foram passando. Os pesadelos continuavam e o daquela campina, a sombra e o abismo, se repetia continuamente, algumas vezes um diferente, mas igualmente sem sentido. Aquele menino que mexia comigo parou um pouco com a implicância. Os professores começaram a perceber que eu tinha um problema, bem como meus pais que decidiram adotar algumas medidas.
Comecei a me consultar com meu pai, era estranho, mas ele me tratava como um paciente. Depois de contar sonho a sonho e sentimento a sentimento que chegava a mim em cada momento, ele ficou intrigado. Nada naqueles sonhos parecia fazer sentido para ele também, meu pai me dizia que era alguma coisa que eu não queria acreditar, algo que aconteceu, um detalhe de meu passado que eu não queria lembrar, mas era uma lembrança forte e por isso ficava tentando vir à tona, todavia, inconscientemente, eu a reprimia. Os pesadelos seria um meio de meu organismo lutar para que eu lembrasse
Depois de duas semanas mal dormidas, passei a tomar remédios para me ajudarem, os efeitos eram mínimos, mas já era alguma coisa. Retomei uma rotina parcial de estudos à noite, já que eu sabia que não conseguiria dormir mais, e dormia bastante durante o dia. De manhã, na escola, fazia o máximo para ter atenção nas aulas. Assim seguiu minha vida.
Continua...
Realmente, eu também quero que o Lucas encontre com o Rafael, mas muita coisa ainda vai estourar... Nem tanto... Para quem acha que eles vão cair de amores um pelo outro, pense direito. As coisas não acontecem do meso jeito duas vezes. Espere só para ver... Até a próxima.
