A Metamorfose (Capítulo VI)

Um conto erótico de jsell
Categoria: Homossexual
Contém 1204 palavras
Data: 12/04/2014 19:14:57

Peguei minha comida e me sentei em uma mesa que dava pra ver de dentro tudo que acontecia na piscina. Comecei a comer quando de repente vi uma coisa que não queria ter visto: o Renan estava praticamente transando com uma menina dentro da piscina.

Na mesma hora perdi o apetite e me levantei. Eu estava tonto, acho que minha pressão havia baixado. Quando passei pela recepção do hotel eu seguia sem rumo.

- Você está bem, senhor? - A recepcionista perguntou.

- Não, mas vou ficar, obrigado por perguntar - respondi.

- Você quer que eu ligue pra alguém? - ela perguntou.

- Não, não precisa. - dei um sorriso falso e pálido pra ela.

Peguei o elevador e subi até o quarto. Me deitei na cama e comecei a chorar. Após me recompor, peguei o notebook e entrei no Facebook.

- Ele estava ficando com outra na piscina do hotel, na minha frente.

- MINHA NOSSAAAA - Ana Respondeu. Migo, você tá bem? - ela perguntou.

- Não, mas vou ficar. Acho que finalmente aprendi a lição, ele é hétero e nunca vai querer nada comigo.

- Ale, você é lindo meu anjo, muitas meninas e muitos meninos ainda vão aparecer pra você. Vai ver você nem é apaixonado por ele, só sente amor de irmão.. vocês cresceram juntos, caramba!!

- É, faz sentido. Mas e aí, me conta as fofocas.

Ela começou a contar das fofocas do tipo quem ficou de exame final, quem reprovou de ano sem nem ir pro exame, quem pagou pra passar e etc. (O pai dela era diretor do colégio, então ela sabia de tudo).

- E foi isso... - ela terminou.

Olhei no relógio e já eram quase 15 horas e nem tinha saído pra comprar nada.

- Ana, vou sair aqui.. ainda vou atrás de pegar um taxi e ir no centro comprar algumas coisas que nem comprei. Mais tarde eu vejo se entro pra nos falarmos mais.

- Tá bom meu amor, beijo! E não esquece do meu presente e manda um beijo pro idiota do Renan quando você encontra-lo.

Sai do facebook e fui até a recepção do hotel.

- Por gentileza, eu queria que você pedisse um taxi pra mim, por favor. - falei pro recepcionista.

- Tudo bem senhor. - ele respondeu.

5 minutos depois o taxi já estava na porta do hotel.

- Moço, quero ir até o centro de compras mais próximo.

Algum tempo depois cheguei em um lugar lindo próximo a praia. Não tinha nada de shopping e essas coisas por lá e a maioria das coisas eram feitas a mão por artesãos da região. De presente, comprei um colar de dente de tubarão branco banhado a ouro pra Ana, que foi BEM caro por sinal, mas ela merecia. Pro Renan, eu mandei fazer uma camisa escrita "estive em Fernando de Noronha com meu melhor amigo" e um relógio ahaahah mas só iria dar quando minha raiva dele passasse. Comprei também algumas fitinhas (no estilo "Senhor do Bonfim" só que ao estilo "Fernando de Noronha") pra colocar na minha bolsa. Pro meu pai comprei um boné que nem lembro direito o que tinha nele e pra minha mãe comprei um tubarão de pelúcia. Entrei no taxi e ele me deixou no hotel. Quando entro no quarto, o Renan estava dormindo. Tratei de esconder a camisa e o relógio. Ele acordou.

- Onde cê tava? Fiquei preocupado - ele disse.

- Não interessa. - Falei seco.

- Calma aí Ale - ele disse, sentando na cama e me olhando estranho.

- Tu tava ocupado demais quando fui te dizer ainda ia. - falei.

Ele ficou calado e não falou mais nada. Coloquei nome em todos os presentes.

- Eu esqueci de comprar pra ti, tu não se importa, né? - falei.

- E desde quando eu me importo com presentes? - ele falou. - Parece até que tá me chamando de interesseiro.

- Eu não disse isso, você quem tá falando. - peguei minha toalha e fui tomar banho.

Bati uma senhora punheta pensando nele me encochando noites passadas. Sai do banheiro e ele estava olhando os presentes. Ele parecia ter ficado um pouco chateado. Minha vontade era de dar os presentes pra ele, mas me contive. Deitei nos lençóis que estavam no chão.

- Vai começar de novo com o cu doce, Alexandre? Vou jogar formiga no seu cu! - ele disse.

- Não enche. - Coloquei o travesseiro em minha cara e dormi. Quando acordei, por volta das 21, eu estava na cama e ele estava deitado nos lençóis. Me levantei, fui no restaurante comer (Já que não tinha almoçado). Fiquei com dó na consciência de não ter chamado ele pra ir jantar então voltei e acordei ele.

- Acorda, bora jantar.

Ele se levantou e foi atrás de mim, ainda sonolento.

Fomos para o restaurante, nos servimos e sentamos na mesa calados. Terminamos de comer e fomos pro quarto, ele sempre de cabeça baixa atrás de mim. Quando chegamos no quarto, ele deitou nos lençóis mas eu me senti culpado.

- Vem pra cama, Renan.

Ele me olhou com cara de cachorro pidão e subiu na cama, ficando novamente por trás de mim.

- Me desculpa - ele falou, sussurrando em meu ouvido.

- Tranquilo - eu estava TODO arrepiado.

- Olha pra mim - ele disse.

Eu me virei e fiquei o encarando... seus olhos castanhos me deixavam louco. Eu o vi se aproximar de mim, calmo, como se tivesse feito aquilo milhões e milhões de vezes, e eu ali, quase entrando em desespero por dentro. Era inevitável, não tinha como escapar... E a verdade é que eu não queria escapar. Então o deixei me envolver e se aproximar, torcendo para que ele não reparasse no meu nervosismo e no meu rosto que tinha certeza que estava vermelho. Quando nossos lábios se cruzaram, ele carinhosamente me deu um beijo rápido, um selinho, aquilo serviu pra me acalmar. Antes que eu pudesse pensar em alguma coisa ele já abria espaço entre meus lábios cerrados com sua língua quente e macia, que logo adentrou em minha boca. Ele virou um pouco o rosto e nossos lábios se encaixaram com perfeição. Começamos a nos beijar, ele explorava a minha boca assim como eu explorava a dele, calmamente, sem nenhuma pressa. Ele ficou por cima de mim e eu podia sentir seu membro duro na minha barriga e ele em cima do meu. Continuamos nos beijando até que um choque de realidade veio até mim. Eu não podia fazer aquilo. Eu estava confuso, não queria sofrer mais do que já estava sofrendo. Parecia que pensávamos juntos e a mesma coisa, porque no momento que eu ia recuar, ele recuou também.

- Isso é errado - nós dois falamos ao mesmo tempo.

- Me desculpa - ele disse.

- Você quem tem que me desculpar, eu... - ele me interrompeu.

- Relaxa, Ale, eu confio em você.. aliás, não significou nada, não é mesmo? - ele disse, desligando a luz e se virando pra parede.

Aquilo pareceu me corroer pela noite toda. "Aquilo não significou nada". Como eu iria dizer pro meu melhor amigo que eu estava apaixonado por ele?

Continua...

Galera, hoje se eu não sair escrevo o capítulo 7 e posto amanhã mesmo, mas não é certeza. Um grande abraço a todos que continuarão acompanhando o conto, sintam-se abraçados! Lembrando que dicas, críticas, sugestões, amarração pro amor, tudo é aceito... não deixem de comentar e dar nota, interajam comigo, eu gosto disso!

Até a próxima pessoal.

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