Um amor duplaente proibido II (parte 5)

Um conto erótico de H. C.
Categoria: Homossexual
Contém 926 palavras
Data: 13/04/2014 06:36:34
Assuntos: Homossexual, Gay, Romance

Bem gente, cá estou com mais um pedaço do conto, como prometido. Ficarei por alguns capítulos sem voltar ao lucas como narrador, pois para entender a história um pouco melhor é preciso olhar com olhos diferentes, para ter uma ideia melhor do que está acontecendo. Ao conto!

Parte 5

...Rafael assume a narrativa...

Era difícil viver com aquilo, meu último parente morto, o que seria de mim. Sem amigos, sem amores. Os carros lá em baixo são tão chamativos. Se eu me atirasse ninguém notaria minha ausência...

Desconhecido – eu não faria isso se fosse você.

Quase cai ao ouvir o som de uma voz antiga, porém firme. Percebi um senhor de idade perto de mim, me perguntei como ele chegou nesse terraço sem fazer barulho.

Eu – por quê? O que posso fazer?

Senhor – há muitas coisas nesse mundo para serem vistas – ele riu como se houvesse lembrado algo engraçado – você se surpreenderia em saber que o universo não se acaba quando nossos parentes se vão... Ela está em um lugar melhor. Morrer faz parte do ciclo.

Eu – se morrer faz parte, por que não devo morrer agora?

Senhor – Ainda não é sua hora, há ainda muitas coisas que você precisa fazer – e ele riu novamente, como se lembrasse de algo, mas provavelmente não compartilharia.

Pensei, olhando para baixo, em o que eu poderia fazer, as palavras daquele velho homem penetraram fundo em minha mente. Algo me dizia que ainda havia alguém naquele mundo que é tão importante quanto meus pais, mais ainda, quem sabe. Talvez seja apenas uma ilusão para que eu me agarre à vida. A única certeza era que eu não morreria ali.

É bem verdade que uma pare de mim pulou e jamais voltaria. O frio que eu tinha dentro de mim jamais me deixaria, todavia o ancião está com a razão, a morte virá quando for a hora.

Eu – você tem razão...

Ao olhar para trás para agradecer o conselho, o velho havia sumido. Em seu lugar havia uma caixa de papelão comum com um bilhete em cima. Olhei para um lado e outro, todavia não tinha ninguém naquele terraço além de mim. Aproximei-me do pacote e peguei o bilhete, estava escrito, em uma folha de papel arrancada de um caderno comum, com tinta azul em letras cursivas bem feitas e padronizadas, a mensagem:

“Temo que meu tempo seja curto e não possa continuar nossa conversa. Não tema, num futuro nos veremos mais uma vez. Aqui nesta caixa está um presente, espero que use com sabedoria”

O bilhete não estava assinado. Dentro da caixa encontrei um par de anéis (acho que são alianças), um óculos escuro, uma chave daquelas antigas feita de... Ouro?... E um mapa com um X no meio de uma floresta.

Bem, isso era esquisito. Peguei as coisas e desci, sai do hospital e fui de taxi para a casa onde eu morava com minha avó. A primeira coisa a tratar era o enterro da falecida. Tratei de ligar para a funerária, ela seria cremada. Durante esse e o outro dia fiquei focado nos detalhes do funeral. Não havia familiares. Passado alguns dias investiguei as finanças, meus pais haviam deixado uma boa quantidade de dinheiro, que poderia me manter em um bom padrão pelo resto da minha vida e minha avó também deixou algumas propriedades e outras coisas, então, economicamente eu não teria preocupações. O advogado da família cuidaria de detalhes legais.

Estudei bastante o mapa que aquele velho senhor me deu. Era a única coisa que eu estava preocupado, as aulas demorariam. Sim, eu continuaria estudando, afinal não havia outras metas em minha vida, isso seria meu plano mestre. Acabei comprando um jipe para ir a maior parte do caminho. Vi que era provável que eu tivesse que ir a pé a partir de certo ponto.

Minha jornada começaria em uma cidade próxima. Uma semana depois da morte de minha avó eu estava saindo do ponto de partida. Pode parecer meio frio sair em uma jornada tão pouco tempo depois de uma tragédia, porém afirmo que eu estava morto por dentro, algo que não sei explicar, a vida havia simplesmente abandonado meu corpo.

Segui pela estrada normal, peguei um desvio de terra que passava por uma pequena fazenda, continuei por uns bons minutos floresta adentro, até que a estrada começou a sumir. Olhei no GPS e eu estava perto. A floresta densa impediria a entrada do meu jipe. Resolvi continuar a pé. Andei mais um pouco e o GPS começou a falhar. Não me preocupei, se fosse preciso passaria a noite ali mesmo, mas para minha surpresa cheguei um... Uma...

Bem, era uma espécie de prédio, ou formação rochosa de gelo muito peculiar, a verdade era que era esquisita e esplendida. Havia um bilhete no que parecia ser a porta, ele dizia: “você lembra dela? É sua, aproveite!”

Desconfiei um pouco, mas resolvi testar a chave. A porta abriu. Explorei a mansão e ela era bem familiar, talvez eu estivera em um lugar parecido, em meus sonhos. Sim eu sabia o que tinha em cada andar. Já estava escurecendo, fui atrás ver meu jipe. Estranhamente agora havia uma pequena trilha que servia perfeitamente para meu jipe entrar. Depois de estacionar na garagem fui dormir, pois estava bem cansado...

Continua...

Novamente não poderei responder os comentários, até porque, acredito que esse conto já deu algumas ideias a vocês. Estou bem atarefado - sim, no domingo também- assim sendo, não vou mais me prolongar com esse "rodapé". Então, como dizem, é isso. Beijos e abraços bem carinhosos e até a próxima.

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Comentários

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MUITO BOM, FINALMENTE O RAFAEL APARECEU PARA CONTAR A HISTÓRIA.

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Ótima história, ficou mais interessante contada por outro personagem.

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uau! Ta muito bom. Acho q agora entendi oq houve, espero que o destino não seja tão cruel dessa vez. Continua logo, bjus.

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