ON CAROL...
Para quem acredita em ressureição, a morte é irrelevante. Para uma mente bem estruturada a morte é apenas a aventura seguinte. A morte é o próximo passo. A morte é um renascimento. Para quem acredita em ressureição, a morte é irrelevante.
E pra quem não acredita?
Seu oxigênio. E o que acontece quando seu oxigênio acaba?
Você morre.
Nem sempre.
Eu - Já fazem dois dias daquele pesadelo, e nesse tempo a isa cuidou bastante de mim mamãe, nos tornamos uma só. E eu gostaria que a senhora estivesse aqui para pelo menos tentar me explicar isso tudo – meus olhos despejavam lagrimas que nem eu mesma sabia que tinha -.
~~FlashBack~~~
Mãe – Carol acorda
Seu grito ecoava pela casa até meu quarto...
Eu – só mais um pouquinho
Mãe – se arrume e dessa, tenho que te levar pra escola
Escola...eu adiava aquele lugar, não por ser uma escola ruim, ela era muito boa mas as crianças de lá não eram tão boas assim...
Eu – já vou
Me levantei e me arrumei as pressas e logo desci para tomar café
Eu – bom dia mãe
Mãe – como foi a noite?
Eu – se está me perguntando se dormi bem depois do que ouve ontem a resposta é não
Mãe – não pense naquilo, estavam errado você sabe que não fez nada
Eu – posso não ter feito nada mas jogaram a culpa em mim, mãe forjaram minha assinatura você mesma viu
Mãe – nós vamos embora em breve e tudo isso vai acabar
Eu – não entendo porque decidiu isso só agora quando podíamos ter ido embora a tempos atrás
Mãe – eu precisava resolver as coisas aqui pra fazer as coisas darem certo minha filha
Eu – ta
Terminamos o café e fomos em direção a escola
Eu – eu não estou afim de ir, deixa eu ir ao trabalho com a senhora?
Mãe – não pode faltar a aula
Eu – que saco! não vamos embora? e então? eu irei reprovar mesmo
Mãe – mas tem que continuar indo a aula e mostrar pra eles que você não vai ficar chorando pelos cantos, tem que... – eu a interrompi
Eu – tem que se forte nessa vida carol, tem que ser forte, você já me disse isso mil vezes mãe
Mãe – e então?
Eu – mas eu sinto vontade de chorar – murmurei baixo –
Mãe – eu sempre vou estar com você, como estive quando as coisas estavam ruins, você lembra?
Eu – lembro... mas eu tenho medo de acabar tendo que lidar sozinha com situações que só você pode me ajudar mãe –meus olhos lacrimejavam –
Mãe – você sabe que uma hora eu não vou estar por perto, e vai ter que se virar sozinha
Eu – não sei se vou conseguir
Mãe – aprendemos com os nossos erros filha
Eu – mas quando eu precisar de você? o que eu faço mãe?
Mãe – seja firme e você vai conseguir sozinha... agora vá pra sua sala porque não posso chegar atrasada
Eu – tudo bem mamãe, eu te amo
Mãe – eu também, mil beijinhos
Fiquei a observando sair como carro e logo ao fundo minha escola não muito convidativa pra entrar, mas como ela disse eu teria que pelo menos tentar ficar firme – é vamos lá- ...
~~Fim flashback~~
Eu – sinto sua falta – eu estava em frente a sua lapide rosa, a cor que ela mais gostava – Droga mãe... é tudo sua culpa sabia? – eu disse em meio ao choro – porque não me contou? o que você esperava? agora terei que me virar sozinha e não estou pronta pra isso...
Eu queria fechar os olhos e ter ela ali comigo mas ela não estava, ou será que ela estava?
Eu – eu sei que você vai cuidar de mim aonde quer que esteja
Eu nunca fui de acreditar muito em paraíso ou essas coisas mas eu sabia que de algum jeito ela tinha ido para um lugar maravilhoso.
Deixei minha flor perto de sua foto, esbanjava felicidade e nesse momento eu também fiquei feliz.
Eu – eu volto pra te ver e pra conversarmos, você sabe mãe colocar o papo em dia – sorri e me virei –
Estavam juntos Luan se debulhando em lágrimas e a minha pequena Isa e sua mãe que já me considerava uma filha e que aproposito eu já considerava mãe, eles foram tão legais comigo, eles eram minha família agora. – Fui em direção a eles e ganhei um grande abraço –
Isa – você ta bem?
Carol – estou ótima, eu tenho vocês comigo
Luan – e temos você
Nos despedimos e saímos daquele cemitério, eu queria ir a minha casa...
Eu – podemos passar na minha casa? quero pegar minhas coisas
Isa – certeza?
Eu – sim
MãeIsa – vamos passar lá
Minha casa não era tão longe, na verdade nada é tão longe em uma pequena cidade... Fiquei pensando se todas as pessoas se sentiam assim como eu estava no momento, uma sensação de tristeza com um misto de alegria enorme no coração, igual a uma onda batendo em uma pedra indo e voltando era daquele jeito que eu me sentia...
Paramos o carro e a isa me entregou a chave, entramos e estava tudo como antes, só estava limpo demais, eu acho que foi a pericia que fez a limpeza, eu me virei e olhei aquele lugar onde a mamãe estava – uma dor enorme me atingiu, me fazendo cair no chão – era muito ruim lembrar
Isa – carol? você ta bem?
Ela me ajudou a levantar
Eu – ta, só...não foi nada..eu vou subir e pegar as minhas coisas
Subi as escadas e fui para meu quarto enquanto eles esperavam lá embaixo, me tranquei lá e comecei a chorar, chorar pra valer. Eu fazia minhas malas e chorava, pra todo lugar que eu olhava tinha uma lembrança dela, foram os vinte minutos naquele quarto que eu precisava, - seja firme – eu estava lembrando o que ela me disse, pois bem vai ser assim igual naquele dia da escola.
Antes de sair eu me despedi, eu não iria ficar naquela casa, a mãe da isa iria a vender. - Obrigado mãe, obrigado mesmo com esses erros que você cometeu, eu não te odiaria nunca por nada – e assim eu desci fomos embora pra casa...
E pra quem não acredita?
...
Seu oxigênio. E o que acontece quando seu oxigênio acaba?
Você morre.
Nem sempre.
Vida nova enfimValeu por lerem gurias :3 e guris u-u sei que tem uns cara bacana que lê também, espero que tenham gostado e nem me perguntem onde arranjei forças para escrever essa capitulo, doeu em mim sério, chorei litros D; ..
Manda um coments bem emocionante pra mim continuar *-*
Talvez caps mais reduzidos...
Contato: facebook.com/patriciamooreconnelly