- Vão se ferrar vocês dois. – chegamos em casa, e ao descer do carro, vomitei o máximo que pude. Antes de entrar em casa, ele falou baixo em meu ouvido:- Eu nunca mais quero nada com você. Hoje foi a gota d’água!Quer saber? Que vá para o inferno, o meu primo! Poxa, quando ficamos a primeira vez, eu deixei bem claro que não queria nada sério, e que só ficaríamos por questão de pele. Por tesão. Claro que eu fiquei incomodado em vê-lo com aquela lacraia loira, mas... Sentir ciúmes? NUNCA! E se ele não queria mais me ver, o problema era dele, e não meu.
Eu entrei em casa com a ajuda da minha irmã, e silenciosamente fomos cada um para o seu quarto. Quando acendo a luz do meu, levo um susto com a minha mãe sentada na cama.
- Que susto mãe! O que a senhora está fazendo aqui?
- Eu vi tudo da janela. O que eu lhe disse de não chegar bêbado em casa?
- Mãe, conversamos mais tarde. Eu preciso tomar um banho e dormir.
- Fernando, isso já está passando dos limites. Eu não vou ficar mais te protegendo do seu pai. Poxa! A gente é tão liberal com você e sua irmã; deixamos vocês irem para qualquer festa, damos dinheiro para se divertirem... E quando eu te faço um pedido, você não me atende? Sair do carro do seu primo, vomitando daquele jeito... É uma cena lamentável! Toda vez que você sai pra uma festa, chega nesse estado, Fernando!
- Desculpa mãe. Eu sei que pisei na bola. Não vou fazer mais isso.
- Você já repetiu esta frase um milhão de vezes. O seu pai me disse, que se continuar deste jeito, não lhe dará mais um centavo, pra nada!
- Mãe! Foi só um vômito. Tudo bem que eu exagerei na bebida, mas não precisa tanto drama.
- Ah, então você considera isto, um drama? Escuta aqui senhor Fernando, ou você muda o seu comportamento, ou ficará proibido de sair para qualquer lugar! Você ainda depende dos seus pais, então... Mandamos em você. Agora vá tomar um banho e tirar esta roupa suja de vômito.
Ela saiu do quarto.
Eu nunca pensei que fosse ouvir uma bronca daquela. Tomei meu banho, escovei os dentes, e fui até a cozinha comer alguma coisa. Ainda era madrugada, e voltei para o meu quarto. Apaguei e não vi mais nada.
**********
- Fernando! Fernando! Acorda.
- O que foi mãe. O mundo tá se acabando? Deixa acabar.
- Quer parar de gracinhas? O Guilherme está na sala. Vocês combinaram de sair hoje.
- Que horas é mãe? Ainda tá muito cedo.
- São 11:00 da manhã. Vamos, levanta.
- Onze? Caramba, dormir demais. – fui obrigado a me levantar. Eu nem me lembrava de que havia marcado de ir à praia com o Gui. Depois de alguns minutos, eu apareci na sala.
- E aí cara? Como você está depois da noite de ontem? – perguntou ele.
- Um bagaço! Nem dormi direito, e pra completar, a minha mãe me encheu o saco.
- Tu bebeu muito brother. Precisou o Felipe te trazer na marra.
- Aquele babaca! Agora ele se acha o meu dono. Tá pra nascer o homem que vai me dominar.
- Vocês brigaram?
- Nem te conto. Babados fortes! Mas só posso falar, quando sairmos. A minha mãe tem um ouvido... Já tomou café?
- Nando, daqui algumas horas será a hora do almoço!
- Eu já troquei de roupa. Só vou engolir alguma coisa, e a gente sai. Chamou o Paulo e o Victor?
- Tentei. Mas o celular dos dois só dava caixa postal.
- Então só vai a gente mesmo?
- Não senhor. Lembra daqueles dois primos meus que estavam na minha festa ontem? – Estão lá fora esperando nós dois.
- Jura? Então eu não posso sair sem passar um perfume e ver o meu cabelo. Minha cara tá boa? E essa roupa?
- Quer parar de viadagem e se apressar logo?
- Gui, são dois boys magia. Se eu pudesse eu pegava os dois, mas um só tá de bom tamanho, - nós dois rimos. Eu agir rápido, e em minutos, estávamos no carro.
- Oi. Bom dia! – eu respondi com um largo sorriso.
- Galera, este é o Nando, meu amigo. Nando, este é o Bruno.
Eu cumprimentei o Bruno, que era alto, moreno e forte. Tinha um jeito meio bruto, porém, lindo de morrer.
- E este aqui é o Bernardo.
Nossa, ele era o mais simpático. Tinha um jeito bem alegre e ousado. O oposto do Bruno, ele era branco e com olhos azuis. Eram da mesma altura, mas o Bruno era mais forte do que o Bê. Isso mesmo... Eu já estava íntimo dos dois. O Guilherme me olhava de um jeito, louco pra rir. Até que o ambiente estava divertido. Chegamos à praia de Ipanema, e deixamos o carro por conta de um guarda. Sentamos num quiosque, e como eu estava de ressaca, resolvi pedir uma água de coco. O Bernardo não parava de me olhar, e eu também passei a encará-lo. Quando os dois tiraram a bermuda e ficaram só de sunga... Nossaa! Quase tive um treco.
- A gente vai cair na água e depois voltamos. – disse o Bruno, saindo, e deixando eu e o Gui a sós.
- Amigooo! Seus primos são uma delicia! Você viu como o Bernardo me olhava? Ele é gay?
- Que eu saiba não. Eu sabia que você ia ficar maluco com os dois.
- Tô passando mal. Meu Deus, quanta saúde os dois tem! Eu quero ficar com o Bernardo. Me encantei por ele.
- Vá devagar. Cara, eu nunca tive um amigo tão espontâneo assim; como você. Mas me conte de ontem.
- Claro! Ontem, quando eu fui ao banheiro, o Luís veio atrás de mim. Eu já estava pra lá de Bagdá! Ele começou a me agarrar, querer transar comigo... Só que eu não estava afim. Amigo, de repente, eis que surge o Felipe. Nossa, ele me olhou com uma cara, e me arrastou de lá, como se eu fosse um cachorro.
- Sério?... Cara, esse Luis é idiota! Não sei o que você viu nele.
- Nada! Eu só estava fazendo ciúmes no meu priminho querido.
- E pelo visto conseguiu né?
- Pior... Ele não quer me ver nem banhado a ouro. Ah, mas ele que se dane. Eu já tenho a quem me preocupar agora. Ai Gui, olha só que gostoso. – eu passei a olhar o Bernardo de longe. Os dois estavam saindo da água.
- Você já parou pra pensar que o Felipe gosta mesmo de você?
- Fala sério! Eu não vou me envolver com ele.
- Poxa Nando... O seu primo sempre se preocupa contigo. Te manda mensagens de carinho... Liga pra ele.
- Você agora deu pra ficar do lado do meu primo? O Felipe não é flor que se cheire. E eu não quero ser controlado por ninguém! Gosto da minha vida, do jeito que eu vivo. Adoro curti, dançar, beber... E sei que junto a alguém, tudo isso vai acabar.
- A água tá muito gelada! – fomos interrompidos com o comentário do Bernardo.
- Você viu que gostosa passou perto de nós? – o Bruno perguntou para ele.
- E se vi. Uma gata! E falando nisso, cadê sua namorada Guilherme? – perguntou o Bernardo.
- Ela tá viajando com a mãe. – eu senti que o Gui não quis prolongar o assunto.
- E você Nando? Não tem namorada?
- Não! Eu sou gay! Saio com homens! – mandei na lata dele. Eu era muito direto e sem delongas. O Bruno me olhou com espanto. E os dois fizeram silêncio.
- O que foi? Vocês tem algum preconceito com gays?
- Não. É que... O Guilherme não falou nada com a gente. – o Bruno respondeu meio sem graça.
Eu senti que ambos ficaram receosos com o que eu havia dito. Eu não sei o Bernardo, mas estava estampado na cara do Bruno, que ele tinha preconceitos. E foda-se o preconceito dele, ou deles! E pra mostrar que eu não presto, quando um rapaz passou por nós, apenas de sunga, eu fiz o seguinte comentário:
- Isso sim que é um homem! Realizaria todas as minhas fantasias com ele. Muito gostoso! Pronto, falei!
Tirei a minha bermuda e exibir minhas coxas grossas. Nem olhei pra cara deles... Fui direto dar um mergulho.
CONTINUA...
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E aí? Estão gostando? Acho que ninguém imagina que rumo esta história vai tomar né? Vão se surpreender. Beijosss! Galera, vamos comentar! Quero saber a opinião de vocês.