A Metamorfose (Capítulo VIII)

Um conto erótico de jsell
Categoria: Homossexual
Contém 1873 palavras
Data: 15/04/2014 18:51:53
Última revisão: 15/04/2014 19:21:35
Assuntos: Homossexual, Gay

Acordei no dia seguinte pela empregada da minha casa, a dona Dolores. Ela trabalhava conosco desde quando eu nasci. Eu estava todo dolorido por ter dormindo de qualquer jeito, ainda peguei um resfriado por causa da poeira que tava no quarto.

- Eita menino Alexandre, como foi a viagem? - ela perguntou, tirando as roupas da minha mala.

- Foi bom e foi ruim. Não aproveitei quase nada, nem deu pra comprar nada pra senhora - falei.

- Que isso meu filho, só sou uma empregada - ela falou.

- SÓ uma empregada não senhora. Fora isso a senhora é humana, e cuidou de mim desde quando eu nasci. Amo a senhora como minha vó hahaha - falei. Ela riu.

- Ah meu filho, a mãe do Renan ligou, pediu pra você ir lá porque ela disse que o Renan tá muito mal, não quer comer e nem sair do quarto, aposto que é coisa de namorada - ela falou.

- É, deve ser mesmo - falei.

Aquilo me deixou mal. Será que era por minha causa? Peguei meu telefone e telefonei pra ele, mas ninguém atendeu. Mandei menagem, mas ele não respondeu, então fiz o que meu coração mandava: fui até a casa dele. Tomei um banho, escovei os dentes, vesti uma roupa e desci as escadas. Meu pai estava sentado no sofá lendo o jornal.

- Bom dia, filho - meu pai falou.

- Bom dia pai, me faz um favor? - falei, enquanto pegava uma torrada e colocava na boca com um copo de café.

- Claro filho, o que é?

- Casa. Renan. Urgente - tava com a torrada na boca e não dava pra dar detalhes, ele só levantou do sofá e fui atrás dele. Depois que terminei de engolir, fui explicar o que tinha acontecido.

- Ah pai, o Renan tá doente e a mãe dele pediu pra eu ir lá dar uma força pra ele - falei.

- Ah sim, vai almoçar por lá ou quer que eu leve vocês pra almoçar? - meu pai perguntou.

- Não sei, vou ver com ele e ai eu falo. Enquanto isso o senhor me espera lá na frente? - perguntei.

- Aham, só não demora um ano lá. - nós rimos.

Chegamos na casa do Renan a mãe dele atendeu.

- Bom dia dona Marcela - falei.

- Bom dia querido, entre - ela acenava pro meu pai. - o Renan está no quarto. Vê se você tira ele de lá, Ale - ela me pediu quase suplicando.

Entrei no quarto dele e ele tava dormindo. Sentei na cama dele e comecei a acariciar o rosto dele como sempre fiz. Ele acordou.

- Alexandre? - ele se assustou. - O que tu tá fazendo aqui?

- Tua mãe veio pedir pra eu vir ver como tu tava, já que não quer mais sair daqui.

- Hum.

- E então, o que tu tem? - perguntei.

- Alexandre, sério, não quero falar sobre isso contigo - ele falou.

- Como assim? - perguntei.

- Alexandre, todo mundo tá me chamando de gay porque eu viajei contigo e eu não quero ficar com fama de viadinho, tá legal? - ele falou.

Nossa, aquilo foi como uma facada no meu coração, mas decidi que não ia deixar barato.

- Ah é, Renan? Beleza. Mas olha, isso é coisa de quem não tem certeza da própria sexualidade - falei, dando de ombros.

- Como é que é? - ele perguntou.

- É isso mesmo que tu ouviu. - falei.

Ele me deu uma rasteira e me derrubou no chão.

- Tu nunca mais fala isso, beleza? - ele falou.

- Não tem motivos pra tu tá todo estressadinho, se tu não é gay, por que tá tão revoltado? - levantei e sai do quarto.

Sai da casa dele sem nem me despedir da mãe dele e entrei no carro quase chorando. Aquele fdp, ele iria me pagar - pensei alto.

- O que foi, filho? - meu pai perguntou.

- Nada não pai, ele já tá bem! - falei.

- Ah, ele não vem almoçar? - meu pai perguntou.

- Não, pai. Eu também não vou, tô sem fome, aquelas torradas me encheram.

Seguimos o caminho até em casa calados. O barulho do ar condicionado e do som do carro eram os únicos barulhos ali. Finalmente chegamos em casa.

- Filho, avise pra sua mãe que vou chegar tarde hoje, pois hoje é o último dia letivo de trabalho pra alguns funcionários da clínica e aí hoje é nossa fraternização. Diga que se ela e você quiserem ir é pra me ligar antes das 7.

- Tá - dei de ombros, fechando a porta do quarto.

- Depois vamos conversar - meu pai gritou.

Ainda mais essa. Teria que explicar pro meu pai o por que de eu estar daquele jeito. Como sou péssimo com mentiras, tive que começar a pensar desde o começo.

Quando cheguei em casa, minha mãe estava almoçando suas "folhas" como eu costumo falar. Fui até ela, dei um beijo em seu rosto e me sentei na sua frente. Logo vinha a dona Dolores.

- E seu pai, Ale, não vem almoçar?

- Não, dona Dolores. Ele vai almoçar fora.

Minha mãe fez cara de quem estranhou.

- Almoçar fora? - ela perguntou. Ele não me disse nada - ela falou.

- É mãe, ele me avisou agora. Avisou também que hoje a noite vai ter a festa de quem tá saindo e de quem tá entrando na empresa, disse que se a senhora quiser ir é pra ligar pra ele até antes das 7.

- É claro que nós vamos - ela falou, comendo uma das suas "folhas".

- NÓS não vamos. A senhora vai. - falei, dando de ombros e tomando um gole de suco.

- Claro que você vai, ou esqueceu que hoje seu pai assume a presidência do hospital - dona Dolores falou.

- AI QUE SACO - falei. Meu terno até sujo tá. - falei.

- Não tem problema, a dona Dolores liga pra lavanderia e rapidinho eles vem deixar - minha mãe falou, levando a louça até a pia. Tô indo pro salão, beijinhos - minha mãe é muito perua.

Ela saiu de casa, olhei pra Dolores e comecei a rir.

- Nossa, mas é perua demais essa minha mãe - falei.

- EU OUVI - ela gritou. Ela tinha esquecido o celular. Rimos.

Fui até meu quarto e fiquei pensando em tudo que o Renan tinha me falado. "Tão me chamando de viadinho por ter viajado com você" tinha ficado ecoando na minha mente. Dormi novamente.

Acordei por volta das 20 da noite com a minha mãe gritando no meu quarto.

- BORA, A GENTE VAI SE ATRASAR, O JANTAR COMEÇA AS 21 - minha mãe abria as janelas e desligava o ar condicionado.

- Que sacoooo, já disse que não vou, meu terno ta sujo - falei, ainda "dormindo".

- Mandei o seu preferido pra lavar e você não tem só um, levanta dessa cama.

Levantei xingando minha mãe de tudo, menos de bonita. Entrei no banheiro, tirei a barba, escovei os dentes e tomei um banho. Uns 25 minutos depois saí do banheiro e vesti minha calça social, pus o terno e pedi pra minha mãe ajeitar minha gravata vermelha e pra fazer meu topete. Minha mãe, perua como sempre, usava uma saia de cintura alta com uns brilhos que chamavam muito a atenção, uma camisa de manga média branca sem nenhuma estampa e um colar enorme dourado. O sapato alto também era dourado e a carteira era meia cinza eu acho. Ela sabia se vestir muito bem. Meu pai já estava pronto na sala assistindo ao jornal e saímos em direção ao clube onde seria a confraternização. Meu pai estava bem nervoso e tinha até feito um discurso hhahah. Chegamos lá, eu com cara de cu, minha mãe com cara de "oi sou a esposa e mãe perfeita" e meu pai cumprimentando todos. Sentamos em uma mesa pra cinco pessoas, então estranhei, mas não falei nada. Fiquei jogando no meu celular um jogo chamado Dead Trigger (podem baixar, é de matar zumbies ahhaha) quando de repente sentam-se a mesa um cara que aparentava ter uns 35 anos (da idade do meu pai), cabelos pretos com um corte militar, bem bombado e cheiroso. Junto dele tinha o filho, um moleque que parecia ter minha idade (16 anos), BEM forte como o pai, cabelo preto com um topete e os dentes bem alinhados como se tivesse acabado de tirar o aparelho dos dentes. Ele parece MUUUUUUUUUUUUUUITO com o Zack Beeken do Restless Road (o primeiro, de camisa verde http://papelpop.com/papelpop/wp-content/uploads/zbeeken3.jpg). Meus pais (que já pareciam o conhecer) os cumprimentaram e me apresentaram pros recém chegados a mesa.

- Esse aqui é meu primogênito, se chama Alexandre - meu pai falou.

- Muito prazer - o cara falou, junto com o filho.

Quando peguei na mão do moleque eu fiquei com um tesão que não sabia como controlar, ele era MUITO gostoso. A voz grave dele então, me arrepiou todo, mas eu não podia ficar dando pinta ali então só sorri e dei boa noite. Continuei jogando no meu celular e ele no dele, enquanto os mais velhos conversavam entre si. Tava me estressando com uma fase e então resolvi bater papo também.

- E então, me desculpe a arrogancia, mas nunca tinha visto o senhor... - falei.

- Ah, me desculpa, me chamo Renato e sou novo na cidade. Eu conheci seus pais na faculdade e eu sou padrinho de casamento deles (ALO BRASEL QUE ISSO) e agora vim trabalhar com seu pai. Você não deve se lembrar de mim, mas eu lembro de você bem pequenino, você gostava de nadar na piscina de plastico junto com o Kauã - O moleque parou de jogar e me olhou - lá em casa enquanto ia ensinar anatomia pro seu pai - todos riam. O Kauã deu um sorrisinho de canto de rosto, como quem parecia estar envergonhado, mas não desgrudava do celular.

- Kauã, deixe de ser mal educado, converse conosco - o Renato (pai dele) falou.

- Opa, desculpa. - ele bloqueou o celular e colocou no bolso.

- Então, Kauã, pretende fazer faculdade de que? - meu pai perguntou.

- Engenharia, senhor. - ele respondeu.

- Nossa, o Alexandre também - meu pai disse.

Nos olhamos e ficamos sem graça. Resolvi puxar assunto.

- E aí, Kauã...

- E aí, Alexandre...

Nós rimos.

- Ja sabe onde vai estudar? - perguntei.

- Vou estudar no Anglo. - ele disse.

- Mesma escola que a minha. Tu faz o que, o terceiro ano? - perguntei.

- Vou, graças a Deus. E tu? - ele perguntou.

- O segundo. - ele ficou com uma cara meia pra baixo. - Mentira, terceiro também ahahah - falei.

- Ah tá. Espero que fiquemos na mesma sala - ele disse.

Ficamos conversando sobre física, gostos musicais e etc, até que chegamos no assunto mulheres.

- E aí, tens namorada? - eu perguntei.

- Tenho, mas agora que me mudei vai ficar meio foda. E tu? - ele perguntou.

- Não!

- To ligado.

As horas passaram e meu pai logo nos chamava pra ir pra casa. Todos fomos em direção ao carro e logo entrei, mas esqueci de me despedir.

- Caramba, pai, esqueci de me despedir do Kauã. - falei.

- Despedir pra que se eles vão se hospedar lá em casa até o Renato conseguir alugar uma casa? - minha mãe disse.

Continua...

Revenger, não esquecerei de você, e obrigado por ler OCEOD, querido! Um abraço.

Ru/Ruanito Triste? haahahha

Geo Mateus obrigado! Você parou de ler o outro conto ou impressão minha? Um abraço meu amigo!

Gleison Duarte obrigado, querido! Espero que possa continuar gostando.

Hick e Vinni valeeeu

niel1525 muito obrigado, um abraço.

juh#juh não fique mais, hahaha!

Alguem93 muitíssimo obrigado, bom saber que você acompanha meus contos e curte. Um forte abraço

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Comentários

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te indico pra ler o conto " apaixonado pelo erradissímo" tá completo !é massa!!!!

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é incrivel como quando alguém fala uma coisa que nos magoa ,a gente tenta esquecer mais fica sempre martelando na nossa cabeça!!

ih!na mesma casa é,vai acabar rolando "descobertas"

quando Renan perceber o que ele tá sentindo,pode ser tarde demais!!!

nada melhor pra ascender o amor do que ignorar!!!

É como dizem.tem gente que só dar valor depois que perde!!!

Continue assim magnifico o conto e desculpa aí pela minha carência no comentário anterior,mais é pq quando eu gosto de uma coisa eu sou muito intenso!!!!!!

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To gostando :p gosto d contos q surpreendem mas por favor não faça um final feliz ¬¬ odeio coisas previsíveis

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Caramba como o renan foi grosso, nossa! Seu conto está perfeito como sempre!

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Fique bem grudado no kauã pra fazer ciumes pro outro

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Huuum vai acontecer muita coisa com eles fichando na casa do Alexandre hehehe

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Huuuum. Você gosta tanto do outro conto que até colocou o nome do Duda no lugar do nome do Renan, kkk. Será que rola entre ele e o Kauã ?

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