Boa noite pessoal, quero começar agradecendo a todos que leram, comentaram e votaram, um obrigado especial a estes: : ¤«Trick»¤, Huguinho14, Edu19>Edu15, Alguem93 , Ru/Ruanito, THIAGO SILVA, peeta, Pyetro_Weyneth, Thiago Pedro, juh#juh, diiegoh' . os comentários do primeiro cap. eu não irei responder, mas daqui em diante responderei a agradecerei a cada um de vocês ta bom lindos?! Só mais uma coisinha, como eu já havia dito no primeiro, o começo esta bem leve, ninguém vai morrer, AINDA... hehehe espero que gostem e tenham uma boa leituraÉ normal que diante de tantos boatos horríveis sobre o lugar, que minha mente criasse uma masmorra, algo parecido com o corredor da morte ou um quarto do terror, mas não era bem isso a ala D. apesar de ser afastado das demais alas era muito bem iluminada, com um pequeno jardim na frente da entrada para o prédio, tulipas amarelas e lilases dividiam espaço com simples margaridas, as cores transmitiam um certa calma e felicidade falsa para a fachada do prédio de 3 andares. Uma pessoa que olhasse para aquele lugar sem saber que se tratava de um hospício acharia um lindo lugar para se tirar férias, um pequeno córrego de águas cristalinas passava a alguns metros dali.
Acompanhei o enfermeiro ate o interior do prédio, assim como do lado de fora, La dentro era banco e muito claro, os enfermeiros caminhavam de um lado para o outro cumprindo com seus deveres.
- aqui esta o numero dos quartos que ficaram por sua conta. – falou o homem que não me disse seu nome ate aquele momento. – esses são os prontuários dos seus pacientes, horário de medicação. – ele me entregou uma pilha de papeis e pastas. – agora eles estão por sua conta.
- obri... obrigado. – digo em voz baixa para as costas do enfermeiro que mal me entregou os prontuários e já se virou indo para Deus sabe onde.
Comecei na mesma hora a ler os prontuários para conhecer mais os meus pacientes e seus problemas, eu não estava acostumado a ler um prontuário como aquele, não havia um único que não tivesse nas costas pelo menos uma morte, “é aqui que trancafiam os monstros.” Pensei olhando os diversos motivos para aquelas internações. “Pessoas cruéis não merecem piedade” era o que meu pai sempre dizia ao ver uma noticia de crueldade contra inocentes.
- ei. – ouvi o chamado e levantei a cabeça para saber quem me chamava, era um dos funcionários de La, ele tinha profundas olheiras e uma expressão de cansaço no rosto. – você é o enfermeiro novo, não é?
- sim... eu sou o Thomas. – estendi minha mão e apertei a dele.
- prazer, me chamo Guilherme. – disse apertando minha mão. – você esta com o paciente do quarto 244, né?
- acho que sim. – digo olhando os prontuários em cima da mesa, ainda não tinha decorado os quartos. – ah, sim... 244, é meu sim.
- bom, então só queria avisar que seu paciente quer vê-lo. – disse com um olhar estranho para mim. – e se eu fosse você ia logo ver o que ele quer, você não vai querer vê-lo zangado.
- claro... já estou indo. – me levantei pegando o prontuário, de todos os que me entregaram esse era o mais perigoso, apesar de ter em sua ficha uma única morte, ele era conhecido por diversas agressões e torturas, essa era a marca dele, quando ele ficava irritado era quase impossível controlá-lo e sempre alguém saia gravemente ferido.
Fui andando pelo corredor ate chegar no quarto que pertencia a ele, era um dos últimos quartos do corredor. Entrei com receio de encontrá-lo com raiva, no entanto ele parecia bem calmo sentado em uma poltrona de frente para a janela que só por segurança tinha grades de ferro grossas. Ele não se virou quando entrei, não me olhou e eu me aproximei o menos possível dele, depois de longos segundos tomei coragem de falar.
- me chamou, Arthur? – digo com a voz calma.
Ele virou um pouco seu rosto em um movimento preguiçoso e me olhou por uns instantes ate que se levantou com graciosidade de sua poltrona, seu porte físico era de um verdadeiro brutamonte, braços, ombros, peito e barriga trabalhados, mesmo com a camisa azul claro que era o uniforme dos internos era possível ver os músculos perfeitos, as coxas grossas ficavam apertadas na calça de moletom. Meus olhos saíram de seu corpo para fitar seu rosto, os olhos mais verdes que já vi em toda minha vida me fitavam com intensidade, os cabelos eram ruivos de tom de cobre, curto nas laterais e mais compridos no meio que ele mantinha perfeitamente penteados para trás formando um pequeno topete, seu maxilar quadrado e os lábios finos o deixavam com cara de cafajeste e fofo ao mesmo tempo.
Eu não percebi que ele se aproximava ate estar a centímetros dele, seus olhos semi-serrados me fitavam como se estivesse me avaliado, eu tive de levantar a cabeça para olhá-lo nos olhos, eu tinha visto em sua fixa 2,05 de altura, era um verdadeiro troglodita, um perfeito, perigoso e lindo troglodita.
- você é meu novo enfermeiro? – sua voz rouca me causou arrepios, ou talvez tenha sido o olhar de predador que ele lançava em mim, apesar de manter meu rosto neutro, ou quase isso, eu sabia que ele podia sentir o cheiro do medo em mim. “não demonstre medo diante de animais ferozes filho.” Foi o que meu pai me disse quando eu tinha apenas 5 anos e me vi diante de um cão bravo, mas como não demonstrar medo diante de um animar perigoso e imprevisível? Como não pensar que a qualquer momento ele vai atacá-lo e então será seu fim?
- sim... sou eu... eu me chamo Thomas.
- humm... – murmurou e me olhou por longos segundos ate que perdendo o interesse em mim sua expressão amenizou, Arthur se virou voltando calmamente para sua poltrona. – já pode ir.
Continuei parado com a testa franzida sem entender o que havia acontecido ali, ele estava me mandando em borá assim do nada, ele olhava para o lado de fora com um olhar perdido e distante.
- e para que me chamou aqui? – perguntei confuso.
- apenas para saber se ia gostar de você ou não. – respondeu dando de ombros.
- humm... – respondi pensando no que ele disse. – e gostou?
- você não esta sangrando esta? – respondeu com outra pergunta que entendi como sento um sim para minha pergunta.
- não, não estou. – um pequeno sorriso tomou meus lábios então sai de seu quarto e voltei para o posto de enfermagem onde voltei a analisar os prontuários. A atitude de Arthur havia chamado minha atenção, é estranho se parar para pensar, mas algo La no fundo me deixava feliz em saber que Arthur tinha gostado de mim, mesmo sabendo pela fixa dele que esse era o perigo, Arthur tinha uma única morte em sua fixa porem essa era da pessoa que segundo ele mesmo era amada por ele. Arthur não matava qualquer pessoa, ele matava apenas as que ele gostavaComentem, votem e opinem...