Capítulo 9. O Final.
Dez mil homens e nefilins partiram para a guerra. Estavam montados a cavalos e outros andando a pé. Todos trajados com seus melhores uniformes. O céu a cima deles era uma nuvem escura e, a temperatura ficava cada vez mais insuportável. Todos suavam muito. Também já não havia mais vento, as árvores morreram quase todas. A floresta estava destruída como se estivesse pego fogo.
De repente estavam todos de frente a caverna, ou o que restou dela. Com um som pavoroso centenas de demônios saíram das rochas. Todos com lanças, espadas, marretas, e outras armas nas mãos. Logo os humanos viram que eles também eram milhares.
Um demônio maior que os outros passou por cima de seus seguidores chegando a frente do batalham. Era o mesmo demônio que deu poder a Azami. Ele levantou sua lança e deu um grito. Em corro, todos fizeram o mesmo, batendo as armas no peito e uivando.
Todos ficaram calados quando um pássaro branco passou em cima de suas cabeças, pois até onde sabiam: todas as criaturas da floresta deveriam estar mortas. Quando o pássaro branco passou outra vez, houve murmúrio em todo o exército de demônios. Por fim, o pássaro, que na verdade era Satoru Sato, pousou na frente do seu povo. No instante em que seus pés tocaram o chão, ele tirou uma enorme espada de suas costas, levantou o braço ainda em silêncio e um gesto rápido marcou a marcha de seus homens.
A principio andando em silêncio, depois correndo e gritando. O mesmo fez os demônios. Correram um contra o outro. Quando se encontraram foi muito pescoço cortado e muito sangue voando. Estavam se matando aos montes. Em menos e um minutos 500 há estavam mortos, depois do choque inicial ficou difícil avançar e as linhas de frentes dos nefilins se reorganizaram e avançaram matando todos em seu caminho.
O Grande Demônio Vermelho fez um circulo de corpos de humanos e nefilins a sua volta. Matando todos sem usar um terço de sua força bruta. Katsu quase lhe atingiu pelas costas, mas o demônio foi mais rápido e o jogou no chão. Tirou a marreta das costas e a levantou (iria afunda-la na cabeça do sábio). Por sorte Satoru viu tudo e voou para lá.
Um forte estalo aconteceu quando a marreta acertou a espada. Satoru havia ficado entre o Nefilim e o demônio. Quando conseguiu se levantar, Katsu começou a lutar com outros demônios. Aquela luta era apenas para o Oyabun.
— Então é você o anjo que se suja ajudando esses humanos inferiores — disse O Grande Demônio Vermelho. Mas Satoru não estava ali para conversar.
Rodou a espada jogando a marreta nas costas de um pobre coitado que nunca se levantou. Quase cortou a cabeça do maior, mas as mãos grandes quebraram sua espada.
Sem armas, tiveram que partir para o mano a mano. Enquanto o braço descia aqui. Ali a frente, Katsu fazia sua espada faiscar na espada de Masao. O traidor tentou matar o sábio enquanto ele tirava a espada da cabeça de um demônio, mas não conseguiu e agora tinha que lutar contra o melhor dos melhores.
Foram várias sequencias de golpes, como se a luta fosse forjada um. Defendeu o golpe do outro, todavia no final a espada de Masao voou para longe, quando Katsu usou um golpe que nunca mostrou a ninguém.
— Por Buda — começou Masao com os olhos cheios de lágrimas. — Poupe minha vida!
Sem dizer nada Katsu desceu a espada pescoço adentro. Então, o traidor morreu.
No mano a mano, Satoru estava se saindo muito mal. Já estava quase sendo enforcado, quando Katsu correu até onde ele estava e enfio um pedaço da espada de Satoru (pois sabia que a lamina da espada de uma anjo mataria um demônio seja ele quem for) nas costas do Grande Demônio Vermelho. Com um grito de dor o grandalhão desapareceu.
Se ele continuasse em seu corpo a lamina iria chegar a seu coração e ele morreria. Ele precisava de um novo corpo.
— Está tudo bem? — perguntou Katsu dando uma mão para Satoru.
— Sim, estamos quase vencendo — disse ele observando que os demônios já estavam em um número bem menor.
— Vamos atacar pela esquerda!
— Boa ideia, va-… — Satoru parou de falar, depois de sentir algo. Era idêntico ao que sentia sair do corpo de Jun'Ichi nos últimos dias. — Jun'Ichi está nas cavernas — disse ele olhando para o sábio.
— Damos conta. Vá! — gritou Katsu pegando uma espada e matando outro demônio.
Com a ajuda das asas Satoru passa por toda a luta e entra nas cavernas. Logo sente que está no caminho certo e acelera o passo. Então chega a uma sala que ainda estava intacta. Logo que entrou sentiu que havia algumas coisas andando nas sombras das paredes da cavernas, mas nada ousou atacar.
— Jun — exclamou ele quando viu o amigo sobre uma mesa de pedra. Correu para tira-lo, se esquecendo de todo o resto. Quando estava quase terminando, Azami lhe enfiou uma adaga nas costas.
— Ele é meu — rugiu ela dando um soco na ferida. Satoru deixou o corpo do amigo e se virou, dando uma braçada em Azami. Esta bateu o corpo na rocha e ficou paralisada.
— Sa-Satoru estive com tanto medo — disse Jun'Ichi quando finalmente estava livre das cordas. Nesse momento seus braços envolveram o corpo do amigo em um forte abraço e pela primeira vez na vida Satoru não bateu na cabeça do amigo. Nem poderia, estava tão feliz e aliviado que desejou que o abraço durasse para sempre.
— Eu te amo — disse Satoru ao amigo ainda o segurando forte. Ele sentiu que lágrimas entravam por e baixo de sua armadura. Seus olhos também se encheram de lágrimas. Com tudo o que aconteceu, esse abraço era a única coisa que lhes fazia ter esperanças de um mundo melhor.
Jun'Ichi beijou Satoru. Seus lábios estavam sujos e salgados, mas Jun'Ichi não se incomodou com isso.
— Temos que ir embora — disse Satoru com um sorriso no rosto (o primeiro e único sorriso que ele deu).
Já estavam quase saindo quando Azami se levantou. Na verdade era O Grande Demônio Vermelho. Os amigos estavam tão preocupados um com o outro, que não perceberam. Mas, atrás deles, Azami se contorcia. Aumentando de tamanho, ficando igual ao antigo corpo do demônio. Depois de ficar do mesmo tamanho, se levantou, pegou a mesa adaga que enfiara em Satoru, só que desta vez a enfiou em Jun'Ichi. Seu corpo humano varou de um lado a outro. O menino pequeno e frágil caiu antes mesmo de sentir o ferimento.
Satoru pegou Azami pelos cabelos e bateu com a cabeça dela na parede até que afundasse na rocha. Depois de seu novo corpo ser destruído, o demônio saiu para se hospedar em novo corpo. Mas Satoru foi mais rápido e abriu suas asas, uma luz forte encheu os olhos de todos. O espírito do demônio foi destruído e no momento de claridade, Jun'Ichi perdeu a consciência uma última vez.
Um mês depois… Tudo já voltara ao normal…
Satoru estava no descampado tirando alguns galhos secos de um túmulo. Depois de arrumar tudo como deixou no primeiro dia, fez novas flores crescerem por todo o lugar. Ficou lindo e cheiroso, do jeito que Jun'Ichi gostava.
Satoru se deitou nas flores e observou as nuvens passarem. Fechou os olhos por um tempo. Mais tarde um corpo se deitou em cima do dele, um lindo rapaz que sempre ia com ele visitar o túmulo. O garoto beijo sua testa, depois seus lábios.
— Você — disse Satoru abrindo os olhos. — Está atrasado.
— Minha mãe quase não me deixou sair de casa, porque não tinha feito meus deveres.
— Mas agora é só meu? — perguntou Satoru.
— Sim.
— Para sempre?
— Para sempre! — confirmou Jun'Ichi beijando o rosto do namorado depois sua boca.
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Ola pessoas. O conto fica por aqui, mas se quiser ler outra história interessante segue o link ai, abraços:
Redenção do amor... http://www.casadoscontos.com.br/texto/____-______
Para a alegria de uns e tristeza de outros, o conto acabou. Espero que o final tenha sido conforme pensaram. E para quem ficou com duvida. Não! O Jun não morreu.
Enfim, estou com o arquivo com todos os capítulos, se quiser só pedir que eu mando.
Ah, amanhã já começo um novo conto. Esse não vai ser sobrenatural, vai ser normal mesmo. Vai ser sobre um cara que se apaixona pelo melhor amigo do namorado. Não sei se o nome vai ser "Meu melhor amigo" ou "Entre amigos", amanhã eu decido (sugestões sobre qual nome devo usar, serão bem aceitas).
Obrigado de coração a todos que comentam e que ficaram de um conto a outro. Espero vocês no novo conto (prometo que esse novo vai ter sexo)
