Queimando (o filme)

Um conto erótico de Sabrina
Categoria: Homossexual
Contém 2192 palavras
Data: 19/05/2014 00:07:08

Eram sete da noite. A campainha deveria tocar a qualquer momento e eu ainda estava olhando para as roupas espalhadas sobre a cama. Olhava entre saias e vestidos, experimentando compulsivamente durante a última meia hora...

A calcinha, eu não dinha dúvidas. Sonhei, desde que a comprei, que minha primeira vez seria com ela. Preta. Rendada. Larguinha nas laterais, mas cavada no bumbum. De seda, translúcida. O sutiã, em conjunto, tinha bojo e fazia o volume necessário para o meu busto seco. Tive que ficar um tempinho sentada no gelo, para poder prender meu inconveniente pênis, que insistia em ficar duro e nenhuma punheta resolvia. Não conseguia entender que nessa noite, seria mero coadjuvante.

Pela manhã mesmo, a Talita só foi embora depois de me acordar com uma mamada. Não tinhamos propriamente um namoro, mas era bem comum passarmos nosso tempo juntos e eventualmente nossa cumplicidade se convertia em sexo. Na noite anterior, antes dela estar sentada no meu colo sussurrando em meu ouvido como adorava o meu pau, estava me dando conselhos, em frente ao espelho, sobre as maquiagens que eu poderia fazer no dia seguinte.

Telefonei, estava nervosa. Já eram oito e meia e eu ainda estava de camisola, escolhendo que roupa estaria no chão de casa em poucos momentos. Ontem a Talita já tinha recomendado um magenta, de veludo. Era plissado na altura do busto, ajudando o sutiã, ao mesmo tempo que seu decote largo chegava quase até meus ombros delicados, de onde saiam pequenas manguinhas. Sua cintura era bastante rígida e, provavelmente, poucas pessoas adultas além de mim caberiam nele, que a partir dos quadris se alargava, formando dobras que iam até a metade das coxas. Segundo ela, era o melhor, porque dava para eu dar o cuzinho a qualquer momento sem nem precisar tirar a roupa. Ela nunca entendia meu romantismo... Mas, de fato, ficou perfeito!

Agora só faltava a maquiagem. Mal dava para acreditar que nosso primeiro beijo tinha sido há uma semana. Estávamos na chácara do meu chefe, em uma confraternização pelo novo acordo firmado com uma multinacional francesa, disposta a abrir negócios no Brasil.

Estávamos bebendo moderadamente, à beira da piscina, quando chegou o César, um rapaz alto, com cada músculo mais bem-cuidado do que o outro e uma voz grossa que me deixou molhada dentro da minha cueca boxer coberta por uma calça jeans.

Eu já o conhecia. Me impressiona que ele ainda estivesse inteiro, de tanto que o secava enquanto desejava gastar nele o meu batom, na noite de São Paulo. Nunca imaginei que o herdeiro da companhia fazia bico de gogo boy e estaria, agora, com uma polo que resistia bravamente ao seu tórax e uma aristocrática calça de brim. Provavelmente se me reconhecesse na ocasião, ele também estaria surpreso em descobrir que a tiete que gostava de ser chamada de Sabrina era seu sócio-herdeiro.

Na primeira vez em que a Talita me convenceu a sair de casa montada, ainda era verão e eu, menor de idade. Mal conseguia me apoiar direito no saltinho da sandália, mas rebolava maravilhada, vendo os movimentos das rendas da minha saia. Jamais imaginaria que conseguiria sambar nele, poucos meses depois.

Ele estava lá. de sunga de couro, fazendo malabares no palco. Algumas pessoas, em geral pressionadas pelas amigas, eram lançadas a um dueto. Foi o meu caso, que constrangida, me vi sendo envolvida em seus braços, pelas costas, com suas gigantescas mãos em minha cintura me colocando de quatro enquanto batia com as coxas nas minhas, ritimado, antes de me puxar para outros passos de dança e me deixar descer do outro lado com o bumbum guloso e a calcinha gozada.

O circuito gls passaria a fazer parte da minha vida, embora ainda não tivesse coragem para ir até o fim. No máximo, beijei uns caras que não me faziam sentir nada próximo do que fez aquele dançarino gostoso, que agora parecia um jogador de golfe, sentado em frente a mim, enquanto nossos pais conversavam sobre as perspectivas para o novo horizonte de negócios aberto.

Nós participávamos, eventualmente, embora fosse difícil me concentrar e não flertar com o rapaz sorridente que, agora, eu sabia ser conhecido por "Césão". Meu cabelo estava preso de maneira discreta e sem dúvidas não era assim que eu queria que ele me visse, mas era a oportunidade de conhecê-lo.

Decidi dar uma volta pelo bosque e ele me acompanhou. Já isolados e fora da visão alheia, me perguntou se não nos conhecíamos. Respondi que quase intimamente e que o conhecia das baladas que eu frequentava. Ele alisou meu cabelo e perguntou se nas baladas que eu frequentava meu cabelo ficava preso. Eu ri.

Andamos até o lago. Comentei que ele era muito bonito. Devia ter um monte de gente louca para pegar ele. Ele respondeu que dificilmente cedia, porque não gosta muito de caras, mas que às vezes batia vontade, enquanto repousava a mão sobre a minha coxa.

Repousei a cabeça e perguntei se era bom fazer com outro cara. Ele ficou em silêncio e eu continuei, dizendo que ele me dava medo. Dessa vez, foi ele quem riu. Fez carinho em meu rosto, dizendo que se o beijo fosse bom, o resto provavelmente fluiria bem.

Agora estava eu, colocando uma gargantilha e me perguntando se tudo iria realmente bem. A depilação estava em dia. Tinha que ser tudo perfeito. Ele já estava lá em baixo, pedi para que entrasse, enquanto terminava de me arrumar.

Desci. O vestido era muito quente e meu nervosismo não ajudava a controlar o suor, mas a noite fria nos aguardava. O recebi com meu batom em seus lábios. Era assim que eu o queria, desde que o vi e, agora, estávamos abraçados com liberdade para tudo.

O filme começaria às 10, tinhamos que correr, mas o beijo continuava e eu o trazia para o sofá. Se na chácara, alisei seu pau por cima da calça, agora o colocava para fora dela e masturbava decididamente. Ele alisava minhas coxas por dentro do vestido e dizia em meu ouvido que eu estava uma delícia, alternando outros murmúrios a beijos no colo nu. Sentei de frente para ele, sentindo seu pau encostar no meu bumbum. Fingi surpresa em sentir como ele era duro... Perguntei se ele achava que entraria tudo, mordendo sua orelha, enquanto suas mãos apertavam minhas nádegas com força.

Me afastei levemente e, ajoelhada no chão, me aproximeu ameaçadoramente de um pau, pela primeira vez. Beijei sua extensão, lentamente, antes de começar a engolir. Fui o mais longe que aguentei, antes de deixá-lo babado de volta na cueca. Fechando o zíper da calça, olhei sorrido e disse que não queria chegar atrasada. Ele puxou meu cabelo para trás, ainda ajoelhada. Com um sorriso gentil, me chamou de vagabunda, antes de iniciar um beijo e, sem pará-lo, me colocar na ponta dos pés, agarrada em seu pescoço.

O scarpin revestido de camurça vermelha obrigava os quadris a insinuarem as dobras do vestido, cujo movimento não cansava de me deliciar, a cada batida de salto nas calçadas da Avenida Paulista. No cruzamento anterior à Reserva Cultural, o Césão me abraçou por trás e, com a barba roçando meu pescoço, comentou que se eu rebolasse metade daquilo quando estivesse de quatro, ele não aguentaria 5 minutos sem gozar. "Assim?" perguntei rebolando de leve e, com meus braços envolvidos, segurei nos seus. Rindo, virei o pescoço para trás, chamei ele de tarado e cedi um beijo, antes do farol abrir para os pedestres.

Terminamos o pequeno percurso de mãos dadas, antes de assistirmos ao "A Grande Beleza". Se querem saber, recomendo. Embora estivesse difícil controlar o fogo, acho que fizemos uma boa escolha, embora não me arrisque agora a uma crítica mais acurada, sem antes assistir novamente e, de preferência, com menos distração do lado. De vez em quando, deitada com a cabeça em seu ombro, sentia seu hálito em minha nuca, no que respondia com alisadas acidentais em sua virilha. Era difícil manter o foco, nessas circunstâncias. Nosso beijo, nos créditos, só foi interrompido pelos lanterninhas.

Três anos antes, o indicador da Talita expandia meus horizontes, numa sala de aula daquele mesmo prédio. Fazíamos ensino médio juntas e juntas descobrimos em uma aula de biologia que a próstata era uma zona erógena, algo que seria testado em um dos muitos beijos que nos acostumamos a dar nessa época. Era seis da manhã, chegamos muito cedo e, com a sala vazia, ela resolveu que me presentearia com um boquete matinal. Enquanto me chupava, começou a massagear meu saco e se aproximar cada vez mais perigosamente dos meus pudores. Colocou a mão em meus lábios. Eu chupei. Era a senha que faltava para sua boca descer e começar a explorar experiências mais profundas, às quais eventualmente se somariam seu três dedos centrais.

Agora jantávamos num estabelecimento próximo, enquanto eu lhe contava minhas experiências. O Césão ria quando eu contava das meninas que eu saía. Da sua parte, descobri que gostava de ser comido quando o cara sabia fazer direito, mas como era raro, preferia comer. Comentou, a respeito da minha ex, que ela deveria ter me emprestado suas roupas e que ela mereceu ser traída com a Talita, meu amor eterno. Era engraçado ouvir seus comentários sobre minha vida hétero, quando em dado momento já estava sentada no seu colo, tomando a última taça do vinho que bebi quase sozinha. Comentei isso, antes de me agarrar em seu peito em silêncio e morder de leve a sua orelha.

Meu rebolado trôpego foi apoiado por sua mão abraçada em meus quadris. Pedi para ele me comer no carro, quando chegamos ao estacionamento, mas um de nós estava sóbrio. Ganhei apenas um tapa na bunda e um pedido de calma. Reclamei dele fazer miserinha de pica, ao que rimos e demos um selinho antes de dar partida para o curto caminho até sua casa. Chegando a ela, já na garagem saquei da bolsa um lubrificante com sensação térmica e coloquei em sua mão. Saí rebolando na frente, pedindo para que não me fizesse esperar. Na sala de entrada havia um degrau, pelo qual caí de joelhos no tapete. Me virei e deitei, vendo a porta se fechar após aquele homem gigante passar.

Ele veio até mim e, ainda em pé, calmamente retirou seu cinto e soltou sobre mim. Virou as costas e foi até o home theater, colocar Pat Metheny para ouvirmos. Voltou até mim e ajoelhado atrás de minha cabeça, inclinou-se e começamos um beijo, a partir do qual o Cé veio descendo, enquanto suas mãos já separavam minhas pernas. Novamente seu pau estava diante de mim, à distância de apenas uma calça. Deixei que fizesse de mim sua vontade, enquanto matava a minha de colocar aquele pedaço de carne dura na garganta. Não demorou para que o mesmo acontecesse comigo, que, às vezes, pedia por seu gozo.

Meu vestido estava pela cintura, quando fui virada de bruços, sua língua agora procurava ser recepcionada com a mesma voracidade que antes meu bumbum mastigava a calcinha. Acabei gozando em seu tapete, razão pela qual fui punida com um tapa que me fez empinar mais ainda e rebolar na sua cara. "Vem, mete!", implorei quando seus dedos já não me bastavam mais. Foi quando ele mudou de posição e, junto, me posicionou de quatro. Colocou na entradinha e me mandou rebolar. Eu sabia que ia doer. Doeu quando a Tali me consolou pela primeira vez, mas agora era maior. Ainda assim, rebolava devagar, enquanto gemia choramingando que aquele pauzão gigante ia me arrombar. Ele me perguntou se eu queria parar. Eu respondi que não e pedi para me lubrificar mais. Já começava a sentir o calor no meu reto, com seus dedos me massageando, quando olhei para trás novamente e pedi por rola.

Aos poucos, centímetro a centímetro nossos corpos se fundiram. De repente, me vi refletida, no vidro de seu raque. Só via meu corpo, coberto por um vestido até a cintura, encaixado pelo corpo que me tirou a respiração desde o primeiro olhar. Não conseguia ver o reflexo de seu rosto. Me deliciava, ver no vidro escuro, o reflexo de um pedaço de seu pênis voltar a aparecer a cada estocada que eu recebia com um gemido. Tirei o cabelo da frente do rosto e observei lábios vermelhos, sorrindo entreabertos, apesar dos olhos sofrerem. Os mesmos lábios que mordi de leve, após um tapa me fazer olhar para trás e ver sua boca, sem que saísse nenhum som, pronunciasse "gostosa". Acabei gozando novamente, enquanto sentia meu cuzinho comprimir e piscar loucamente, a cada jato de porra esparramado no tapete.

Aumentei os gemidos e a empinada, enquanto pedia para que gozasse na minha boca e a frequencia do rebolado se intensificava. Quando seus urros se tornaram incontroláveis, não houve tempo para colocar seu pau na minha boca. Mal tiramos a camisinha e ele esporrou contra minha bochecha uma vez, antes de eu conseguir absorver o restante. Suas mãos puxavam meus cabelos contra suas coxas e eu tentava não engasgar. Consegui engolir. Limpei o restante babado com a língua. Tentei beijá-lo, ele virou o rosto. Não me importei. Meu táxi chegaria em poucos minutos.

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Comentários

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Nossa muito bom escrito com mínimos detalhes ficou impecável.

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