Nossos olhos se cruzaram e, silenciosamente, nos beijamos.
Foi um beijo lento de quem se reconhece... Nossas línguas procuravam nossas identidades perdidas. Eu a pressionava contra meu corpo. Nosso beijo encorpado que esquentava a alma. Era a primeira vez dela. Era a nossa primeira vez.
Intensidade e arrepio. Brilho no olhar e sorriso bobo. Era acreditar em magia e não querer desvendar seus segredos.
Depois de tanto tempo conversando online, era a vez de vivenciar a realidade.
Alguns bons minutos para que o gelo derretesse e a conversa fluísse... Ela sugeriu um uísque... Eu aceitei e na varanda do quarto, sentimos a noite cair sobre nossos olhares... Sem aviso prévio, sentimos nossas mãos se tocarem... Era a descoberta de uma nova pele, quente e macia, era a imaginação ganhando vida. Nossos lábios novamente se encontraram e, nossos corpos se pediram. Sem saber o caminho, deitamos sobre os lençóis e como numa dança ritmada, praticamos o verbo pertencer!
Nos entregamos mais que a nós mesmas... E sentimos nossos corpos suarem.
Contornei suas curvas como num desenho e entre seus pêlos eriçados, aproximei minha boca do vale entre suas pernas... Era macio e liso, absolutamente angelical... Pequena e rosada, como se ainda não tivesse sido de ninguém... Senti seu cheiro de tesão e depositei o calor dos meus lábios... Roubei-lhe seu gosto e, em um beijo demorado, com a língua, ganhei seu gozo.
Era ela sendo minha por inteira!
Penetrei um dedo e senti um gemido contido... Depois dois e, finalmente três. Ela se entregava... Rebolava em minha boca enquanto minha mão a possuía, colocava com força fazendo pressão e sugava suas entranhas num vai-e-vem quase heterossexual... Ela inchava e preenchia minha boca por inteira. Estava excitada, grande e cheia de tesão gemendo deliciosamente pra mim.
E, num momento determinado, num movimento esperado, jorrou em meus dedos... Senti escorrer uma viscosidade mais densa e levei até a boca. Bebi do seu néctar feminino que ali era só meu.
Nos beijamos e ela queria mais...