Por Favor... Me Ame! 7

Um conto erótico de Evan
Categoria: Homossexual
Contém 3768 palavras
Data: 19/05/2014 22:22:53

Capítulo 7: Acho que meu cérebro derreteu, por favor me dê um novo.

Eu definitivamente tinha bugado, minha cabeça doía de uma maneira não natural. Aquelas pessoas eram loucas, loucas e más. Lion chegou mais perto de mim e ficamos ali, nos dois, contra um batalhão de pessoas mais velhas e mais fortes que nós. Olhei para o meu amigo e vi como seu rosto estava feio, tinha um corte na bochecha e de lá saia sangue. Eu queria sair correndo dali, fugir daqueles loucos. Marvo, o homem com a voz de trovão, não nos tirava do seu campo de visão e eu resolvi ficar encarando ele também. Não tinha como não dizer que ele não era bonito, pois ele era, e muito bonito por sinal. Qualquer outra pessoa que tivesse aquela altura toda ficaria feia, mas ele era extremamente sexy, fui descendo meu olhar avaliador, passando por montanhas de músculos, que mesmo por baixo de toda aquela roupa preta e cheia de aparagatarem era possível de ver. Suas pernas quilométricas marcadas por uma calça preta jeans muito apertada, como eu não tinha reparado nessa calça antes? Usava também um coldre com uma arma amarado a perna esquerda. Para completar o estilo de roupa do Ken Guerreiro ele usava coturnos que iam um pouco mais acima dos tornozelos.

Ele também me observava atentamente, mas eu tinha certeza que o que ele via não era nem um pouco charmoso. Ele estava olhando para um baixinho, que provavelmente já estava bastante machucado, sujo, tremendo de frio e medo e com algumas cicatrizes no rosto. Lion continuava do meu lado, com o braço bom apoiado em meus ombros. Aconcheguei-me um pouco mais para perto dele, poderia parecer que eu tinha algum interesse romântico com ele, mas não, a minha ligação com ele era puramente fraternal e de amizade. Para mim ele parecia um irmão gêmeo que eu queria ter, os meus irmãos se pareciam comigo apenas facialmente, por que fisicamente eles não se pareciam em nada comigo, mas Lion era parecido, ele tinha a mesma altura que eu, o mesmo peso, ele era igual a mim, só que ele era loiro. Depois daquela confusão inicial várias pessoas voltaram para as suas devidas moradias de acampamento. O clima ficou mais agradável, ouvi muitas pessoas rindo e conversando animadoramente uma com as outras. Mas eu ainda estava muito confuso e assustado demais para me sentir confortável.

A mulher, aquela mesma que me seguiu na floresta veio toda sorrisos e gracejos na nossa direção. Dei alguns passos para trás e arrastei Lion comigo. Lion também ficou com o pé atrás com aquela mulher sinistra. Eu não conseguia fazer uma avaliação dela por que suas roupas eram bastantes volumosas. A única coisa que eu conseguia ver era que seus cabelos eram de um vermelho claro, mais claro que o meu. Ela chegou perto de nós dois e estendeu as mãos, uma para cada um de nós.

— Venham, não vou fazer mal para vocês – Na escuridão da floresta eu tinha achado a voz dela a coisa mais encantadora que já tinha escutado. Ali de perto era mais sensual ainda, parecia que estavam derramando mel aquecido no meu cérebro – Mas vou avisando que se vocês saírem correndo eu não tenho como manter a minha promessa.

Mesmo com aquele sorriso simpático em seu rosto, nenhum de nós dois saiu do lugar. Ao contrário disso, ficamos mais parados ainda. Confiança é uma coisa que demoramos a conquistar e em um estalar de dedos ela se desfaz. E aqueles loucos camuflados chegaram já machucando tanto Lion quanto a mim. Eu estava me sentindo tonto, bastante tonto para dizer a verdade. Minha barriga estava doendo de uma maneira infernal e eu sentia o gosto ferroso de sangue em minha boca, pensei que poderia ser alguma coisa relacionada a minha falta de repouso pós cirúrgica. Deixando o pensamento de lado, eu disse para mim mesmo que tudo aquilo que eu estava sentindo era efeito do stress e do medo acumulado em meu corpo, o sangue em minha boca era devido ao tapa que levei e a dor em meu estômago era por que o supersoldado tinha me chutado ali. Tremi quando uma rajada fria de vento chicoteou em meu corpo, fazendo todos os meus pelos corporais ficarem arrepiados, notei também que estava suando mais do que deveria para um dia frio, notei também, que mesmo depois do frio ter passado eu ainda continuava a tremer, minha cabeça começou a ficar pesada e meus pensamentos ficaram mais lentos. Não sei como eu cheguei até o chão duro e frio, o impacto teria doido bastante se eu tivesse em meu perfeito estado. Escutei alguém gritar, depois Lion pegou a minha cabeça e colocou em seu colo, ele murmurava alguma coisa para mim, mas eu não entendia, muito menos ouvia, tinha muito barulho, vozes gritadas ecoavam por todo o acampamento. Queria perguntar para ele como eu tinha ido parar no chão, mas os únicos sons que saíram de minha boca foram os gorgorejos feios e molhados. Olhei para cima quando uma gota d'água caiu sobre a minha bochecha esquerda, Lion estava chorando. “Por que está chorando, Lion?” pensei que tinha pronunciado aquelas palavras, mas não, eu falei apenas mentalmente.

Depois eu fui pego por alguns pares de braços extremamente musculosos, tentei protestar, gritar para que eles me colocassem no chão. Mas meu corpo não queria me obedecer, meus membros estavam tão pesados e eu definitivamente queria apenas dormir. Os sons foram ficando cada vez mais baixos, a minha percepção de espaço e tempo foi ficando baixa e não sei quanto tempo depois, eu já estava mergulhado em uma escuridão dolorida.

Acordei – segundos? Minutos? Meses? Anos? — depois sentindo uma dor absurda no estômago, tentei falar, mas notei que tinha algo preso em meu rosto. Levei minha mão até o objeto e pelo tato deu para sentir que era uma mascara de plástico, eu inspirava um gás que saia daquela mascara. Minha mente estava tão entorpecida, parecida que tinham derretido todo o meu cérebro, deixando apenas um mingau de neurônios ali. Além da dor em minha barriga a dor de fome também estava incomodando bastante. Estava com fome, sede, vontade de fazer xixi e acima de tudo queria saber aonde eu estava.

Sabia que aquilo onde estava deitado era uma maca, mas o lugar onde eu estava era muito estranho. Para começar, não tinha paredes, o que ficava nas quatro direção daquele cômodo era uma lona preta espessa e pesada. Olhei para o meu lado esquerdo e vi que o soro que estava sendo injetado em mim estava preso ao um prego na lona. Olhei para o meu lado direito e nada vi. Basicamente tudo que tinha ali dentro era uma maca, uma ampola de injeção de soro e um garoto raquítico assutado e machucado. Passei a mão pelo meu rosto novamente e senti a mascara novamente, fiquei curioso, de onde estava vindo aquele vapor que saia da mascara? Olhei para cima e vi a resposta, tinha uma máquina, que piscava e as vezes fazia um barulho irritante, presa ao suporte metálico da maca. Tirei a mascara, mas rapidamente me arrependi, o meu estômago latejou com mais força, parecia que tinha alguma coisa se revirando dentro de mim. Ah, e tinha outra coisa, eu estava sem roupa. Sem as minhas roupas! A única coisa que me impedia da total nudez era a minha cueca, fiquei embaraçado quando notei que era uma das minhas cuecas que eu mais gostava quando era mais novo, cheia de carrinhos e com a letra inicial do meu nome. Agora eu podia ver o quão idiota aquilo era, a cueca estava pequena e bastante apertada, mas, mesmo assim, eu continuava usando-a. Eu era patético!

Meu autodepreciamento não durou muito, quando eu já estava disposto a sair daquela cama, mesmo com aquela cuequinha, uma parte da lona que servia como parede a minha esquerda se abre e daquela pequena abertura Lion veio correndo na minha direção. Seus cabelos loiros esvoaçantes chicoteavam em seu rosto, meu irmãozinho de outra mãe, pensei feliz quando ele me abraçou forte e começou a soluçar em meu ombro.

— Ah, Evan! Eu pensei que você fosse morrer, pensei mesmo – Ele me abraçava bastante forte, passava minhas mãos pela sua costa e dizia palavras reconfortantes em seu ouvido – Quando vi o sangue jorrar de sua boca igual ao dia da queda, eu pensei o pior! Pensei que você fosse morrer!

— Mas não morri – Disse baixinho em seu ouvido, seus tremores foram diminuindo e seus soluços ficando cada vez mais escassos – Você não vai se livrar tão facilmente de mim.

— E nem quero! — Ele segurou o meu rosto com as duas mãos, colou seu nariz próximo ao meu. Seus olhos me encaravam de uma maneira tão profunda e intima que me incomodou a ponto de eu não me sentir mais incomodo sobre a minha cueca, voltou a repetir, agora em um sussurro – E nem quero.

Acho que ele ia me beijar, arqueei uma sobrancelha quando seus lábios tocaram os meus. Bom, ele já estava me beijando. Estava com os olhos abertos e achei a sensação da sua boca na minha um tanto quanto sem sal. Era como beijar um parente por quem eu sinto uma forte ligação fraternal, em um momento de bebedeira. Dei de ombros e retribui o beijo, não custaria nada fazer uma tentativa, vai que eu perdesse a virgindade com o Lion. Nosso beijo era a coisa mais desajeitada do mundo. Todos os caras que eu já beijei sabiam impor controle na hora do beijo, eu apenas ficava submisso a sua boca na minha. Acho que era a mesma coisa com Lion, as vezes ele até tentava tomar a inciativa e assumir o beijo, mais acabava não dando certo. Estava tão babado que eu estava começando a achar que ele estava cuspindo em minha boca, ou algo do gênero. Foi ele que acabou com aquele desastre. Ficou me olhando com aqueles olhões azuis, seus lábios estavam vermelhos e inchados. Ele estava esperando eu dizer algo.

— Bom, acho que cheguei a conclusão – Comecei a dizer, hesitantemente.

— E essa conclusão seria? — Ele fez um gesto com as mãos claramente ansioso pela resposta. Respirei fundo antes de dizer:

— Que definitivamente não sou lésbica - Sorri quando vi sua cara de surpresa – Meu bem, você não faz meu tipo.

— Ia dizer a mesma coisa – Ele riu junto comigo. Pronto! Agora nossa relação fraternal estava mais forte que nunca – Lamento pelo beijo, tinha que saber o que estava sentindo. Mas eu te amo apenas como um irmão.

— Eu também!

Eu encolhi as minhas pernas, bati com uma mão no espaço bem na minha frente e Lion se sentou, com as pernas cruzadas, sobre a maca, na minha frente. Ele me contou que depois que eu desmaiei ele tentou me deixar consciente, mas eu não respondia e nem fazia nenhum movimento, segurei suas mãos quando eu percebi que ele voltaria a chorar. Respirando fundo ele foi contando o resto, aqueles mesmos homens que tinham me perseguido pela floresta foram quem me levaram até a área medica daquela acampamento. Foi Lion quem tinha dito que eu tinha feito uma cirurgia a menos de um mês.

— Você deveria ter visto a cara daqueles dois – Ele me disse – Depois que eu disse que você ainda estava em recuperação e que mesmo assim eles tinham feito atrocidades com você, eles pareciam querer sair dali correndo. Várias outras pessoas, daqui mesmo, olharam para eles com desagrado. E sabe o que o gradão falou?

— Não, o que foi que ele falou?

— Eu não sabia que ele estava em tais condição – Ri da imitação que ele vez da voz trovejante daquele homem – Pois se soubesse eu o teria trago pacificamente. Mas ele também tem uma parcela de culpa, foi ele quem pulou a janela, saiu correndo pelo mato, e fez o que fez depois.

— Como se eu fosse aceitar sair no meio da noite com um total desconhecido – Bufei indignado e Lion repetiu o meu gesto. Fiz uma imitação da voz trovejante - “Venha aqui garoto, vamos passear pela floresta, eu tenho que te contar sobre uma conspiração que envolve cachorros quentes, panelas de aço e pirulitos”

- “Ah senhor, eu adoraria sair com você – Tive que pedir para ele parar de tentar imitar a minha voz, ri tanto que a minha barriga começou a doer – Deixa eu só trocar a minha cueca de carrinhos por uma com estampa de facas e armas”

E rimos mais ainda, depois disso imitamos o outro homem e a mulher também. Não sabia que horas eram, mas notei que a lona preta estava ficando cada vez mais clara. Lion e eu já estávamos deitados, apertados, na maca. Ele tomava bastante cuidado para não bater no braço onde o soro estava sendo injetado. Tinha recolocado a mascara. Lion já estava com os olhos fechados e respirando calmamente e eu já estava quase dormindo também. A voz de trovão nos faz sentar, com o coração pulando no peito.

— Vejo que já está melhor, Evan – Olhei para ele, com os olhos estreitos de raiva. Ele tinha um sorrisinho sarcástico no rosto e notei também que ele ainda estava com a mesma roupa de ontem a noite – Já está até dividindo a cama com o amiguinho.

— Sim, estou melhor – Queria que meu tom de voz saísse um pouquinho mais forte e potente – Agora eu posso ir embora?

— Sem escutar melhor a história que eu contei ontem brevemente? - Ele colocou uma das mãos que estavam paradas paralelas ao corpo no bolso lateral de sua calça apertada – Não sei se você entendeu o que eu disse ontem, já que você teve uma recaída e tudo mais.

— Claro que entendi – Falei um pouco mais alto. Isso, Evan! Mostra para eles que você não é um garoto medroso – E sei que você está mentindo.

— Mesmo com as provas que eu te mostrei?

— Aquilo foi uma bela montagem, tenho que admitir – Destilei uma quantidade bem grande de sarcasmo em minhas palavras – Foi você quem fez?

— Aquelas fotos não são falsas! — Uma veia pulsava em sua testa, seu maxilar estava travado e eu juro que dava para escutar os seus dentes rangendo. Os outros dois não faziam nada, só ficavam parados mais atrás olhando o Capitão e eu discuti – Você que é burro demais para acreditar na verdade!

— Burro é você! — Apontei um dedo acusador me sua direção – Se você não desse uma de Rambo nordestino ontem a noite, talvez eu até acreditasse nessa sua conversa fiada!

— Eu já pedi desculpas para o seu amigo ontem! — A veia pulsou mais forte – E peço para você agora, mas você que foi o culpado de tudo. Se não tivesse quebrado o meu nariz eu não teria te batido.

— Se não tivesse quebrado a porta do meu quarto eu não tinha quebrado seu nariz e você não teria me batido – Rebati, feroz.

Ele deu alguns passos furiosos na minha direção, mas não avançou muito. Seus colegas seguraram em seus braços extremamente desenvolvidos e não deixaram-no dar mais nem um passo sequer. Lion já tinha descido da maca e estava do meu lado em modo de defesa, achei uma gracinha ele querer se meter no caminha daquele homem enorme. A mulher do grupo ficou na ponta do pé e cochichou alguma coisa no ouvido do Capitão, que demorou muito a se acalmar. A mulher, andou lentamente até parar do meu lado.

— Evan, Lion. Eu sei que vocês devem está com raiva de nós...

— Vocês não fazem ideia do quanto – Eu a interrompi.

— Certo, certo – Continuou - Mas vocês precisam acreditar no que falamos, nós não somos bandidos. Eles são, estamos tentando erradicar a ameça que eles significam a anos, mas nunca tivemos êxito.

— Mas como vocês querem que acreditemos nisso? Se não sabemos quem realmente vocês são– Foi Lion quem falou, ele sabia como usar as palavras, gostei ainda mais dele.

— Trabalhamos para uma agência de segurança – Ela respondeu, prontamente – Fomos contratados pelo verdadeiro dono de toda essa área que hoje funciona a escola.

— Mas o dono não é o próprio diretor? O senhor Poter Mendes? — Mesmo a contragosto eu estava curioso – Ele comprou essa área toda, ele alegava que a área não era utilizada para nada.

— Foi isso que ele fez todo mundo acreditar. Na verdade a área tem sim um dono quando Mendes tomou posse do lugar, estava sendo implantada um projeto para uma escola de tempo integral.

- Então não mudou muita coisa – Não estava acreditando em nada do que saia pela boca daquela mulher – Foi o mesmo que trocar seis por meia duzia. Ele comprou o terreno e deu continuidade eu projeto original.

— Sim, até ai ele seguiu o projeto inicial, mas depois tudo mudou – Seu tom de voz ficou mais penetrante – Não sei se a mídia chegou a saber, mas Poter Mendes no começo tinha como sócio Aluízio Fantarelo, o herdeiro e dono da área onde o colégio foi construído.

— Sócio? Eu estudo naquele colégio a três anos e nunca tinha ouvido falar sobre um sócio – Lion estava claramente confuso.

— Ele tinha um sócio, não tem mais – Continuou a mulher – Menos de seis meses depois a sociedade acabou e Mendes ficou sendo o dono total do colégio e da área que era de Aluízio, falsificou milhares de documento e subornou várias pessoas para que comprovassem que aquela área de terra onde estava construído sua escola não tinha dono.

— Mas e o outro homem? — Fechei os olhos e com eles fechados eu continuei – O tal de Aluízio, o que aconteceu com ele?

— Ele foi expulso da sua função – Quem respondeu foi o outro homem, Lago – Depois de alguns meses soube também que não era mais legalmente dono da área onde estava construído a escola. Ele tinha guardado uma boa quantia de dinheiro, mas dois anos depois ele se viu na pior. Foi ai que ele descobriu, por meios ilegais, que Mendes estava se envolvendo com o tráfico de entorpecentes e de armas.

— Demorou anos, mas Aluízio conseguiu apoio dos mais poderosos empresários do país – Continuou voz de trovão – E juntos eles planejaram tirar Mendes do poder e acabar com as suas ilegalidades.

— E onde vocês entram nisso tudo? — Perguntei, ainda um pouco receoso de acreditar no que eles diziam.

— Os empresários ficaram sabendo que Mendes tinha colocado bandidos perigosos para dar aulas para os inocentes alunos – A mulher foi quem falou dessa vez – Colocou seus capangas parra se misturar e fingirem serem adolescentes.

— Ana, Júnior... — Os nomes escaparam pela minha boca.

— James – Sussurrou Lion.

— Sim, mostramos como eles realmente são – A voz da mulher estava mais branda – Sei que vocês se envolveram com eles de uma forma bastante forte, mas fiquem sabendo crianças. Aqueles homens não sentiam absolutamente nada estando ao lado de vocês, eles estavam apenas encenando um papel que os foi destinado e nada mais.

— Tem muito mais capangas infiltrados ali – Ela continuou – Mas esses três eram os mais perigosos, e achamos que pegando as pessoas mais próximas a eles acabaríamos descobrindo uma maneira de entrar ali e acabar com aquela farsa toda, sem ferir ninguém é claro. Mas vocês não sabiam de nada, é bem claro isso.

— Mas eles feriram bastante pessoas – Disse, em um momento de divagação.

— Como? - O voz de trovão perguntou.

— Disse, que eles feriram bastante gente. — Falei um pouco mais alto.

— Quando? — A preocupação era visível no rosto dos três – Nós não ficamos sabendo de nenhum movimento hostil por parte dele nesses últimos dias.

— Mas já faz um mês – Respondi – Foi quando eles explodiram a piscina.

— Ah, a piscina – O rosto a mulher ficou livido – Enquanto a isso, Evan. Eu creio ter que descordar.

— Por quê?

— Porque fomos nós que fizemos isso.

E toda a confiança que eu estava começando a construir por eles, ruiu. Meu rosto passou de total atenção para total choque quando ela me contou isso. Automaticamente uma de minhas mãos foi para o meu rosto e traçou as linhas irregulares das minhas cicatrizes e a outra foi até minha barriga, traçando a linha da cicatriz cirúrgica. Com o canto do olho eu vi Lion acariciar seu braço engessado.

— Lion, Evan. Nos perdoem, por favor – Ela veio andando lentamente na nossa direção, com as mãos acima da cabeça, como se isso fosse ajudá-la em algo. Meus olhos estavam ardendo e eu sabia que estava prestes a chorar – Não era para aquilo ter acontecido, não mesmo. Nos colocamos aquela bomba para explodir após quatro horas depois de ativada, mas nunca poderíamos imaginar que a diretoria liberaria a piscina... e... e sinto muito.

— Sente muito?! Sente muito?! — Gritei, puxei a agulho intravenosa que estava no meu corpo e pulei da cama, sei que meu ato foi de completo idiotice mais eu estava com uma raiva magoada que me inundava – Você não sente nada! Absolutamente nada! Não foi você quem caiu de uma altura imensa em um rio congelante, não foi você que quase morreu afogado! Não foi você que quase morreu de frio e desidratação! Não foi você quem quebrou os ossos e vomitava sangue! - Nem vi quando eu comecei a chorar, só sei que estava – Não foi você que passou uma semana em coma induzido por que seu corpo não tinha como se recuperar se estivesse acordado! Não foi você que ficou todo marcado! Não foi! Então para de dizer que você sente muito, por que você não sente nada!

Lion pegou em meu braço com o seu braço bom e saiu me puxando. Mesmo com os olhos embaçados pelas lágrimas eu consegui ver o quão assustados eles ficaram com a minha súbita explosão. Lion tinha amarado alguma coisa em meu braço, afinal eu tinha tirado aquela agulha sem cuidado algum. Nem estava me importando com a minha cueca, já do lado de fora eu vi que ainda não tinha completamente amanhecido. Várias pessoas nos olhava indo embora, mas não faziam nada, provavelmente elas já sabiam que nós dois não eramos de grande importância para a missão deles. Escutei passos apresados atrás de nós e senti quando os três soldados que estavam conosco a alguns minutos estavam atrás de nós novamente.

— Por favor, não vão embora ainda – Não sei por que fizemos isso, mas nós dois paramos – Precisamos de vocês.

— Para que? — Foi Lion quem perguntou, não sei se teria força suficiente para falar alguma coisa – Não sabemos de nada importante.

— Não é isso!

— Então é o que?! — Lion gritou, foi então que eu percebi o quão magoado ele também estava. Eles fizeram nos dois acreditar nessa baboseira toda para depois jogar lama sobre nos.

— Precisamos que vocês espionem eles – Voz de trovão disse – Que vocês sejam nossos olhos ali dentro.

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Comentários

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Acho que vai rolar affair com o esquentadinho hihihi só aguardando o proximo!

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Não sei se no próximo capitulo vou comentar pois estou embarcando agora pros Estados Unidos a trabalho e deixarei de comentar um dois capítulos ate sexta feira ou sábado estarei de volta mais acho que vou deixar pro meu mozao comentar ele adora ler sua história já esta viciado.

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Fiquei com uma pulga atrás da orelha, será que o Evan vai se envolver emocionalmente com algum desses caras? Eu gostei dessa relação fraternal com o Lion que ficou mais forte, já que pelo visto os outros 3 irmãos meio que não dão muita importância para o Evan!

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INCRÍVEL DEMAIS. MEGA ANSIOSO PELO PRÓXIMO.

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Quanta revelação!mas será mesmo que essa história e realmente verdade.Mais uma vez me surpreendendo.

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