Oi pessoal, voltei. É o Cadu novamente! Pois bem, ontem o Dimi ficou responsável pela publicação da quinta parte, mas acho que ele não se deu muito bem, na verdade depende do que vocês acharam, porém acho que ele não está para o lado da escrita mesmo. Hoje falarei subjetivamente sobre o que ele disse ontem e darei continuidade ao conto. Espero que estejam gostando, adoro todos vocês. Beijos!
Continuando...
Eu simplesmente não acreditava, não acreditava que o Dimitri depois de me dizer todas aquelas baboseiras de que queria ficar ao meu lado e depois ter dito que me amava, venho a falar que era apenas um amor de amigo. Aquela doeu, se ele soubesse o que eu realmente sentia por ele não brincaria com meus sentimentos daquele modo. Eu estava esperando algo a mais, depois daquele “Eu te amo Cadu!” eu esperava que ele se declarasse mais, dissesse que não vivia sem mim e eu o diria que sempre fui apaixonado por ele e nos beijaríamos apaixonadamente. Mas não foi nada disso que aconteceu, ele apenas disse que me amava como um amigo e me queria por perto, grandes coisas, disso eu já sabia... Eu o queria como homem, isso ele tinha que saber! Mas como se eu nunca abria a boca. Bem, em meio a tudo aquilo eu fiquei magoado e acabei saindo do seu quarto e indo dormir no quarto de hóspedes mesmo, se ele queria só alguém por perto que ficasse com seu travesseiro ao invés de mim. Não sei muito bem o porquê, acho que foi por que lancei muitas expectativas em cima dele e a paixão me cegou aí no momento em que ele disse aquilo eu acabei ficando muito enraivado com ele, não queria nem vê-lo mais em minha frente.
No dia seguinte ao acordar ele vem todo alegre me recepcionar com um café bem gostoso, mas eu não dei muita importância. Tomamos o café e o tempo todo ele me perguntava o que estava acontecendo e o porquê de eu não querer falar com ele, eu tentei mentir, enrolar ele e logo quis sair dali. Disse que ia embora, cansei de Dimitri. Ele vem atrás de mim pedindo para eu ficar, mas eu não queria mais ficar ali, queria ir embora, não o queria ver mais... Até o momento em que ele me pega pelo braço e me puxa para um beijo.
No momento não soube o porquê direito, mas depois entendi. Eu não gostei daquele beijo que ele me deu, por mais que eu desejasse aquilo já há muito tempo, no momento em que ele me beijou não senti nada. Ele nunca tinha beijado um homem e aquele beijo e senti ser forçado, ele estava fazendo aquilo somente para eu ficar e o “perdoar”. Dimitri estava querendo me ganhar na chantagem e eu fiquei mais irritado ainda quando percebi aquilo. O empurrei para longe de mim e dei uma tapa em sua cara.
Ele me olhava assustado e eu de certo modo estava com nojo dele, não queria nem o ver pintado de ouro.
-Cadu... Você me bateu! –falava ele com a mão no rosto.
-E você mereceu, nunca mais faça isso! Aliás, você não vai mais ter oportunidade de fazer, nunca mais quero olhar na sua cara Dimitri. –falei muito magoado com ele.
-Cadu, me desculpa. Mas não vá embora assim, as coisas não estão explicadas entre nós. Não detone a nossa amizade de tanto tempo.
-Dimi... Esquece-me por um tempo, me dá uma oportunidade para pensar. Eu estou confuso! –falei.
-Confuso pelo que Cadu, me explique! –falava ele ingenuamente.
-Basta você perceber seu bobo, pare e pense. –e fui.
Sai bem de presa, não queria que ele me alcançasse. Eu realmente queria o Dimitri, queria o amor dele, mas não aquele amor que ele queria me dar, um amor de amigo e de irmão, queria algo a mais. Queria ele, desejava ele... Como um dia eu desejei o Rick. E o Rick, como ele estava fazendo falta em minha vida, por esse e outros motivos é que eu odiava a Cheryl, queria que ela desaparecesse, sumisse para longe e aí eu me encheria o peito de coragem e falaria para o Rick tudo que eu sempre esperei dele, meu irmão lindo. Eu estava muito abalado naquela hora, então resolvi ir fazer uma visita para o Rick.
Chegando a casa dele o encontro no telefone e com uma lista em mãos, fiquei curioso para saber o que estava acontecendo, mas naquele momento eu só queria um pouco da sua atenção. Logo ele percebe minha presença e poucos segundos depois para de falar ao telefone.
-Oi Cadu, bom dia! –falava ele vindo ao meu encontro.
Não disse nada, apenas comecei a chorar e o abracei forte.
-Rick... –e chorei em seu ombro.
Ele não disse nada, nem perguntou nada, apenas me embrulhou em seus braços e me deu o carinho de irmão que eu tanto estava com saudades. Naquele momento me senti seguro, protegido, ele me acalmava e ao mesmo tempo me dava forças.
-Cadu, se você está sofrendo por paixão, que é o que me parece, pense em uma coisa: Quem realmente te merecer, nunca fará você chorar! Então jamais chore por alguém meu irmão. –falava ele acariciando meus cabelos.
-Rick, eu sinto tanta a sua falta. Sinto falta do seu carinho, da sua presença, das suas palavras de conforto e do seu amor. –e chorei mais ainda.
-Cadu, depois de tanto tempo você me fala disso. Agora você já está crescido, tem um emprego que por mais que não seja o que você mais goste lhe dá uma remuneração legal. E eu também tenho meu emprego, meus compromissos e outras pessoas agora na minha vida. Nós dois estamos em outra realidade agora Cadu, não somos mais aqueles irmãozinhos que se adoravam quando adolescentes e que tinham o tempo todo para se vir e ficarem juntos. Eu ainda te adoro muito e sempre que você precisar eu poderei te ajudar se estiver ao meu alcance. Você tem suas dores e eu tenho minhas preocupações. Como agora, por exemplo, os preparativos da festa.
-Que festa? -indaguei confuso.
-A minha festa de casamento Cadu.
-Casamento? Ah, não Rick! Você não pode fazer isso comigo! –falei desesperado.
E agora? O que eu fazia?
Continua...
