Tentei não pensar muito e então peguei minha bicicleta e fui direto pra casa do Mark entregar o celular. Ao chegar na frente de sua casa, vejo o que não esperava ver: havia realmente um cara na frente de sua casa. Era um cara muito bonito, branco, loiro, cabelo cortado baixinho estilo militar, alto, usava um óculos ray-ban preto e estava em um corolla preto. O Mark estava na janela só com um short azul de futebol.
Parei em sua frente e sua expressão era de surpresa.
- Marcelo? - ele perguntou.
- Você esqueceu o celular e eu vim deixar - falei.
- Nossa mano, valeu! Quer entrar? - ele perguntou.
- Não, não quero atrapalhar - peguei a bicicleta e saí em disparada em direção a minha casa. O Mark me ligou algumas vezes mas eu não atendi, era melhor assim. Aquilo tinha sido a prova que eu estava realmente gostando dele e ele não poderia corresponder. Cheguei em casa e meus irmãos estavam jogando vídeo game na sala. O tempo de chuva começava a pairar sobre nossa casa.
- Senta ai, Marcelo, bora jogar uma partida pra eu te dar uma surra, como nos velhos tempos - Ricardo ria. Eu não tava com o menor ânimo pra jogar vídeo game mas, conhecendo bem meu irmão, ele não iria desistir até me ganhar. Começamos a jogar e eu deixei ele ganhar, já que se eu ganhasse ele iria querer revanche.
Após terminarmos de jogar, fomos almoçar uma deliciosa lasanha e então eu fui dormir. Acordei por volta das 8 com a minha mãe me chamando pra ir no cinema e então eu fui, já que seria uma boa pra me distrair. Fomos ao cinema e depois a um restaurante. Por volta das 23 fui pra casa. Mal cheguei e já fui dormir.
Acordei no dia seguinte com uma puta dor de cabeça, tava estressado, não tinha dormido bem e tudo que eu não precisava era ter três aulas de matemática numa segunda feira. Tentei fingir uma dor de barriga mas não colou, ter mãe médica é ruim demais.
Ao chegar na escola sentei-me na mesa que ficava na frente da mesa do professor. Fazia frio e o quanto mais longe do ar condicionado eu ficasse, melhor. A última coisa que eu queria era pegar um resfriado. O Lucas sentou-se ao meu lado e então o Mark chegou. Era comum ele sentar na mesa atrás da minha, mas dessa vez ele sentou do outro lado da sala. Não me importei muito.
As três aulas de matemática pareciam que não iriam passar nunca. Tudo que eu queria era estar em casa, e quando eu digo em casa, digo na minha cidade natal, junto com meus amigos. Não que a amizade do Lucas e do Mark não contavam, mas era deprimente só ter dois amigos em uma escola. Whatever. As aulas finalmente acabaram e agora era o intervalo. Eu estava saindo da sala com o Lucas quando o Mark me puxou.
- Vai me dizer que palhaçada foi aquela? - ele parecia nervoso.
- Que palhaçada? Só não queria atrapalhar. - respondi, me soltando de seu braço.
- Tu agiu como um estúpido. Eu queria conversar contigo ontem.
- Foda-se, não me importa.
- É, agora eu sei - ele saiu em direção ao outro lado do colégio. O Lucas percebeu o clima tenso e logo veio certificar-se que eu estava bemnão foi nada, eu já disse zilhões de vezes, só tô puto com ele, é isso - falei.
- Sei. Enfim, é assunto de vocês, não vou me meter.
- Só quero que essas outras três aulas passem voando pra eu poder dormir.
- Dormir? Mas hoje começa as aulas extra-curriculares.
Minha cara foi no chão e voltei. Eu tinha me esquecido completamente.
- CARALHO, tinha me esquecido disso... essa escola vai me deixar louco - falei. Lucas apenas riu.
Voltamos pra sala e agora era aula de química. Nada de interessante aconteceu, fora o Mark que parecia me comer com os olhos durante a aula toda. Eu podia ver a raiva em seus olhos, mas procurei me concentrar na aula.
Finalmente o dia letivo tinha terminado e eu fui pra casa. Comi e então voltei pra escola pra aula de natação. Cheguei até a piscina da escola e estranhei o fato de não ter ninguém lá. Alguns minutos o Lucas também chegou, tendo o mesmo espanto que eu. Alguns minuto depois chega o treinador, um homem de aparentemente 39 anos, alto, bom porte físico e completamente liso, sem nenhum pelo.
- Mais uma vez, só dois alunos inscritos nas aulas de natação... vocês devem ser Lucas e Marcelo, certo? - perguntou o professor de voz grossa.
- Sim, somos nós. - Lucas respondeu.
O professor começou a dizer o objetivo das aulas, que iriamos participar de campeonatos e etc. Eu já estava acostumado com aquilo, só estava um pouco fora de forma, mas logo estaria pronto.
- Ah, tem mais dois alunos inscritos, eles fazem essa aula desde o ano passado e com eles chegamos nas competições estaduais das escolas particulares... são eles dois vindo ali - o professor apontou em direção a dois moleques que eu preferia não ser quem eu estava vendo.
Bom pessoal, esclarecendo algumas dúvidas do conto passado.
As tags eu coloco do conto inteiro, tipo, conforme eu vou escrevendo o conto eu vou acrescentando as tags. O que acontece é que eu tenho tópicos salvos no bloco de notas dos pontos do conto que eu tenho que chegar, e acabo colocando as tags para que, caso eu perca as anotações, eu saiba me posicionar novamente no conto. Isso significa que traição poderá (ou não) ser um ponto do conto, não que necessariamente vá ocorrer ou que irá ter nesse capítulo.
A respeito do Incesto, bom, poderá não ter sido o pai e sim o irmão, um tio... ninguém sabe, tudo pode acontecer. Também poderá ou não ter sido com o Marcelo, ele só poderia sentir aquilo, enfim, não vou contar porque se não vou dar spoilers.
Sobre o conto, bom, eu espero que ele seja um conto pequeno, por isso estou indo meio que direto ao ponto, sem muita enrolação. Quero que ele tenha no máximo estourando 40 capítulos, mas não significa que não poderá ter mais.
Quero aproveitar a oportunidade e agradecer todos os comentários e todos os votos, é gratificante saber que tem pessoas que param pra ler um pedacinho da sua criatividade em forma de texto, obrigado mesmo (aos que votam, aos que não votam e aos invisíveis também). Espero que estejam gostando!