Demorei pra c@&%$# pra postar pq estava sem net...sendo que não abandonarei até terminar essa história...comentem e teorizem!
Capitulo 06
Aleksandr foi embora para casa com ódio mortal dos lupinos que o atacaram. Precisava avisar ao seu pai de que eram dois, se não for mais de dois. Era preciso muito cuidado. Não eram coites, ou ursos, eram lobisomens. Inacreditável, mas eram lobisomens.
Chegou em casa e pegou seu celular e ligou para o seu melhor amigo. Chamou, chamou...quando ia desligar alguém atendeu.
-Alô, Charlie!-Aleksandr disse ainda com a adrenalina percorrendo seu corpo.
-Não é o Charlie, é a mãe dele. Ele esqueceu o celular em casa.
-Oi, dona Elizabeth. É o Aleksandr.
-Liza, me chame de Liza.
-Você sabe pra onde o Charlie foi?
-Ele saiu com um tal de Drake. Eles foram na lanchonete do Jim.
-Muitíssimo obrigado, dona Eliz...desculpe, Liza.-Quando ia desligar, Elizabeth o chamou.
-Aleksandrovich, querido. Você acha que eu deveria sair mais?
-Vou ser sincero, Liza. A senhora não vive. Trabalha e cuida do Charlie, somente isso que a senhora faz. A senhora mesmo me disse que viver é coisa mais rara do mundo, a maioria das pessoas apenas existem. A senhora tem que viver.
-Oscar Wilde. Você tem razão. Muito obrigada. Tenha uma boa noite.
-Boa noite pra senhora também.
Aleksandr de alguma forma sabia que sua noite não seria nada boa.
Começou a sentir sono. Subiu ao seu quarto, guardou as flechas,pelo menos as que sobraram, no armário, colocou seu arco no lugar, despiu-se e foi tomar banho, de cueca ainda, capotou em cima da cama, desejou que não tivesse pesadelo algum, não naquela noite e dormiu.
Ahhhhhhhhhh!
Gritos agudos de uma mulher eram ouvidos.
Corra, Aleksandrovich.
E Aleksandr começou a correr. Era um lugar escuro, paredes apertadas, teto baixo, estava descalço e sem camisa, apenas de cueca. De repente começou a escutar alguém cantando:
-Corra, corra, corra. Seu coração, do seu peito, irei arrancar. Corra, corra, corra. Não há pra onde escapar.
E, ouvindo essa música na voz de uma mulher, Aleksandr começou a correr bem mais rápido. O medo começou a tomar conta dele. Olhou para trás enquanto corria e viu alguém, um homem alto e de terno e com um cordão luminoso prata com um pingente que parecia as quatro fases da lua sobrepostas. Mas quando tornou a voltar o olhar para o caminho original, se viu na floresta. Tinha deixado aquele lugar horrendo.
Ahhhhhhhhhhhh!
De novo o mesmo grito. Andou em direção ao som, com muito medo, mas foi. Chegando perto, aqueles mesmos lobos atacavam uma mulher indefesa, arrancando-lhe o coração e deformando seu rosto. Quando uma das bestas virou para ele e se aproximou lentamente, voltou a correr.
Ahhhhhhhhhhhh!
Outro grito. Dessa vez foi um homem. Um grito rouco, mas muito alto, pôde ser ouvido por Aleksandr. Temendo mas foi. Sua curiosidade era tamanha. Chegando perto, o mesmo lobo que lhe mordeu e um homem. Gritos desesperados, sangue jorrando para todos os lados, carne sendo arrancada,e...Meus Deuses, uma criança. O lobo foi atrás dessa criança. Aleksandr precisava impedi-lo. Gritou, mas a criança não ouviu. Correu em direção até ela, mas não deu tempo, o lobo chegou primeiro e pulou para cima da criança indefesa.
Triiiiiiiiiiilin....triiiiiiiiiiiilin...triiiiiiiiiiiiilin...triiiii...crásh!
-Eu odeio esse maldito despertador.- Disse com uma raiva inexplicável, depois de ter arrebentado o relógio na parede.
Se levantou e fez as higienes pessoais, tomou banho, vestiu sua camisa manga longa e viu se a mordida estava feia.
-Ué?
A ferida sumiu. Continuou procurando um arranhãozinho, por menor que fosse. Não achou.
-Estranho.
Caminhou até a cama e preparou seu material em cima da cama mesmo. Quando a sua caneta preferida, sim pessoal, Aleksandr é um colecionador de canetas, tinteira e ponta estilo pena, caiu e ao pegar viu ao pé da sua cama algo como uma ponta de uma faca de mais ou menos 6cm no chão, pegou. Analisou. Era uma ponta de uma faca, tinha alguns desenhos incompletos e foi quebrada. Nunca tinha visto uma ponta de faca como aquela. Meteu na mochila junto com a sua caneta e desceu.
Ao descer a escada ouviu duas vozes, a de seu pai e um desconhecido.
-Pai? Quem está aí?- Disse indo para a sala. Viu um cara de 1,89, de olhos roxos.
-Oi, meu filho. Esse é o Lorde Licaón, meu amigo antigo e muito íntimo.
-Olá.-Aleksandr disse esticando o braço.
-Oi.-Licaón disse apertando firmemente a mão de Aleksandr.-Seu filho está muito grande, Cas. Qual a sua idade?- Perguntou dando um sorriso cativante.
-16 anos.- Aleksandr disse meio que encantado por aquele sorriso.
-Ele é um médico, Aleksandr.- Cassius disse quebrando o encanto que sentiu pelo sorriso.- Foi ele que lhe salvou do surto psicótico da sua mãe.
A face de Aleksandr enegreceu. "Onde estará aquela maldita?" Perguntou-se.
-Eu agradeço muito, senhor Licaón.
-Não me agradeça. Foi um prazer salvar uma vida. Bom, agora eu tenho que ir, Cassius. Estou instalado na casa de meu irmão. Talvez você o conheça, Aleksandr. O nome dele é Blake, ele é diretor na escola da cidade.
-O diretor Blake?- Aleksandr ficou sem palavras.
-Ele é mais velho dos que eu. Eu sou o mais novo de três irmãos. Bom já vou, Cas. Tchau, Aleksandr.
-Tchau, senhor Licaón.
-Senhor, não. Lorde Licaón.- Estendeu a mão para Cassius, que apertou e depois para Aleksandr. E saiu.
-Bom meu filho, tenho que ir. Acharam mais um corpo.
-Pai!- Aleksandr chamou seu pai para lhe contar da noite anterior.
-O que foi, meu filho?- Aleksandr abriu a boca para contar, mas seu instinto não deixou. Algo lhe dizia que seu pai sabia mais do que aparentava.
-Tenha um bom dia, pai.
-Obrigado, filho. Até mais tarde.
E saiu. Algo estava estranho em Aleksandr. Ele nunca tinha ligado para seu instinto, mas dessa vez ele falou mais alto. Seu pai escondia algo. E não é qualquer coisa, é algo grande. Bom, agora teria que ir para a escola senão atrasaria.
No meio do caminho, passou em frente a casa do Charlie. Chamou-o. Não veio, depois chamou de novo. Ninguém atendeu.
-Estranho!
Voltou para seu caminho original. Quando estava chegando perto da escola e voltou seu olhar para a nova livraria, escutou a voz daquele homem, Draik e a do Charlie. Foi em direção a origem das vozes. Entrou na livraria e chamou pelo Charlie.
-Charlie? Você está aí?- Escutou mais algumas vozes. Uma voz estranha mas ao mesmo tempo familiar. Entrou mais um pouquinho. Quando chegou ao que parece uma sala viu o Charlie, o Draik e...Meus Deuses. Um adolescente idêntico a ele. Sem nem tirar e nem pôr nada. Idêntico. Aleksandr arregalou os olhos e pela primeira vez na vida xingou em português:
-PUTA MERDA! QUE CARALHO É ESSE!- Todos viraram para ele. O garoto idêntico a ele, deu um sorriso carregado de malícia e disse:
-Nii-san. Olha como você está?! Igual a mim. É claro com algumas diferenças. Tipo, sou mais forte que você! Mas o resto...igual.-Falou o tempo todo com o mesmo sorriso.
-Quem é você?- Aleksandr perguntou ainda incrédulo e muito alterado.
-Você não sabe quem eu sou?- O garoto perguntou. Charlie e Draik só observavam.- Pois me apresentarei, já que o papai não o fez. Meu nome é Alessandros Maximus Abraham O'Brien, eu sou seu irmão gêmeo. Nascemos no mesmo dia, não exatamente no mesmo dia. Você nasceu no dia 24 e eu nasci no dia 25, ambos do mês de maio. Com apenas sete minutos de diferença.
Aleksandr ficou sem palavras. Suspirou profundamente e saiu da livraria andando muito rápido. Foi para a escola. Entrou na escola e pelos corredores, esbarrou em alguém. Era Bradock. Irritado falou:
-Tá cego? Não vê por onde anda, seu inútil.- E saiu às pressas.
Foi para o seu armário e pegou os livros que precisaria para a aula de História e foi direto para a sala. Chegando lá, se sentou e esperou o professor. Logo depois entrou o Charlie e o Alessandros, o estranho que se dizia ser seu irmão. Bradock que já estava na sala viu dois Aleksandrs. Ficou boquiaberto. Cutucou o Aleksandr que estava sentado na sua frente e perguntou:
-Você é o Aleksandr original?-Aleksandr se virou com um olhar assassino e disse calmamente:
-Sou sim. Aquele lá se chama Alessandros, é meu irmão.-Nessa hora o professor entrou. E aula prosseguiu.
É meus amigos leitores, a vida é uma surpresa eterna. Nunca tenha certeza de nada dessa vida, a sabedoria nasce da dúvida. Palavras de Sigmund Freud.
Valeu e até mais ler.