Gente sobre o vídeo que eu falei anteriormente do rapaz de 24 anos que deixou esse lindo presente para a filhinha.
Link do vídeo que mencionei: https://www.youtube.com/watch?v=RBcFerhJq4c#t=336
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Continuando
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Queria que o tempo voltasse, que as coisas fossem como antes, quando eu tinha meus sete anos, e a única preocupação que eu o Ricardo e o Raul tínhamos era de brincar o dia todo, aprontar, e muitas vezes minha tia nos colocava de castigo rs.
Aí quanta saudades dessa época.
Já era final de ano, decidimos fazer a ceia de natal e ano novo em casa mesmo, aquele ano eu poderia me empanturrar de todas as coisas gostosas que minha mãe, a Laura e a Wilma mãe do Iago preparavam a avó do Iago só dando instruções, parecia a Dona Palmirinha dentro da cozinha, dando aulas de culinária para as mulheres.
Com muito sufoco a Dani conseguiu que o Juiz deixasse a Laurinha passar os dias de festa conosco, aquele seria o primeiro Natal e Reveillon que ela passaria junto com uma família, ainda não estava certo que ela seria adotada por nós, mas mesmo assim eu pegue um amor naquela criança que já sentia como se realmente fosso minha filha.
É engraçado, pois quando as pessoas vem pra minha casa, acabam se apaixonando por todos e sempre retornam, se transformam em grandes amigos.
A molecada não apareceu para a festa, eu também com tanta coisa para fazer, nem ia poder dar atenção a todos, a Estela veio com o Mauricio.
Com seus oito meses toda redonda e linda, o Igor nem ia com ela, era engraçado a maneira que ele a encarava com a mãozinha na cintura, meio que desconfiado rs.
Ela não queria de jeito algum saber o sexo, queria que fosse surpresa, se fosse menino seria Luiz Felipe e se fosse menina seu nome seria Ana Clara.
Ela estava com dificuldades para sentar, andar e se cansava muito fácil, mas tudo aquilo a deixava mais linda.
A Vick apareceu com o Enzo para dar um oi, nossa como ele estava ainda mais lindo, loirinho com os cabelinhos encaracolados, parecia um anjinho.
A Helena veio do Rio pra passar quinze dias conosco, o Igor pulava de alegria, o Jorge conheceu a filha do Ricardo e amou a história de uma menina na vida dele, seu único amigo era o Lion, e por isso ele já tinha se encaixado na nossa pequena e louca família.
O Iago já estava muito bem, tinha parado com o cigarro e seu corpo tinha ganhado massa novamente, eu queria ter um irmão gêmeo, só pra ele namorar o Iago.
Ele estava bem, não era mais incomodado ou perseguido pelo pai e irmão, sua mãe aproveitou toda a liberdade para poder sair e fazer as coisas sem medo.
Wilma se tornou outra pessoa, ela saia, fazia compras, se vestia lindamente, se maquiava e aquilo nos deixava muito feliz.
A Laura estava toda feliz com o namorado e padastro do William, o cara fazia questão de deixar claro que ele queria a família completa a Laura o William e a nós todos, um cara muito gente fina, ele era um paizão para nós quatro, com sua idade e experiência de vida, ele adorava nos dar conselhos rs.
Sou formado na faculdade da vida garotos e seu PHD nesse quesito (assim ele nos falava).
Aquele final de ano foi uma coisa mais light, nada de bagunça, só uma ceia recheada de coisas gostosas e muita alegria em família.
Nossa mesa estava cheia, todos os lugares completos e um falatório gostoso, risos e histórias que não acabavam mais.
Em fevereiro nasceu a Clarinha, saudável e toda bonitona, um fôlego que derrubava as paredes dos quartos, o Maurício chorava e me abraçava eu chorei com ele quando vi aquela linda garotinha deitadinha no berçário.
Meu filho ficaria comigo por todo o tempo que fosse necessário, por mim ele moraria com a gente.
Esse tempo que ele ficou conosco nos fez mais presentes na vida dele, o meu filho com dois anos e pouco, tirava o pintinho pra fora e mijava em qualquer lugar rs, até o Marley tinha lugar para fazer as necessidades e o meu filho não.
Ele dormia entre eu e o magrelo.
Tinha noites que ele dormia com a minha mãe e nessas noites eu e o William quebrávamos a cama kkk.
Parecia que o sexo com o William tinha melhorado cada dia que se passava ele ficava melhor com serviço.
Eu não tinha tirado da cabeça a idéia de adoção e por isso a Laurinha ia com freqüência nos visitar, minha mãe fazia toneladas de coisas para que Laura se sentisse confortável conosco, eu tinha medo de rejeição e que ela se sentisse triste se fosse morar conosco, mas aquele era um desejo dela também.
Nós víamos nos olhinhos daquela menininha a felicidade que ela ficava quando chegava em nossa casa.
A Dani estava correndo com os papéis da adoção, mas aquilo ia demorar.
O William e o Iago continuaram com a amizade, não tinha mais ciúmes ou medo, os dois já tinham se acertado, e eu não queria perder o amor do meu grande amor ou a amizade do cara que me ajudou muito.
Ver que os dois estavam se entendendo para mim foi espetacular.
Em março teríamos o carnaval, eu liguei para todos os meninos combinando de irmos para a minha casa de praia.
Consegui reunir toda a molecada para voltarmos a descer a serra e o único que não iria era o Renato, que continuou com a birrinha idiota dele por mim.
(Mas exatamente hoje diaeu descobri o porquê rs)
Minha mãe não me deixou levar o Igor junto conosco, pois seria uma bagunça só de homens e querendo ou não eu não ia conseguir aproveitar se ele estivesse junto, com a minha mania de preocupação.
Eu, o William, o Ricardo, Jorge, Raul, Luiz que foi, mas a namorada foi viajar também, o Carlão que veio de Minas só pra ir com a gente, o Renan e o Iago.
Ia ser um dos melhores carnavais da minha vida.
Eu tinha que reservar um tempo para mim, viajar e esquecer um pouco de todo aquele transtorno de adoção, brigas com as pessoas, preocupação com meu filho, mas ele não era um fardo e sim uma grande alegria na minha vida.
O Igor que recarregava todas as minhas baterias, era ele quem me passava serenidade, me tirava qualquer stress com o sorrisinho que ele tinha, quando colocava as duas mãozinhas na cintura e me perguntava alguma coisa, nossa eu me acabava de tanto orgulho, meu filho lindo!
O Raul tinha a mesma idade que eu e ainda parecia um moleque de doze anos, sempre brincando e enchendo o saco de todo mundo, é uma cara pra cima, tira todo mundo do sério.
No dia 28 de fevereiro nós viajamos para nossa casa na praia, no meu carro foram Eu, o William, e o Iago.
No carro do Raul foram o Luiz , o Carlos e o Renan, enquanto que o Ricardo e o Jorge foram num carro separado, dois frescos rs.
Saímos a noitezinha, pois o Igor estava dormindo e se ele nos visse saindo, com certeza ia pular no meio da rapaziada, e ninguém o tiraria de lá de dentro rs.
Fiquei preocupado com ele, mas teria três vós e um avô para cuidar dele, seria mimado o tempo todo, e eu precisava de um tempo para curtir com aqueles caras que faziam grande parte da minha vida, meus amigos, irmãos e cúmplices, nunca me abandonaram e por isso eu os queria sempre por perto.
Chegamos a casa, todos foram se acomodar era madrugada e por isso decidimos descansar já que no outro dia a bagunça estaria nos esperando nas areias, no calçadão e nas águas do mar.
Continua
