O mês que se passou fugia de Manuella durante o campus da faculdade. Sabia que quando estivesse frente a frente com ela seria impossível esconder o turbilhão de emoções que me afligiam. Mas o encontro era esperado e aconteceu.
Outro sexta rotineira onde escondia-me de Manu, desviava o olhar, mudava caminhos, andava em outras direções, durante minha caminhada de um prédio a outro. Encontro-me com dois colegas que me convidam a uma festa naquela noite e mesmo sem muito animo aceito, a vontade de espairecer é maior.
Já de noite arrumo-me, vestido, salto, maquiagem marcando os olhos. Pouco depois do horário marcado pego um táxi e chego ao meu destino. O lugar iluminado apenas por luzes de boate esta lotado e musica eletrônica toca as alturas. Encontro meus colegas no bar que me pagam bebidas onde jogamos conversa fora comentando sobre as "gatinhas" do lugar. Inconscientemente Manu vem a minha mente e rapidamente a expulso, naquela noite não deixaria-me abalar.
Em meio aos corpos dançando noto uma ruiva com o olhar fixo ao meu, dançando provocativamente. Suas intenções estão claras. Ela rebola e morde os lábios, sem ao menos cogitar desviar os olhos. Ergue o braço então e faz um gesto com o dedo indicador, me chamando até ela. Tento agir por impulso e ando em sua direção. Quando estou a um palmo de distância a ruiva cola seu corpo ao meu, passando seus braços por meu pescoço e rebolando. Seguro em sua cintura e aproximo meu rosto do seu, como se fosse beijar e afasto, repito o gesto e ficamos nesse jogo. Eu prolongando a decisão de beija-la ou não, pois não queria admitir, mas se a beijasse teria a certeza de ter perdido Manuella para sempre. Estou para lhe dar o beijo quando mãos agarram-lhe o cabelo e a puxa para longe de mim.
- Larga dela agora.
Vejo espantada uma Manuella raivosa gritando para a menina. Ela então se vira para minha direção com os olhos faiscando e ao invés de gritar comigo, faz pior, diz com toda calma do mundo: Precisamos conversar.
Viro as costas e vou o mais rápido possível com um salto 15 para a saída. Não preciso olhar para saber que ela tentar abrir caminho entre a multidão ate mim. Vejo um taxi prestes a sair e entro rapidamente no banco traseiro, assustando o motorista. Digo o endereço de meu apartamento. Assim que o carro arranca vejo uma Manu parada na calçada me seguindo com o olhar.
Entro na minha residência fora de mim. Lágrimas escorrem de meus olhos. Todos sentimentos sufocados me invadem, minha resignação pelo seu noivado, o sentimento de ter sido traída, o sentimento de posse que mesmo após semanas ainda sinto por ela. Estou sentada na pequena poltrona com o rosto entre as mãos quando a porta se abre com força. La esta ela, parada me queimando com os olhos, dou-me conta entao de não ter trancado a porta. Levanto e vou em sua direção.
- Você não tem o direito de entrar em casa. - quase grito quando paro frente a frente a ela.
- Você não tem o direito de agarrar qualquer uma na festa. - no mesmo tom e altura de voz
- Você não tem o direito de reclamar sobre isso.
Cada frase dita nossos rostos mais próximos.
- Você não tem o direito de me afastar depois de tudo que passamos.
- E você não tem o direito de dizer sim ao Matheus quando sou eu que te amo. - grito por fim.
Num movimento brusco nos aproximamos e acabamos com os últimos mililitros que nos afastava. Sua boca recebe a minha com fervor e nos beijamos numa intensidade nunca antes alcançada. Suas mãos rapidamente tiram meu vestido e as minhas o seu, ficamos apenas de lingerie. Nossos beijos ininterruptos, nossos toque por todo o corpo. Ela empurra-me ate a parede mais próxima e enquanto aperta minha bunda beija-me o pescoço, chupa e morde, minhas unhas arranham-lhe as costas. Manu tira meu sutiã e sua boca gélida toca em meu seio quente me causando arrepios, chupa-me com maestria, delimitando as aureolas com a língua, brincando com a ponta de sua língua o bico duro de meu seio, leves mordidas, sem interromper a massagem e apertos no seio livre. Sua coxa pressionada na minha intimidade úmida. Suas mãos descem para minhas nádegas e, enquanto sua boca excita-me, comanda meu rebolado, friccionando meu clitóris, mesmo com o tecido, em sua perna. Meu gozo vem entre altos gemidos e respiração pesada. Sua boca encontra a minha e nos beijamos com vontade, longe de estarmos saciadas. Direciono minha boca ao pé do seu ouvido: Que saudade dessa mulher linda e gostosa que você é.
Vejo sua nuca arrepiar e giro meu corpo, prendendo o dela na parede. Tiro todas as peças que nos atrapalha, deixando-nos sua. Encontro nossos corpos que vibram um ao encontro do outro. Enquanto beijo-lhe a boca a guio ate a cama onde a empurro logo deitando-me por cima. Meus beijos descem de sua boca ao pescoço onde chupo, fazendo-a gemer alto e segurar forte meu cabelo. Desço ate seus lindos seios e retribuo o show que ganhei, sinto a rigidez de seus bicos em minha boca, chupo-os e após assopro, arrepiando seu corpo, assim que sua respiração fica entrecortada desço mais chegando em seu sexo. Minha língua sobe e desce por toda extensão ate que direciono minha atenção para um único ponto, seu clitóris. Sua pelves sobe em direção a minha boca incentivando-me a continuar. Seus gemidos se elevam e o som fica gutural, primitivo e cheio de prazer. Minha mãos apalmam seus pernas com força, ate que sinto seu liquido escorrer pela minha boca. O corpo de Manu treme em pequenas contrações. Beijo-lhe e sou prontamente correspondida. Sem que ela espere introduzo dois dedos em sua intimidade, atenta ao fato de seu prazer com penetração. Giro-os dentro dela e faço movimentos lentos, torturantes, enquanto minha língua dança com a sua no mesmo ritmo. Logo Manuella toma comando e me guia numa dança mais agitada, acompanho-a prontamente nos beijos e dedos. Nosso bailar chega ao fim, junto com o início de seu orgasmo. Deito-me desfalecida ao seu lado e observo-a respirar difícil e pesado enquanto se recupera.