Anjel estava se sentindo feliz, depois de tantas coisas, de tanta revelação e sentimento de revolta guardado em seu peito, ela estava se sentindo em paz e não sabia o porque dessa sensação mas sabia que era real, que ela estava vivendo aquilo e que iria durar.
-que foi meu anjinho? pensando na vida?
anjel voltou a sua realidade, olhou para Jully e deu o mais belo e largo sorriso que podia ter sido dado por alguém nessa vida, só o mais puro sorriso de uma criança poderia ser comparado.
-estou só recapitulando minha jornada.
Jully pegou - a pela cintura,deu um beijo de leve em seu pescoço e disse olhando para o chão.
-gostaria que você esquecesse tudo isso, ao menos por essa noite e viva esse momento comigo a lua está tão linda refletida em seus olhos que Seria um desperdício tirar esse brilho com preocupação.
anjel a olhou, e ficou toda boba.
-que foi?
sorrindo
-você nunca falou assim comigo, só me zoava, apelidava essas coisas. Não tô acostumada com esse tratamento.
pegando um cigarro oferecido por Paulo, Jully agradeceu a ele e se virou a anjel.
-eu não trato meus amigos assim, com tanta delicadeza, e você era só uma amiga, agora como minha namorada, te dedico o mais bonito gesto que posso dedicar. e será assim até você enjoar.
e pode ser acostumar pois é só o começo, ainda mais agora que posso ter um cunhado.
ela abraçou o Paulo de lado pelo ombro e ele se sentiu muito bem com essas palavras, ele há muito no se via como um igual em comparado comuma pessoa do fetil de jully.
ele se chegou mais perto e falou para anjel.
-você é uma parada - em meio de sorrisos - só você pra fazer isso.
ela não entendeu.
-se fosse outro tipo de pessoa, iria me ignorar só pra não passar algum tipo de vergonha na frente da parceira ali - olhou para Jully e ela retribuiu o gesto - que me tratou como gente, nem se importou com as minhas roupas.
ele estava sendo sincero.
-que milagre, você não chamou ela de patrícia.
-ela é parceira, não é dessa laia.
a noite continuou alegre e cheia de sorrisos.
Paulo foi deixado em um kit net em um bairro de periferia, antes dele descer ele virou para anjel.
-obrigado por ser a mesma, e amanhã passa aqui que tenho algo pra temostrar.
anjel era curiosa demais.
- diz logo mano, não sei ficar tranquila se não souber o que é que você quer me mostrar.
Paulo se fez de duro com ela.
-sossega o facho, só vai saber quando for a hora, e tenho uma novidade sobre nossos pais.
anjel se alegrou.
-se for assim, eu espero então.
ele fechou a porta e deu um beijo no rosto dela e se despediu.
-eita que noite.
-É, eu estou até agora sem o que dizer.
Jully parou o carro na entrada da casa de anjel e se virou para ela.
-olhe, eu posso manerar com você, não quero te deixar sem graça nem nada.
A cada palavra, a cada gesto anjel percebia sinceridade.
-você vai comigo?
-se voce quiser, eu vou sim.
-Quero contratar um advogado para tratar o assunto dos meus pais.
-tenho alguns conhecidos que podem ajudar.
-sério? pode fazer isso por mim?
-claro, eu não te disse que minha meta é te fazer feliz?
anjel ficou radiante com a resposta
- você não existe.
-passei a existir hoje, quando você aceitou ser minha namorada.
(desculpa gente parece muito clichê, mas esse tipo de coisa é algo que já aconteceu comigo, tipo, ficar com uma garota que todo tempo diz coisas bonitas de amor)
-tenho que entrar.
-ok.
Elas se beijam e anjel desce do carro, e o interessante é que ela não sabe se acena, se vai direto para a porta, se só olha pra Jully indo embora ou só fica parada até o carro sumir na noite.
Jully sai do carro, dá a volta e fica defrente com anjel.
-eu esqueci de uma coisa.
anjel a olhou esperando o que se tratava, Jully pegou um pequeno embrulho que ela tinha no bolso.
anjel pegou e ao abrir notou que era um celular.
-você não devia ter feito isso.
tentou entregar de volta, mas Jully com dois dedos empurrou a mãos da anjel.
-É para você , assim eu poderei falar com você, tomei liberdade para colocar meu número na agenda. aceite é de coração, eu resolvi te dar para que um dia você lembre e diga que ue te dei seu primeiro celular, mas se não quiser falar, tudo bem mas eu sempre saberei disse
-obrigada
ela foi novamente puxada pela cidade cintura e a beija, assim a noite terminou como sonho.
Jully votou paro carro, mandou um último Beijo pelo ar e seguiu em frente.
anjel entrou em casa com todo cuidado é ela ouviu uma voz no meio da escuridão.
-onde você estava?
anjel ligou a luz e ficou sem entender a pergunta.
-eu estava com a Jully, não sabe?
-eu sei é que eu vi isso em um filme.e achei bacana, sempre queria fazer igual
-você é meio doida.
-me conta como foi?
-ela me pediu em namoro.
-deixa eu advinha, você aceitou.
-como sabe.
-voce tá feliz.
anjel corou o rosto.
-está tão evidente assim?
Angel afirma com um gesto com a cabeça.
anjel se senta envergonhada em um sofá mais à frente.
-vou te contar tudo e me diz o que você acha.-quem deve achar algo é você é não eu.
anjel deu um suspiro
-mas eu quero te contar.
-conta enjôo, não sabe ficar sem falar nada mesmo..
anjel ficou acanhada
-desculpa por isso, eu quero ouvir sim, conta que eu quero ouvir.
ela sorrio novamente e começou a contar sobre tudo, o pedido de namoro, o encontro com o irmão, a festa o lugar onde o irmão tá morando.
e da novidade que o irmão disse que ia contar de seus pais.
-nossa! foi uma noite bem movimentada.
-foi, e gostaria que você viesse também.
Angel não entendeu muito a atitude da irmã.
-mas porque se o assunto diz respeito a você e a menina dos carrosvai te acompanhar.
-menina dos carros?
-você não sabe o que a família dela faz?
anjel pensou.
-sei que o tio dela tem um lava jato lá no centro.
- eles trabalham com carros, uma parte investe em posto de gasolina outra em lava rápido, tem a parte que é a do pai del a que tem um concessionária e um poucos possuem loja de peças de carro.
-como você sabe tanto?
-passou uma reportagem sobre eles, no canal de investimentos falando sobre sociedade entre família.
anjel ficou pasma com isso, na verdade ela ficava surpresa com pouco esforço.
-olha pra mim, en falar em investimentos, investe nela. Se ela está te valorizando desde antes quando você não tinha nada, é por que o que ela sente é verdadeiro,E o melhor de tudo, ano que vem já posso comprar meu carro com um grande desconto.
anjel empurrou a irmã para o lado oposto , simulando estar com raiva.
-deixa de ser besta.
Angel só fazia rir.
-ai! que coisa. anjel tudo na vida à os ditos favores. acha que rico compra tudo à vista?
-agora que você falou isso......Não sei dizer, eu achava que sim.
-veja bem, sempre se vê gente que ficou falido ver suas coisas sendo levadas pelo banco. É por que é tudo financiado e quando não se tem como pagar o banco leva tudo sem dó
- e por que isso, se eles possuem tanta coisas?
-é pra querer ter mais. E eu que não quero ser boba nem nada, vou lutar pra conseguir tudo do modo tradicional, comprando à vista ou parcelando dependendo do valor epagar até o final.
-sabe fico pensando, é verdade que dizem, o que tem menos honra mais suas responsabilidades, mais o que tem mais sempre dá um jeito de pular por cima.
anjel pensou em todos os políticos que dizem que não tem verba para melhorar tudo que precisa e do nada acha bilhões para construir estádios que nem valem esse preço por serem de baixa qualidade e muito cheio de falhas .
-queria que um diz tudo mudasse.
Angel pegou na mão da irmã e pousou a outra mãos em seu ombro, olhou bem para seu rosto.
-mas um dia isso muda, só está acontecendo para aprendermos a usar a cabeça....