Depois disso eu e o Mark começamos um tipo de amizade, mas com benefícios. Na verdade, nós éramos namorados, mas nenhum de nós havia feito o pedido, e isso de fato era bom. Nada de interessante aconteceu por um bom período de tempo. A CDEP (Competição das Escolas Particulares) havia sido um sucesso e nossa escola voltou a ganhar depois de 11 anos. Por ser do time de esportes do colégio, ganhei notoriedade. Não só eu como o Lucas, o Pedro e o Mark.
Por falar em Pedro, o namoro dele com a irmã do Mark ia de vento em poupa. Um dia fui em um jantar na casa do Mark junto com o Pedro e ele nos apresentou a toda sua família. Ele tinha duas irmãs mais velhas, a Luíza - que namorava com o Pedro -, ela tinha uns 18 anos, cursava medicina e era calma assim como o irmão. Sua outra irmã era a Karla, ela era mais louca, ela fazia faculdade de Espanhol mas acabou trancando pra ser policial. Ela tinha por volta de 24 anos, gordinha e muito festeira. Sua mãe é a Michelle, dona de uma agência de turismo, quase não para em casa já que vive viajando pros quatro cantos do Brasil e do mundo. Nesse dia ela me contou como foi o dia do nascimento do Mark, ela tava trabalhando e deu a luz dentro da própria agência e depois de ter dado a luz, ela mesmo foi dirigindo até a maternidade... louca? Acho que não.
Como eu vinha dizendo, eu e o Mark mantínhamos um relacionamento meio que aberto. Não que nós ficássemos com outras pessoas, mas eramos amigos com "benefícios".
Uma vez eu e ele estávamos nos beijando no quarto e o Caleb entra no quarto e vê aquela cena.
- Que putaria é essa aqui? - ele perguntou.
Eu não sabia onde enfiar a cara. Ele ficou mais constrangido que eu e tudo que o Mark sabia fazer era rir.
- Caleb, entra aqui. - Mark o chamou.
- Olha, seja lá o que for eu não quero saber o que é.
- Porra, Caleb... olha, eu e teu irmão a gente tá tendo um rolo ha algum tempo, e tu sabe que eu sei aquelas coisas tuas lá, então acho bom tu não abrir o bico pra falar disso pra ninguém - o Mark ria.
- Aff, não vou falar. Mas sério, mais cuidado da próxima vez, vocês deram sorte que fui eu quem abri a porta - meu irmão saia do quarto.
- Sim, seu Mark, que história é essa de "eu sei aquelas coisas tuas?" - perguntei, levantando da cama.
- Você sabe, né, eu sou mais legal que você, e seu irmão me conta as coisas... - ele colocava a camisa.
- Ah é? Beleza - comecei uma chantagem.
- Beleza. - ele veio até mim e me beijou. Eu rapidamente tranquei a porta e nós começamos a nos pegar. Ele começou a passar as unhas pelas minhas costas e a tirar minha camisa. Em seguida eu podia sentir seu membro duro em minha bunda, já que eu estava sentado nele. As coisas foram ficando quentes, ambos já estávamos só de cueca.
- Calma, Mark - ele beijava meu pescoço e eu suava gelado. Flashs novamente voltavam a vir em minha mente e o que era prazer acabou virando dor. Eu me emborquei na cama e comecei a chorar.
- Marcelo, o que foi? Te machuquei - Mark me abraçou.
- Não, eu não sei o que aconteceu - eu chorava. Não me deixa aqui sozinho - pedi.
Ele prontamente deitou e repousou meu ombro sobre seu peito malhado.
- Calma, eu to aqui, calma.... - ele fazia cafunés em minha cabeça até eu dormir.
Depois desse dia eu passei a ter muitos pesadelos, exceto quando o Mark estava comigo.
No mês seguinte era Junho, o mês do meu aniversário. Finalmente iria completar os tão sonhados 18 anos. Nesse dia, acordei com todos ao meu redor. Mark, Rodrigo, Caleb, minha mãe e o Kleber. Foi num tanto constrangedor, já que tenho costume de dormir de cueca. Mas enfim, todos estavam na ponta da minha cama com um bolo e cantando parabéns. Minha mãe foi tirar a minha primeira foto de 18 anos e a minha cara era a pior possível: cabelo bagunçado, só de cueca, com aparelho móvel na boca e cheio de baba e remela no rosto.
Depois disso, na escola, o pessoal do time (não só o de natação como de todas as modalidades esportivas) fizeram um bolinho e levaram salgados e refrigerantes. Eu estava feliz, já que era a primeira vez que eu recebia uma festa surpresa.
Na hora do almoço o Mark me levou num restaurante super caro daqui da cidade. Teria sido tudo lindo se:
1- eu não estivesse com o uniforme do colégio.
2- o prato que ele pediu fosse feito de ovo. Sim, minha gente, eu sou alérgico a ovo. Fui parar no hospital e minha mãe nos deu um belo de um carão, mas enfim, presente de aniversário.
Quando chegamos em casa todos fizeram um jantar (dessa vez sem ovo rs) e o Mark infelizmente não pode vir já que ele a mãe dele pediu pra ele ajudar lá na agência.
- Filho, bom, o Kleber e eu temos uma coisa pra lhe falar - minha mãe estava sorridente.
- Vish, lá vem bomba - Caleb disse.
- Cala a boca, Caleb. - minha mãe brincou. - Kleber, você fala - minha mãe ordenou.
- Então, mau mau (sim, esse era meu apelido), como você tem se comportado excelentemente bem, tem boas notas e tem se mostrado muito responsável, sem contar com o incidente de hoje, - todos riram - eu vou cumprir com a sua promessa e a partir do fim do ano aquele apartamento que eu lhe prometi é seu!
Nesse momento juro que me sentia o cara mais feliz do mundo. Eu finalmente iria conquistar a minha tão sonhada independência. Logo liguei pro Mark pra dizer e o convidei pra morar comigo, já que ambos iriamos estudar na mesma universidade e ele logo disse que iria, com certeza. Depois de algum tempo eu fiquei pensando se seria uma boa morar com o Mark, mas enfim, quem liga. Falei com a minha mãe sobre e ela respondeu que era uma boa ter duas pessoas dividindo as contas, que não ficaria muito pesado e blá blá blá. A mãe do Mark também achou sensacional.
Mal sabia eu que esse seria o menor dos meus problemas....
Eae gente, novamente me desculpem pelo meu atraso nas postagens, fiz o capítulo um pouquinho diferente (o próximo capítulo será do mesmo jeito). Espero que gostem! Obrigado a todas as notas, comentários e sugestões. Um abraço.
