O FRUTO Cap. 09
::::::::::::::::::::::::::::::::::: VERSÃO DO DANIEL:::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::
Tédio.
Era o que eu sentia ao ver aquela cena patética. Como Matheo era infantil! Ao invés de admitir que esteja completamente apaixonado pelo David, ele parecia declinado a negar isso, mesmo sendo tão obvio. Não que eu me importasse, mas se ele admitisse, seria tão mais fácil...
“Na primeira chance, tomo ele para mim” Pensei
Meu pai ficaria orgulhoso. Ele me pediu (obrigou na verdade) a me manter sempre por perto dos meus primos. “Não é certo que eles fiquem com tudo para eles” “Eles sempre tem o melhor” Meu pai sempre falava isso... A minha missão era tomar os “Dons do fruto” para mim e minha família.
Meu pai. Klaus Montyen era um homem orgulhoso. Ele nunca superou a dupla derrota que sofreu para o tio Allan... Há muitos anos eles tiveram uma disputa e meu pai perdeu o direito de comandar as famílias e a mão da tia Soraia. Meu pai casou-se com a irmã dela, Alana minha mãe. Ele nunca escondeu que aquele foi o pior golpe sofreu em sua vida. Agora mais de trinta anos depois, eu poderia vingar meu pai.
Não que eu quisesse o “fruto” Pelo contrario, eu odiava a idéia de ter que ficar com um garoto o resto da minha vida. Mas precisava no mínimo consumar a minha união com ele, depois disso eu poderia levar a vida que eu quisesse nada seria negado para mim. Esse humano que se contente com um quartinho, pois era onde ele passaria o resto dos seus dias.
:::::::::::::::::::::::::VERSÃO DO DAVID::::::::::::::::::::::::::::::::::
Eu não sabia o que fazer! Esse novo Matheus é completamente possessivo, me arrastou para longe do Matheo. Eu não consegui nem agradecê-lo por me ajudar na loja.
– Math- (assim que eu o chamo) Por que você fez isso?- Falei enquanto ele me puxava pelo shopping, fomos para a praça de alimentação.
Se ele ouviu minha pergunta, me ignorou... Já estava começando a me irritar. Puxei minha mão de uma vez e parei com aquilo
- Dá pra parar? Quem ver essa cena pensa que eu sou um garotinho de cinco anos- Falei com um pouco de magoa na voz “Será que estou com raiva, só por que ele me afastou do marrento do Matheo?” Pensei.
Matheus parou e suspirou alto, virou e vi lagrimas em seus olhos.
Math: - Será que você nunca percebeu mesmo? – sua voz estava embargada
Eu: - Percebi o que? Por favor, Matheus, me fala!- minha voz já tinha subido algumas notas a essa altura.
Math: - Que eu sempre fui louco por você seu idiota!-
Matheus veio em minha direção e me pegou pela cintura me beijou com força sem ao menos me deixar pensar em algo. No começo fiquei sem ação alguma, mais quando despertei da surpresa inicial, correspondi...
O beijo do Matheus era calmo e suave.
Continuei com o beijo quando fui atravessado por um sentimento de culpa “Ele não vai gostar de saber disso.” Matheo, me veio na cabeça. O seu sorriso, seus lábios, aquele peitoral, era como se algo dentro de mim me obrigasse a lembrar dele, de senti-lo ali e me fazer sentir também. Afastei-me e interrompi o beijo, não que eu não quisesse beijar-lo, mas algo dentro de mim me dividia me mandava escolher logo...
O olhar de Matheus era de pura alegria.
Math: - Eu sempre fui louco por você, desde a primeira vez que te vi... Até quando nem gostava de meninas – Falou com os olhos brilhando e me fazendo dar um sorriso bobo.
Eu: - Mas como? Você sempre demonstrou ser só meu amigo- Falei
Math: - Eu tinha medo, medo de perder meu melhor amigo, de você me rejeitar. De... –
Partiu pra cima de mim mais uma vez, me beijando com uma fúria enorme.
-Nossa! Fez até calor – Falei tentando ganhar tempo.
Fiquei sem ação alguma! Matheus era como um irmão para mim, eu já tinha até sido apaixonado por ele, mas ele sempre me repelia. Vi-me numa situação trágica, “É David, dessa vez você tem até opções” Pensei, seria até cômico...
Meu melhor amigo apaixonado por mim, quando eu me vi encantado por um garoto completamente errado para mim...
Quando via Matheo, alarmes imaginários tocavam em minha frente, se minha mãe fosse viva, provavelmente mandaria eu me afastar dele correndo “Meu filho, esse menino não é certo para você, ele só vai te fazer sofrer”
Mas fazer o que quando o coração escolhe? E o meu tinha três duvidas
:::::::::::::::::::::::VERSÃO CAIUS:::::::::::::::::::::::::::::::::
Estava sentado em meus aposentos, Allan estava a minha frente, sentado enquanto um empregado nos servia o chá. Ele me fitava enquanto eu refletia sofre uma solução...
Nunca foi fácil ser o líder da família, mas depois da morte da minha esposa parece que o peso de tal cargo se triplicou, agora alem de tudo Ivan resolveu voltar e assumir seu cargo, ele quer a todo custo ser meu antecessor... Sem falar que agora o “fruto” o nosso pilar, que sustenta todo poder dos seres sobrenaturais nasceu um garoto, contrariando tudo. Desde os primórdios, os dons dos sobrenaturais eram guardados em um corpo de uma donzela humana. Até agora pelo menos...
“Ah Sora... Porque você teve que me deixar?” Pensei com pesar.
Minha mulher foi o ultimo “fruto” e, portanto era meu dever cuidar da vida desse garoto. Era uma decisão difícil, o garoto começou a desenvolver habilidades sobrenaturais, o que nunca aconteceu antes... Ate mesmo Sora, que foi a mais poderosa dentre os “pilares” não tinha tais poderes... No Maximo ela podia prever o futuro, mas sempre de forma simples. Mas esse menino não.
Lembrei-me daquela fatídica noite. À noite em que a perdi:
“Era um noite tempestuosa, e estávamos na “arvore mãe”, Sora amava aquela arvore. Ela estava tão fraca... O parto exigiu de mais dela, afinal nosso bebê era um sobrenatural de uma linhagem elevada... Os curandeiros faziam o possível para mantê-la neste mundo, mantê-la comigo!
Mas ela sempre foi teimosa, era seu maior defeito, e o que tinha feito que eu me apaixonasse por ela. Ela tinha escolhido ir, sabia que era chegada à sua hora e que o universo precisava tomar à primeira providencia de uma nova era, para existir um novo “fruto” Ela precisava morrer.
-Prometa que o protegerá Caius – Falou ela com a voz cansada.
- Claro minha vida! - Falei sentando ao lado da cama e pegando uma de suas mãos.
Com a outra mão ela ninava nosso filho
- Qual o nome de daremos ao nosso filho? – Falei tentando fazê-la ficar. Afinal eu precisava dela, e nosso filho também.
- Ivan, dê a ele o nome de meu pai – Falou ela.
- Amor, deixe os curandeiros curá-la, eu te suplico – Falei desesperado quando a vi tossir e cuspir sangue.
-Não Caius, minha historia acaba aqui - Tossiu mais uma vez – Prometa que o protegerá. A vida dele será o mais difícil possível, ele vai ser único vai ter habilidades únicas, seu poder vai ultrapassar o de todos os “pilares” que já existiram – Falou com os olhos já fechados.
- Você está delirando amor, nosso filho não será o “fruto”. Sim ele será poderoso, mas não será o pilar dos sobrenaturais – Falei enquanto afagava sua testa.
-você não entende Caius, ele vai precisar de você. Ele vai ser único, vai ser o mais forte, mas tanto poder vem com tanto peso. Eu tenho pena dele... Tão jovem e destinado a sofrer tanto. Prometa Caius! Prometa que o protegerá. Eu já posso sentir a morte tomando minha alma, mas preciso ouvir isso de você. – Era obvio que ela sofria
-Prometo minha alma, prometo – Falei “
Foi o ultimo dia de vida do “fruto Sora”
Acho que ela já sabia de tudo, teimosa...
Fui tirado desse devaneio quando Allan pigarreou.
-desculpe – Falei olhando para a janela.
Sora amava ver o sol pelas janelas da mansão.
Observei Allan com curiosidade, seus olhos multicores eram de uma azul- turquesa, o que significava preocupação.
“ Algumas lendas narram que somente os guerreiros mais fortes, os que mais se aproximavam dos anjos, somente eles que tinham a capacidade de mudar a cor dos olhos” E conhecendo Allan Digory, eu não duvidava disso”.
- Fale meu velho amigo, fale logo! – Falei enquanto pousava a xícara na mesa a minha frente.
-Na verdade senhor, eu queria pedir. Pedir que você o trouxesse para cá. – Falou olhando nos meus olhos agora amarelos, temendo minha resposta, respirou e prosseguiu – Temo que as defesas dos campos Elíseos não suportem mais.
- Como assim?- Perguntei curioso
- Senhor, o Yasma dele é o maior que já senti, supera ate mesmo o seu. –Falou com uma voz que demonstrava um pouco mais de medo.
Yasma é como se fosse à presença de um ser sobrenatural, quanto mais forte você é mais forte seu yasma. O problema é que não saber controlar isso o tornava um imã de “darcos”.
- Mais como? Ainda faltam mais de quatro luas para sua ascensão. – Falei surpreso
Allan: - É isso que temo senhor, ele tem tanto poder e não saber controlá-lo... –
Caius: - Percebo que não posso mais protelar isso, minha decisão está tomada – Levantei e fui à parede de armas – Eu mesmo me encarrego da missão de trazê-lo para a mansão, peça a Ivan que me auxilie e seus filhos também. – Peguei minha espada e a desembainhei
Amanhã resgataremos o fruto...
Continua...
Gente, mil desculpas pela demora, mas meu note deu pau e estou tendo que usar o computador de casa (ele é quase centenário) Então peço logo desculpas por qualquer erro e/ou engano. sem falar que vou ter que reescrever os capítulos.
mereço ¬¬
Outra coisa alguém sabe que fim levou o “emyryz” ?? PQP seus contos são tão mágicos, pena que inacabados.
finhaaa3: Se acalme kk
RWFG: espero não decepcioná-lo então u-u
r Ru/Ruanito: será? Kkkk
Diamandis Del Rey : eu também, criei três monstros kkkkk
juh#juh: Será2? Kkkk