(A partir daqui a história será narrada pelo mocinho, o David XD) (Mas algumas cenas serão narradas por outros personagens)
No sonho:
A cena era completamente estranha de se ver, para todos os lados que eu me virava só via a mesma coisa. A destruição era enorme, eu estava em um enorme deserto sozinho... O pior não era isso, para todos os lados eu via corpos de pessoas mortas e faltavam todas as cores. Tudo que vi era cinza ou negro. Eu podia sentir a morte naquele lugar. Senti-me tão triste e tão vazio quantos as montanhas de corpos que vi. Aí nesse momento eu o vi. Tão iluminado quanto o próprio sol, tão triste, entretanto e foi quando nossos olhares se cruzaram.
Senti-me tão atraído aquele garoto, como se minha vida dependesse dele pra continuar e de certo modo eu sabia que sim, eu precisava dele e corri. Corri com todas as minhas forças em sua direção. No mesmo momento tudo mudou das montanhas de corpos vieram criaturas estranhas e deformadas começaram a movimentar-se em minha direção, continuei correndo na direção do outro garoto. Faltavam menos de dez metros, nove, oito... Foi aí que senti que o chão mudou, o que era terra tornou-se lama escura e fétida e me puxa pra baixo, cada vez mais. Sentia que não podia continuar quando o garoto movimentou-se. Vi ele estender a mão em minha direção como quem pedisse “vem comigo, segure minha mão” Continuei me arrastando em sua direção e vi... Seus olhos, em um momento tão cinzas como tudo ao nosso redor, em outro tão vermelhos, tão vivos me chamando, me atiçando a ir cada vez mais para perto dele e....
Acordei as cinco e quarenta e cinco da manhã, era segunda feira e as aulas começariam hoje. Levante-me e passei as minhas mãos na cama até achar o maldito celular e fazê-lo calar a “boca” Me senti tão fraco, como se realmente tivesse me arrastado por um campo de lama. –Que besteira!- Falei alto. Fui para o banheiro fiz minha higiene. Voltei para o quarto e terminei de arrumar minhas malas. Sim, minhas malas, já tinha tomado essa decisão, eu iria morar no “Colégio e internato Campos Elíseos” Minha escola desde que me lembro por gente. Passei as férias todas pensando nisso, e depois da ultima discussão com meus tios isso era o melhor. Afinal eu que estava sobrando ali. Minha tia cuidou de mim por dezesseis anos, mas agora grávida do seu filho, seu verdadeiro filho, não tinha mais tempo para mim.
Lembrei da discussão dele s que ouvi ontem:
Tia Solange; - Não acho certo Arnaldo!
Tio Arnaldo; - Não podemos mais criá-lo amor, você quer mesmo criar uma criança perto do David?
Tia Solange; - Mas ele é meu sobrinho e um ótimo garoto. Não aceito que ele vá morar numa escola, ele tem uma família, a gente...
Tio Arnaldo; - entenda Solange, o David é muito problemático, não quero meu filho perto dele. Já imaginou se nosso bebê desenvolver o mesmo problema que ele- Falou ele apontando na direção da porta. E eu em silencio ouvia tudo. Fingia que estava dormindo. Afinal ele estava certo, eu que era o problema.
Desde muito jovem sempre fui assim, eu via coisas, escutava vozes. Era empurrado por nada, caia me machucava, tinha meus cabelos puxados e arrancados por essas criaturas que somente eu era capaz de ver. Então aos sete anos de idade fui diagnosticado com esquizofrenia. Ou seja, eu era louco.
Limpei as lágrimas e tomei café com meus tios, eu já tinha decidido! Não trairia mais problemas a eles, eu os amava, não era certo ficar ali e atrapalhá-los com meus problemas. Fiquei em silencio todo o café, pensando em como seria viver nos “Elíseos” Afinal sempre tive uma “família” as seis de quinze já estava pronto e esperando o carro que viera buscar-me. Tentei a todo custo não chorar, não daria esse prazer a meu tio. Mas quando o carro chegou eu já estava com o rosto lavado de lágrimas (Sou uma Maria chorona, assumo! Kk) Minha tia me deu um abraço forte enquanto me enchia de informações. –você esta levando tudo? Já decorou o meu numero? Ligue-me qualquer hora! Não deixe de tomar os “M&M´S” (Os calmantes e os antipsicóticos) Me ligue qualquer coisa!- apertei a mão do meu tio e fui em direção a minha escola.
Cheguei à escola e fui para o meu chalé. Sim chalé o “Colégio e internato campos Elíseos” era uma das maiores e melhores escolas do mundo e para os alunos que ficariam em tempo integra l, eram dados chalés. Que na verdade eram pequenos apartamentos. Sai da zona azul (chalés dos meninos) e caminhei em direção a escola (cerca de meio quilômetro de distancia)
Cheguei e fui em direção do pavilhão do ensino médio, eu tinha orgulho de mim, afinal tinha dezesseis anos e já estava no terceiro ano. Andei em direção dos armários quando vi a Marcelle e o Matheus juntos e brigando! –Oi “- Falei. Matheus estava como sempre com um jeans largado e uma camisa que caberia fácil, fácil dois dele dentro dela. Marcelle estava com uma calça skinny escura e uma camisa escrita “Coma-me loucamente” Olhei para eles antes de falar algo –Oh celle, você não acha essa camisa meio depravada não?- Perguntei com um sorriso. Marcelle respondeu com uma forma super cômica – desse ano não passa! Cansei de ser virgem! Esse vou dar até as portas dos fundos- Caímos os três na gargalhada enquanto íamos para a sala. Eu como sempre o mais distraído, tinha esquecido o livro de historia no armário, voltei e o peguei estava voltando sozinho quando senti uma presença estranha, olhei para trás e vi uma sombra atrás de mim, pensei em gritar por ajuda, mas lembre-me do meu tio, do que ele tinha falado. Que eu era louco e que não me queria perto do seu bebê –Não dessa vez! Não vou ver o menino fraco e louco. Nunca mais- Falei pra mim mesmo. Respirei fundo e continuei a andar e cheguei na sala, olhei para trás e a sombra continuava lá, como se me esperasse, como se algo a impedisse de seguir em frente “Devo realmente está ficando louco” pensei Entrei na sala atrasado e o professor falou de forma grossa –Como foi o passeio pelos corredores senhor David?- Me sentei sem responder a aula continuou por mais longos 25 minutos.
Minha cadeira era do direito (o mesmo lado das janelas) Fiquei sentado enquanto o professor saia de dava lugar para a professora Carmem, de literatura –Bom dia alunos!- Falou ela em um tom de alegria “Como ela consegue ser tão feliz às oito e vinte da manhã? Pensei” quando ela fazia a chamada foi interrompida pelo diretor. O senhor Klaus era um homem alto e galante, tinha os cabelos loiros e um olhar frio e calculista, que me lembrava uma cobra. Ele olhou para mim e pude perceber sua expressão de puro descontentamento. Ele nunca gostou de mim, o porquê disso, eu nunca entendi.
O senhor Klaus falou em um tom alto; -bom dia alunos, bem vindos a mais um ano letivo ao “Colégio Campos Elíseos” Sou seu diretor e espero que nenhum de vocês me cause nenhum problema- (falou isso olhando diretamente para mim) -e tenho que avisá-los que termos um aluno novo este ano-. Enquanto falava um garoto lindo, lindo não um deus grego entrou pela sala, e ficou em pé na frente de toda a sala. Senti que todas as meninas da sala olhavam para ele com olhos de desejo. Mas como não desejar aquela maravilha? Um rapaz alto acho que (uns 1,90 ou 1,87) cabelos escuros, uma boca vermelha e grande contrastando com uma pele clara, e os olhos. Olhos cinza? Isso é impossível, não é? Fiquei olhando para aquele garoto enquanto ele se apresentava, olhei tanto (acho que babei e.e ) que ele percebeu e me olhou com aqueles olhos escuros, veio em minha direção e sentou-se ao meu lado. Tudo isso enquanto eu o encarava descaradamente. Até que ele virou para mim e perguntou; -Tá olhando o que babaca?...
Continua...
Diamandis Del Rey: Obrigado mesmo! Tenho paciencia de jó sim! E gosto de escrever u-u E pare de ser fofo comigo se não vou me sentir obrigado a apaixonar-me por você :* kkk
† Koll ]†: Que bom que você gostou <3
Perley: Tomara kk
finhaaa3 como tem no começo desse capitulo o David vai ser o narrador, mas sobre ele ser passivo, eu não decidi isso ainda kk
Obrigado pelos comentários e saibam que estou adorando publicar meus textos aqui.
Aceito dicas e ideias gente! Não se reprimam ♫ kkk