Continuação...
Logo após meu banho, não só de chuveiro, mas também de lágrimas, fui correndo para meu quarto. Eu não sabia o que fazer, o que não fazer, ou como seria dali em diante. Tentando tirar aquelas cenas violentas da minha cabeça, acidentalmente as torno mais evidentes, e por surpresa me pego de pau duro. O pré gozo, aquela baba que é como um medidor de excitação, saía em grande quantidade, fazendo uma rodela de mancha em minha cueca que eu acabara de vestir. Não quis me masturbar. Não dessa vez. Simplesmente fechei os olhos e esperei o sono chegar.
Acordo com papai me abraçando, beijando, apertando meu corpo, só que dessa vez, com carinho. Me pedia desculpas e dizia que me amava. Tirou nossa roupa com delicadeza e penetrou-me de bruços, acariciando meu cabelo.
De repente, ao chamar meu nome, sua voz muda de tom, e num susto, percebo que tudo não passara de um sonho.
- Guilherme. - Disse ele em tom sério, mas calmo, me olhando da porta do meu quarto.
- Oi pai- respondi assustado.
- Arrume tuas coisas, que vou te levar pra casa da tua mãe. Depois eu levo o que sobrar.
- Como assim? - arregalei os olhos e indaguei com cara de espanto.
Ele não respondeu e saiu, fechando a porta.
Lágrimas escorreram instantaneamente pelo meu rosto. Eu não queria aquilo. Eu queria apenas que tudo voltasse a ser como antes. Mas talvez eu merecia mesmo aquilo, pelos atos que ambos havíamos cometido.
Peguei meus principais pertences como roupas, acessórios e documentos, botei na mala e fechei, pensando no futuro que me esperava.
Papai grita, lá da sala:
- Vamos logo que eu preciso dormir mais pra ir ao trabalho mais tarde.
Tirei as lágrimas do meu rosto com a mão, peguei minha mala e descemos pelo elevador do apartamento, num silêncio angustiante.
Entrei no carro e fiquei reparando lá de dentro, enquanto papai conversava com um vizinho, o quanto ele era belo. Trajava uma bermuda jeans e camiseta cavada que exibia suas pernas e braços fortes e peludos, bem aparados, fazendo aqueles pelos castanhos darem um contraste à sua bela aparência, no sol. Reparei em seus lábios, rosados e carnudos, sua pele branca, levemente bronzeada, e sua barba feita impecavelmente.
Despediu-se do amigo e entrou no carro, colocando seu óculos ray-ban e ligando o som, que começou à tocar seu CD da banda Roxete, na música "It must have been love" a qual à propósito, ambos adorávamos.
Permanecemos em silêncio enquanto ele seguia caminho, até que resolvi quebrá-lo.
- O que o senhor disse pra mamãe?
Permaneceu calado, como se não estivesse ouvido. Fui perguntar novamente, ele me interrompeu falando:
- Disse que você não se adaptou morando sozinho comigo.
Fiquei aliviado por ele não ter contado sobre o real ocorrido, mas logo uma angústia tomou conta de minha alma, e caí num choro alto, como de uma criança de 5 anos quando a negam o que ela deseja.
- Ah não, garoto...ei, ei ei..que palhaçada é essa? - Disse meu pai, revirando os olhos, num tom de voz impaciente.
- Eu queria morar com o senhor- Respondi ainda chorando.
-Que pensasse antes, em suas atitudes.
- E as suas atitudes!? Foram corretas!? - Disse gritando, não contendo meu choro.
Um forte tapa no rosto calou minha boca. Engoli o choro, assustado. Ele nunca havia levantado a mão pra mim, independente da ocasião.
Percebi através do óculos uma lágrima escorrer de seus olhos, que foi rapidamente retirada. Ele também ficara abalado com o ocorrido.
Segundos depois ele pega seu celular e joga em minhas mãos.
- Liga pra tua mãe então e diz que você decidiu ficar.
Continua...
(Pessoal, gostaria de informar que pela repercussão da estória, caderi continuidade em mais alguns capítulos. E pelas reviravoltas que irão haver, para não sair do enredo, mudarei o nome do conto para "Minha paixão incestuosa".
Sugestões? Dicas? Críticas? Sintam-se à vontade.
Até mais ;) )