Inimigos Naturais - 3

Um conto erótico de Yuri
Categoria: Homossexual
Contém 1857 palavras
Data: 02/05/2014 00:18:42

3. A história.

No meio da noite, enquanto as pessoas normais dormiam, Nico percorria a floresta em uma velocidade inumana, embora corresse como um louco dentre as árvores, sua visão, também inumana, o impedia de bater em qualquer uma delas. Às vezes olhava para cima, quando o brilho da lua batia sobre seus globos oculares, ele soltava rugidos. Quando, por fim, chegou a um campo — sem árvores — no centro selvagem da floresta, ele parou. Ficando atrás de arbustos, o cheio que sentiu há um tempo se aproximava com graça.

O corpo cobertos por pelos grossos e desarrumados ficou invisível atrás da árvore que lhe cobria. Quando se transformava em Lobo, Nico ganhava o dobro de peso e sem duvida os pelos cresciam, tanto que seu corpo nu não precisava de roupas, era como um Lobo, só que de duas patas, focinho com dentes iguais a de um tubarão, postura corcunda, mau halito evidente. Um notório caçador noturno, tão perfeito quanto o soldado indestrutível que se aproximava com graça, voando sobre a floresta.

Mike, então, desceu da copa de uma árvore, solenemente. Pousando tão suave que parecia ter assas. E correu para o encontro da criatura escondida, as folhas seguiram seu corpo, mas não o alcançaram quando ele parou tão gentilmente que qualquer um ficaria com inveja.

— Aqui está — disse ele jogando a cueca de Nico, que trouxera dentro da própria cueca, sobre os arbustos. E como o vento, ele estava há três quilômetros, sentado sobre uma grande pedra verde, impregnada pela vegetação. De lá seus olhos ainda conseguiram captar a destransformação de Nico.

Primeiro foi seu focinho extremamente perigoso. Com gemidos ele logo estava com um o nariz comum. Com três barulhos assustadores as costelas quebraram e depois voltaram ao tamanho humano. Os pés grandes e as unhas afiadas o suficiente para dilacerar qualquer corpo, foram os seguintes. Os pelos feios e fedidos cariam no chão. Então, ali estava um Nico perfeito, como se mostrava para a sociedade.

Nico olhou através de uma abertura de folhas, era seguro colocar a cueca sobre o nariz. Ele fechou os olhos sentindo a fragrância de um morto vivo, obviamente não deveria ter cheiro algum, assim como não deveria ter vampiros e lobisomens. Com o cheiro veio-lhe uma imagem de Mike nu sobe uma cama, com isso ele ficou excitado e revirou os olhos. Ele queria mais que tudo possuir com o dono da fragrância inebriante que o trouxe aqui. O fazendo esquecer que o cheiro era de seu inimigo natural.

— Até que fim — disse Mike quando Nico andou até ele. — Você tem que ser mais rápido — sugeriu-o mostrando seus caninos em um sorriso torto e convidativo, para que ele se juntasse a ele, em cima da pedra verde sob a luz do luar.

— E você tem que ser mais cauteloso! — ordenou Nico pulando em cima da pedra para se juntar a Mike, que estava a uns três metros do chão. A voz de Nico era áspera e má humorada, enquanto o garoto peludo subia, Mike se perguntou o que fez para deixa-lo irritado.

— Depois eu que tenho que ser... cauteloso — brincou Mike olhando o desempenho do garoto peludo. Que sem o uso das mãos conseguiu subir em saltos. Que Mike jamais conseguir pensar ver outro alguém além dele conseguiria fazê-los. Ele usou de um tom calmo para tentar não irritar o Lobo, é claro.

— Digo no colégio, hoje, você chamou a atenção de mais — a voz de Nico era séria e seus olhos furiosos quando ele se sentou ao lado do garoto pálido. — A segunda regra é “manter segredo sobre o que somos”. Não quero ir embora e nem ser pego pelo governo e me transformar em uma cobaia.

— Os militares nunca iriam conseguir pegar você — elogiou Mike se lembrando das vezes em que encontrou alguns soldados. Eles eram lerdos e fracos, mas tinham armas capazes de destruir como o sol e/ou a prata e isso era péssimo. — Você é rápido e tem... — Mike parou por alguns segundos, hesitando pegar no braço de Nico, com medo de irrita-lo novamente, ele revirou os olhos e tocou de leve o braço peludo do garoto Lobo, enquanto continuava seu sincero elogio. — Força! — ele suspirou de alivio quando o humor de Nico ficou imaculado e rezou para que ele não tivesse percebido seu momento tenso.

— Mesmo assim — Nico falava despreocupadamente. — Não quero ter que fugir dessa cidade. Gosto de Fizadih — terminou ele.

— Falta a terceira e ultima regra! Pense bem, só vou aceitar e seguir três — avisou Mike sério também, ele logo ficou duro como a pedra em que se sentava, e se Nico o tocasse iria sentir que era frio da mesma forma que a rocha.

— Então é melhor eu guarda-la. Só não saia matando ninguém, nem se mostre tanto — Nico estava sereno outra vez. Estava começando a se acostumar com a fragrância que o chamava para a tentação, mas mesmo assim era irresistível. — Quando meus pais se foram, houve rumores de que os militares vieram para cá, mas como não tinha mais nenhuma criatura sobrenatural pela cidade, eles foram embora, não quero que voltem! — esse final não foi para Mike, Nico olhava o grande circulo branco em volta da lua e falava para o vento que balançava suas roupas e levava seu cheiro até Mike.

— Então... — Mike colocou o braço sobre as pernas. Olhando para frente ele falou: — Por que não há outros com eu ou como você nesse lugar? — seus olhos, com cores indefinidas, era a coisa mais linda naquela noite, conforme seu humor a cor ficava mais claro ou mais escuro, agora, por exemplo, é de um roxo vivo, sua curiosidade evidente na cor.

— Há alguns anos houve uma guerra entre o seu pessoal e o meu — começou Nico com a voz eufórica, ele adorava contar essa historia.

— Show — explodiu Mike interrompendo Nico, o Lobo resmungo algo e xingou pela interrupção. — Desculpe! — disse Mike, com os olhos vermelho-claro, como se estivesse com vergonha. Nico queria encarar aquele rosto com bochechas perfeitas. Mas o vampiro não o olhava, por algum motivo olhar agora para ele não seria bom.

— Como dizia... Houvesse uma guerra. Muitos morrem meus pais foram um dos mortos. Depois de um tempo, os vampiros começaram a transformar humanos para ajudar o lado deles. Isso ajudou por um tempo — quase se podia sentir um sorriso fraco se formar o rosto duro de Nico —, e quando meu lado quase foi destruído, os jovens garotos Lobos começaram a se transformar por instinto, eu fui um deles — ele olhou o próprio reflexo em uma poça de água bem abaixo, ninguém — humano — poderia se vê de tão longe em uma pequena quantidade de água, mas Nico conseguiu se ver claramente, quase como se sentisse nojo de ter se transformado em um monstro.

— E Lobos recém-transformados tem veneno nas presas, que pode destruir qualquer vampiro — observou Mike, já entendendo que os Lobos saíram vitoriosos.

Nico assentiu com a cabeça, ainda se olhando a três metros de altura.

— Foi fácil — ele continuou —, colocar os chupadores de sangue no lugar deles, o pior veio depois.

— O quê? — perguntou Mike surpreso. Seu olho novamente chamegava em um roxo lindo.

— Com um número grande de novos Lobos perdidos pela cidade, sem Lobos mais velhos para comandar as três matilhas, logo tudo virou um caos. Começou uma nova briga, Lobo contra Lobo. Os vampiros se fortalecerem e destruíram as novas matilhas e as três matilhas principais... Meu pai era líder da que vivia nessa parte da floresta — sua voz era um fraco sussurro, se Mike não tivesse uma audição perfeita jamais teria ouvido esse desabafo. — Mas algo aconteceu que eu não entendi até hoje...

O tom misterioso de Nico fez a pergunta pular nos lábios de Mike.

— O quê?! — investigo e exigiu Mike ao mesmo tempo.

— Eles foram embora — o Lobo deu um sorriu com o olhar desapontado de Mike, que finalmente o encarava. Os dois ficaram se olhando, de repente, percebendo que não estavam mais tão distante assim, ambos se aproximaram subitamente. Quase se tocando, uma lufada de vento atingido o alto da pedra, da direita para a esquerda, e agora foi Nico que se delicio com o cheiro de Mike.

— Como você sobreviveu? — perguntou Mike, abrindo os lábios com cuidado.

— Meu tio me escondeu na casa dele, não sai desde então. Eles sabiam que os Lobos perigosos estavam lutando um contra o outro nas matilhas — brigar por poder sem motivo algum, coisa de Lobo. — Então não se preocuparam se ficasse alguém.

— E ficou? — Mike agora sussurrava. Nunca se sentiu assim tão aberto a uma pessoa, ainda mais para um inimigo natural. Era perigoso e atraente ficar assim tão perto.

— Três amigos, mas eles foram embora com medo de que os vampiros voltassem, assim sem ao menos sair de casa para lutar, eu consegui ficar com Fizadih só para mim. E tenho cuidado dos fracos, para nenhuma militar tirar o que meus pais deram a vida para conseguir — ele suspirou, isso não era previsto, ele ficou irritado consigo mesmo. — Paz — ele terminou olhando para a lua, ainda no circulo em volta da grande bola branca, havia duas estrelas, que ele gostava de acreditar ser os pais mortos, pois só as viu na primeira noite de sua transformação (usando a visão inumana), e também fora a noite em que os pais foram mortos em uma luta com vampiros.

— Muito esperto de sua parte — admitiu Mike, mas não poderia deixar de contar sua teoria, sobre o que pensava ter acontecido à cidade. — Eu achei que as bruxas tinham jogado um tipo de maldição sobre a cidade — seus olhos carmim agora goravam.

— Você acredita em bruxas? — perguntou Nico segurando os lábios, ele queria rir, só precisava da confirmação de Mike.

— Sim — respondeu Mike olhando torto para o garoto que caiu da pedra, perdendo o equilíbrio depois do ataque de risos.

Mike desceu ao lado dele, sem fazer barulho. Nico ainda estava chorando de rir. Ele mesmo não se lembrava da ultima vez que riu de alguma coisa.

— Vejo você amanhã — rugiu Mike sem vontade de conversar. Em seus 800 anos, ele nunca se sentiu um adolescente com teorias bobas, até agora. Ele já vira bruxas , não vira? Então por que aquele ser magnífico zombava dele?

— Espere — gritou Nico segurando Mike pelo calcanhar. Em um pulo e um giro ele estava de pé ao lado do pálido. O branco encheu os olhos de Mike, ele agora estava nervoso e em estado de espírito sereno, pela primeira vez ele sentiu duas emoções juntas. Era magnífico, as borboletas no estômago congelado.

Foi então que o assassino frio e sem coração, não soube o que dizer, nem o que fazer. Vendo quase um milênio de experiência jogado fora. Ele não era nada mais que um adolescente.

— Diga o que quer — a voz áspera do pálido, fez o cabeludo pensar muito no que dizer, enquanto ainda o segurava pelo braço.

— Nada — disse Nico fechando a cara para si mesmo. Ele queria muito sentir o gosto de Mike, mas o momento não pareceu ser apropriado.

Mike se afastou com os olhos ainda branco. E em uma batida do coração de Nico, ele se fora na noite.

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Comentários

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booooom demaisss esse cp !!!Pendei que fosse rolar um beijo quando o nico segurou o o mike,pena que não rolou.

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Ok esse cap foi mais daqueles q só exolicam a historia e se vc ñ prestsr a atençao acaba se complicando mais a frente. Parabéns

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