Ruivo: Dilemas

Um conto erótico de Moço da Casa ao Lado
Categoria: Homossexual
Contém 1512 palavras
Data: 10/05/2014 02:36:51
Assuntos: Gay, Homossexual

Oi galera, bem, estou num momento super agitado da minha vida e o tempo realmente está curto. Deixo com vcs mais uma parte dessa história, e garanto que as coisas vão esquentar. Beijo.

Bem, levantei num pulo depois de tirá-lo de sobre meu peito. Caio ainda se mexeu incomodado pela diferença entre minha pele quente e seu travesseiro, agora sob sua cabeça, enquanto seus cabelos ruivos desciam pelo seu rosto. Numa respiração profunda ele dormia, e eu analisando o contorno de seus braços esparramados sobre o colchão, seu bumbum delineado sob o lençol fino que cobria parte de sua bundinha carnuda enquanto duas lindas covinhas sobre suas nádegas me fizeram morder involuntariamente meus lábios enquanto segurei meus testículos com certa força e meu pênis ereto avermelhado na extremidade contraía e tocava meu abdome acima do meu umbigo. Fui andando através do sótão, e quando me preparava para adentrar o banheiro abri seu armário e silenciosamente peguei uma toalha limpa, e lá estava seu cachecol preto e vermelho, que eu automaticamente surrupiei e deixei junto com as minhas coisas. Haha. Calma, havia um objetivo nisso. Abri o chuveiro temendo acorda-lo e então me ensaboei lentamente lembrando dos últimos fatos recentes, era uma atmosfera leve, descontraída, na verdade era como se naquele momento em que se come algodão doce ele desmancha na boca, naquela exata hora que o sabor doce inebria nossos sentidos, era aquilo que o Caio me fazia sentir quando me tocava, quando perto de mim ficava, seu cheiro, seu gosto, seus sons. Roncos, beijos estalados seus Hunfs que ele fazia quando algo estava errado. Eu me senti infinito, sim, parafraseando The Perks of being a Wallflower°. Mas era hora de encarar alguns fatos. A exemplo, Caio , independente do que acontecesse ia morar na capital. Em alguns meses na verdade, eu talvez fosse morar uns tempos com meu Tio, soava super maneiro até esbarrar no que eu sentia. Sim, eu tava todo apaixonadinho. Mas aí, caí na real. Porra, em breve o Caio ia pra capital. Eu ia terminar o colégio, ou sei lá. Estava tudo tão, sei lá, instável. Tudo tão, nebuloso, como se eu não quisesse enxergar aquilo q eu já tinha visto, ouvido e sabido desde algum tempo. Eu ainda era mto imaturo pra aceitar a periodicidade das coisas, pra policiar meus sentimentos, ainda mais com tanto hormônio correndo solto. Mas eu entendi.

Entendi que não ia ser eterno, não ia cair naquela de que "seja eterno enquanto dure", afinal, não ia durar. Já não bastasse viver esse amor 'diferente'. Coisas começaram a encher minha cabeça. Coisas dolorosas, mas era uma dor tão aguda e fina, uma lâmina, sim, eu agora sentia aquele nó na garganta e me sentia mais sozinho que nunca. Decisões e mais decisões, questões em infinitas proporções maiores que quaisquer respostas. Talvez eu soubesse o que fazer. Não poderia permitir que ele saísse da minha vida. Seguiríamos caminhos opostos, portanto. Eu estava tão sozinho, que podia ouvir o som das gotas pesadas do chuveiro caindo sobre o chão e ecoando tão profundamente na minha cabeça que por um instante imaginei estar caindo. E deixei que meu corpo escorresse pelo azulejo apoiando minhas costas na parede enquanto a água descia por meus cabelos, e minhas mãos se cruzavam sobre meus joelhos. Ali no chão, eu pude então não pensar em nada. Com a cabeça entre as pernas, era como se o peso daquela decisão, materializado naquele fluxo quente do chuveiro, desabasse sobre minha cabeça.

Ergui-me e desliguei o chuveiro. Sequei-me como se de alguma forma aquela tristeza ficasse presa junto à toalha. Mas ao invés disso, meus poros emanavam um vapor ébrio, quase fúnebre, que preencheu minha alma num só sopro. Já vestido, aproximei-me de sua cama, e um pequeno deus de 1,94m dormia profundamente. Espalhado pela cama, espaçoso e imponente, a expressão de seu rosto me indagava; queria eu viver em seus sonhos para que nunca pudéssemos nos despedir. Bem, eu não esperava me despedir. Deitado de lado, seu lençol se encontrava enrolado entre suas mãos, cobrindo apenas parte de seu corpo semi nu.

Hipnotizado permaneci. Em pé, ao lado da cama, como se ao encarar seu rosto seus olhos se abrissem de encontro ao meu. O sol já invadia metade do sótão, e a montanha de livros sobre a sua mesa só me lembrava o que naquele momento eu pretendia esquecer. Seus cílios vermelhos nem sequer vibravam enquanto o sol aproximava cada vez mais de sua pele, cujas sardas migravam de seu peito ruivo até sua barriga. Os cabelos desciam até seus ombros, enrolavam-se nas pontas em cachos pesados que traziam a ele uma aparência mais que humana, qse mística enquanto suas curvas e linhas definiam sua masculinidade física. Se me aproximasse um pouco mais, poderia sentir o cheiro dos seus cabelos ainda que suavemente. Seu cheiro inundava aquele ambiente. Um cheiro seco, suave, doce e enigmático que nunca saia da minha cabeça. Queria tocá-lo, sentir meus dedos percorrendo seus braços, ou minhas mãos em seu rosto, entrelançando seus cabelos entre meus dedos. Eu queria ver seu sorriso, aquele com apenas um canto de sua boca vermelha como sangue. Nascido do fogo, rubro, ruivo, meu ruivo. Saí sem que ele percebesse, e enquanto descia as escadas nas pontas dos pés, meus cabelos molhados quando então...

- Vinícius, o que faz aqui, filho?

- Eu.. é.. Bom Dia tia..

Minha voz foi engolida. Eu já não tinha Ideia do que falar era como se ela fosse descobrir, e não havíamos cogitado tal hipótese.

- Você veio trazer o livro que o Caio havia pedido. Ele faltou no colégio antes de ontem, fomos à capital procurar um lugar para ele ficar. Você já deve saber que o Caio vai se mudar. Eu estava falando isso para sua mãe, meu segundo filho saindo de casa e o que temos? Não voltou mais. Mãe é mesmo bicho besta, mas eu sei q se ele for é definitivo.

- Bem, vou indo. Bom dia tia.

- Bom dia querido, convença o Caio a voltar para vasa algum dia, eu sei que vocês são muito amigos.

- Bem, vou tentar.

Tudo o que eu queria era sair dali o mais rápido possível. Desci as escadas me lançando em passos largos em direção à cerca viva. Cruzei o espaço entre as folhas e galhos, e ali de frente para mim, Bobby me olhava com seu olhar canino estático enquant sua cabeça acompanhava meus movimentos pra me livrar dos galhos. Pulei sobre ele e agarrei sua cabeça e ele automaticamente, enquanto eu ajoelhado o abraçava, passou suas patas ao redor dos meus ombros. Me senti abraçado, feliz, e não precisaria explicar nada pra ele, ele simplesmente sabia. Deitei então ao lado da piscina e Shakespeare veio à mente. Romeu e Julieta. No caso dois Romeus. Sabe o que determinou o fim do romance,o último ato da peça? Sim, vc sabe, e justamente aquilo me veio à cabeça. Naquele momento foi um pensamento bobo e dramático, ou talves não.

____________________________

Último jogo da temporada e todos estavam lá na arquibancanda torcendo. Havia treinado bastante e nosso time era bem unido. De longe eu podia ver um tocha na torcida e quando ele em pé ficava era o único pra quem todoa olhavam. Caio era lindo, de parar o trânsito, não posso puxr saco mas ele realmente era bonito, todos reconheciam. E emquamto o jogo corria, estávamos empatados e nos últimos 5 minutos do jogo 1x1.

- Time, precisamos forçar a defesa e manter o ala esquerda , enquanto isso vcs dois descem e marcam o camisa 7. Vini você vai descer junto com o Ricardo e se for marcado vai tocar a bola. Entenderam?

- Perguntou nosso professor e técnico.

- Sim Róger! Gritamos em coro.

- Bora time!

E ali se desenrolou um jogo histórico, digno de recordação. Antes que eu pudesse ser marcado toquei pro Ricardo driblei o camisa 7 e fim o gol! Sim, o gol da vitória. O time vibrou quando apito foi dado, todos corremos num abrço coletivo e já fomos gritados pela torcida que aplaudia, assoviava... Foi um momento muito bom. E lá estava o Caio, com sorriso de orelha à orelha com os braços cruzados e como um Deus grego, me hipnotizava me fazia querer estar com ele. Mas então lembrei que não poderíamos levar aquilo adiante, eu amava o Caio demais, mais que a mim mesmo. Talvez o amor que eu sentia por ele fosse maior que qualquer distância, mas eu não abriria mão dele. Eu era dele, ele era meu. Prometeu-se, pra sempre. Romeu e Romeu. Enchi os olhos de água, o time no calor da emoção nã percebeu mas eu chorava de tristeza, angústia por não saber o que nos reservava o futuro, medo de nã ter mais meu ruivo e seus olhos juntos dos meus, nossos dedos entrelaçados, nossos pés se roçando enquanto estamos deitados juntos, minha cabeça sobre seu peito, sua cabeçça em meu colo enquanto assistimos tv. Eu sofria, mas não era o único. Talvez Romeu e Julieta tivessem razão, e isso ficou muito mais claro alguns dias depois...

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Comentários

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Awn <3 que amor, amo essa Estória!

por favor nao demore muito mais pra escrever a continuaçao caro escritor.

tchi amu.

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Maravilhoso seu conto, sempre admirei sua forma de escrita de qualidade.

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Bom demais. Que eles não se separem.

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