Inimigos Naturais - 12

Um conto erótico de Yuri
Categoria: Homossexual
Contém 1835 palavras
Data: 11/05/2014 11:23:53

12. Descobertas.

O vampiro corria pela noite chuvosa enquanto a cidade se acalmava da recente luta. Sem ver nada, ele conseguiu entrar na floresta e levou o corpo de Nico até uma grande pedra a beira de um rio. Era uma pedra linda, por conta da chuva não dava para ver, mas em noites de luas cheias, a pedra tinha um lindo brilho como joias. Era tão grande que poderia ser construído uma grande casa em cima dela e a intenção de Mike era essa (como prometera para Nico, iria lhe dar uma casa no meio da floresta tão sossegada quanto um retiro). Porém depois de tudo o que aconteceu, não havia motivos para construir casa alguma.

Mike só iria levantar um pequeno quarto, e nele enterrar Nico. E depois iria dar um jeito de se matar. A dor de olhar para o rosto pálido de Nico (mesmo que por alguns breves instantes) era tão forte que Mike chegou mesmo a pensar que foi um alivio ter ficado cego. Assim não poderia ver a figura prostrada em seus braços e poderia morrer com uma imagem feliz do rosto de Nico.

Não vou dizer que Mike estava chorando — nunca chorar, coisa de vampiro —, mas ele ficou amuado em um canto fazendo um barulho estranho. Será que ele estava chorando? Mais uma vez não vou ser grosseiro e perguntar isso a ele. Melhor deixa-lo em paz e vamos falar de outra coisa.

Os homens que foram jogados do prédio!

Quando tudo se acalmou, Hank foi ver como James estava indo com sua pesquisa. Chegando ao corredor, do quarto andar, parou, olhou para os lados e correu em direção ao buraco que havia na parede. Ficou ali olhando enquanto um de seus homens desceu e verificou os corpos. Ao voltar o homem, molhado, passou por todos e cochichou no ouvido do General.

— Senhor — começou o soldado com a voz preocupada. — Nenhum deles tem o coração, foram mortos pela mesma criatura que estava na cidade.

Os olhos do General se arregalaram. Ele não tinha matado o assassino?

— General — disse a loira, que era seu braço direito. — James está morto e o corpo do Lobo sumiu. Quem matou os nossos homens também levou o cadáver.

— Pelo amor de Deus, o que há nessa cidade? — perguntou um dos novatos apavorado.

O General explodiu e gritou as novas ordens.

— Quero mais homens de vigia em todas as saídas e entradas e a partir de agora teremos turnos de segurança. Vão!

Todos saíram menos à loira, é claro. Naturalmente ela se arrastou para perto do General e estudava sua expressão.

— O que vamos fazer? — ela quis saber. Embora nunca dissesse nada. Madalena (com um nome feio desse, preferiria ser chamada de loira o resto da minha vida) desde sempre teve um amor pelo General, no começo, ela achava que era um amor de filha para o pai. Pois ele era 20 anos mais velho que ela, mas com o passar do tempo ela chegou à conclusão que estava apaixonada por ele. Um amor de mulher para homem.

Só uma coisa a impedia de tentar algo: os soldados que entravam e saíam todas as noites do quarto do General. Ele era casado, é claro. Tinha seus filhos e vivia feliz, mas quando saia para missões que duram dias (como a que estavam), Hank se sentia sozinho e chamava um ou dois de seus homens para lhe fazer companhia durante a noite (é claro que os homens não comentam entre si, mal sabem que: só não foi chamado na noite seguinte, porque outro estava em seu lugar).

O peito de Madalena doía todas as noites que ela (amoitada atrás de alguma coisa) observada um homem sair do quarto arrumando a calça. Uma noite, um dos soldados foi descuidado e deixou a porta por muito tempo aberta, ela correu os olhos dentro do quarto e ficou chocada.

Hank estava deitado de costas em sua cama de casal, vestindo algo rosa que em algum momento não estava molhado. Era obvio que o General não tinha feito muita coisa além de se deitar e deixar o soldado trabalhar.

Chega dessas histórias, ou isso aqui vai virar uma novela. Como ia dizendo: a loira perguntava ao General o que iria fazer...

— Nos manter vivos — respondeu ele olhando para fora. Os paramédicos retiravam os corpos que foram jogados do prédio. Um deles (um soldado morto) era o preferido de Hank, ele até o apelidou de Joãozinho.

"Agora é pessoal, ninguém mexe com um dos meus homens e sai vivo", pensou ele voltando para sua sala.

Mike parou de "chorar" quando chegou a seguinte conclusão: “estou cego não vou conseguir construir nem uma parede, melhor cavar um buraco com minhas mãos e coloca-lo, depois esperar o sol sair”. Então se levantou e começou a cavar na pedra. Nunca que um humano iria conseguir fazer aquilo, mas ele não era humano. Cinco minutos depois, uma cova funda estava pronta.

— Eu te amo — disse ele, e nesse momento eu juro que não era água, era uma lágrima que sairá de seu olho. Não consigo imaginar a dor que ele estava sentindo para provocar uma lágrima. Mike era a representação perfeita da: piedade, dor e acima de tudo do amor.

A imagem a seguir... É a imagem a seguir! Não tem como explicar.

Mike segurou Nico pelos braços e caminhou lentamente até a cova. Quando percebeu que chegara, se abaixou com o corpo em seus braços. Cara era um cego enterrando o próprio noivo, sem palavras para uma atitude assim.

Antes de coloca-lo em seu descanso eterno, Mike passou os dedos sobre o rosto pálido de Nico. Uma ou duas lágrimas caíram mais uma vez.

Todavia quando Mike se preparava para jogar o corpo dentro do buraco. Alguma coisa ou alguém passou por ali. Não deu para ver, mas as seguintes coisas aconteceram: Nico foi tirado do braço de Mike, alguém jogou Mike dentro do buraco e depois sumiu com o corpo do Lobo.

***

Lembra-se de Jorge que estava frente à casa de Tio? Pois bem agora a história volta a ele, se você não estivesse atualizado da noite agitada não entenderia essa cena.

Jorge chorava com a cabeça entre as pernas. Quando de repente, Nico apareceu e o levantou. Jorge temeu tocar o primo por alguns segundos, mas se entregou ao abraço que lhe foi oferecido. Nico chorava a perda do Tio e Jorge a não perda do primo.

O humano não percebeu quando duas outras criaturas totalmente pálidas (como Nico estava agora) apareceram sem fazer barulho.

— Jorge — disse Nico ao fim do abraço. — Se lembra de Mike?

— Claro — Jorge lhe ofereceu a mão.

— E essa aqui é Vitoria uma amiga de Mike. Ela me salvou ontem à noite.

Jorge achou que Vitoria havia salvado Nico do incêndio, quanto na verdade o salvou de ser enterrado vivo. Vou explicar o que aconteceu: Mike, com sua ignorância, achou mesmo que Nico estava morto e iria enterrá-lo, por sorte Vitoria, uma velha amiga de Mike, pegou Nico a tempo de salvá-lo da morte por estar em temperatura tão baixa e de ser enterrado vivo. Porém antes de transformar o Lobo em Vampiro, ela pegou seu sangue e deu para Mike beber, assim seus olhos foram curados.

— Sem mim não sei o que o mundo seria — disse a pálida dando dois beijos nas bochechas de Jorge. Que logo ficou encantando pela beleza da mulher.

Por falar em beleza. Nico, agora curado de todos os ferimentos de ontem, estava ainda mais lindo. Seus grandes cabelos caíram muito, só ficaram pentelhos miúdos. Sua cor era atraente, mesmo tão branca, seu cheiro era gostoso e agradável, agora ele era o caçador e a caça, ou podem chamá-lo de híbrido.

Estavam: Mike, Nico e Vitoria na grande pedra verde, quando Mike começou a falar.

— Ontem nem deu tempo, mas vi coisas interessantes na mente do assassino — ele começou empolgante. — Ele estava trabalhando para bruxas, elas querem ressuscitar uma antiga bruxa, para isso precisam de oito corações e já conseguiram os oito com a ajuda do gótico (o assassino não o deixou louco, apenas deu uma conexão direta entre ele e as bruxas, caso viesse morrer alguém poderia continuar). Agora que conseguiram vão trazer esse desgraçada.

— Mas porque ele ajudou? — perguntou Nico intrigado querendo saber quais motivos levaria uma criatura tão forte quanto o assassino a trabalhar com bruxas.

— A mais de 500 anos, ele (o assassino) tentava ressuscitar à amada, e as bruxas prometeram dar vida para ela, se: ele fizesse o que elas pedissem. E ele fez, agora elas já estão prontas.

— Isso é mal? — Nico quis saber.

— Você está frio como o gelo e nunca ia perceber, mas eu percebo — disse Vitoria. — A temperatura nunca esteve tão baixa e vai continuar caindo. O mínimo que elas vão conseguir é congelar todo o estado e matar todos nele com esse frio. E se elas conseguirem um estado quem garante que não vão fazer o mesmo com outro? É claro, que os vampiros vão ajudar para nunca mais ter que sair só à noite.

— Não podemos deixar isso acontecer — protestou Nico, seus olhos estavam verdes esmeralda. — Meu primo ainda é humano e ele iria morrer de frio e toda a minha família.

— Então temos que encontrar o covil das bruxas e impedi-las — falou Mike calmamente.

— Agora que sou um vampiro não preciso mais temer os militares, vamos fazer do seu jeito — Nico falava com Mike. O outro deu um grande sorriso torto.

— Estou até vendo a cara das bruxas levanto um pé do traseiro — explodiu Vitoria dando palminhas.

***

— Senhor, achamos isso aqui — falou um dos homens de Hank. Ele trazia um celular, em especial queria mostrar o vídeo que James deixou gravando. É claro, que um cientista não iria deixar de fazer de sua morte uma comprovação da ciência.

No vídeo James aparece conversando sozinho, mas o que mais chama a atenção é quando ele joga a água benta no ar e ela não cai no chão, fica flutuando no ar como se tivesse atingido alguém. Depois o corpo de James é atirado na parede e se abre fazendo voar muito sangue.

— Aquele frio sobreviveu — disse o General se lembrando do corpo de Mike.

— Senhor? — perguntou alguém esperando uma ordem.

— Liguem para a Base, quero todos os homens aqui em 24 horas. Vamos destruir qualquer coisa que não seja humana nessa cidade.

__________

Ola queridos, como estão vocês? Eu estou ótimo, graças a Deus. Bom venho aqui dizer que a história acaba aqui, a primeira temporada, é claro. Logo estarei continuando contar a História de Nico e Mike.

Se tiverem perguntas que eu possa responder, podem fazer. Ficarei feliz.

A outra coisa, segunda-feira (amanhã) estarei postando outro conto sobrenatural, o Tema será anjos caídos. Espero que quem tenha lido Inimigos Naturais continue ligado no próximo conto.

PS: Tenho um arquivo com os 12 capítulos do Inimigos Naturais, caso queiram estarei enviando por e-mail, então já sabe, deixa seu e-mail, que eu mando a você.

Beijos, amo todos vocês.

Até segunda...

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Comentários

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Hogu, literalmente boiei depois que disse subir arquivos, se puder explicar de novo

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Casters sempre fazendo um grande alvorosso onde vão :v. Yuri, você pode subir os arquivos pro onedrive (ou do gmail) e compartilhar, fica até mais fácil.

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sensacional....e q venha os anjos caídos....

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ameii seu conto,esperando a segunda temporada anciosamente..beijo na pontinha do nariz

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ei tu pode me mandar em doc tmb please pq meu cell ñ lê em pdf?? Ta ai meu e-mail: syaoranficname@gmail.com awnnn já cabou a temporada??? Nossa foi tao rapido né tmb um texto super top e super gostoso de se lê nê rsrsrs tenho q te falar eu acho incrivel o modo como vc narra a historia a gente - pelo menos eu - me sinto lá vendo junto cm vc a cena rsrs e eu vou ler sim o proximo conto viu seu lindo sei q vai ser tao show qnto esse ^.^

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