Gente vão me desculpando a demora pois estou meio atarefada.
Tô me preparando para um seminário do meu curso e comecei outro em outra cidade estou com meus dias um pouco cheio.
Sem contar que hoje estou doente. Comi algo no curso ontem que me fez mau, tô com infecção intestinal.
E respondendo o CDC VIP é um grupo fechado do Facebook.
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Anjel e Paulo cresceram como irmãos, eles são muito unidos e seu então pai Pablo os ensinou que mesmo vivendo nesta situação, eles devem seguir de cabeça erguida.
Os dois iam estudar no turno da manhã na escola Augusto olímpio único lugar que aceitou a matricula deles se. Ter comprovante de residência.
A tarde iam até onde seu pai vendia bombons para o ajuda - lo .
A mãe fazia pequenas faxinas em
Centro comunitário ao lado da igreja são José, não ganhava muito mas toda vez que fazia faxina ela voltava com o jantar pra casa.
Anjel e Paulo estavam sentados na calçada, observando o pai fazer seu trabalho de janela em janela.
-paulo?
-que foi.
-será que a professora disse a verdade quando disse que nós podemos ser tudo que quisermos se estudarmos muito?
-não.
-porque?
-por que meu pai me dava tudo quando eu era criança, agente tinha casa, comida todo dia e até uma cama. E um dia um homem veio e bateu muito no meu pai e mandou agente embora, papai lia muito livro daqueles grosso,e vê onde tamo agora.
As duas crianças de 8 e 13 anos se calaram e voltaram a atenção para a Rua.
Anjel estava mais longe, ela via as pessoas indo e vindo de dentro do prédio verde lindo do outro lado da rua.
O sinal abre e Pablo senta ao lado dela.
-com que sonha?
Ela dá um suspiro e diz.
-Paulo disse que a professora mentiu por que disse que agente pode ser tudo que quer estudando.
-mas ela disse a verdade.
-mas por que o senhor mora na rua ela falou que o senhor lista livros grosso.
-não se discute livros grosso. É grossos. Mas meu caso foi um caso diferente, eu fiz muita besteira e fiquei devendo muita gente, perdi tudo que tinha por coisas erradas, mas você vai ir para um caminho diferente do meu, eu prometo que você um dia terá sua casa e suas coisas e vai dar valor a elas do jeito que eu não dei.
Anjel aponta pra frente.
-posso até entrar ali?
-claro por que não, sabe que lugar é aquele?
-não.
-é o é o instituto tecnológico do Pará. Lá você só entra fazendo uma prova chamada vestibular.
Anjel não levou a sério o que seu pai disse.
O sinal fecha e ele sai novamente para seu serviço.
Anjel mesmo muito novinha, sabe que sua realidade é muito difícil de superar, as pessoas ajudam com roupas comida mas o que importa poucos fazem, ensinam a trabalhar.
Anjel cresceu e com 17 anos agora moça bonita , decidida e cheia de idéias(muitas que só botam seu irmão em encrenca).
Ainda estuda, ela ganhou um par de roupas novas e só a usa para ir ao colégio e quando sai imediatamente volta para tira-la ela não quer Quer desgastar sua roupa boa.
-anjel?
-Oi.
-a mãe deu dinheiro pra gente ir no ceasa amanhã cedo.
-pra que?
-vamos ver que arrumamos por lá.
-bora.
e os dois foram, chegando lá tinha muitos caminhões com frutas e verduras descarregando e aqueles que estavam batidos eram jogados de lado, os dois pegavam esses para complementar suas refeições e também vendiam uma parte.
Eles são duas pessoas esforçadas, só não conseguem a oportunidade que todos os dias passa na TV que eles assistem nos bares e lanchonetes onde os governantes mostram que criaram programas de incentivos e coisas assim.
-nunca vi alguém que participa disso aí.
-anjel só quem pode pagar que consegue, um moleque que estudou comigo conseguiu um auxílio do governo pra estudar de graça em outro estado e recebe uma ajuda de custo ainda, só que ele não precisa o pai dele é juiz e a mãe médica.
-puxa Paulo é injusto isso, os que merecem isso não conseguem.
Anjel se sentia humilhada perante essa afirmações pois ela se via como um fantasma na sociedade que só enxergavam - na quando estava dentro da escola onde ninguém sabia onde ela morava e o que fazia para sobreviver, muitos de seus colegas de classe que se dizem amigos já cruzaram seu caminho na rua mas nem a enxergaram por suas roupas desgastadas ou por que estava juntando latas e papelão na rua.
nessas citações ela se achava o resto de tudo.