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Acordei e continuei de olhos fechados até me lembrar de tudo que havia acontecido no dia passado, olhei para o lado para constatar se havia sido um sonho... Não tinha ninguém ao meu lado, estava morrendo de dor na cabeça bateu uma tristeza tão grande em mim, mas não podia ser, foi super real. Eu escutei a pia do meu banheiro ligando e me levantei rápido, abri a porta e ele estava com os cabelos molhados e com a toalha amarrada na cintura. Sorriu para mim com a escova de dente na boca. Eu o abracei e fui tomar banho enquanto ele terminava de escovar os dentes.
Depois de algum tempo e de já ter concluído a minha higiene eu o vi deitadinho na minha cama e estava vendo alguma coisa no celular, eu me deitei ao seu lado e o beijei. Ele foi a primeira pessoa que eu vi naquele dia e por mim seria sempre assim.
- Bom dia pateta – disse sorrindo para mim.
- Até senti falta desse amor... Mas está tudo bem, não gosto de muita frescura, de nhenhenhéns, somos machos, homens com H maiúsculo, macho macho macho man.
- Hahaha somos? No terraço você não pareceu muito macho me pedindo pica – disse mordendo meu peito, eu estava só de short de bola.
- Ha é assim que define o nível machófico? Ótimo... Veremos o que acontecerá nos próximos capítulos... Está com fome? – ele disse que sim e eu sai do quarto para ver se tinha algo para comer. Assim que saí do quarto vi meu irmão sentado no sofá.
- Que porra foi essa mano? – perguntou vindo à minha direção.
- Isso o que? – ele pegava no meu pescoço, no meu ombro e me virou de costas.
- Tu está todo roxo mano. Olha isso – dizia apontando para os pontos que eu poderia ver. Quando ia responder o Cadu saiu do quarto de camisa e shorts.
- Oi Jair – disse o cumprimentando com um aperto de mão.
- Entendi agora hahahaha bom te ver, garoto, quanto tempo... Vou sair agora, fique a vontade... – ele saiu de casa com as chaves do seu carro.
- Boiei aqui... – disse o Cadu.
- Você aí, foi me deixar todo roxo... O que meu irmão pensa de mim agora? Não sei aonde você estava com a cabeça... – fingir estar com raiva e ele me seguiu até a cozinha.
Enquanto eu alcançava as xicaras, nescau, pão e outras coisas ele estava encostado com a cabeça na porta me observando, eu me concentrei muito para não rir dele todo tristonho, tadinho do anjo. Eu terminei de fazer tudo e me sentei, ele veio me abraçar por trás beijava minha nuca e dizia que não havia feito de propósito. Eu me virei para ele e passei o dedo no requeijão e em seguida espalhei em todo o rosto dele.
- Estava brincando não é Cadu, você acha que eu ficaria puto por você me deixar roxo? Foi ótimo e eu sei sim muito bem aonde você estava com a cabeça, principalmente essa – disse e apertei seu pau.
- Não vou mais comer com você... – disse saindo da cozinha.
- Ótimo, pensei que você diria que não ia mais me DEIXAR COMER ESSA SUA BUNDA GOSTOSA, MINHA NOSSA SENHORA QUE BUMBUM GULOSO E MAIS... – ele voltou correndo para fazer-me parar de gritar. Ele fica todo envergonhado quando eu falo essas coisas, gritar nem pensar. Em fim, ele me calou sujando também meu rosto com requeijão.
- Seu pateta hahaha já falei para não gritar essas coisas obscenas, eu fico muito envergonhado... E eu te perdoo por ser um cretininho – disse e me beijou.
Comemos juntos e depois fomos lavar os nossos rostos. Seguimos depois para o apartamento que seria o novo apartamento deles. Dani e o Czar já estavam lá arrumando as poucas coisas que já haviam comprado.
Eles me contaram como haviam sido todas as coisas de mudança, conversamos mais sobre como andava as nossas vidas e como era estar de volta ao Brasil, era a primeira vez do Dani, tudo que ele queria era sair para conhecer tudo, ele com aquele sotaque de português iria fazer sucesso no meio dos nossos nativos haha.
Fiquei ajudando-os a montar os guarda-roupas e empurrando as coisas, por incrível que pareça não vieram reclamações, em pleno sábado, já queria aqueles vizinhos compreensíveis.
Naquele dia fui trabalhar e os meninos foram jantar lá enquanto eu trabalhava, pura maldade sim. No fim do meu expediente eles pediram para irmos para uma boate e eu aceitei, já estava acostumado a alongar a noite, mas estava moído. Passei no apartamento e troquei de roupa. Seguimos para a boate e o Dani ficou porre rapidinho, estava soltinho com os sertanejos que estavam tocando, era engraçado ver ele em uma tentativa de dança, o Czar teria que ensaiar com ele. Eu não bebi porque não estava querendo, estava quase enjoando de beber e também estava de motorista. O Cadu bebeu socialmente e ficou levemente alterado.
No fim da noite deixamos os meninos no apartamento deles, tivemos que literalmente carrega-los. Segui com o Cadu para o meu apartamento, mal chegamos ao meu quarto e ele puxou minha camisa quase a rasgando.
- Calma anjo – disse quando ele tirou minha camisa.
- Porra nem uma – aquela forma que ele falou me surpreendeu e me deixou com mais tesão ainda.
Ele me jogou na cama e puxou minha calça, voltou para cima de mim beijando meu pescoço e mordendo dizendo que eu era gostoso, que queria meter o pau em mim. Tudo com voz rouca e gemendo baixinho. Ele chupou meus mamilos mas sabe que eu não tenho muito prazer nisso, desceu lambendo todo o meu tórax e dando chupões, eu fiquei todo arrepiado.
- Hoje você vai ser meu putinho submisso, vem chupar meu pau agora – ele se deitou na cama e eu fui o chupar começando chupando só a cabeça porque isso o deixa todo arrepiado, depois fiquei subindo e descendo em ritmos diferentes. Ele tateou até alcançar meu cu, apertava minha bunda e dava tapas.
- Fica de quatro – eu fiquei e ele só cuspiu no seu pau e no meu cu, enfiou seu pau em uma estocada só, sentir uma dor fudida e apertei a coxa dele e literalmente mordi a fronha.
- Caraca Cadu... – disse enquanto respirava.
- Não reclama que hoje vai ser assim putinho – ele começou a forçar mais e a movimentar, eu aguentei mas não estava fácil, ele me fez deitar e ficou bombando com suas mãos entrelaçadas com as minhas, ele subia e descia, a essa altura a dor já tinha passado e eu sentia seu pau entrando, saindo, pulsando. Tentei me vira de frente, mas ele colou mais seu peito nas minhas costas.
Depois de um tempo ele me virou e saiu da cama, me comeu de frango assado em pé e segurava minhas pernas, vez ou outra ele passa a língua na minha boca, mas não beijava. Ficamos naquela posição até ele gozar e cair na cama. Fiquei em silêncio por um tempo, porque eu não tinha gozado e fiquei sem ter o que fazer mesmo.
- É... – ele me olhou – agora sim me senti uma puta.
- Hahahaha essa era a ideia, putinho.
- Não curti essa ideia...
- Hahahaha vem cá – ele me puxou e começou a me beijar desceu até meu pau e fez o que sabia fazer de melhor, me chupou até eu gozar na boca dele, ofegante e gozado fiquei feliz.
- Agora sim – disse rindo.
- Amor... Mudar não é muito o meu estilo... Eu estava te comendo com tanta brutalidade que me senti um estuprador... Desculpa vou pegar mais leve.
- Que bobeira sua anjo. Eu gostei sim, foi bruto mas foi bom, menos a parte que eu ia ficar sem gozar haha.
- Okay você vai sempre gozar primeiro haha.
Era estranho essa nossa conversa sobre sexo depois do sexo, muitas coisas haviam mudado, mas aquilo era o de menos, mesmo que eu não gostasse de conversar sobre sexo depois do sexo, mas okay.
Tomamos banho e dormimos. Ele estava sem camisa e fez muito frio, estava até tremendo nos meus braços, vesti uma camisa nele enquanto ele dormia, ele disse eu te amo mesmo dormindo, quase que eu choro haha. Era bom poder cuidar dele novamente. Meu anjinho.
Acordei com ele me olhando sorrindo com o violão na mão.
- Decidi que quero ser mais romântico agora... Não sei porque estou avisando também, deve ser pra você perceber haha.
- O meu bem, já falei pra você deixar disso...
- Cala a boca e escuta.
- Romântico haha.
- Affê desculpa... Voltando haha
Ele começou a tocar Just the way you are do Bruno Mars [http://www.vagalume.com.br/bruno-mars/just-the-way-you-are-traducao.html]. Ele estava cantando muito bem, quase não errou nada, eu estava avaliando e nem percebi, mas ele tocou tudo muito bem. Era lindo ver o nariz dele engelhado quando aumentava o tom para cantar, principalmente na parte que ele cantava When i see your face, era lindo demais. Ele terminou de cantar e ele lhe dei um beijo.
- Adorei amor, mas tem uma música que é mais a sua cara, escuta – eu peguei o violão e comecei a tocar S&M da Rhihanna [http://www.vagalume.com.br/rihanna/sm-traducao.html], ele riu muito, levantou, fez a performance e cantou junto comigo.
Depois de fazer minha higiene comemos e ficamos enrolando. A semana passou lentamente, eram muitas novidades para o Dani e nós nos responsabilizamos para apresentar cada pedaço no estado para ele. Na quinta-feira eu estava no apartamento dele, estávamos jogando truco na sala e eles bebendo. Já estava de madrugada e o Cadu levantou os meninos começaram a ri e eu fiquei bem boiando mesmo. Ele voltou com um bolo com velas e cantando parabéns, eu tinha de verdade esquecido o meu aniversário, eu não gostava mais de comemorar, o único importante foi os meus dezoito fora esse nem um, eu já achava que era ruim envelhecer.
Depois de eles cantarem até o com quem será, eu apaguei a vela, eles todos me abraçaram e me desejaram felicidade, e todo o resto. A Lize também me ligou, me desejou parabéns e me brigou por não dar mais atenção a ela e ao nosso filho (ela fala nosso mesmo, porque ele é meu filho sim senhores), depois dela foi a vez do meu irmão me ligar também me desejando parabéns e ele me lembrou de algo que eu também tinha esquecido, havia prometido para os meus pais que iria para um almoço que eles fariam para mim.
Fiquei um pouco desesperado porque eu teria e queria apresentar o Cadu para eles, mas estava bem receoso. Fui para a sacada do apartamento enquanto eles preparavam a mesa para um jantar surpresa. Me lembrei que eu sempre andava com um cigarro no bolso, obtive essa mania quando comecei a fumar, eu ficava nervoso e fumava, era tradição. Puxei mas não tinha como acender. Quando ia guardar de volta o Cadu apareceu.
- Patrick os men... O que é isso? – perguntou mas dava para ver o que era, então nem me dei ao trabalho de responder – Tu fuma desde quando?
- Eu comecei quando... Quando você disse que não iria mais funcionar... Mas eu parei, juro, desde quando você voltou que eu nem sequer penso em fumar, juro juro juro – disse indo na direção dele.
- Patrick eu juro que se eu te ver com uma merda dessa de novo, mesmo que não esteja aceso ou se você estiver com cheiro disso, eu não vou pensar duas vezes, cê sabe que a minha avó morreu por causa dessa merda... Por Deus... – disse e foi para a sala de jantar, esse foi meu primeiro presente de aniversário.
Jantamos e todos perceberam que o clima não era mais o mesmo, mas ninguém perguntou nada, rolou algumas piadas mas o clima cortava logo. Terminamos de comer e nós dois fomos lavar a louça, terapia!
- Patrick... – me chamou mas continuou olhando para o prato que ele estava secando – Desculpa por ser tão duro, você disse não está mais fumando e eu confio em você – me olhou – esse assunto mexe comigo... Só isso.
Rolou todo aqueles pedidos de desculpas, beijos, sexo na cozinha haha, e dormimos. Acordei com ele me oferecendo uma bandeja com vários pães e nescau, comemos juntos.
- E então qual a missão para hoje? – perguntou-me.
- É... Bem isso que você falou... Missão!
- Me conte agente pirocon.
- Hahahahahaha besta... Então... É... Então... – ele deu um tapa na minha perna – Almoço na casa dos meus pais, assumir e apresentar você.
Ele ficou estático, me olhando e pedindo para eu falar que era brincadeira, eu disse que era tudo verdade, ele disse que tudo bem e foi se arrumar muito pensativo. Saímos e fomos na minha moto até a casa dos meus pais, descemos da moto e ele continuou com o capacete.
- Hahaha tira esse capacete, amor.
- Não dá, minha cabeça é grande, prendeu.
- Deixa disso amor haha – tirei o capacete dele e segurei – Fica relaxado que tudo vai dar certo...
- Tem certeza?
- Não hahaha, ta bom, nada vai acontecer e se acontecer tudo vai continuar na mesma, não dependo mais tanto deles, okay? – ele fez que sim com a cabeça.
Apertei a campainha e minha irmã quem abriu, estava toda arrumadinha, pulou no meu pescoço me beijou e disse que estava com saudade. Viu o Cadu e o cumprimentou feito gente, ela sorriu para mim e entrou. Cumprimentei a todos os meus tios que estavam nos corredores e sala, ainda tinha poucas pessoas. Meus pais estavam no quintal próximo a churrasqueira, eles me avistaram e vieram me abraçar.
- Pensei que não viria mais... Oi! – disse minha mãe para o Cadu que apenas assentiu com a cabeça sorrindo e a abraçando – Rapaz tímido... Está com medo de nós? – mal sabia ela que ele estava sim – Seu rosto me é familiar...
- Mãe e pai, esse é o Cadu... O meu namorado.