Oi pessoal, tudo bem, nesse conto eu vou escrever a história do Pedro e no final do conto anterior eu disse que iria escrever sobre o pq de ele ter vindo com os seus pais para o Brasil, mas eu resolvi agora mesmo de última hora fazer uma mudança, ele agora vai voltar só para o Brasil (ele e seu irmão de 1 ano de idade), e o motivo disso vcs vão saber agora.
Bom Pessoal, eu me chamo Pedro Mello tenho 14 anos moro em Paris com meus pais à 7 anos, sempre tive uma vida muito boa e cheia de luxos, já que meus pais são empresários na área da construção civil, meu pai é engenheiro e minha mãe é arquiteta e os dois são donos de uma empresa juntos.
A minha dita história começa nesta madrugada de sexta para o sábado quase no fim de janeiro, quando e estava dormindo e uma de nossas empregadas entra no quarto me chamando, na hora eu acordei pronto para lhe dar umas broncas já que ela atrapalhou meu sono e pq tbm eu estava dormindo de cueca box e sou uma pessoa muito vergonhosa. Mas quando ela entrou em meu quarto e me acordou eu logo percebi que ela estava chorando muito e com o telefone na mão, seu nome é Karla, uma brasileira que a 16 anos mora em Paris e quando chegamos aqui ela foi a primeira a se candidatar ao emprego e a empregamos:
Eu: Karla o que foi que aconteceu?
K: Pedro eu nem sei como te falar...
Eu: fale logo, está me deixando assustado!
K: ai meu Deus! (chorando), seus pais sofreram um acidente de carro e...
Eu: E o que, me diz agora, o que aconteceu com os meus pais? (já desesperado)
K: ele morreram...
Eu: Não, não, não, eu quero meus pais, quero os ver agora, eles não podem ter morrido.
Naquela mesma noite meu motorista nos levou para o hospital e conversando com o médico ele me confirmou que os dois ainda tinham chegado com vida no hospital, mas nenhum conseguiu resistir. Na hora meu chão caiu, não sabia mais o que fazer, eu estava perdido, não tinha mais ninguém aqui em Paris a não ser a Karla, que além de empregada é uma grande amiga e é a única que atura minhas chatices e meu mau humor.
Já de manhã voltamos para casa arrasados e chorando muito, fui no quarto do meu irmãozinho o Carlos de apenas 1 ano que estava com sua babá, dei um beijo e o peguei um pouco e comecei a chorar com ele no colo então eu falei para ele: “agora somos só nós dois, sempre vou cuidar de vc não se preocupe vc ainda tem a mim”. Depois fui para o meu quarto, me tranquei e não queria mais ver ninguém, encarreguei a Karla de providencias o enterro pois não queria participar de nenhum preparativo, pra falar a verdade não queria mais fazer nada em minha vida. Passei o dia todo trancado no quarto fingindo que nada mais existia no mundo, só o que tinha na minha cabeça eram as lembranças dos meus pais, ótimos pais, atenciosos, carinhosos, eram os tipos de pessoas que compreendiam tudo o que vc falava e que sempre buscavam a melhor solução para os problemas, até quando eu contei que era gay (isso quando eu tinha 13 anos), eu achava que eles iriam me matar, mas foi totalmente o contrário, eles aceitaram muito bem e não fizeram complicações, eles sempre me apoiaram.
Enfim, passei todo o dia trancado no meu quarto e acabei pegando no sono depois de ter chorado tanto que não conseguia mais, me acordei no outro dia com a Karla me chamando:
K: Pedro, já está tudo preparado, o enterro será hj de tarde.
Eu: está bem, o meu irmão cadê ele, eu o quero junto a mim nesse momento.
K: a babá está terminando de dar banho nele e vai troca-lo de roupa então eu o trarei para vc ok.
Eu: está bem, vou me trocar.
O enterro foi muito tumultuado, quando eu desci do carro com meu irmão no colo dezenas de fleches e repórteres caíram sobre nós, eu até já podia ver nossos rostos na 1° capa dos jornais. Haviam muitos amigos da família, assim como tbm muitos amigos meus, todos nos cumprimentaram e meus amigos ficaram o tempo todo comigo e meu irmão.
Depois do enterro voltamos para casa e não demorou muito e recebemos uma ligação do brasil, eram meus avós, pais da minha mãe, meus únicos parentes vivos e ordenaram a minha volta para o brasil junto com o meu irmão, então antes de tudo, eu os trouxe para Paris e ordenei a venda de todos os bens da família aqui na Europa menos um apartamento em Roma que meus pais amavam e eu quis manter.
A chegada deles foi muito boa, eles tinha um abraço muito caloroso, minha avó me lembra muito minha mãe. Não demorou muito e já começamos a vender tudo, o ultimo bem a ser vendido foi a empresa, foi uma briga muito grande entre os empresários do ramo, mas foi uma venda bem satisfatória que por acaso saiu a um preço um pouco mais elevado do que o pedido, já que as ofertas eram tanto que tivemos que optar por leilão resumindo depois de tudo vendido e com a fortuna que meus pais deixaram eu pude somar um acumulo de quase 600 milhões de euros, dinheiro esse que eu iria dividir meio a meio com meu irmão sem problema nenhum.
Meus avós sem reclamar concordaram com todas as minhas decisões, e quando já estava tudo pronto e meu irmão já havia recebido a autorização do governo para ir para o Brasil, eu mandei que a Karla arrumasse todas as suas coisas, pegasse seus dois filho já que ela é mãe solteira, consegui a documentação de viagem dos filhos dela tbm, e ordenei que ela voltasse com agente e ela felizmente aceitou já que eu lhe ofereci uma casa de presente e continuar trabalhando para agente lá no brasil.
No dia da viagem, me despedi de todos os amigos, vizinhos, amigos mais próximos da família e meus amigos da escola fizeram uma pequena festa de despedida para mim, esses me farão muita falta. Então todos pegamos um avião, eu, meu irmão, meus avós, a Karla e seus filhos.
Chegando no Brasil depois de tantas horas de viagem nem contei quantas horas foram, fomos direto para casa, e como eu tinha prometido para a Karla, ainda quando estávamos em Paris eu providenciei a compra de uma casa para ela perto do condomínio que meus avós moram, uma casa até legal, três quartos, dois banheiros, uma área de serviço, uma ampla cozinha e etc. ela ficou muito feliz e satisfeita com a casa.
Devo confessar que talvez para mi seja muito difícil me acostumar com o Brasil, aqui em Natal é muito diferente de Paris, quem sabe o que eu vou viver aqui, será que pelo menos eu vou ser feliz, espero que só coisas boas me aconteçam.
Dois dias depois de chegarmos minha avó chega em meu quarto me dizendo que já tinha me matriculado em uma escola e que minha aulas já estavam perto de começar, bom de certa forma eu fiquei muito feliz com essa notícia, eu estava precisando conhecer coisas novas, pessoas novas e novos ambientes.
Começo de fevereiro as aulas já começavam, mas eu não quis ir, então deixei para ir uma semana depois do início das aulas, devo confessar que eu passava grande parte do meu tempo com meu irmão e saindo pela cidade com o meu motorista que por acaso era um senhor muito simpático e conhecia bem a cidade, mas para o asar dele eu não tinha motivo nenhum para ser simpático e só falava quando iria dar uma ordem ou precisava de algo.
No meu primeiro dia de aula fui direto para a sala do diretor, ele me falou muitas coisas sobre a escola e me levou para minha sala, chegando perto da sala encontramos um garoto sentado em um banco lendo um livro e o diretor parou para conversar com ele, não prestei muita atenção na conversa deles, eu estava prestando atenção nos prédios em construção fora dos limites da escola, mas pelo o que eu ouvi acho que o garoto estava fora da sala pq chegou atrasado ou algo assim e o professor não deixou ele entrar na sala. Então o diretor nos apresentou, o nome dele é Lucas, devo admitir que ele é bem bonitinho, mas não cheguei a me interessar romanticamente por ele, mas ele me surpreendeu quando se apresentou para mim em francês, isso sim me surpreendeu.
Depois das apresentações fomos para a sala e adivinha minha cadeira ficava logo atrás da do Lucas de certa forma foi bom até pq ele foi a primeira pessoa que eu fiz contato e seria mais fácil tentar amizade com ele. Logo ele me apresentou para seus amigos a Laura e o Caio, devo admitir que o Caio sem me chamou a atenção, ele tem um jeito sedutor e charmoso de ser, gostei dele, acho que vou jogar um pouquinho com ele para ver no que vai dar. Sei que não sou uma pessoa de fácil convívio, não que eu seja assim pq eu quero mas eu é pq é assim que eu sou, mas tentei ser o mais simpático possível perto dos meu novos amigos para tentar dar uma boa impressão, e acho que consegui, já que eles me aceitaram bem e não tentaram me bater como muitos já tentaram, enfim gostei deles e acho que com certeza seremos ótimos amigos, talvez algo mais com o Caio, mas vamos ver né.
Depois das aulas, me despedi dos meu as amigos e fui direto para casa, chegando de frente a minha casa percebi que em uma das casa estava parando um carro parecido com o do Lucas, tive certeza que era ele quando ele desceu do carro, pensei em ir lá falar com ele, mas estava sem paciência e queria ir comer qualquer coisa e ir para o meu quarto dormir um pouco, mas fiquei feliz em ter um amigo morando a acho que quase 300 metros de minha casa.
Pessoal, aqui está a história do Pedro, espero que vcs gostem. BJS e até a próxima. <3
P.S. Os comentários de vcs são os melhores, estou adorando cada comentário que vcs estão fazendo, amo todos vcs e muito obrigado.
Eu tinha deixado um recado dizendo que só iria postar esse capítulo amanhã pq eu achava que não teria paciência de escreve-lo todo hj, mas como eu comecei e terminei hj então resolvi posta-lo logo. Amanhã nos vemos de novo TCHAU.