Depois que ele foi as pessoas começaram a ir embora, eu fiquei em frente de casa conversando com o Guga e o Rodrigo.
— Ele vai fazer falta. — disse o Guga.
— Bota falta nisso! — o Rodrigo.
Ele levantou e olhando pro Guga:
— Bora beber, porra? Vou lá em casa pegar uma especial. — ele foi em direção a casa dele.
Eu tava com as pernas esticadas e com os braços pra trás, só ouvindo a conversa dos dois quando o Guga colocou a mão na minha perna:
— E agora?
— O que que tem?
— Tu e o Rodrigo, como vão ficar as coisas entre vocês?
— Sinceramente eu não sei.
— Agora não tem nada que impeça que vocês dois fiquem juntos, o único empecilho agora acabou de ir embora.
— Porra Gustavo, não é assim!
— Porra digo eu, se o próprio Rafael foi embora pra ti ficar com o Rodrigo e tu vem me dizer que não sabe como as coisas vão ficar? Vai te fuder né?
— Qual o teu problema Gustavo? Tu tá mais preocupado do que eu cara.
— Realmente tu tá certo, eu tô mais preocupado com a tua felicidade do que tu mesmo. Continua aí bancando a donzela que perdeu o príncipe!
Ele levantou e foi atrás do Rodrigo, eu fiz o mesmo, me levantei e fui em direção de casa. Né que eu digo? Quem ele pensa que é pra dizer o que eu tenho que fazer ou deixar de fazer?
Tava tirando a camisa quando meu celular começou a tocar, peguei ele e era o Rodrigo. Ignorei e não atendi, voltou a tocar de novo então eu o desliguei. Deitei na cama até que peguei no sono. Acordei no outro dia e como era um sábado, passei o dia na cama. No início da noite meu celular começou a tocar e era o Rafael.
— Fala Fael!
— Liguei pra dar sinal de vida.
— E aí cara, chegou bem?
— Cheguei sim, agora tô dando uma arrumada no ap pra poder passar essa noite.
— Aguenta, ninguém mandou tu ir embora!
— Porra, valeu pela força!
Nós ficamos conversando por quase uma hora e depois ele desligou porque ia comer alguma coisa.
Faltava menos de uma semana pro natal e uma data que eu curto muito é o natal. As pessoas mudam, o clima fica bom, pelo menos eu acho.
Uma coisa estranha que eu passei a notar foi que o Rodrigo me evitava. Bem, não que ele não falasse comigo, ele falava, mas não do modo que eu pensei que ele passaria a falar. Tá, confesso que acreditei que no dia seguinte da viagem do Rafael ele viria aqui em casa e iria pedir pra eu voltar pra ele, mas ele não fez isso e os dias foram passando.
O Rafael me ligou:
— Feliz véspera de Natal
— Pra ti também Príncipe.
— Esse natal só não vai ser mais miado porque meus pais vieram passar comigo.
— Eu te mato, filho de corno!
Ele deu uma risada alto no telefone e disse que só tinha ligado mesmo pra desejar feliz natal.
Véspera de Natal e como todo ano a ceia seria em casa e a parentada toda tava presente. Uma coisa que eu gosto de dezembro é a sensação de renovação que ele traz, é a melhor época do ano na minha opinião. Então, eu tava conversando com alguns primos que eu não via há tempos quando senti uma mão no meu ombro. Quando olhei pra ver quem era, me deparo com aquele par de olhos azuis da cor do mar.
— Renato?
— Vai me dar um abraço não?
E foi automático, abri os braços e o abracei, ele retribuiu com um leve cheiro no pescoço.
— Caralho Renato, tu chegou quando?
— Hoje, e tô indo dia 26.
— Mais por quê?
— Vou voltar a morar no Rio de Janeiro.
— Ah, que droga cara!
— O Rodrigo me disse a mesma coisa, ah, e por falar nele, a gente pode trocar uma ideia depois?
— Mais claro!
— Deixa eu ir falar com os teus pais e depois a gente troca essa ideia.
Ele foi falar com os meus pais e eu fiquei olhando pra porta esperando o momento em que o Rodrigo entraria, mas ele não entrou. Juro que não entendia essa súbita mudança dele, de se afastar de mim. Quando eu tava com o Rafael ele fazia de tudo pra ficar perto de mim, e agora que eu tava livre ele começou a me evitar, não dava pra entender. O Renato:
— Bora lá pra fora, aqui tem muita gente!
A gente ficou na frente de casa que tava bem movimentada, ele sentou no famoso muro lá de casa.
— Cadê o Rodrigo?
— Eu ia te perguntar sobre isso mesmo, vocês brigaram ou algo do tipo? Eu chamei ele pra vim comigo, mas ele não quis.
— Renato, não sei. Pra falar a verdade, ele tem me evitado desde que o Rafael foi embora.
— E tu já foi atrás dele pra saber o motivo?
— Tu jura mesmo que eu vou correr atrás dele?
— Porra, Vinícius! Não é correr atrás de ninguém, e sim ir conversar!
Nós ficamos conversando, ele falava sobre trabalho e tudo mais quando o Rodrigo surgiu em frente da casa dele e puta que o pariu (perdão pelo palavrão), mas foi essa palavra que veio na minha cabeça quando eu vi ele.
O muleke tava muito lindo, vestia uma camisa vermelha, uma calça jeans com uma lavagem escura e um sapato branco, lindo rsrs. Fiquei olhando pra ele sem reação alguma, ele deu um leve sorriso em nossa direção e veio vindo até nós, meu coração parecia uma bateria de escola de samba, a cada passo que ele dava as batidas aumentavam.
— Feliz Natal! — e ele me abraçou e a sensação que tudo ao meu redor sumiu, ficando só eu e ele ali. Não sei se vocês já passaram por isso, é algo incrível.
O abraço durou menos que 5 segundos, mas pareceram horas.
— Feliz natal, Rodrigo.
Ele ainda ficou me olhando nos olhos alguns segundos, mas logo depois olhou pro Renato e disse:
— Esse pilantra já te falou que vai embora de novo?
— Me contou!
— Infelizmente é a vida! — o Renato.
Nós três ficamos conversando por horas, até que o Renato foi embora ficando só eu e o Rodrigo. Ele:
— A galera tá pensando em passar a virada do ano em Salinas, tu vais?
— Não sei, não tô muito no clima de ir pra algum lugar. Vou acabar ficando por aqui mesmo.
— Sei como é!
— E tu vais?
— Claro que sim, tu acha mesmo que eu vou ficar em Belém?
— Hum...
Então eu olhei no meu celular e era quase 5 da manhã, tinha quase ninguém na rua de casa.
— Rodrigo, por que tu mudou comigo? — eu disse olhando pros meus sapatos.
— Por que tu perguntou?
Nem eu sabia porque tinha perguntado aquilo. Eu olhei pra ele e dei um sorriso.
— Esquece, vou dormir.
Me levantei e ele levantou junto.
— Por que tu perguntou isso? — ele disse olhando nos meu olhos.
— Amanhã a gente se fala.
Entrei em casa e o papai ainda tava acordado.
— Vai dormir homem!
— Meu filho, vem cá.
Fui até ele e me sentei na cadeira, ele pegou minha mão e a beijou.
— Tô te achando tão triste esses dias. É por causa do Rafael?
— Pai, não tô triste, eu só sinto saudades dele.
— Vocês namoraram por quanto tempo?
— Quase cinco meses, pai. O senhor tá porre, né?
— Respeita teu pai moleque!
— Ai pai, deixa eu me deitar.
— Espera aí, quero te perguntar uma coisa.
— O que?
— Fiquei pensando e me bateu uma dúvida, antes do Rafael tu já tinha namorado com outro homem?
Eu podia esperar tudo, menos aquilo. Dei uma risada.
— Teve um só um antes do Rafael!
— Hãm... E ele foi o teu primeiro tudo?
Me Levantei da cadeira.
— Tchau pai, boa noite!
Meus pais viajaram no dia 27 pro Rio, eu passaria mais uma virada de ano só, mas não achava ruim, era bom pra refletir o que eu tinha feito em 2012.
Dia 31 chegou. A Help, moça que trabalha em casa, fez algo pra mim comer na virada e depois foi embora, disse pra ela voltar só dia 3. Onze da noite eu tava na sala bebendo uma latinha de cerveja e vendo o show da virada na Globo, 11:40 eu saí e fiquei sentado na frente de casa olhando o povo e esperando o ano terminar. A casa do Rafael tava com as luzes apagadas, com certeza os pais deles tinham ido viajar, pensei comigo mesmo. Até que a luz do pátio acendeu, eu fiquei olhando pra ver quem era quando o Rodrigo apareceu, fiquei sem reação. Ele abriu o portão e veio até mim, ele vestia uma camisa branca com uma calça e um chinelo, ele veio rindo em minha direção.
— O que tu faz aí cara?
Eu olhei pra ele e confesso que me deu um frio na barriga, ele tava bem bonito, mas bota bem nisso kkkk, ele sentou do meu lado.
— Pensei que tu tivesse ido viajar. — disse.
— Até ia, mas parei e vi que ficaria quase uma hora até chegar na praia e decidi ficar. E tu não foi mesmo pra canto nenhum? A mamãe me disse que os teus pais viajaram, até pensei que tu tinha ido com eles.
— Tô numa vibe mais relaxada, pra falar a verdade acho que tô ficando velho, é isso.
— Porra se tu tá velho imagine eu? — nós dois rimos, ele parou e ficou me olhando — Égua, lembrei da gente ano passado aqui mesmo onde a gente tá agora!
— Se a gente tivesse programado pra passar a virada do ano aqui nesse mesmo lugar, não tinha dado certo. — eu olhava pros olhos dele, mas as vezes eu olhava pra boca dele.
— Tem nada pra beber nessa casa não?
— Cara, bora lá dentro que eu vou te mostrar o que o papai deixou de bobeira. — nós entramos em casa e fomos pra cozinha, abri a geladeira e mostrei pra ele: — E aí, o que tu me diz?
— Caralho, botei fé no teu pai.
Era uma garrafa de Chadon, não sei se alguém já provou, é a coisa mais gostosa do mundo hahaha. Ele pegou a garrafa e eu peguei dois copos. Ele abriu e serviu a gente.
— Só acho que a gente abriu antes da hora né? — eu disse.
— Não importa, falta só 10 minutos.
A gente foi pra sala, eu me sentei e ele ficou em pé.
— Ano passado tinha música e esse ano não tem?
— Porra, nem sei onde tá meu pen drive pra colocar algo.
— Se esse é o problema eu já venho. — ele saiu de casa e em menos de dois minutos voltou com um pen drive dele. Ele ligou o som e colocou e a primeira a tocar foi Jorge e Mateus e por incrível que pareça era a mesma música que tocava ano passado quando ele foi se despedir de mim. — Se tu quiser eu troco.
— Por mim, tudo bem.
Mas o clima ficou estranho e foi inevitável não lembrar da virada do ano passado, até que ele mudou de música.
— Essa música não combina com a vinda de um ano novo.
— Pode crê.
Ele trocou e era outra do Jorge e Mateus: Tem nada haver.
A gente começou a cantar, ele tava encostado perto de som e eu no meio da sala em pé, a sala tava à meia luz, não tava escura por completo por causa da árvore de natal e pela pouca luz da rua que entrava, eu parei de cantar e ele continuou.
Tem nada a ver
Você é quem está fugindo da verdade,
Parece que tem medo da felicidade,
Você diz que não, seu corpo diz que sim
Tem nada a ver
A boca que me beija, a mão que me apedreja
Se deita em minha cama, depois me difama
Diz que não me quer, mas vive atrás de mim.
E os fogos no céu já apontavam que 2013 tinha acabado de chegar e a sensação de poder começar tudo de novo é algo incrível (acho que já disse isso aqui kkkk).
O som da música ficou mais baixa e os barulho dos foguetes e o das pessoas na rua tomava conta da sala, o Rodrigo tava parado na minha frente, ele mais uma vez na minha frente. Mesmo a gente sempre brigando e se odiando ele sempre teve ali na minha frente.
Me aproximei mais dele e o abracei e ele retribuiu da forma mais carinhosa que só ele poderia fazer, nenhum de nós dois falou nada e por um momento 2012 não existiu e eu me vi em 2011 com ele me abraçando e dizendo que não era pra eu chorar porque ele ia voltar e ele tinha voltado pra mim e eu comecei a chorar (confesso que também tô chorando agora kkkk, sim sou muito besta).
— Desculpa! — disse.
Sim, a primeira palavra de 2013 tinha sido Desculpa.
— Eu te desculpei tem muito tempo!
Me afastei dele e vi que ele tava com os olhos cheios de lágrimas.
— Feliz 2013!
— Feliz 2013 pra gente.
Ele foi chegando mais perto, sentia o hálito dele mais perto do meu rosto, eu já fui fechando os olhos até que senti ele beijando meu rosto.
— Ei, tem que comer sete uvas, tem aí?
Uva? E o beijo? O que eu mais queria ele não me deu.
— Claro, bora lá.
E a gente fez aquele ritual todo e depois ficamos na sala ouvindo música e bebendo e confesso que com champanhe eu sou fraco kkkkkkkkk. Ele me disse o que pretendia fazer esse ano.
— E tu, o que tu espera desse ano?
— Rodrigo, não espero muita coisa não. Se for um terço melhor que 2012 tá ótimo.
— E o Príncipe? Tem falado com ele?
— Ontem eu falei com ele. Mas hoje ele nem me ligou. — encostei minha cabeça no sofá e fiquei olhando pro teto e só o som ali não deixava o silêncio reinar.
— Tu gostava mesmo dele, né?
— Sim esse que era o problema, eu só gostava dele!
E logo ele tratou de mudar de assunto, ele também trocou a música e colocou umas românticas. Isso era por volta de duas da manhã, a gente tinha secado a garrafa, ele tinha ido na cozinha beber água e no som tocava umas música lentas. Tocava até Adele (gosto muito dela kkkkk ) se vocês acreditam.
— Vai tocar uma música depois dessa que eu espero por esse momento há muito tempo.
— Qual?
Então a música que tocava terminou e essa que ele tanto esperava começou a tocar, ele foi e se aproximou de mim, estendeu a mão e olhando nos meu olhos disse:
— Dança comigo?
Não acreditei que ele tinha pedido aquilo! Ele chegou mais perto e colou meu corpo no dele e como ele é um pouco mais alto que eu, meu nariz ficou no pescoço dele sentindo cheiro dele. E que cheiro!
Quando então começou a tocar uma das músicas que ficou e vai ficar marcada pra sempre na minha memória (galera, essa parte pra vocês poderem sentir o que eu senti, leiam ouvindo a música, por favor!!!! peço isso a vocês http://www.youtube.com/watch?v=ry1DcOHvu5w aí em baixo tá a tradução. Quem puder, faz isso, vai valer a pena) e ele começou a cantar junto:
Make you feel my love
Quando a chuva
Está soprando no seu rosto
E todo o mundo
esta em sua mala
Eu poderia oferecer a você
Um abraço caloroso
Para fazer você sentir o meu amor
Quando as sombras da noite
E as estrelas aparecem
E não houver ninguém lá
Para secar suas lágrimas
Eu poderia segurar você
Por um milhão de anos
Para fazer você sentir o meu amor
Eu sei que você
Não se
Decidiu ainda
Mas eu nunca
Erraria com você
Eu já soube
Desde o momento
Que nos conhecemos
Não há dúvida na minha mente
De onde você pertence
Eu passaria fome
Eu me machucaria
Eu iria me arrastando
Avenida abaixo
Não, não há nada
Que eu não faria
Para fazer você sentir o meu amor
As tempestades são violentas
Sobre o mar revolto
E no caminho do arrependimento
Embora ventos de mudança
Estejam trazendo entusiasmo e liberdade
Você ainda não vê nada
Como eu
Eu poderia fazer você feliz
Fazer os seus sonhos se tornarem realidade
Não há nada que eu não faria
Iria até o fim
Da Terra por você
Para fazer você sentir o meu amor
Fechei meus olhos e viajei, a voz dele rouca no meu ouvido junto com a dela foi algo único e não tinha como, mesmo que eu quisesse negar, eu era completamente apaixonado por ele. Quando terminou a música ele continuou abraçado em mim e eu ainda fiquei com os olhos fechados.
— Dormiu?
— Não, mas eu sonhei legal.
Nós rimos, ele se afastou de mim, foi até o som e o desligou.
— Por que tu desligou?
— Tá na hora de ir pra cama.
Quando ele falou isso, na mesma hora eu me arrepiei.
— Como?
— Vou embora, vou deixar tu dormir.
Como ir embora? Ele tava fazendo graça, depois de tudo que ele tinha feito, ele ia embora?
— Tu que sabe.
— Amanhã a gente se fala.
— Beleza.
Ele saiu de casa e eu me deitei no sofá tentando entender onde ele queria chegar com tudo aquilo.
Janeiro foi um mês extremamente calmo, nada de grande importância, e o Rodrigo ainda continuava naquele jogo dele de me provocar e na hora ir embora e me deixar com o gosto de quero mais.
Quase final de janeiro teve um aniversário de um amigo nosso e foi na casa dele em Mosqueiro (uma ilha de Belém) seria um final de semana. No sábado à noite todo mundo já tava pra lá de Bagdá e o Rodrigo tava distante de mim, eu chegava até ele pra conversar e nós trocávamos duas palavras e ele saía, até que eu cansei.
Depois de um tempo sentado me levantei e fui andar na praia, isso era por volta das 11 da noite. Depois de chegar perto da água eu me sentei na areia e fiquei olhando as poucas ondas que se formavam, quase 10 minutos depois eu me levantei e quando virei vi o Rodrigo vindo na minha direção.
— Cara, como tu some assim?
— Como se tu ficasse preocupado, né?
— Como é?
— Ah Rodrigo, não enche meu saco não. — passei por ele que segurou meu braço.
— Por que tu tá me tratado assim?
— Eu resolvi te tratar da forma que tu vem me tratando há um bom tempo e hoje foi a gota d`água. Fiz de tudo pra me aproximar de ti de novo e tu sempre inventando alguma desculpa, porra, eu cansei. Se tu não me quer mais perto de ti, beleza, tu conseguiu isso, porque a partir de hoje eu que não quero mais ficar próximo de ti!
O filho da puta simplesmente riu do que eu tinha dito. Me aproximei dele:
— Qual é a graça? Aqui tem algum palhaço?
E aí que ele ria, fiquei puto e fui pra cima dele, mas ele me segurou e me derrubou no chão ficando por cima de mim. Disse:
— Tu é idiota, isso sim, idiota!
Ele saiu de cima de mim e foi andando, eu me levantei e fui até ficar em frente dele.
— É, eu sou idiota mesmo, tu tem razão, porque mesmo tu me tratando dessa forma eu não consigo parar de pensar em ti. Eu sou tão idiota que depois de tudo eu ainda te amo, filho da puta!
Dois passos foram o suficiente pra ele me agarrar e me beijar. O beijo que fez meu corpo tremer, enfim, o beijo que eu tinha esperado por tanto tempo aconteceu e veio sem culpa e ressentimento. Um beijo tão bom quanto aquele que ele me deu no meu quarto depois da formatura do Rafael.
Por que o amor sempre traz com ele sofrimento, dor? Sinceramente não sei e não conheço ninguém que nunca sofreu por amor e ali tanto eu quanto o Rodrigo tínhamos sofrido e tínhamos amadurecidos por conta disso e prontos pra viver o amor de novo! E como já dizia Camões:
“Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.”
Bem, eu atualizei o conto com uma versão revisada que uma leitora do conto fez. Queria deixar aqui o meu muito obrigado a Josi, a pessoa que teve esse trabalho todo. Então vc que estiver lendo a partir de hoje, irá ler uma versão bonitinha, sem erros ortográficos e tudo mais rsrsrs. Aproveita e me segue lá no Wattpad https://www.wattpad.com/user/viiniiciiusp Tô escrevendo e postando uma história lá. Dá lá essa moral rsrs.
Caso queria mandar um e-mail: viiniiciiusp@hotmail.com