Gente vai desculpando a demora.. to com a Internet mais lenta que uma tartaruga andando de joelho.
Anjel não sabia, mas sua irmã estava se sentindo pressionada, ela queria tudo mas, ao mesmo tempo estava disposta a abrir mão para viver outra vida, de modo diferente, só para se sentir da forma que sempre quis..... ser amada.
ainda no jardim anjel ficava se perguntando, por que sua irmã não contou que tinha que ir embora?
será que ela estava esperando o momento certo?
a cada minuto olhava para ela e mordia os lábios, sinal que queria falar algo, só que não tinha coragem.
a outra notou a inquietação da irmã.
-fala logo!
-não sei como.
-sei que é por conta do que a mamãe falou.
-você vai embora?
-humm. não sei.
-como não sabe? você faz faculdade lá fora, e pelo nome é muito caro.
-um pouco.
-o que você faz?
-engenharia.
-acho que você deve ir.
-não quero deixar tudo pra tras.
-mas não vai deixar, se o paulo gostar mesmo de você vai te esperar e três anos passam rapido, e acho que você tem ferias nesse meio tempo, vai ser bom.
-falando assim até parece fácil.presta atenção o que eu passei aqui essas semanas, foi mais significativo que em toda minha vida, não seria justo eu fugir disso.
-você não vai fugir, você vai atras do que é bom para você, e outra coisa, do jeito que conheço meu irmão ele se sentirá culpado por você ter ficado, vai. busca oque lhe é de direito, não deixa isso pra tras.
-eu queria levar ele comigo, mas sei que ele nao irá aceitar.
-você gosta mesmo dele, né?
-não sei, ele mexeu comigo, parece que o que faltou em mim, deus pegou e moldou e transformou no paulo, quando penso nele percebo que ele é o que falta em mim, é algo surreal.
anjel empinou o nariz e com um sorriso presunçoso disse.
-É amor!
angel nem fez força para falar algo, ela só deu um meio sorriso e baixou a cabeça, ela estava coradatudo na quela tarde não estava tão bem, ou melhor, não estava ruim mas também não estava bom, as duas queriam sair para encontrar seus amores e sua mãe queria atenção.
- meninas vamos ao shopping.
as duas concordaram, não tinha muito oque fazer, afinal era mãe delas também, e elas deviam dar respeito à ela.
shopping castanheira, estava muito bem enfeitado, estava chegando o natal, as duas irmãs estavam de braços dados caminhando pelas lojas e a cada vitrina anjel avistava algo interessante e para ódio de angel, ela parava fazendo assim a outra parar rapidamente.
-dá pra parar com esse acesso de doidice?
anjel ficou magoada, dona angélica ouve a repreensão da filha.
-para com isso, você já tem o costume de passear por lugares mais distintos que esse, que lhe faz não ter reação nenhuma com nada disso, mas ela não teve nenhum contato como você, então poderia respeitar.
-mas, ela tá me freando à cada minuto.
-já chega.
por trás da dona angélica, anjel só de pouco mostra a língua pra irmã, que a deixa furiosa.
-mãe....
a mão estendida da mãe faz ela parar de falar.
e novamente se segue o passeio mas desta vez dona angélica está no meio das duas.
-vamos tomar um suco?
e sem esperar a resposta foi puxando as duas para o pátio de alimentação.
dina angelica vai ao balcão e angel dá um chute na canela da irmã.
-AI!
-imbecil.
-por que?
ela sabia do que se tratava mas preferiu se fazer de besta.
-você tá se divertindo.
dona angélica senta-se na mesa e trás consigo um badeja com três copos.
-bom meninas- dando um copo a cada uma- que querem fazer?
anjel pensou
- quero comprar uma coisa, para minha mãe.
dona angélica ficou cabisbaixa.
- quando irá me chamar de mãe?
-desculpe mas só com o tempo, deixa eu me acostumar com isso, estou passando uma fase de adaptação, estou em um tempo de descoberta.
angel sorriu maliciosamente.
-realmente maninha, você está se descobrindo literalmente né?
anjel fez uma careta.
-você também, né. cuidado pra não ter um enfarto de tanta palpitação.
-de que vocês estão falando?
elas se encaravam.
-nada não, é coisa nossa.
anjel finalizou lembrando da compra que ela queria fazer.
-eu queria uma geladeira, minha outra mãe não tem.
dona angélica sem o que fazer concordou.
-e o que mais você quer?
-não sei.
teminando o suco ela seguiram para uma loja de eletrodomésticos.
no caminho angel vê jully vindo em sua direção, sem perceber a mãe das duas que segue na frente, ela pensa rapidamente para não haver nenhuma palavra mau dita por ela e larga do braço de anjel e apressa o passo na frente da mãe, e puxa Jully pela mão e dá um abraço nela.
quando seu rosto chega perto se seu ouvido ela fala rapido, simula que essa é nossa mãe.
Jully entende.
-quanto tempo não, angel? tá sumida.
-pra te ver quem é vivo sempre aparece.
anjel estava com um nó na garganta com medo de algo dar errado, ela ainda não estava preparada para esse tipo de coisa, não sabia como sua mãe iria reagir se souber que ela na verdade era sua namorada.
-mãe essa é a Jully, ela é uma amiga.
-Olá, quer se juntar à gente? vamos fazer compras, tem tempo?
jully olhou para anjel, que estava com o rosto vermelho.
-claro! estou só matando tempo mesmo.
e entraram na loja.
jully passou a mão discretamente nos cabelos de sua amada e falou ao seu ouvido.
-saudade?
anjel balançou a cabeça, afirmando que sentia Saudades dela.
quando dona angélica sumiu na loja deixando as três a vontade para escolher o que anjel queria, Jully largou depressa a mão de angel e fez cara de nojo.
angel falou à ela.
-à recíproca é a mesma.
-quero saber quando vocês irão se dar bem?
-olha tem uma geladeira legal ali.
angel mudou de assunto.
-vocês vão comprar uma geladeira?
-pra minha mãe.
-que legal, eu posso fazer minha contribuição?
-como?
-eu notei que falta uma televisão.
-issi seria legal.
-presente pra sogrinha.
angel falou em tom de zombaria.
-é tua também kkkkk, vamos ser parentes.
-já foi abrir tua bocona.
-desculpa.
-hum..deixa pra lá.
foi um tanto estranha aquela tarde, angel com ciúmes da irmã, anjel tentando apaziguar o clima e jully tentando tirar a cunhada do sério, tudo sem dona angélica perceber.
foi interessanteDepois de tudo comprado, anjel deu o endereço da mãe para a entrega e escreveu um bilhete que foi grampeado na nota fiscal, para dona Angela saber que tudo aquilo era presente para elano fim da tarde no quarto de angel.
ela já deitada, a porta se abre e anjel bate.
-não se bate com a porta já aberta.
-rssr, queria falar com você.
-que foi.
-fiquei pensando..... Já imaginou se você casasse com o paulo?
-como assim?
-sei lá, foi um pensamento bobo, será que uma de nós teria chanse de ter filhos gêmeos?
-acho que sim, nós duas não somos as únicas na família, essa característica vem da família da mamãe, e ela é gêmea também, só que a outra morreu no parto, complicação no sistema imunológico eu acho, e temos tios e primos gêmeos, mas moram no exterior, não temos parentes maternos no país.
-que chic... mas, já imaginou?
-algumas vezes, e você?
-sempre , quero ter um casal.
- mas como você vai ter se gosta de mulher?
-num tenho grana? faço artificial.
-tem razão, vão ser lindos, e os nomes, não sei se notou mas, a tradição é começar com a letra A.
-eu imaginei diferente, a menina ser candy e o menino ser jason.
-por que?
-não tenho motivos, só acho bonito. você não pensa?
- não pensei em ter filhos ainda.quero curtir um pouco o casamento, se eu irei casar um dia.
-mas e o paulo?
-vai demorar, mas se for com ele teremos filhos amados, bem mais qie eu fui.
-para com esse desgosto, faça seu futuro e bola pra frente.
-concordo. vai dormir que amanhã cedo vamos lá ver sua mãe e ver se chegou as coisas dela.