Sentou-se ao meu lado esquerdo encostando seu braço no meu, me arrepiei e ele percebeu, dando um pequeno sorriso.
Não fiquei preocupado com a vizinhança, as janelas permaneciam fechadas e com a probabilidade de chuva em pouquíssimo tempo, ninguém ficava na rua, o silencio se instaurou, meu coração acelerava enquanto Afonso segurava minha mão, ele olhava pra frente com um certo ar de satisfação, o sorriso ainda estava lá, devagar as gostas vieram, chuviscos leves sendo levados pelo vento, debaixo da mangueira não havia preocupação.
- É melhor sairmos daqui antes que a chuva piore.
Fomos para sua casa que era mais próxima, esperei na porta enquanto trazia um pano de chão, deixei meus chinelos lá.
- Não faz isso moço, a casa ainda não foi varrida hoje, senta aqui, você vai querer alguma coisa pra beber?
- Não, estou tranquilo.
Isso era mentira, eu estava bem ansioso, olhei pra mesa da sala e vi alguns livros de calculo abertos com exercícios inacabados, Afonso havia sentado-se ao meu lado e massageava de leve o meu joelho, pude sentir seu cheiro, a colonia pós barba.
Sua mão subiu para minhas costas e repousou no meu ombro, senti o calor do seu corpo, e mais forte o seu cheiro.
- E esses livros todos? parece que você tem muita coisa pra estudar.
- Pois é, mas eu te disse né? estou com um probleminha pra me concentrar, uma coisa que não me sai da cabeça.
Me encarando Afonso segurou no meu antebraço com sua mão livre, eu não conseguia desviar dos seus olhos, percebi que a cor parecia com a minha, quase o mesmo tom de castanho, eu o achava lindo, com suas sobrancelhas marcantes, bem desenhadas e masculinas, suas maçãs do rosto, o angulo do seu queixo, sua pele morena levemente bronzeada, mesmo paralisado eu não conseguia deixar de reparar naquilo que me atraia, senti sua respiração no meu rosto e de leve o seu halito, foi um beijo leve, de olhos abertos, ele parecia esperar uma reação contraria.
- Faz tanto tempo que eu quero fazer isso, você não faz ideia Efraim.
E então seu lábios encontraram os meus novamente, nossos olhos se fecharam, e sua mão foi parar no meu maxilar, ele tinha certa urgência nesse beijo, bem controlado por ele e bem desajeitado por mim, ele fez uma pequena pausa com sua testa encostada na minha.
- Parece que alguém acaba de ter o seu primeiro beijo, ou será que foi impressão minha?
O sorriso veio quebrando um pouco o meu nervosismo, me deixando corado, e fazendo Afonso sorrir também, ele voltou a me beijar, me reclinando aos poucos, senti seu peito sobre o meu, seus braços me envolvendo, minhas mãos ficavam paradas as suas costas, totalmente debeis sem saber o que fazer, por mais excitado que eu estivesse não conseguia ter muito controle, não sabia o que fazer nem quando fazer, a unica opção viável no momento era segui-lo.
Nova pausa, ele olhava fundo em meus olhos, parecendo esperar um pouco, me abraçou e mudamos um pouco mais a posição, seu peso estava sobre mim, sua virilha encaixada na lateral do meu quadril, senti sua ereção e me dei conta que também estava com uma, a temperatura estava alta ali, e era maravilhoso aquele calor, ele mordiscou minha orelha e me beijou mais intensamente, aparentemente eu estava pegando o jeito, seu beijo era cadenciado, eu me sentia como numa hipnose, minha atenção ficava totalmente focada naquelas sensações, aqueles movimentos exigentes, o mundo podia acabar ao meu redor e eu ainda ficaria perdido naquelas sensações.
Meio que no susto ele se levantou, tirou sua camisa e pegou minha mão, me puxou e o segui, subimos as escadas sem pressa, acho que se fosse mais rápido eu tropeçaria, chegamos no seu quarto e ele fechou a janela, nos sentamos na cama e retomamos os beijos, tirou minha camisa, segurava minhas mãos sobre seu peito, fazendo o contorno dos músculos, pele macia, nos deitamos e dessa vez ele esperou pela minha ação, sem jeito nenhum passei meu corpo pra cima do dele, sem depositar meu peso, tocando na sua nuca e olhando em seus olhos lhe dei meu beijo, senti sua mão puxando meu quadril contra o seu, comandando os movimentos, seu pênis contra o meu, sua língua me invadindo, o arrepio descendo minha coluna, suas mãos apertando minha bunda, eu o queria tanto, queria tanto lhe dar prazer, ser dele.
Partindo pra ação Afonso ficou sobre mim, segurando minha nuca e mordiscando meus lábios, minhas mãos agora apertavam os músculos de seus braços, sua bermuda começou a descer enquanto beijava meu pescoço, tive uma breve visão de sua bunda arredondada, apertei um pouco enquanto ele se posicionava melhor entre minhas pernas.
- Parece que você achou algo divertido, não?
- Você é lindo.
Finalmente consegui dizer algo para ele, que deu outro leve sorriso e desabotoou minha bermuda, sua mão alcançou meu pênis com um aperto gentil.
- Parece que temos um bom tamanho aqui, hein? quem diria?
Disse sorrindo mais enquanto eu corava, o beijei sendo correspondido com um entusiasmo, suas mãos seguravam as minhas enquanto ele roçava seu pênis no meu, eu começava a ansiar pelo momento, me provocando ele se afastava e me olhava, novamente com um susto ele se livrou das peças de roupas restantes, dessa vez ao invés do meu pênis ele roçava agora o vão entre minhas pernas, me fazendo levantar um pouco os joelhos, inclinei meu quadril em direção ao seu, eu mal podia esperar, me arrepiei mais ainda quando a glande tocou meu ânus, ficamos assim, enquanto ele começava a forçar a entrada, eu já imaginava que iria doer, mas queria tanto aquilo, ele penetrou sem paradas, arqueei meu pescoço lutando contra a dor, ele parou e me beijou, minhas mãos apertavam suas costas, e ele respirava gravemente, eu queria mais daquilo mais do seu peso, o queria dentro de mim, e então apesar da dor ainda não ter passado totalmente ele começou a se mover, lentamente.
- Como é apertado.
Eu o abracei e tentei relaxar, os movimentos foram mais fluidos, seus braços passaram por baixo dos meus e ele me beijava enquanto continuava me penetrando, as investidas eram deliciosas, a dor dava lugar a uma sensação de que algo estava sendo devolvido ao seu lugar, seu pênis se alojava mais fundo, e seu movimentos eram mais rápidos.
Resolveu mudar de posição, me virou de costas e penetrou novamente, a parte difícil, era a passagem pelo esfincter, depois disso tudo era prazer, suas estocadas eram mais firmes enquanto ele passava os braços por debaixo dos meus em outro abraço suas metidas aceleravam e ficavam mais profundas, eu já ouvia o som do seu quadril contra o meu, ele se deliciava com a sensação, mudava a velocidade das investidas, hora mais cadenciadas, hora curtas, horas mais fortes, aos poucos eu elevava minha bunda de encontro ao seu quadril, ele começou a reduzir os movimentos com alguns gemidos baixos, percebi que ele tentava controlar o orgasmo que estava a caminho, continuei com os movimentos, eu queria seu gozo dentro de mim, queria o seu prazer, sem conseguir conter mais ele chegou, farto, com o gozo Afonso retomou os movimentos com mais intensidade do que antes, sem controle um tanto violento, numa dessas estocadas de alguma forma acabei gozando, ele me apertava, meu esfincter o apertava e nos gemiamos sem folego.