Obrigado pessoal pelos comentários ( Ru/Ruanito; juh#juh; Diamandis Del Rey; Edu19>Edu15; lukee ) e quanto ao comentário de Paulo#Paulinhoo ai vai uma nota:
" Os Artifícios literários utilizados nesse conto( Personagens, locais etc.) não são factuais, isto é, qualquer semelhança com a realidade não passa de mera coincidência."
Vamos ao Cap.2
Cap.2 – Encontro
Abri a porta e fui correndo para a sala que era onde o piano estava e o que eu vi foi algo que meus olhos em hipótese alguma estava preparado para ver.
Taylor Valquez tocava graciosamente no piano uma música de Bach. Eu fechei meus olhos esperando que quando os abrisse os olhos ele não estivesse lá. Mas a verdade era que não era apenas uma ilusão de óptica pois eu escutava as notas sendo executadas perfeitamente no piano. A música parou por um instante e Taylor virou-se para mim. Seu rosto estava tão belo quanto na foto que eu havia visto na internet. Me perdi novamente em seus olhos até que minha visão escureceu e eu caí em um sono profundo.
Meus olhos se abriram e eu rapidamente reconheci o local para o qual o meu sonho tinha me transportado, era a casa na qual vivíamos eu, meu pai e minha mãe antes do acidente.
Minha mãe tocava Moonlight Sonata no piano e eu me lembro do seu sorriso e que de vez em quando ela se permitia olhar para o lado e me ver e abrir um sorriso. A verdade era que costumava sonhar com minha mãe. Apesar de a ter perdito quando tinha apenas 6 anos algumas memórias apareciam em forma de um sonho.
Dormi bastante pois quando acordei eram 15:00 e logo me lembrei do que tinha visto e me perguntei se o que vi foi um sonho ou se foi realidade. Me lembrei que ainda não havia almoçado e fui na cozinha tomar um suco e comer um biscoito enquanto fazia um jantar. Por mais que estivesse aparentemente gostosa a comida eu não jantei visto que tinha lanchado por volta das 15:15 e por isso tive que assistir um documentário do meu pai com um nome “Lion Precisa Se Alimentar Melhor” Eu chamo as conversas que eu tenho com meu pai d e documentários por que meu pai tem a capacidade de transformar um diálogo em um manifesto da arte de cuidar dos seus filhos. Até hoje me lembro sorrindo muito aos meus 16 anos de idade quando meu pai me chamou para falar de sexo ele usou tanto termos científicos que tinha alguns que até eu desconhecia. Me lembro que ele se confundiu tanto na conversa que até falou palavras como “coito” e “copular”.
Não falei nada para o meu pai sobre o que eu tinha visto porque a última coisa que eu queria agora era fazer meu pai perder tempo procurando um psiquiatra pra mim. Desejei boa noite para o meu pai e me retirei para o meu quarto.
Me deitei tentando esquecer o que eu tinha visto( se é que eu tinha realmente visto) até que acordo com alguém passando a mão por meus cabelos pensei que fôsse meu pai, mais me lembrei que meu pai dorme mais cedo do que eu. Se eu não não tivesse visto algo surpreendente mais cedo eu teria morrido ao ver Taylor.
- Não precisa ter medo – ele falou e por mais que a minha racionalidade insistisse em ter medo daquele ser que estava na minha frente tive que admitir que sua voz era reconfortante.
- Como isso é possível? – Eu falo e o toco e por incrível que pareça ele era “sólido” não era como nos filmes de ficções que eu costumava ver. Ele era tocável.
- É uma longa história... Como outro dia você pesquisou sobre mim na internet você deve saber meu nome. – ele estendeu a mão e eu eu a apertei.
- Fantasmas não são intocáveis? – perguntei. Ele sorriu como se eu tivesse contado uma piada.
- Na verdade os fantasmas podem ser apresentar de três formas: Na forma invisível na qual só os fantasmas podem nos ver; na forma de uma projeção de uma imagem, e na forma que eu estou agora – a forma “física”. Nessa forma física nem todos os fantasmas podem se apresentar. É uma coisa que depende do local onde a pessoa morre.
- Você está falando que está casa permite que você se apresente nessa forma? – perguntei intrigado.
- Exatamente. O arquiteto dessa casa que projetou essa função. Ele é algo parecido com um “alquimista”. Portanto eu só posso me apresentar na forma física aqui.
Eu olho de novo pra ele e vejo que ele agora está sentado na minha cama e me olha esperando outra pergunta.
- Posso lhe pedir um favor? – eu pergunto.
- Claro.
- Não apareça para o meu pai. Quer dizer, há muito tempo não me sinto confortável como me sinto aqui então eu não quero que meu pai saia correndo daqui com medo de fantasmas.
- Eu não faria ainda mais se isso fizesse você ir embora – ele piscou para mim e eu sorri.
- Se esse “arquiteto alquimista” que elaborou essa casa morava aqui ele provavelmente pode se apresentar na forma física também. Você pode me levar até ele?
- Claro, vai ser um prazer – ele ergue seu braço em um convite. E eu me perguntei: “É impressão minha ou um um fantasma supergato me flertou?”