PARTE QUATRO
- Cala a boca, eretão. [nós rimos]
Eu entrei no chuveiro junto com ele, lavei minha cueca e minha rola, que realmente tava suja. Ele me olhou e perguntou:
- Você deu um trato na Fernanda hoje, num foi?
- Um trato?
- Você transou com ela hoje no lago.
- Como é que você sabe?
- Eu vi.
- Você tava me espionando, seu safado?
- Tem algo demais nisso?
- Claro que tem.
- O que? Eu já te vi pelado várias vezes e to vendo agora. É isso?
- Eu não ligo pra isso, mas você ficar vendo minha mulher pelada...
- Nem deu pra ver direito.
- Sei... Mas diz aí, mandei em ou não mandei?
- Eu vi você gozando na boca dela, ela engoli tudo né?
- É, e é assim que eu gosto. Eu gosto de gozar na boca dela, ela engoli tudo e depois ainda faz um boquete. [risos]
- É eu vi. Mas é melhor agente ir rápido, pois daqui a pouco temos que ir embora, e ainda vamos arrumar as coisas aqui e as nossas roupas.
- Tá certo.
Arrumamos o quarto lá, as nossas roupas e tudo mais. Saímos do quarto e fomos encontrar com as meninas. Elas ainda não haviam chegado lá em baixo. Eu disse para o Vini que era melhor ir colocando as coisas no carro e ele concordou. Eu e ele fomos pro carro e colocamos as nossas coisas lá, e depois de 15min elas chegaram. Eu fiquei meio estressado, mas não demonstrei isso. Entramos e seguimos viagem. No meio da estrada, percebi que o carro estava ficando sem gasolina, e resolvi parar no posto de gasolina. Eu fiquei com medo, pois tinha um carro da polícia lá, e eles podiam me pedir a carteira de habilitação, que eu ainda não tenho. Parei e mandei o cara colocar a gasolina, aproveitei e fui ao banheiro, e o pessoal ficou no carro. Eu entrei no banheiro e comecei a mijar. De repente vem um homem e começa a se masturbar do meu lado, eu achei estranho, claro. Eu cheguei um pouco mais pro lado e ele disse: “Oi, delícia. Que tal fazer um troca-troca aqui comigo?” Eu olhei assim pra ele e perguntei: “Vem cá, cara. Você ta me achando com cara de viado, é?” Ele veio pegar no meu pênis e eu dei um soco bem na cara. Eu saí do banheiro e ele saiu atrás de mim correndo, ele foi até um policial e o avisou. Teve uma confusão lá no posto e todo mundo acabou na delegacia. Eu liguei pro meu pai e ele logo foi lá, pagou a fiança do carro, pois se ele não pagasse, o carro ia ficar preso lá, pois eu era menor de idade e não tinha carteira ainda. Quando saímos, o papai levou todo mundo em casa e me deixou. Não levei bronca, pois o papai era muito liberal em relação a mim. No outro dia, que era terça feira, dia de aula, eu me levantei cedo, ainda cansado, mas cedo. Tomei café, me arrumei e fui pra escola. No ônibus, uma conhecidência, a Lucinha estava lá. Eu sentei do seu lado e fomos à viagem inteira conversando. Eu puxei o assunto:
- Eai, Lucinha. Gostou do fim de semana?
- Gostei, gostei muito, e você?
- Também gostei. Eu preferia que eu tivesse ficado no mesmo quarto que a Fê, e você com o Vini. Mas fazer o que, né?
- É... Olha, eu vou te dizer uma coisa, mas acho que não é certeza.
- Pode dizer.
- Eu to querendo acabar com o Vinícius.
- Sério? Por quê?
- Eu acho que ele não é feliz na nossa relação, entende? Eu tenho certeza que ele já comentou com você que não temos sexo...
- Eu entendo. E sim, ele já me disse isso. Mas ele me disse que isso não era nada demais pra ele, ele disse que te amava e que não precisava de sexo.
- Mais não é só isso, entende? É coisa minha mesmo. Não é ele, sou eu.
- Sempre as mulheres dizem isso “não é você, sou eu”.
- Mas realmente sou eu, eu tenho meus problemas, inclusive eu comentei com a Fernanda ontem.
- Então ta, mas pensa antes de fazer alguma coisa, ta?
- Pode deixar.
- Ih, oh. Chegou minha parada, tchau.
- Tchau.
Abracei-a e desci. Fui pra escola. Esperei o Vini chegar, mas nada. O sinal bateu e ele não chegou. Eu entrei e fui pra aula. Tentei o celular dele e nada. Na hora do intervalo, fui comprar meu lanche e fui falar com a Fê, na sala dos professores. Marquei com ela de nos encontrarmos no banheiro, pra matar a saudade. No banheiro, fomos pra uma cabine e começou a pegação. Não fizemos sexo, apenas um sexo oral que ela fez em mim e eu nela, aquilo foi tão bom que ela até gozou na minha cara. Retornei pra aula e fiquei lá, pensando no Vini, fiquei muito preocupado com ele naquele dia. Quando saí da escola, peguei o mesmo ônibus e fui pra casa. Na ida até minha casa, um número desconhecido me ligou. Eu atendi e era o tio do Vini:
- Alô?
- Oi, é o Victor?
- Oi, é sim. Quem fala?
- Eu to sem tempo de explicar. Será que você podia vir aqui em casa? É pra ajudar seu amigo, o Vinícius.
- Aconteceu alguma coisa com ele? – falei com medo.