Garoto Doce. pt.5

Um conto erótico de TN
Categoria: Homossexual
Contém 1888 palavras
Data: 25/06/2014 03:12:54

Segunda, começando o batente mais uma vez, levantei com o relógio parecendo uma sirene, fui direto para o banheiro tomar um banho, me arrumei como de costume calça jeans, blusa branca e uma de frio por cima. Chegando no campus avistei Milena no portão principal, achei estranho, normalmente ela chega com o Marcelo e não vai a pé, sem perceber já estava tentando alcançá-la.

Eu- Bom dia Milena. – encostando a mão em seu ombro.

Milena- Bom dia Daniel. – animada por me ver.

Eu- Aconteceu alguma coisa? – acompanhando o ritmo dela.

Milena- Acredita que a menina que eu estava ficando me ligou ontem a noite, puta por ter abandonado ela na festa? – indignada.

Eu- Acredito. – tentando disfarçar a vontade de rir.

Milena- Falo nada com esse povo, ela some e eu que tenho que ficar esperando ela brotar do além.

Eu- Normal, o povo hoje em dia não sabe se comportar, ainda mais bêbado. – criei coragem dei uma boa inspirada – E o Marcelo, não esta com você?

Milena- Ele foi passar o domingo com o pai e ainda não voltou, me mandou uma mensagem ontem a noite dizendo que não iria vir hoje na aula.

Eu- Será que aconteceu algo? – começando a ficar preocupado.

Milena- O pai dele é assim, sempre tentando compensar o tempo, acaba prendendo ele quando o vê. Mas mudando de assunto, o que você vai fazer quando ver o carinha que você passou a festa junto? – toda ansiosa pela resposta.

Eu- O Matheus? Não pensei direito nesse assunto.

A verdade é que ainda estava me incomodado ter feito sexo com um cara que eu nunca tinha visto. Chegamos na sala, me sentei no meu canto ao lado da Milena e ignorei a aula, meus pensamentos estavam oscilando entre Matheus e Marcelo, estava preocupado em como agir quando visse o Matheus de novo, não sabia se deveria cumprimentá-lo, ignorá-lo, mencionar o ocorrido na festa, e passava para o Marcelo, me perguntando se ele estava bem, meio que algo estava me falando que não estava. No horário do almoço estava sozinho, Milena havia me falado que iria conversar com a garota da festa e não era para esperar ela, saindo da sala para minha surpresa me deparo com o Matheus.

Matheus- Pensei que iria ter que te buscar dentro da sala. – com cara de safado.

Eu- O que está fazendo aqui? – surpreso por ver ele.

Matheus- Foi um pouco difícil descobrir sua sala, por acaso não que me ver?

Eu- Não é nada disso, apenas fiquei surpreso.

Matheus- Achou que eu não ia correr atrás de um dos melhores sexos que eu já tive? Não sou de deixar nada passar.

Eu- Entendi.

Matheus- Está afim de almoçar?

Eu- Estava indo agora.

Matheus- Au – colocando a mão na testa- o que eu quis perguntar e se você quer almoçar comigo.

Eu- Vamos logo. – começando a andar.

Matheus- Quer ajuda com os livros? – tirando a mão do bolso.

Eu- Não precisa, nem são tão pesados.

Matheus- Certo.

O almoço foi um tanto desconfortante, eu não falava muito, estava bem envergonhado, e Matheus tentava ao máximo puxar assunto, sempre acabando com um final inesperado.

Matheus- Cara, o que está acontecendo?

Eu- Hãm?.

Matheus- Você está um tanto distante, sei que a gente não conversou muito, mas achei que tinha rolado uma química ou algo do tipo.

Eu- Foi mal mesmo pelo meu jeito Matheus, a verdade e que estou um pouco envergonhado, não de você, mas de mim mesmo.

Matheus- Sou tão ruim assim?

Eu- Não, fazia tempos que eu não sentia prazer igual aquela noite, mas sei lá, não é o meu estilo, acho que preciso de um pouco de espaço para digerir e ver se eu sinto algo por você, além de vergonha.

Matheus- Entendi, foi mal ter forçado, realmente gostei de você.

Eu- Desculpa mesmo.

Matheus- Faz assim, quando estiver sem nada o que fazer e quiser conversar me liga. – anotando o telefone na minha mão. – Fecho?

Eu- Certo.

Sai primeiro que ele, me senti mal mais ao mesmo tempo aliviado por ter esclarecido as coisas, a verdade e que eu não queria um relacionamento, principalmente por estar em um platônico, o que poderia acabar machucando alguém. Voltei para casa, comecei a estudar, mas não consegui concentrar em nada, decidi ver TV para relaxar um pouco, acabei pegando no sono, acordei com Marcos saindo de indo para a faculdade, levantei despedi dele e fui tomar um banho, fui para o quarto e acabei morrendo na cama, acordando apenas as quatro da manhã, tentei cochilar mais uma vez, mas não conseguia, lembrei que iria ver o Marcelo na aula, logo comecei a adentrar nas fantasias eróticas, imaginando ele apenas com uma boxer na cama, imaginando minhas mãos passando em cada músculo de suas pernas perfeitas, subindo até seu abdômen, tentando imaginar como seria, comecei a me masturbar, passando a mão lentamente sobre o meu peito, querendo que fosse as mãos dele, não demorou muito para gozar, suspirei e vi a bagunça que havia feito na cama, levantei ainda um pouco excitado, fui tomar um banho. Ainda enrolado na toalha retirei a roupa de cama e coloquei na máquina, mas não liguei com medo de acordar o Marcus, coloquei a calça jeans, uma blusa de manga comprida preta e fui ler na sala até dar o horário da aula. Por volta das sete e meio comi algo e fui para a faculdade, fui para a sala e fiquei esperando a aula começar, na verdade esperando a Milena e o Marcelo entrarem na sala, minha sorte não estava grande, mais uma vez apenas Milena entrou, sentou ao meu lado.

Milena- Bom dia Daniel. – desanimada.

Eu- Bom dia. – dando um sorriso meio forçado.

Milena- Não vejo a hora de chegar o final de semana.

Eu- A semana mal começou.

Milena- Aquela festa acabou com meu final de semana, e olha quem fala, está tão desanimado quando eu.

Eu- Hoje eu estou, dormi demais ontem a tarde e acordei muito cedo hoje, parece que não dormi.

Milena- Essa aula vai ser o ô, com sorte temos o Marcelo para explicar pra gente depois.

Eu- Falando nele, cadê?

Milena- Ficou doente, não está em condições de vim para a aula, mas provavelmente deve estar estudando em casa. – rindo – Nerd.

Eu- Mas ele está bem?

Milena- É apenas gripe, das fortes, mas logo ele melhora as idéias do pai de acampar.

O professor entrou e logo começou a discutir e explicar a matéria, passei a aula preocupado com Marcelo, se apaixonar por alguém é complicado, mas quando é um amigo é pior ainda. No horário do almoço Milena falou que iria mais uma vez almoçar com a menina da festa, que queria se entender com ela ou algo do tipo, acabei ficando sozinho mais uma vez, sem fome comecei a caminhar, parei na frente de uma farmácia, pensei comigo mesmo “não custa nada comprar um potinho de vitamina C e uma remédio para gripe”, entrei e acabei comprando mais do que eu esperava, xarope, vitamina, comprimidos, fiquei um pouco embaraçado comigo, decidi levar para ele, era uma oportunidade de ver como ele estava. Como sua casa não fica longe do campus, igual a minha, não demorei para chegar, toquei o interfone, rezando para não acordá-lo.

Marcelo- Alô. – com a voz rouca.

Eu- É o Daniel, queria ver como você está.

O portão abriu, entrei e lá estava ele na frente da porta, com cara de doente, se abraçando em uma blusa de frio de lã vermelha, bermuda preta e de meia.

Eu- Você não está com cara de que está melhorando. – tentando o fazer ele rir.

Marcelo- Nem sinto que estou melhorando. – soltando um pequeno riso.

Eu- Aqui – entregando para ele a sacola- comprei um monte de coisas porque eu não sabia o seu estado.

Marcelo- Valeu – ficando meio vermelho- mas realmente não precisava. – pegando.

Eu- Você tem que voltar para a aula do Hiroshi, eu e a Milena estamos quase entrando em desespero. – mais uma vez tentando animá-lo.

Marcelo- Entra - rindo- o sofá está meio bagunçado, mas fica a vontade.

Entrei, coloquei minha mochila na mesinha perto da entrada.

Marcelo- Já almoçou? – indo para a cozinha.

Eu- Ainda não, meio que sem fome.

Marcelo- Eu acabei de comer um pouco, come alguma coisa – meio fanho e rouco- ainda está quente.

Levantei e fui para a cozinha, Marcelo estava pegando um prato e os talheres, me entregou, acabei pegando um pouco de comida, sentei-me à mesa e ele ficou me acompanhando, tomando uma das vitaminas que eu tinha comprado, terminei e fui lavar o que havia sujado, apesar de ter tomado uma bronca, fomos para a sala ele sentou no sofá e se cobriu, queria sentar ao seu lado, mas acabei sentando em outro sofá.

Eu- Você não vai para a aula de agora a tarde né? – já sabendo a resposta.

Marcelo- Acho melhor não, ainda estou com um pouco de febre.

Eu- Sério?

Marcelo- Realmente não sei – rindo- mais cedo eu estava, não sei se melhorou, e estou com preguiça de ficar com o termômetro.

Eu- Deixa eu ver. – levantando e colocando a mão sobre sua testa.

Marcelo- É ai?

Eu- Está realmente um pouco quente. – sentando ao seu lado.

Marcelo fez cara de quem já sabia e ligou a TV, se enrolou na coberta e ficou meio encolhido no canto do sofá, mesmo doente ele ainda continuava fofo e charmoso, com o cabelo bagunçado e rosto pálido. Depois de um tempo olhei no relógio e vi que já estava quase na hora da aula, olhei para ele e não queria deixá-lo sozinho.

Eu- Marcelo, você se incomodaria se eu ficasse aqui a tarde?

Marcelo- Nenhum pouco, na verdade estou gostando bastante de ser mimado. – sorrindo- Mas você tem aula.

Eu- Não iria ficar bem sabendo que estaria sozinho e doente.

Marcelo- Vai matar a aula por minha conta?

Eu- Não, apenas porque eu não quero ir e acho que seria mais útil aqui.

Marcelo- Valeu Daniel. – ficando um pouco vermelho- Pra falar a verdade é a primeira vez que alguém cuida de mim quando fico doente.

Eu- Sério?

Marcelo- Meu pai sempre está trabalhando e nunca ligou muito pra isso.

Eu- E a Milena?

Marcelo- Nunca fiquei seriamente doente sempre coisa simples, então ela nunca deu muita atenção, e com razão.

Eu- Entendi.

Marcelo- Realmente estou feliz por cuidar de mim, quando precisar é só avisar. – sorrindo.

Fiquei vermelho e me contorcendo de felicidade por dentro, levantei do sofá peguei uma almofada e coloquei perto dele.

Eu- Dormir sempre abaixa a febre, minha mãe sempre me fazia dormir quando ficava doente – arrumei a almofada e fiz ele deitar- qualquer coisa estou aqui.

Marcelo apenas sorriu, deitou, coloquei a coberta encima dele e sentei no outro sofá, não demorou para ele pegar no sono, fiquei olhando para ele deitado, tão frágil dormindo, levantei para pegar um copo de água olhei para seu rosto, me segurei para não fazer nenhuma besteira, mas não consegui, seu perfume estava impregnado no cobertor,aguachei ao seu lado' coloquei a mão sobre seu rosto delicadamente para não acordá-lo, senti sua pele mais macia do que eu havia imaginado, levantei, meu coração estava batendo com força, meus impulsos gritando para beijá-lo, sentei no sofá mais uma vez, respirei fundo, comecei a contar para me acalmar, acabei pegando no sono.

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Comentários

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Ain também achei que ia sair o beijo hoje mais esta próximo. E eu sei bem como e complicado gostar de uma pessoa muito mesmo e ela ainda por cima sendo seu melhor amigo.

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