Continuação do capítulo 4
Cláudio me olha nos olhos e duas lágrimas descem pela sua face e ele me diz emocionado:
— Obrigado Luizinho! Obrigado por me amar e me fazer sentir como um ser humano. Sempre fui humilhado por todos, até pelo meu pai porque nasci defeituoso. Minha mãe nunca falou, mas não podia esconder a tristeza dos seus olhos quando me via tentar correr e não podia. Dede pequeno vivi esse estigma de ser defeituoso.
Fiquei emocionado com suas lágrimas e seu desabafo. Ah! Como eu o amava! Abracei-o e beijei suas lágrimas. Aquela tarde foi o marco do princípio de uma relação de ternura, amor e sexo que perdurou até o dia que fui para outra cidade servir ao exército. Depois daqueles momentos de enlevo e ternura, combinamos nos encontrar dali a dois dias. Fui para casa feliz. Estava apaixonado e era correspondido. Quando cheguei em casa e depois de ter almoçado, meu pai me chamou e perguntou o que eu pretendia fazer nas férias. Disse-lhe que não tinhas planos. Ficar em casa e brincar com os colegas.
— Você já tem mais de 15 anos, breve vai fazer 16. Na sua idade eu já trabalhava na roça com meu pai e isso foi bom para mim. Você não acha que está na hora de começar a trabalhar também? O pouco que você ganhe já vai ajudar nas despesas de casa. Hoje mesmo vou começar a procurar um trabalho para você.
—O senhor é quem sabe. Por mim, tudo bem.
Fui dormir pensando no Cláudio. Agradeci mentalmente à Juvêncio ter dado um empurrãozinho nos acontecimentos em meu favor. No dia seguinte, meu pai me chamou e falou que tinha arranjado um serviço para mim de entregador de tijolos numa olaria próxima. Eu carregaria a carroça e levaria os tijolos até o comprador e lá faria a descarga. Era um trabalho duro e segundo meu pai, serviria para me dar físico de homem. “Esse menino tá muito bonitinho... Até parece uma menina.” Ouvi quando ele falou com minha mãe. Ouvi também quando ela respondeu: “Ele é bonito mesmo e não vai ser esse serviço que vai tirar a beleza dele.” Coitado do meu pai! Mal sabia ele que eu já era “menina” há muitos anos. Sem nenhuma modéstia, eu, naquela época era bonito mesmo. Minha pele morena bronzeada, meu corpo rechonchudo e meus olhos e cabelos pretos me davam aspecto de um pequeno Adonis tupiniquim. As meninas me davam a maior bola (naquele tempo, dar mole, dizia-se “dar bola”) e para não despertar suspeitas, afinal os outros meninos tinham namoradas, comecei a namorar uma garota chamada Herondina. Ela era ousada e gostava de sacanagem, mas apesar das respostas físicas do meu corpo, meu emocional estava ligado em outra coisa. Enfim, eu precisava dar uma resposta social para os conhecidos e cumprir minha função social. Entramos de férias e eu comecei a trabalhar na olaria. Levantava às cinco e meia da manhã e ia a pé para lá. Arriava o burro na carroça e depois a carregava com os tijolos. Geralmente as entregas não eram distantes e na volta, nos dias combinados, me encontrava com Cláudio. Mas antes, deixem-me narrar nosso primeiro encontro sexual. Eu voltava de uma entrega e desviei o percurso e fui para nosso local secreto. Ele ainda não havia chegado e aproveitei para tomar um banho no remanso da cachoeira. É claro que nessa altura, eu já sabia das qualidades lubrificantes da vaselina e sempre trazia uma latinha comigo. Quando Cláudio chegou eu estava na água, pelado. Meu coração disparou e ansioso, gritei:
— Tira a roupa e vem!
Cláudio se despiu e veio. Ah! Como era lindo seu andar claudicante de manco; que maravilha seu “tudo” balançando pra lá e pra cá a cada passo. Mal chegou perto de mim, abracei-o e o beijei nos lábios. Nossos pintos se ergueram sequiosos de prazer e se tocaram. Um arrepio percorreu meu corpo e mantive-me agarrado ao corpo de Cláudio, num abraço longo, terno, carinhoso. Peguei no seu cetro real e o acariciei. Peguei também em suas nádegas firmes e hígidas. Seguimos para a relva que circundava o remanso e nos deitamos lado a lado. Cláudio, inexperiente e tímido, deixou-se levar pelas minhas iniciativas. Debrucei-me sobre seu tórax negro, nigérrimo e beijei seus mamilos e suguei seus peitinhos enquanto que ao mesmo tempo trabalhava com as mãos acariciando sua pelve e pentelhos. Do cetro real fluía a gosma visguenta que dizia: “Me lambe, me suga!”. Brinquei com os dedos passeando pelas suas virilhas e bolinando seu imenso e redondo saco escrotal. Cláudio gemia delirando de prazer. Desci minha boca e suguei seu umbigo volumoso que era estufado e depois, chafurdei em seus pentelhos. A ponta da cabeça rotunda do seu cetro tocava em meu rosto e eu lambi aquela gosma agridoce como se lambe um sorvete de framboesa. Cláudio gemia sem parar e falava baixinho algo que, devido ao meu envolvimento em fazer-lhe sentir prazer, a princípio não ouvi, mas depois ouvi claramente. “Me come...”. Suavemente o virei de bruços e peguei a vaselina. Lubrifiquei meu pinto que ardia de tesão e também seu rego negro, preto, carvão, mas tão quente como o forno da olaria. Afastei suas pernas (aquela era a primeira vez na vida que eu atuava como ativo) e me posicionei, igual a Juvêncio, Josué e Jessé fizeram comigo e comecei a empurrar. Cláudio gemeu e reclamou de estar doendo. Aliviei e ele relaxou. Na minha cabeça Cláudio estava no lugar que eu já vivenciara dezenas de vezes. Quando senti que ele havia relaxado, empurrei com força, firme, mas sem violência. Ele gritou:
— PÁRA! LUIZINHO PÁRA! AAAIII!
A cabeça do meu pinto mergulhou naquele forno humano, quente e apertado como quê. Parei de forçar e Cláudio suspirou e disse:
— Doeu um bocado, mas tá passando. Pode continuar.
Ele aceitou bem meu pinto, mas precisei fazer força para continuar metendo. O meu amor era danado de arrochado. Minha excitação aumentava e quanto mais força eu fazia e ele gemia, maior ficava. Parei de forçar um pouco e recuei um tiquinho de nada e quando voltei a empurrar, não mais consegui me segurar e gozei estupendamente. Foi um gozo diferente, gozo de desafogo, desabafo, de sublimação. Aí nenhuma resistência anal seria capaz de segurar a penetração que se fez por inteiro durante os espasmos nervosos da ejaculação. Cláudio gritava, não sei se de dor ou de prazer. E eu mordi seu pescoço suado enquanto a parte inferior do meu corpo sofria violentos espasmos. Depois da tempestade vem a bonança e assim foi. Calmaria completa mesmo sentindo seus músculos anais apertando em ritmo cadenciado meu pinto dentro dele. Pela primeira vez em quase dezessete anos cumpri o papel de macho no macho que era meu macho. Isso se repetiria por muito tempo depois. Ele era meu macho e eu sua fêmea e eu era seu macho e ele minha fêmea. Nós nos completávamos inteiramente. Saciávamos nossos desejos de forma igualitária, mas sempre com muito amor e ternura. Naquela tarde, dia primeiro de comunhão carnal, eu tinha meu amor em meus braços. Sentia que Cláudio estava tão feliz quanto eu. Descansamos e ele se virou de barriga para cima. Cobri-o com meu corpo e ficamos assim, dois corpos unidos pelo suor e presos um ao outro pelo calor do amor que nos unia. Seu cetro duro demonstrava que para ele, o prazer ainda estava incompleto.
— Luizinho... Foi bom... Melhor do que eu esperava. Acho que você vai sentir mais dor do que eu...
— Vai doer muito sim, mas o amor que sinto por você justifica o sofrimento. É só você ir devagar e me dar tempo para ir me acostumando com a grossura de sua vara. Vá ter pau grosso pra lá! Agora vou mamar nele e beber seu leite cremoso. Vou sorver cada gota de suas sementes de vida.
Virei-me e comecei a idolatrar e reverenciar seu mastro com a língua. Novamente sorvi a gosma agridoce e abrindo bem a boca, comecei a chupar a cabeça rotunda e negra cuja pele estava esticada a ponto de arrebentar. Cláudio se entregou a mim por inteiro. Aos poucos foi afundando minha boca naquilo que a natureza tinha feito de grande e grosso para compensar sua imperfeição da perna. Mamei com vontade de morder e comer um pedaço de carne quente daquele pau avantajado, mas, claro era só vontade. Meu queixo espremia-se contra o saco imenso, redondo
e quase sem pelos enquanto eu tentava alcançar o talo de sua tora negra. Ela pulsava em minha boca e eu podia sentir seu orgasmo se aproximando. Me preparei e quando dei uma sugada forte, Claudio gritou e ergueu seus quadris violentamente quase me sufocando com a cabeça rombuda pressionada contra minha garganta. Depois veio a torrente de esperma em jatos fortes, fartos e quentes que desciam direto pela minha garganta. Fantástico! Engoli o sêmen da vida com prazer e deixei que ele repousasse com o cetro ainda duro e pulsando em minha boca. Depois de um pequeno espaço de tempo, tirei minha boca e pedi:
— Agora me ame como eu te amei. Penetra meu corpo e semeia meu corpo com seu sêmen.
Claro que com a “quilometragem” que meu cuzinho já tinha, não seria tão difícil, mas mesmo assim, bitola igual a dele jamais havia enfrentado. Cláudio pegou a vaselina e foi generoso na lubrificação do seu pau e no meu rego e na minha bunda. Procurei ficar na posição que Juvêncio me ensinara anteriormente: nádegas meio erguidas, um joelho encolhido e a outra perna bem aberta e relaxada. Cláudio posicionou-se e começou a empurrar. A sensação inicial era de que ele estava empurrando a mão fechada, tal era a sensação tátil que senti, mas logo meu cu foi se abrindo qual planta carnívora que se abre para agarrar a presa inculta. A dor era quase, eu disse quase insuportável, mas trinquei os dentes e fiz um leve movimento de quadris para cima e pronto, entrou!
— AAAARRRRGG! ENTROU! ENTROU!
Gritei desesperado e feliz.
— AAAAIII! ME RASGOU MAS ENTROU! VAI MAIS NÃO DEIXA SAIR!
Doía e como doía! Quase chorei, mas lágrimas escorreram de meus olhos. Me senti aberto ao meio, mas seu cetro real, quente latejante estava em mim. Entrara a cabeça e um pouco do talo grosso.
— Pára um pouco. Deixa eu respirar... Ah! Cláudio, isso consuma nossa união... Agora somos um do outro de verdade. Somos uma só pessoa em dois corpos. Continua devagar que vai dar pra aguentar.
Cláudio voltou a empurrar seu monstro para dentro de mim enquanto eu procurava me acomodar da melhor maneira possível para recebê-lo por inteiro. Aquela tora negra avançava lentamente me alargando, me dilatando e me fazendo o mais feliz dos seres humanos da Terra. Agora era só uma questão de tempo para a dor dar lugar ao prazer. Mais da metade já havia entrado quando ele começou o seu vai e vem. Lento, quente, dolorido. A mim só cabia gemer e gemer. Quando dei por mim, estava acompanhando seus movimentos mexendo e remexendo meus quadris. O prazer pedia licença e ia substituindo a dor. Seus movimentos foram aumentando de velocidade e intensidade e em pouco tempo, ele alcançava o clímax do prazer e gozava tresloucadamente e me fazia sentir toda sua energia e desejo que tinha por mim. Foi fantástico, apesar de muito dolorido. Quando terminamos, ele me beijou nos lábios e eu tive que pedir ajuda dele para me levantar.
—Machuquei muito você?
—Muito não, mas machucou um pouco. Daqui a pouco passa. Vamos nos lavar. A água fria ajuda a passar a dor. Nos despedimos e pedi que ele desse um tempo de uma semana para eu me recuperar. Subi na carroça e voltei para a olaria.
—Ei Luizinho! Demorou um bocado hoje. É que não estou me sentindo bem e parei um pouco para descansar.
—Então deixa a outra entrega para amanhã bem cedo.
— Obrigado. Até amanhã.
Mesmo ainda muito dolorido no dia seguinte levantei de madrugada e fui fazer as entregas. Foram três naquele dia e quando voltei para casa já escurecia. Tomei um banho e fui direto para casa. À noite, meu cu já não doía e na madrugada seguinte estava totalmente desinchado. O anel voltara a ter sua conformação anatômica normal. Estava curado e pronto para outra. Na olaria, novamente mais três entregas, sendo que a última delas era mais distante, o que fez com que eu voltasse à olaria já depois do encerramento das atividades. Quase todos os oleiros tinha tomado seus banhos e ido embora. Havia apenas um no banheiro quando cheguei para tomar meu banho. Me despi e me encaminhei para o chuveiro ao lado e comecei a me ensaboar. Lidar com tijolos recém cozidos, deixa a gente cheio de poeira vermelha. Essa poeira entranha nos cabelos, pestanas e roupas da gente, por isso é preciso se banhar logo porque provoca coceiras e irritação na pele e nos ossos. Egberto, que se banhava ao lado, era um gaúcho de Passo Fundo que estava trabalhando ali fazia pouco mais de quinze dias. Ele olhou para mim e falou:
—Ei tchê! Tu és um menino guapo!
—O que isso significa?
—Significa que és muito bonito. Pareces uma prenda!
—E o que é prenda?
—Lá no Rio Grande do Sul, prenda é menina bonita, gostosa. É isso que tu me pareces. Essas suas coxas e essa bunda moreninha... É de dar água na boca.
Limpando o sabão dos olhos, olhei para ele. Egberto estava a meio metro de mim. Loiro, magro, mas nem tanto e alto. Tinha os olhos azuis e cabelos loiros. Acho que devia ter uns vinte e três anos, por aí. Seu pau estava duro apontando para mim e a cabeça vermelha carmim brilhava. Virei de costas para esconder minha excitação e continuando a me ensaboar, falei:
—Você parece tarado... Deixa disso...
—Deixo não!
Falou e já me envolveu pelas costas e seu pau duro ficou pressionado em minha bunda. Ah! Tara maldita! Por que não posso ver um macho? Amo o Cláudio e não quero sacanear com ele, mas esse gaúcho é demais! Meu pau endureceu e eu tentei me livrar daquele abraço da perdição, mas Egberto me segurou forte.
—Para Egberto... Alguém pode ver...
Essa minha fala era uma confirmação de que eu queria, mas temia que alguém pudesse ver.
—Ninguém vai ver. Eu fiquei por último para te esperar. Estou com a chave comigo.
Ele falava e ia me curvando para frente. Senti quando alojou seu pau duro em minha bunda ensaboada e depois a fisgada.
—AAAIIII! POOORA! DOEU!
Doeu um pouquinho por causa dos machucados recentes e não porque fosse tão grossa assim. Era normal igual a muitos pintos que eu já tinha levado.
—Entrou, agora chega!
—Entrou só a cabeça. Agora vai o resto.
Egberto empurrou firme e a vara loira, cheia de veias azuis avançou velozmente até o fim. Com uma das mãos ele segurou em meu pau duro e começou a bater uma bronha em mim enquanto sua vara ia e vinha velozmente arrancando de mim gemidos e gritinhos de prazer que perdera a inocência precocemente e que amava ser fêmea de qualquer macho disposto a me possuir. Eu tentei, Deus sabe que tentei, mas verdadeiramente, não nasci para ser de um só. Depois daquele banho, sempre me atrasava no regresso e os banhos com Egberto tornaram-se rotina. Por outro lado, mantinha com Cláudio os encontros regulares e éramos felizes. O tempo passou e tive que ir para uma cidade maior a cerca de dois dias de viagem para fazer o serviço militar. Passei a dividir o alojamento com mais 99 soldados, porque eu sou o de número 100. Lá tenho à minha vista para meu deleite e prazer 99 paus de todos os tipos, tamanhos, formatos e cores. Quatro já são meus clientes frequentes e espero que até o fim desses dois anos eu consiga descobrir prazeres diferentes em pelo menos mais uns dez. Geeeente! É pau demais da conta! Agora no fim do ano vão ser incorporados mais 120 recrutas e esse pessoal novinho é muito maneiro. Ah! Ia esquecendo! Meu apelido por lá é “Belas Coxas”.
Fim!