A Manu tava alterada, não sei exatamente se pela bebida ou pelo ocorrido e depois que me abraçou começou a chorar, fiquei preocupada.
- calma Manuela, que houve? – ela chorava de soluçar
Manu – ele... ele me bateu – nossa, me subiu uma raiva daquele cara
A abracei mais forte e não disse nada, não me cabia no momento dizer nada.
-vem, te levo pra casa
Manu – mas...
-‘mas’ nada, larga de birra, vem!
Ela não disse nada, a levei até onde tava meu carro, e ela ficou receosa de
entrar.
-vai entra, juro que não vou encostar em você, não é do meu caráter sair agarrando ninguém. Só quero te ajudar, acredita por favor. Ela se deu por vencida e entrou...
Liguei o carro e saímos, ela foi me dizendo por onde seguir, foram as únicas palavras que trocamos durante o trajeto de uns 25/30 minutos.
-pronto! Ta entregue moça
Manu – brigada e desculpa pelo incomodo
-foi incomodo nenhum, assim podia ajudar a fazer melhor imagem do quê a de mais cedo né
Manu – você não perde tempo né – e deu um sorrisinho em meio as lagrimas mas deu só isso já me aliviou
Ela veio em minha direção e foi me dar um beijo no rosto, virei e pegou no canto da boca [típico né kk] ela ficou me olhando seria pertinho ao meu rosto, e eu olhava cada detalhe seu, não resisti e segurei em sua nuca e a beijei, de inicio ela tentou se afastar, mas cedeu aos pouco. Que boca gostosa, lábios macios, com gostinho doce, o beijo tava tão bom, senti uma paz algo bom em mim sabe... Não queria que o momento acabasse, mas aí como se caísse em si se afastou e saiu do carro passou pelo portão e entrou em casa que nem olhou pra trás. Pra mim a noite não podia ter terminado melhor, sua atitude não me surpreendeu, não dei partida logo no carro, peguei o celular [meu inseparável companheiro] e olhei notificações, mensagens e ligações e novamente, tinha ligação do meu pai, que tinha sido mais o menos há umas duas horas atrás, por volta de nove e cinquenta. Vocês pode achar que fiz errado, mas ignorei novamente [depois vão sabe exatamente o ‘porque’. Quando fui saindo vi um carro chegar, e era o Carlos, adiantei e saí logo, não por medo, mas por raiva de saber que ele tinha agredido ela. Cheguei em casa tomei um banho e caí na cama. Aquele beijo não saí do pensamento, coração acelerado, minha mão tavam frias, sorriso bobo no rosto “aí meu Deus, me apaixonei? Né possível, quebrei, só pode” fiquei repensando tudo e aí apaguei.
Acordei cedo e fui pro trabalho, na correria deixei o celular em casa [aff] não teve jeito né, fiquei meio desconcertada o dia todo, não ia poder voltar pra pegar, tinha muito compromisso. Estresse, problemas, aquelas coisas todas no trabalho. E quando tou me preparando pra ir pra casa chega a Camila [ gente, eu e a Camila somos amigas, e eu tinha comigo uma coisa, jamais ficar com amigas, e ainda mais com a Camila que era historia antiga e sabia que sentia algo a mais por mim, e eu por ela, nunca quis estragar isso, com ela era diferente, e numa noite a poucos dias acabou rolando que a gente ficou, e teve coisas mais... ]
Camila- será que a gente pode conversar
-Mila a gente pode sim, mas acho que aqui não é lugar
Camila – é eu sei, só que você viajou esses dias e cedo te liguei mas não atendeu, aí dei essa passada aqui
-esqueci o celular em casa, desculpa anjo... Faz assim, a gente marca, eu passo na tua casa hoje a noite, pode ser?
Camila- ahãn pode sim. Vou indo então, tchau!
-ta tchau!
Organizei tudo e fui pra casa. Tava meio cansada, cheguei deixei as coisas na mesa e então fui pra varanda me deitei e cochilei um pouco. Bem uma hora depois acordei peguei meu celular e tinha mensagem varias mensagens, pra balada, marcando saída e de um numero desconhecido.
“mais uma vez obrigada por ontem, não esperava essa atitude de você, desculpa!”
Da pra notar quem era né? E me agradou ver a mensagem, uma felicidade assim sem explicação. Respondi depressa.
“huum, acho que ganhei pontos né?” – e ganhei resposta logo
“nossa garota, você hein rsrs, é ganhou sim”
“todos tem direito a se redimir não é?”
“certo”
“então me da mais uma chance que só ontem não valeu” – fui logo direta
“bem sua cara né? Não posso”
“avé, que maldosa senhor, to falando na amizade” – pensei em falar sobre o que rolou do grosso do namorado dela mas deixei, não queria estragar
“cê jura? Rsrs por que eu não creio, e não combina contigo”
“fique sabendo que sou ótima amiga viu dona Manuela rsrs”
“aaah sim mas só Manu, conte-me mais”
“prefiro Manuela , é lindo... bom contar assim não dar, aceita meu convite e descobre, já disse rsrsr”
E assim fomos batendo papo durante um tempo, percebi que o que eu queria com ela não era apenas um casinho sem importância, convidei ela pra dar um passeio e depois de muito insistir ela aceitou tudo na ‘amizade’. Encerrada a conversa, bainho, troquei de roupa e fui dar uma passada na casa da Camila.
O que será com a Camila hein? E aí, será que to me apaixonando? E isso fica pra o próximo.
Oi minhas lindas, acho que esse ficou mais curto que o primeiro, mas creio que nem todas curtam contos longos como eu, então.... como comentei lá no outro conto (como Káh) fiquei muito feliz por ter agradado, e feliz também com os comentários, inclusive de um das escritoras que acompanho e amo a historia do casal (Leticia – Leticia & Vitória), e ainda tem muita intriga por vir e rolo pra dar. Cheiroooo em todas.